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0000TUNEIS.pdf O que sãotúneis? Segundo o Aurélio, túnel é um: “caminho ou passagem subterrânea”. Em uma amplitude geral, todo o espaço subterrâneo construído pode ser entendido como “túnel”. Túneis podem ser construídos de duas maneiras: -Acéu aberto – chamados também de galerias -De forma subterrânea Túnel St. Gothard (suiça) Metro de Brasília Piscina subterrânea - Finlândia “Em Helsinque, capital da Finlândia e cidade mais populosa do país nórdico, a temperatura no inverno tem uma média de -8º C . Embora o frio seja um obstáculo para o lazer durante a estação mais fria do ano, os habitantes contam com um complexo subterrâneo com piscina, área de compras, igreja, rinque para hóquei e data center para computadores, que utiliza água do mar para resfriar os equipamentos. Além de ser um espaço agradável para os habitantes, já que as rochas nas quais o complexo foi construído têm propriedades isolantes, também evita a expansão de Helsinque acima do nível do solo, resultando em melhor aproveitamento de espaço para o desenvolvimento da cidade. Em 2010, foi aprovado um plano diretor para a ampliação e criação de uma cidade subterrânea (segundo um estudo, para cada 100 m² da superfície da capital, existe 1 m² de espaço subterrâneo, justificando o potencial do projeto). São mais de 10 milhões m³ disponíveis para a construção de ginásios, estacionamentos e áreas de armazenamento. Inaugurado há alguns anos, o complexo Itäkeskus conta com piscinas, centro de compras, rinque de gelo e saunas, podendo acomodar mil pessoas e, em casos de emergência, ser usado como abrigo para até 3800 indivíduos. Túneis estão sendo construídos para conectar os espaços e facilitar não apenas a integração, como também a ampliação.” (blog da arquitetura) Piscina subterrânea - Finlândia Arena de esportes – Gjovik Olympic Hall - Noruega Tipos de túneis -Túneis convencionais -Túneis mecanizados -Túneis “superficiais” -Túneis subaquáticos www.ita-aites.org => Site da associação internacional de túneis => explicações, downloads, imagens. www.tuneis.com.br +> site do Comite Brasileiro de túneis! Razões para construir túneis -Uso e ocupação do solo – ambientes urbanos muitas vezes não permitem mais construção na superfície => necessidade de construir sob a superfície. -Isolamento – temperatura – países nórdicos principalmente; radição; proteção contra terremotos, etc. -Ambientais – minimizar os impactos de obras na superfície. -Topográficas – regiões montanhosas, mar, lagos, rios, etc. Razões para construir túneis -Apesar do túnel ser geralmente uma obra muito mais complexa do que uma obra na superfície, tem-se demonstrado que em muitos casos é mais vantajoso. -Tendência mundial é serem construídos cada vez mais estruturas subterrâneas / túneis. Túneisconvencionais -Túneis escavados com equipamentos de escavação mecanizada ou explosivos -Escavações podem ser realizadas com geometrias diversas, faseadas ou não, instalando mais ou menos suporte (revestimento). -A maioria dos túneis construídos no Brasil são do tipo convencionais: Anchieta, Imigrantes, túneis urbanos no RJ, túneis rodoviários na cidade de SP (Pinheiros, Ibirapuera, Santo Amaro, Maria Maluf ), etc. Tipos de túneis convencionais -Túneis em rocha -Túneis em solo Principal diferença: nos túneis em solo o revestimento geralmente é uma estrutura de concreto. Nos túneis em rocha, o maciço rochoso ou é autoportante, ou o revestimento, através de chumbadores e tirantes, criar um “arco portante” na rocha. Túneis em Solo -Escavação geralmente com escavadeiras, manual ou fresas (solo muito duro). -Revestimento geralmente é uma estrutura de concreto (projetado), geralmente armado, em “casca”. -Geralmente se utiliza uma estrutura metálica – cambota -(perfil metálico ou treliça metálica), com espessura ligeiramente inferior ao do revestimento, e geometria definida, instalada em espaços regulares (60 a 100cm). -Esta metodologia é chamada NATM, mas, na realidade, não é o NATM propriamente dito. Revestimentos Concreto Projetado comtela Revestimento secundário Tela metálica Fibras metálicas Cambotas treliçadas Cambotas em perfil metálico Concreto Moldado Túneis em Solo -Escavação é realizada em avanços curtos – ciclos – que geralmente consistem das seguintes etapas: -Escavação -Instalação da cambota -Aplicação do concreto projetado, intercalando montagem de tela metálica ou não. -Caso a “frente de escavação” não seja estável, realiza-se tratamento do solo, para que este não se instabilize durante sua exposição, antes da aplicação do revestimento. Túneis em Solo -Conceitos Básicos -Maciço parcialmente se auto-suporta, reduzindo o carregamento no revestimento do túnel. -Geometria do revestimento aproximadamente circular ou arredondados é muito eficiente para equilíbrio de cargas através de força normal, permitindo o uso de revestimentos relativamente esbeltos. -Uso de concreto projetado de cura rápida => bom contato entre solo e revestimento, sem formação de vazios e ganho rápido de resistência, permitindo interação solo-estrutura Geometria da escavação é condicionado pelos estudos de estabilidade Túneis em solo -Alguns aspectos geotécnicos: -Durante escavações, cria-se situação potencialmente instável => talude negativo no teto; talude vertical na frente de escavação. -Em solos argilosos, geralmente coesão permite escavação, desde que revestimento seja instalado rapidamente => conceito do “stand-up time”. -Em solos arenosos (se não tiverem fração argilosa importante), geralmente são necessárias medidas estabilizantes adicionais => tratamentos de frente e de teto (Jet Grouting, “pregagens” na frente, etc) -Sob o lençol freático, situação de estabilidade piora e geralmente é necessário rebaixamento do lençol freático. Túneis em solo -Alguns aspectos geotécnicos: -Rebaixamento do lençol freático, se necessário, pode ser generalizado (externo) ou interno, afetando somente a região mais próxima ao túnel. -Dimensões estáveis da escavação dependem do tipo de solo: -solos menos resistentes => necessidade de escavações de menores dimensões => parcializações. -Solos mais resistentes => possibilidade de escavações maiores. Túneis em Rocha -Túneis em rocha: -Escavação com explosivos ou com fresas. -Muitas vezes a estabilidade do túnel durante a escavação não é crítica. -Suporte / revestimento: -Tirantes ou chumbadores -Concreto projetado, armado com tela metálica, fibras metálicas ou nãoarmado. -Eventual revestimento definitivo em concreto moldado Túneis em Rocha -Túneis em rocha: -Concreto projetado, quando instalado, muitas vezes somente faz efeito “ponte” entre tirantes, evitando a queda de blocos. -Maciço por si só, muitas vezes é “auto-portante”, e somente blocos isolados podem cair. -Comportamento é diferenciado quando: -Cobertura de rocha sobre o túnel é muito alta => tensões elevadas podem mudar comportamento da rocha. -Tipo de rocha é proporcionalmente de resistência baixa. Túneis em Rocha -Principais cuidados em túneis em rocha: -Interpretação geológica prévia, para identificar tipos de rocha a serem atravessadas, localização de falhas, posição do nível de água, posição de eventuais fraturas com altas pressões de água, etc. -Avaliação das rochas quanto ao seu comportamento: imediato e tempo dependente (resistência, degradação, expansão, etc.) -Verificação da orientação das descontinuidades e sua interferência com o revestimento. TúneisMecanizados -Túneis escavados com auxílio de uma tuneladora – TBM – “Tunnel Boring Mashine”, podendo ser revestidos ou não. -Túnel tem seção transversal (circular) definida pela tuneladora. -No Brasil, somente foram utilizadas tuneladoras no Metro de São Paulo – Linha 1, Linha Paulista e, recentemente, em parte da Linha 4, além de túneis de menor diâmetro para utilidades TúneisMecanizados -O revestimento dos túneis mecanizados pode ser instalado de 2 formas: -Em túneis em solo, instalação de anéis segmentados, montados a medida que a tuneladora avança. Os anéis, usualmente, são de concreto, mas também existem anéis de ferro fundido (Linha 1 do Metro de SP) e outros materiais. -Em túneis em rocha, o revestimento pode ser similar ao de túneis em rocha convencionais: concreto projetado e tirantes, instalados atrás da roda de corte. Para este tipo de revestimento, a tuneladora não pode ter couraça. Principais tipos detuneladoras -Uma Tuneladora para solos geralmente é constituída de: -Cabeça de corte rotativa -Couraça, dentro da qual estão localizados o motor principal e o mecanismo de montagem do revestimento. -“Back-up” – equipamentos de apoio ao TBM. -O avanço da tuneladora é obtido com a atuação de macacos no revestimento já pronto, impulsionando todo o conjunto para frente. Principais tipos detuneladoras -Existem 3 tipos básicos de tuneladoras para solo: -De frente aberta, para solos estáveis ou para operação sob ar comprimido (solos “bons”, competentes). -De frente balanceada, na qual o solo escavado é tratado (fluidificado) e extraído posteriormente através de um parafuso sem fim. Este parafuso permite o controle da pressão de estabilização da frente de escavação (solos argilosos). -Com lama, que utiliza lama bentonítica para estabilizar a frente e transportar o solo escavado para fora (solos arenosos). Principais tipos detuneladoras -Existe ainda outros tipos de tuneladoras, principalmente para diâmetros menores. Nestes equipamentos não há roda de corte, mas podem existir escavadores ou a escavação pode ser até realizada manualmente. -Há ainda equipamentos especiais, experimentais, que, escavam seções não circulares. Entretanto, este tipo de equipamento, até o momento, não se mostrou economicamente viável. diversos fabricantes deTBM´s www.lovat.com www.robbinstbm.com www.herrenknecht.com Principais tipos detuneladoras -Tuneladoras para rocha: -Existe 2 diferenças importantes entre as tuneladoras para solo e rocha: -Aroda de corte inclui discos de corte – “cutter disks” -, utilizados para cortar a rocha em “chips”. -O avanço, ao invés de ser realizado com macacos se apoiando no revestimento, é obtido com macacos laterais, que se apoiam na rocha do túnel já escavado (“grippers”). -Existem situações nas quais, mesmo em rocha, é necessário instalar um revestimento de anéis segmentados. Nestes casos o avanço pode ser obtido das duas formas. TúneisSuperficiais -Túneis construídos a céu aberto e aterrados posteriormente. -Englobam-se neste tipo todos os tipos de trincheiras tipo “cut and cover”. -Exemplos típicos são a passagem do Vale do Anhangabaú, do cruzamento da Av. Eusébio Mattoso com a Av. Waldemar Ferreira, grandes trechos da Linha 1 do Metro, etc. Túneissubaquáticos -Túneis construídos sob o nível de água, no leito ou próximo ao leito do corpo de água. Muitas vezes é realizada uma dragagem e preparo prévio do leito do corpo de água para apoio dos túneis. -Muitas vezes são construídos através de elementos pré- moldados, transportados para o local flutuando e “afundados” no local. -Não há obras deste tipo no Brasil (ao menos de porte). Escolha do tipo detúnel -Aescolha / definição sobre qual tipo de túnel utilizar depende de uma série de fatores. -Geralmente os fatores primordiais são custo e prazo (como praticamente tudo na engenharia). Indiretamente a estes fatores estão ligados o risco (risco de custos maiores, risco de prazos maiores, risco de danos a terceiros, risco à vida humana, etc.). -Normalmente se avaliam diversas alternativas e decide-se pela mais interessante para o proprietário da obra. Escolha do tipo detúnel -Definição dos principais condicionantes: -Função do túnel: definirá a geometria (seção transversal, “gabaritos”, declividades máximas, traçado vertical e horizontal, etc). -Geologia / hidrogeologia => geotecnia: interferem significativamente no método construtivo. -Comprimento e possibilidade de acessos intermediários. -Logística local -Interferências na superfície e em profundidade (edifícios, utilidades, fundações, etc). -Prazos disponíveis. Escolha do tipo detúnel -Geotecnicamente, os aspectos importantes a serem avaliados são: -Em qual tipo de solo o túnel será escavado? -Qual a variabilidade de geo-materiais ao longo do túnel? -Túnel se localiza sob o nível de água? -Qual a profundidade do túnel e qual a estratificação de geo-materiais? Escolha do tipo detúnel -TBM´s: -custo inicial do equipamento é alto -Tempo de mobilização é alto -Velocidade de avanço é rápida Segundo a experiência, somente é vantajoso para túneis com mais de 2 a 4 km (dependendo do local Perfil geológico-geotécnico deve ser o mais uniforme possível, pois método construtivo permite poucos ajustes. Escolha do tipo detúnel -Túnel Convencional: -Custo inicial baixo -Mobilização rápida -Velocidade de avanço baixa, especialmente em condições geológico-geotécnicas adversas. -Permite (dependendo das condições na superfície) escavação a partir de mais do que uma frente (poços intermediários) -Permite absorver variações do perfil geológico-geotécnico, com ajustes do projeto Túnel é vantajoso quando comprimentos são inferiores a 2 a 4 km Quando existe grande variabilidade do perfil geológico- geotécnico. QUESTÕES 1) Defina “Túnel”. 2) Cite pelo menos três diferentes tipos de túneis. 3) Quais são os fatores primordiais na escolha do tipo de túnel? 4) Cite duas maneiras de como podem ser construídos os túneis. 5) Quais os principais condicionantes na escolha do tipo de túnel? 6) Cite os aspectos importantes na escolha do tipo de túnel geotécnicamente falando. QUESTÕES 7) O que são túneis convencionais? Cite algumas características. 8) Quais os tipos de túneis convencionais? Comente cada um. 9) Como é feita a escavação nos túneis em solos e nos túneis em rochas? 10) O que significa TBM? 11) Cite os conceitos e características nos túneis em rochas e túneis em solos. QUESTÕES 12) Comente os prós e contras nos túneis convencionais no que se refere a escolha do tipo de túnel. 13) O que são túneis subaquáticos? faça um breve resumo. 14) O que são túneis superficiais? Comente. 15) Quais os principais tipos de tuneladoras? Explique a diferença. 16) O que são túneis mecanizados? Comente. 17) Nos túneis convencionais em solos, a forma geométrica com que os mesmos são construídos, influenciam no modo de suportar as forças atuantes? QUESTÕES 18) Quais as razões para se construir túneis? 19) Nos túneis em rochas, após a execução dos mesmos, é possível o maciço ser autoportante? 20) Túneis são construções importantes? Comente. 1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA - Cópia.pdf APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA CONSTRUÇÕES PESADAS INTRODUÇÃO A disciplina Construção Pesada tem como objetivo fornecer subsídios, consolidar e integrar conhecimentos adquiridos em outras disciplinas do Curso de Engenharia Civil para análise de empreendimentos de grande porte visando a capacitação dos alunos para conhecimento das tecnologias inovadoras. Os tópicos da disciplina basicamente se dividem em: •Legislação envolvida em obras de grande porte; •Canteiro de obras e equipamentos utilizados nas obras; e, •Métodos de construção de obras pesadas como pontes, viadutos, barragens, túneis, entre outros. A CONSTRUÇÃO A indústria da construção é uma das atividades econômicas mais antigas da humanidade. Atualmente, é a indústria que mais emprega e absorve mão de obra na maioria dos países. Ela foi se desenvolvendo, paulatinamente, em dois ramos muito específicos e distintos: edificação e obras de infraestrutura. A edificação se referia a construção de casas, palácios, templos e edifícios que quase sempre esteve mais restrito à vontade privada enquanto que, a infraestrutura, era voltada inicialmente à organização da cidade, delimitando-se ruas, vielas e servidões, construindo-se praças e poços públicos e, com o tempo, foi se desenvolvendo em outros ramos da engenharia como a construção de estradas, pontes, canais, represas, sistemas de armazenamento e escoamento de águas e, mais modernamente, à construção de portos, túneis, ferrovias, aeroportos, barragens, usinas hidrelétricas, etc. A CONSTRUÇÃO Assim, em termos práticos, a engenharia civil dividiu-se em dois grandes ramos: •Obras de Construção Civil: compreende a construção de edifícios para usos residenciais, comerciais, industriais, agropecuários e públicos, reformas, manutenções correntes, complementações e alterações de imóveis, montagem de estruturas pré-fabricadas in loco para fins diversos de natureza permanente ou temporária. •Obras de Construção Pesada: compreende a construção de autoestradas, vias urbanas, pontes, túneis, ferrovias, metrôs, aeroportos, portos e redes de abastecimento de água sistemas de irrigação, sistemas de esgoto, instalações industriais, redes de transporte por dutos (gasodutos, minerodutos, oleodutos) e linhas de eletricidade, instalações esportivas, etc. A CONSTRUÇÃO Figura 01: Exemplo de Construção Pesada A CONSTRUÇÃO Apesar da diferença entre os dois ramos, o profissional habilitado para desenvolver e responder pelas atividades da indústria da construção em geral é o engenheiro civil. No Brasil, o termo construção pesada foi adotado, pioneiramente, pela Associação de empresas que deu origem ao Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada, fundado em 1951. Este sindicado hoje representa as empresas que operam no setor de consolidação e expansão da infraestrutura física do País. SEGMENTO DA CONSTRUÇÃO PESADA O segmento da Construção Pesada é definido pelas classes da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE): •Grandes Movimentações de Terra: que compreende obras de terraplenagem, obras de drenagem, rebaixamento de lençóis d’água, remoção de rochas através de explosivos, derrocamentos, preparação de locais para exploração mineral; •Obras Viárias: que compreende rodovias e infraestrutura rodoviárias, inclusive pavimentação, construção de vias férreas, inclusive para metropolitanos (preparação do leito, colocação dos trilhos), construção de pistas de aeroportos, sinalização com pintura de pistas de aeroportos; •Grandes estruturas e obras de arte: que compreende: construção de pontes, viadutos, elevados, passarelas, etc., construção de túneis(urbanos, em rodovias, ferrovias, metropolitanos); SEGMENTO DA CONSTRUÇÃO PESADA •Obras de Urbanização e Paisagismo: que compreende construção de vias urbanas, praças, calçadas, parques, chafarizes, estacionamentos, etc; sinalização com pintura em ruas e estacionamentos; construção de instalações desportivas tais como Pista de Competição, Quadras Esportivas, Piscinas, etc. •Outros tipos de obras: que compreende: obras marítimas e fluviais, tais como: construção de portos, terminais marítimos e fluviais; construção de marinas; construção de eclusas e canais de navegação; obras de dragagem; aterro hidráulico; barragens, represas e diques; construção de emissários submarinos; instalação de cabos submarinos; obras de irrigação; construção de redes de distribuição de água; construção de redes de esgoto, inclusive de interceptores; construção de galerias pluviais; construção de redes de transporte por dutos: Oleodutos, Gasodutos, Minerodutos; obras de concretagem de estruturas; perfuração e construção de Poços de Água; colocação de Telhados e Coberturas; obras de Atirantamentos e Cortina de Proteção de Encostas; SEGMENTO DA CONSTRUÇÃO PESADA •Construção de Barragens e represas para geração de energia elétrica •Construção de estações e redes de distribuição de energia elétrica: que compreende: Construção de Plantas Hidrelétricas, Nucleares, Termoelétricas, inclusive Estações e Subestações; Construção de Redes de Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica, inclusive o Serviço de Eletrificação Rural; Construção de Redes de Eletrificação para Ferrovias e Metropolitanos; Manutenção de Redes de Distribuição de Energia Elétrica quando executada por empresa não produtora ou distribuidora de energia elétrica; Construção de Redes de Eletrificação para Ferrovias e metropolitanos. EXERCÍCIOS 1 – Qual é o objetivo de estudar a disciplina Construção Pesada? Quais são os tópicos essa disciplina se dividi? 2 – Quais são os dois grandes ramos da construção civil? Explique cada um deles. 3 – Quais são os segmentos da construção pesada? Explique cada um deles. BIBLIOGRAFIA PEREIRA, S.S. Construção Pesada. Disponível em: http://www.sicepot- pr.com.br/index.php?pag=conteudo&id_conteudo=28&idmenu=45&enquadra mento-sindical - Acessado em 05/05/2014. CORREIO WEB. Artigo: Engenheiros do Setor da Construção Pesada são os que ganham mais no Brasil. Publicado em 05 de setembro de 2013. Disponível em: http://correiobraziliense.lugarcerto.com.br/app/noticia/ultimas/2013/09/05/inter na_ultimas,47322/engenheiros-do-setor-da-construcao-pesada-sao-os-que- ganham-mais-no-brasil.shtml - Acessado em 20/05/2014. 2 LEGISLAÇÃO.pdf REGIME DE CONTRATAÇÃO PRIVADA E LICITAÇÕES REGIME DE CONTRATAÇÕES DE OBRAS PÚBLICAS E LICITAÇÕES Licitação é um procedimento administrativo de contratação. REGIME DE CONTRATAÇÕES DE OBRAS PÚBLICAS E LICITAÇÕES O que busca uma licitação? REGIME DE CONTRATAÇÕES DE OBRAS PÚBLICAS E LICITAÇÕES - A seleção da melhor proposta entre as apresentadas. - O respeito da isonomia (igualdade) entre os participantes. REGIME DE CONTRATAÇÕES DE OBRAS PÚBLICAS E LICITAÇÕES Devido a isso, se faz necessário o estabelecimento de regras objetivas, claras, escritas e regras públicas sobre este procedimento. Para tanto, criou-se uma legislação neste sentido. O modelo tradicional de contratações é normatizado pela Lei Geral de Licitações. Qual é a Lei Geral de Licitações? REGIME DE CONTRATAÇÕES DE OBRAS PÚBLICAS E LICITAÇÕES Lei 8.666/1993. REGIME DE CONTRATAÇÕES DE OBRAS PÚBLICAS E LICITAÇÕES Quais os princípios básicos da licitação? REGIME DE CONTRATAÇÕES DE OBRAS PÚBLICAS E LICITAÇÕES - legalidade; - Impessoalidade da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo. REGIME DE CONTRATAÇÕES DE OBRAS PÚBLICAS E LICITAÇÕES - Legalidade se refere ao que a lei expressamente autoriza. REGIME DE CONTRATAÇÕES DE OBRAS PÚBLICAS E LICITAÇÕES - Impessoalidade é a não promoção pessoal do agente, é fazer com que suas ações busquem sempre o bem estar coletivo por meio de um tratamento igualitário para todos os administrados. REGIME DE CONTRATAÇÕES DE OBRAS PÚBLICAS E LICITAÇÕES - Moralidade é aplicar todos os princípios sobre o que é honesto, justo e correto. Exige que o administrador se paute por conceitos éticos. REGIME DE CONTRATAÇÕES DE OBRAS PÚBLICAS E LICITAÇÕES - Publicidade é necessária para a prestação de contas. Todo o procedimento deve ser público. A licitação deve ser amplamente divulgada de forma a possibilitar o conhecimento de suas regras a um maior número de pessoas. REGIME DE CONTRATAÇÕES DE OBRAS PÚBLICAS E LICITAÇÕES - Igualdade deve ser assegurada a todos os interessados em participar da licitação. REGIME DE CONTRATAÇÕES DE OBRAS PÚBLICAS E LICITAÇÕES - Probidade Administrativa se refere a demonstrar honestidade em todas as fases da licitação. REGIME DE CONTRATAÇÕES DE OBRAS PÚBLICAS E LICITAÇÕES - Vinculação ao instrumento convocatório se refere ao cumprimento de todas as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada. REGIME DE CONTRATAÇÕES DE OBRAS PÚBLICAS E LICITAÇÕES - Julgamento objetivo se refere ao fato que todo o julgamento deve se apoiar em fatos concretos exigidos pela administração em documentos expressos como o edital ou carta convite, no projeto básico, projeto executivo, no contrato, entre outros. DEFINIÇÕES Para entendimento correto da lei, quais termos são necessários para sua definição? DEFINIÇÕES • Obras - toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, realizada por execução direta ou indireta; DEFINIÇÕES • Serviço - toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico- profissionais; DEFINIÇÕES • Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e suficientes, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução; DEFINIÇÕES • Projeto Executivo - o conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT; MODALIDADES EXISTENTES – art 23 Quais são as modalidades existentes? MODALIDADES EXISTENTES – art 23 - Convite: é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa. O limite de compras e serviços é de R$ 80.000,00 e para obras e serviços de engenharia é de R$150.000,00. MODALIDADES EXISTENTES – art 23 - Tomada de Preço: é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento, observada a necessária qualificação. O limite de compras e serviços é de R$ 650.000,00 e para obras e serviços de engenharia é de R$1.500.000,00. MODALIDADES EXISTENTES - Concessão: é a delegação de prestação de serviço público, feita pelo poder concedente (União, Estado, Distrito Federal ou Município), mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado. Pode ser precedida da execução de obra pública, ou seja, a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado. MODALIDADES EXISTENTES - Parcerias Público-Privada (PPP): é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa. Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas que envolve, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. A PPP deve ter valor superior a R$ 20.000.000,00 e prazo maior que 5 anos. PROCEDIMENTOS – LEI 8666/1993 As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando? PROCEDIMENTOS – LEI 8666/1993 • houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos interessados em participar do processo licitatório; PROCEDIMENTOS – LEI 8666/1993 • existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários; PROCEDIMENTOS – LEI 8666/1993 • houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem executadas no exercício financeiro em curso; PROCEDIMENTOS – LEI 8666/1993 É vedada a realização de licitação cujo objeto inclua bens e serviços sem similaridade ou de marcas, características e especificações exclusivas, salvo nos casos em que for tecnicamente justificável. PROCEDIMENTOS – LEI 8666/1993 Não poderá participar, direta ou indiretamente da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens, Quem? PROCEDIMENTOS – LEI 8666/1993 - o autor do projeto básico ou executivo; - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do projeto básico ou executivo - servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante. PROCEDIMENTOS – LEI 8666/1993 Consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a: • estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos; • pareceres, perícias e avaliações em geral; • fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços; PROCEDIMENTOS – LEI 8666/1993 Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documentação relativa a que? PROCEDIMENTOS – LEI 8666/1993 • habilitação jurídica; • qualificação técnica; • qualificação econômico-financeira; • regularidade fiscal. PROCEDIMENTOS – LEI 8666/1993 As licitações podem escolher as propostas por quais critérios? PROCEDIMENTOS – LEI 8666/1993 • a de menor preço • a de melhor técnica • a de técnica e preço • o menor valor da tarifa do serviço público a ser prestado • a maior oferta, nos casos de pagamento ao poder concedente pela outorga da concessão PROCEDIMENTOS – LEI 8666/1993 Os tipos de licitação "melhor técnica" ou "técnica e preço" serão utilizados exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em particular, para a elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos. CONTRATOS – LEI 8666/1993 São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam? CONTRATOS – LEI 8666/1993 - o objeto e seus elementos característicos; - o regime de execução ou a forma de fornecimento; - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data- base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento; - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o caso; CONTRATOS – LEI 8666/1993 - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica; - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas; - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas; CONTRATOS – LEI 8666/1993 - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação. CONTRATOS – LEI 8666/1993 Toda concessão de serviço público, precedida ou não da execução de obra pública, será objeto de prévia licitação, nos termos da legislação própria. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição. CONTRATOS – LEI 8666/1993 Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, satisfazendo as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas. A tarifa do serviço público concedido é fixada pelo preço da proposta vencedora da licitação e preservada pelas regras de revisão, sendo que os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, a fim de manter-se o equilíbrio econômico- financeiro. CONTRATOS – LEI 8666/1993 O poder concedente pode prever, em favor da concessionária, no edital de licitação, a possibilidade de outras fontes provenientes de receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos associados, com ou sem exclusividade, com vistas a favorecer a modicidade das tarifas. As fontes de receita previstas neste artigo serão obrigatoriamente consideradas para a aferição do inicial equilíbrio econômico- financeiro do contrato. O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados. O contratado deverá manter preposto, aceito pela Administração, no local da obra ou serviço, para representá-lo na execução do contrato. REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS - RDC Foi instituído pela Lei nº 12462/2011 e regulamentado pelo Decreto nº 7581/2011. Tem como finalidade atender conferir as contratações para a realização de obras para eventos esportivos no Brasil. No entanto, esta sistemática vem se consolidando como uma nova modalidade de licitação em caráter permanente. O RDC também se orienta pelos princípios de legalidade, de impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da eficiência, da probidade administrativa, da economicidade, do desenvolvimento nacional sustentável, da vinculação ao instrumento convocatório e do julgamento objetivo. REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS - RDC Quais os objetivos do RCD? REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS - RDC Tem como objetivos: - ampliar a eficiência nas contratações públicas e a competitividade entre os licitantes; - promover a troca de experiências e tecnologias em busca da melhor relação entre custos e benefícios para o setor público; - incentivar a inovação tecnológica e assegurar tratamento isonômico entre os licitantes e a seleção da proposta mais vantajosa para a administração pública. PROCEDIMENTOS – LEI 12462/2011 1. Fase preparatória 2. Publicação do instrumento convocatório (edital) 3. Apresentação de propostas 4. Julgamento 5. Fase recursal 6. Encerramento da licitação EXERCÍCIOS 1. O que é licitação? 2. Quais são os princípios básicos da licitação? Explique cada um deles. 3. Quais são as definições da lei de licitação? Explique cada uma delas. 4. Cite exemplos de três cláusulas do contrato da lei 8666/1993. 5. Quais são os procedimentos da lei 12462/2011? 6. Qual é a finalidade/objetivo da lei de Regime diferenciado de contratações públicas (RDC)? BIBLIOGRAFIA BRASIL. Decreto nº 7.581 de 11 de outubro de 2011. Regulamento o Regime Diferenciado de Contratações Públicas – RDC, de que trata a Lei nº 12.462/2011. Brasília, 2011. _______. Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Institui normas para licitações e contratos da Administração Pública. Brasília, 1993. _______. Lei Federal nº 12.462 de 2011. Institui normas para licitações em regime diferenciado de contratações públicas - RDC. Brasília, 2011. FONSECA, R. A. O regime diferenciado de contratação e governança pública no Brasil. Dissertação, Universidade Federal de Lavras, 2013. HALPIN, D. W.; WOODHEAD, R. W. Administração da Construção Civil, Rio de Janeiro, LTC, 2004. 3 CANTEIRO DE OBRAS.pdf CONSTRUÇÕES DE GRANDE PORTE: CANTEIRO DE OBRAS Prof: Davi Felipe Borgueti E-mail: davi.borgueti@uni9.pro.br CANTEIRO DE OBRAS A NBR 12.284 (1991) define canteiro de obras como “conjunto de áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência”. A NR 18 define canteiro de obras como “área de trabalho fixa e temporária onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra”. CANTEIRO DE OBRAS Assim, o canteiro de obras é um local no qual são desenvolvidas as atividades necessárias para a realização de uma construção. É uma área de trabalho fixa e temporária que possui instalações de movimentação (áreas de produção), instalações provisórias (áreas de vivência e gerenciamento) e locais para o armazenamento dos materiais (almoxarifados). As áreas operacionais são as áreas destinadas à execução dos serviços ligados a construção. As áreas de vivência são áreas destinadas a suprir as necessidades básicas humanas de alimentação, higiene, descanso, lazer, convivência e ambulatória. CANTEIRO DE OBRAS CANTEIRO DE OBRAS ”A norma brasileira NBR 1367, descreve Área Operacional como: aquelas em que se desenvolvem as atividades de trabalho ligadas diretamente à produção. Nesta área, encontramos: Portaria, Escritório, Almoxarifado, Depósito de diferentes materiais, Central de concreto, Central de argamassa, Central de armação, Central de fôrmas, Central de montagem de instalações e esquadrias, Central de pré- moldagem, etc. ” CANTEIRO DE OBRAS *Portaria -Junto à porta de acesso das pessoas; -Local, para manter o estoque de EPI; -Onde o vigia controla a obra. CANTEIRO DE OBRAS *Escritório - Dependência para elementos de administração da obra: técnicos, engenheiros, etc; - Local apropriado que se possa ter visão da obra; - Onde se realiza as reuniões. CANTEIRO DE OBRAS *Almoxarifados - Armazenamento dos materiais; - De fácil acesso, para saída e entrada dos materiais; - Mantido ORGANIZADO e LIMPO; - É importante os materiais estarem separados e etiquetados. CANTEIRO DE OBRAS *Depósito - Se diferencia do Almoxarifado, pelo fato de armazenar produtos volumosos. Ex.: Argamassa, Cimento, Canos etc. - Mantido ORGANIZADO e LIMPO. CANTEIRO DE OBRAS *Central de Concreto/ Central de Argamassa - Local de preparação, mistura e dosagem do concreto / argamassa; - No caso da central do concreto para trabalhar com a betoneira, é necessário mão de obra qualificada; - Próximo a Energia elétrica; - Próximo a água; - De fácil acesso. CANTEIRO DE OBRAS ”A mesma norma NBR 1367, define Área de vivência como: Aquelas destinadas a suprir as necessidades básicas humanas de alimentação, higiene pessoal, descanso, lazer, convivência e ambulatoriais, devendo ficar fisicamente separadas das áreas operacionais. Encontramos: Vestiário, Instalações Sanitárias, Refeitório, Cozinha (se houver preparação de alimento), Área de Lazer, Ambulatório ( se houver mais de 50 trabalhadores na obra), Alojamento e Lavadeira (se os operários dormirem no canteiro). CANTEIRO DE OBRAS *Vestiário - Para troca de roupa; - Armário com trancas; - Bancos. CANTEIRO DE OBRAS * Instalações Sanitárias - 1 chuveiro e 1 lavatório para cada dez trabalhadores (segundo a norma 1367); - Lavatório, Gabinetes sanitários, mictórios, chuveiros; - Resguardo conveniente; - Provido de Papel Higiênico; - Mictório, Vaso sanitário para cada 20 trabalhadores. CANTEIRO DE OBRAS * Alojamentos - Área mínima de 3,00 m² por módulo cama/armário, incluindo a circulação; - No máximo duas camas na vertical (beliche); - Lençol, fronha e travesseiro por cama, em condições adequadas de higiene, e cobertor, quando as condições climáticas o exigirem; - É obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e fresca no Alojamento; - 1 bebedouro para cada 25 trabalhadores; - É obrigatório o transporte gratuito, seguro e adequado, conforme a legislação vigente, caso as áreas de vivência se situem a mais de 1000m do canteiro de obras; - Não estar situado em porões ou subsolo. CANTEIRO DE OBRAS * Alojamentos CANTEIRO DE OBRAS *Refeitório - Garantir o atendimento de todos os trabalhadores no horário das refeições; - Assentos em número suficiente para atender aos usuários; - Distante das instalações sanitárias; - Não estar situado em porões e subsolos; - Instalado aparelho de televisão; - Local limpo, arejado, ventilado, aberturas para o exterior (teladas). CANTEIRO DE OBRAS *Cozinha - Pia para lavar os alimentos e utensílios; - Equipamentos de refrigeração, para preservação dos alimentos; - Limpa, arejada; - Disponibilizar fogão, micro-ondas. CANTEIRO DE OBRAS *Lazer - Área destinada à recreação CANTEIRO DE OBRAS NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO PESADA Dentro da Indústria da Construção Civil existe uma variedade de tipos de obras, o que implica na diversidade dos canteiros que, devem ser planejados de maneira precisa para atender ao perfil de cada obra. Percebe-se que em obras de grande porte e em construtoras com sistemas de controle da qualidade elevados atentam-se para a problemática dos canteiros de obra, realizando estudos, projetos e viabilidades de seus canteiros de obras. CANTEIRO DE OBRAS NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO PESADA Atualmente, não há um método padronizado para o dimensionamento do canteiro devido a grande variação dos tipos de construções. Mas apesar do caráter provisório do canteiro de obras, é fundamental que o dimensionamento e a distribuição das suas instalações sejam planejados adequadamente para que os trabalhos possam ser executados de forma contínua. CANTEIRO DE OBRAS NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO PESADA Sendo assim, o planejamento do canteiro de obras deve estar inserido nas primeiras ações a serem executadas, visando melhorar a qualidade da construção posteriormente. Um canteiro de obra dimensionado com planejamento eficaz é capaz de fornecer aos operários boas condições no ambiente de trabalho, tanto em termos de conforto quanto de segurança. OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO DO CANTEIRO O planejamento de canteiro de obras assumiu um papel importante dentro da construção civil, uma vez que passou a ser fundamental a racionalização dos recursos, sejam materiais, humanos ou tempo, envolvidos no empreendimento. O processo de planejamento tem como objetivo a melhor utilização do espaço físico disponível, de forma a possibilitar que homens e equipamentos trabalhem com segurança e eficiência, principalmente por meio da minimização das movimentações de materiais, componentes e mão de obra. Um planejamento deve atingir dois objetivos principais: OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO DO CANTEIRO • Promover operações eficientes e seguras, mantendo alta a motivação dos empregados e fornecendo condições ambientais de trabalho com conforto, segurança e limpeza. • Minimizar distâncias de transporte, tempos de movimentação de pessoal e materiais e evitar obstruções ao movimento de materiais e equipamentos. OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO DO CANTEIRO Para o planejamento de um canteiro de obras deve-se atentar a vários fatores como: • Projeto, porte e tipo do empreendimento OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO DO CANTEIRO Para o planejamento de um canteiro de obras deve-se atentar a vários fatores como: • Terreno OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO DO CANTEIRO Para o planejamento de um canteiro de obras deve-se atentar a vários fatores como: • Cronograma físico (duração, se realização por etapas) OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO DO CANTEIRO Para o planejamento de um canteiro de obras deve-se atentar a vários fatores como: • Proximidade a grandes centros urbanos, entre outros. OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO DO CANTEIRO O planejamento do layout envolve a definição do arranjo físico de trabalhadores, materiais, equipamentos, áreas de trabalho e de estocagem. O layout pode ser definido da seguinte forma: • Elaboração do macro layout: definição aproximada do arranjo físico geral, com o estabelecimento do local no canteiro em que ficará cada instalação ou grupo de instalações (áreas de vivência, áreas de apoio, áreas de produção, por exemplo). Deve-se estudar o posicionamento relativo entre essas áreas. OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO DO CANTEIRO • Elaboração do micro layout: estabelecimento da localização de cada equipamento ou instalação dentro de cada área do canteiro. Detalhamento das instalações: etapa de planejamento da infraestrutura necessária ao funcionamento das instalações. Estabelecem-se, por exemplo, técnicas de armazenamento de cada tipo de material, tipo de pavimentação das vias de circulação etc. • Cronograma de implantação: representação gráfica do sequenciamento das fases de layout. Devem estar explicitadas as fases ou eventos da execução da obra (concretagem de uma laje, por exemplo) que determinem alterações no layout. ITENS A SEREM CONSIDERADOS NO PLANEJAMENTO O planejamento do canteiro de obras deve levar em consideração as necessidades de habitação, viária, energia, ambientais, de comunicação e administrativas: • Habitação: Deve proporcionar condições de alocação da mão de obra. Em obras de grande porte isso é importante, pois resulta em ‘baixo turn over’, ou seja, mantém a mão de obra contratada sem grandes variações, resultando em menor custo de recrutamento e menor custo de treinamento. Além disso, se as habitações forem bem planejadas podem resultar em alto índice de desempenho com redução de custos operacionais. Refere-se à implantação de: residências, alojamentos, escolas, refeitórios, hospitais, equipamentos comunitários, entre outros. ITENS A SEREM CONSIDERADOS NO PLANEJAMENTO • Viária: promove acessibilidade e mobilidade dentro do canteiro de obras. Resulta em facilidade no recebimento, transporte e armazenamento dos materiais de consumo, insumos em geral e equipamentos. Exemplos: rodovias, ferrovias, aeroportos, vias locais, entre outros; • Energia: a obra necessita de abastecimento de energia. Para tanto pode ser necessária a construção de redes de distribuição, subestações, geradores, etc. Os benefícios desta instalação são confiabilidade do sistema e redução de paralisações por falta de energia. ITENS A SEREM CONSIDERADOS NO PLANEJAMENTO • Ambientais: deve-se preencher os requisitos de exigência do meio ambiente para melhorar a qualidade de vida dos empregados e da localidade. Envolve abastecimento de água, esgoto, controle de doenças endêmicas, vacinação, controle de poluição, etc; • Comunicação: as obras necessitam de rapidez e agilidade na tomada de decisões. Assim, o sistema de comunicações deve ser confiável e ágil. Envolve a instalação de telefonia móvel e fixa, internet, correio, rádio, etc; ITENS A SEREM CONSIDERADOS NO PLANEJAMENTO • Administrativa: deve ser garantida a alocação de suprimento de materiais, equipamentos e recursos humanos com relação a prazos, custo e qualidade. INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS • Fechamento e acessos à obra: tapumes, alambrados, identificação da obra, portão para pessoas, portão para veículos, acesso coberto, estacionamento; • Instalações provisórias: energia elétrica, água, esgoto e comunicação; • Armazenamento e movimentação de materiais: vias de circulação, áreas cobertas e descobertas de armazenamento de insumos, áreas de produção de argamassa, concreto, fôrmas, pré-moldados, armadura e armazenamento de resíduos; INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS • Equipamentos: locais para a guarda e instalações de equipamentos, que podem ser móveis como betoneiras ou fixas como gruas e guindastes; • Áreas de apoio e vivência: guarita, escritório, laboratório, ambulatório, almoxarifado, refeitório, vestiário e instalações sanitárias. SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO O Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção - PCMAT, é regulamentado pela Norma Regulamentadora 18 (NR 18). O PCMAT é um plano que estabelece condições e diretrizes de Segurança do Trabalho para obras e atividades relativas à construção civil. É importante que o PCMAT tenha sólida ligação com o PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional), uma vez que este depende do PCMAT para sua melhor aplicação. SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO A elaboração do PCMAT é realizada em 5 etapas: 1. Análise de projetos: É a verificação dos projetos que serão utilizados para a construção, com o intuito de conhecer quais serão os métodos construtivos, instalações e equipamentos que farão parte da execução da obra. 2. Vistoria do local: A vistoria no local da futura construção serve para complementar a análise de projetos. Esta visita fornecerá informações sobre as condições de trabalho que efetivamente serão encontradas na execução da obra. SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO 3. Reconhecimento e avaliação dos riscos: Nesta etapa é feito o diagnóstico das condições de trabalho encontradas no local da obra. Surgem, então, a avaliação qualitativa e quantitativa dos riscos, para melhor adoção das medidas de controle. 4. Elaboração do documento base: É a elaboração do PCMAT propriamente dito. É o momento onde todo o levantamento anterior é descrito e são especificadas as fases do processo de produção. SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO 5. Implantação do programa: O processo de implantação do programa deve contemplar: • Desenvolvimento/aprimoramento de projetos e implementação de medidas de controle; • Adoção de programas de treinamento de pessoal envolvido na obra; • Especificação de equipamentos de proteção individual; • Avaliação constante dos riscos, com o objetivo de atualizar e aprimorar sistematicamente o PCMAT; SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO • Estabelecimento de métodos para servir como indicadores de desempenho; • Aplicação de auditorias em escritório e em campo, de modo a verificar a eficiência do gerenciamento do sistema de Segurança do Trabalho. SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO Principais riscos de acidentes: Os maiores causadores de acidentes fatais na construção são, pela ordem: quedas (de trabalhadores e de materiais), choques elétricos e soterramentos. Embora graves, ocorrências desse tipo podem ser evitadas adotando-se medidas muitas vezes simples, já previstas nas normas reguladoras, como: • Quedas de trabalhadores - Evitáveis, por exemplo, com o uso de cintos do tipo paraquedista presos a ancoragens firmes; com o uso de andaimes e cadeiras suspensas devidamente instaladas e utilizadas, além da instalação de proteção na periferia das lajes e a implantação de plataformas secundárias. SEGURANÇA NA CONSTRUÇÃO • Quedas de materiais - Acidentes dessa natureza podem ser evitados com boa sinalização no canteiro e o isolamento do piso inferior onde os serviços estejam sendo executados. • Choques elétricos - Evitáveis com a devida identificação de quadros e circuitos. Além disso, a elaboração de um projeto das instalações elétricas provisórias ajuda a prevenir acidentes e diminui a improvisação. • Soterramentos - Podem ser evitados com boas práticas de escavação, demolição e contenção. Para minimizar danos, também são fundamentais planos de comunicação e emergência exaustivamente testados. LOGISTICA NO CANTEIRO Um bom plano de logística requer análise prévia detalhada das características do empreendimento, tais como localização, tipo de ocupação do bairro, edificações vizinhas, vias de acesso disponíveis, legislação de tráfego, volume de materiais e serviços, tipologia da obra, nível de especialização da mão-de-obra e grau de industrialização dos materiais e componentes. LOGISTICA NO CANTEIRO De forma geral, pode-se dizer que o planejamento logístico é uma metodologia ou um processo administrativo para o emprego de conceitos, técnicas e procedimentos, assim como na utilização da tecnologia da informação, de forma a encaminhar e maximizar a produtividade numa cadeia de suprimentos. O custo logístico cresce com o aumento do nível de serviço, o que requer um balanço entre as vantagens produzidas pelo melhor serviço e os custos necessários para promovê-lo. LOGISTICA NO CANTEIRO Princípios para nortear(encaminhar) a logística: • Quando a armazenagem for inevitável, procure utilizá-la pelo aproveitamento cúbico e não linear ou metragem quadrada • Se o transporte é inevitável, procure o meio mais adequado com relação ao que vai ser transportado e as condições em que vai ser feito • O caminho mais curto é a linha reta. Procure aproximar-se dela quando desejar percorrer dois pontos LOGISTICA NO CANTEIRO • A força motora mais econômica é a da gravidade: utilizá-la sempre que possível • Sempre que transportar algo, preveja cargas de retorno. Equipamentos de transporte circulando vazios é tempo perdido e custo garantido • Unicidade de cargas a serem transportadas é garantia de redução de manuseio e de tempo, sem contar as perdas de materiais por quebras e extravios EXERCÍCIOS 1) Quais são os principais objetivos de um planejamento de canteiro de obras? 2) Quais são os fatores que se deve atentar para o planejamento de um canteiro de obras? 3) O que é um cronograma de implantação? 4) O que é PCMAT? Qual é sua importância para a segurança do trabalho nas obras de construção civil? EXERCÍCIOS 5) Com base em normas Brasileiras, oque seria uma área operacional? 6) Quais são os maiores fatores causadores de acidentes fatais dentro da construção? 7) Defina macro layout e micro layout. 8) Cite alguns itens que encontramos na área Operacional. 9) Cite fatores norteadores que melhor encaminham a logística. EXERCÍCIOS 10) Ao que se refere a norma 12.284? 11) Cite as principais etapas da elaboração do PCMAT. 12) Com base em normas Brasileiras, oque seria uma área de vivência? 13) Cite alguns itens que encontramos na área de vivência. 14) “Mantém a mão de obra contratada”. A qual item do planejamento a ser considerado pertence? EXERCÍCIOS 15) Vestiário, faz parte de qual local dentro do canteiro de obras? 16) Do que se trata a NR 18? 17) Portaria, faz parte de qual local dentro do canteiro de obras? 18) Como deve ser mantido o depósito em canteiro de obras? 19) Defina: Canteiro de Obras. 20) Existe alguma regra para alojamento em canteiros de obra? Se sim exolique. BIBLIOGRAFIA ABNT. NBR:12284 Áreas de vivência em canteiros. Rio de Janeiro, 1991. MINISTÉRIO DO TRABALHO. NR-18 Condições e meio ambiente do trabalho na indústria da construção. Brasília, 1995. 43p. SOUZA, U. E. L. de. Projeto e implantação do canteiro. São Paulo: Produtos e Difusão, O Nome da Rosa, 2000. 96p ISBN 8586872105 (broch.) 5 Obras de Contenção.pdf OBRAS DE CONTENÇÃO ESTABILIDADE DE TALUDES MUROS DE GRAVIDADE INTRODUÇÃO Taludes ou encostas naturais são superfícies inclinadas de maciços terrosos, rochosos ou mistos (ambos) que podem apresentar modificações antrópicas – cortes, desmatamentos, carregamentos, etc. INTRODUÇÃO Taludes de Corte - Originário de escavações. Taludes Artificiais - Declives de aterros construídos com materiais de diferentes granulometrias e rejeitos (incluindo rejeitos urbanos e industriais). corte artificial INTRODUÇÃO Em decorrência da ocupação desordenada em diversas áreas urbanas, principalmente em época de chuvas, potencializa os processos de escorregamentos dessas encostas ou movimentos de taludes, acarretando consequências sociais, econômicas e ambientais, onde a perda de vidas humanas regularmente é estampada nos órgãos específicos. PROCESSOS DE INSTABILIZAÇÃO Dentre os diversos trabalhos que tratam de forma completa a evolução, os critérios, as restrições e aspectos importantes dos escorregamentos e movimentações de encostas, o de Varnes (1978) apresentado na Tabela 1, sintetiza todos esses aspectos de forma simplificada, associando cada tipo de movimento a um conjunto de características (profundidade, raio de alcance, material instabilizado, potencial destrutivo, etc). PROCESSOS DE INSTABILIZAÇÃO Tais aspectos classificatórios, em conjunto com o entendimento dos agentes e causas de instabilização (GUIDICINI E NIEBLE, 1976), permitem formular propostas preventivas e corretivas. Tabela 1 Classificação dos movimentos de encosta segundo Varnes (1978) FINO QUEDAS de terra TOMBAMENTO de terra abatimento de terra de blocos de terra TRANSACIONAL MUITAS UNIDADES de terra EXPANSÕES LATERAIS de terra de terra ROTACIONAL CORRIDAS E ESCORREGAMENTOS COMPLEXOS COMBINAÇÃO DE DOIS OU MAIS TIPOS DE MOVIMENTOS de rocha de rocha RASTEJO PROFUNDO RASTEJO DE SOLO POUCAS UNIDADES POUCAS UNIDADES de detritos de detritos de detritos de rocha de rocha abatimento de rocha de bloco rochosos de rocha de detritos de detritos abatimento de detritos de blocos de detritos ESCORREGAMENTOS TIPO DE MATERIAL ROCHA TIPO DE MOVIMENTO SOLO(ENGENHARIA) GROSSEIRO FATORES CONDICIONANTES A deflagração das instabilizações de taludes e encostas é controlada por uma cadeia de eventos, tendo sua origem na formação da própria rocha e geomorfologia subsequente, como movimentos tectônicos, intemperismo, erosão e formação dos solos, ação antrópica. : FATORES CONDICIONANTES • morfologia ou inclinações, amplitudes e forma do perfil das encostas (retilíneo, côncavo ou convexo); • características climáticas, principalmente o regime pluviométrico; De forma resumida: pode-se apontar os seguintes principais condicionantes dos escorregamentos e processos correlatos na dinâmica ambiental brasileira: • distribuição do material que compõem o substrato das encostas; • regime das águas de superfície e subsuperfície; • uso e ocupação, cobertura vegetal e intervenção antrópica nas encostas (cortes e aterros), concentração de água pluvial e servida. ESCOLHA DO MÉTODO DE ANÁLISE A estabilidade de taludes é definida em termos determinísticos, através de um fator de segurança (FS) que representa a razão entre a resistência disponível e as solicitações atuantes. Diversos métodos de análise atendem ao critério citado acima sendo que, sua escolha, depende do tipo de ruptura que pode ocorrer ou que já ocorreu em um determinado talude. A Tabela 2 procura padronizar as análises e reduzir a chance de enganos, indicando quais procedimentos devem ser adotados. TIPOS DE CONTENÇÕES Contenção é todo elemento ou estrutura destinado a contrapor-se a empuxos ou tensões geradas em maciços cuja condição de equilíbrio foi alterada por algum tipo de escavação, corte ou aterro. No âmbito da engenharia civil, os critérios para escolha da solução levam em consideração os seguintes aspectos: econômico, prazo de execução, segurança, aspecto ambiental, interferências, aspectos construtivos. TIPOS DE CONTENÇÕES Tabela 2 – Procedimentos para análise de taludes – escolha do método TIPOS DE CONTENÇÕES Algumas características existentes a GEO-RIO (2000) visam variáveis soluções possíveis como: Muros de concreto armado ou ciclópico, e de alvenaria de pedras, muros ou taludes de solo reforçado, retaludamento e criação de plataformas, proteção com concreto projetado, cortinas ancoradas, grelhas e placas de concreto armado e telas metálicas ancoradas, solo grampeado, execução de drenagem superficial e profunda, remoção de blocos de rocha, barreiras de impacto e falso túnel, entelamentos. TIPOS DE CONTENÇÕES A realização de um projeto de estabilidade de encosta implica as seguintes fases: •vistoria e diagnóstico (perfil geológico e geotécnico, parâmetros das camadas, levantamento planialtimétrico, interferências, cortes e perfiz); •análise de estabilidade; •detalhamento do projeto; •implantação da obra; •monitoramento e manutenção TIPOS DE CONTENÇÕES Segundo a NBR 11682 o projeto deve conter: •Descrição e caracterização do local e condicionantes (item 5.3 da norma salienta da necessidade emissão de laudo de vistoria do local de implantação por engenheiro geotécnico ou geólogo); •Informações sobre a forma de obtenção dos dados utilizados no projeto (dados geométricos, sobrecargas, níveis de água, parâmetros do terreno, fatores de segurança, etc); •Análise de estabilidade; •Plano de monitoramento (se assim for necessário); •Especificações de materiais e procedimentos executivos; •Desenhos; •Planilha de quantidades dos materiais e serviços; •Plano de manutenção (parte integrante do projeto constante no manual do usuário). TIPOS DE CONTENÇÕES Tabela 3: Soluções possíveis para estabilização de taludes em solo TIPOS DE CONTENÇÕES O primeiro passo no dimensionamento de muros de arrimo ou taludes é a análise do estado de tensões que depende das deformações laterais. Para tanto é usada a teoria clássica de RANKINE (1857) ou de COULOMB (1776)2 para empuxos de solo, válida para muros com qualquer inclinação. TIPOS DE MUROS DE GRAVIDADES Geralmente, de grande espessura, equilibra as pressões laterais que provocam o empuxo com o próprio peso. São normalmente utilizados onde o solo apresenta elevada capacidade de suporte. Podem ser de Alvenaria de pedras: geralmente para alturas inferiores que 3m, pedras empilhadas manualmente, argamassadas ou não. Argamassados tem pouca tolerância a recalques na base e necessitam de filtro entre o tardoz e o solo. TIPOS DE MUROS DE GRAVIDADES Concreto ciclópico: Viáveis para alturas menores que 3m, preenchimento de formas com concreto e pedras de mão. Seção transversal trapezoidal com pouca tolerância a recalques e necessitam de filtro e barbacãs. TIPOS DE MUROS DE GRAVIDADES Muro de gabiões: Gaiolas metálicas empilhadas preenchidas com pedras arrumadas manualmente apresentando face externa vertical e interna (contato com o solo) em degraus. A face externa pode ser construída com uma pequena inclinação em relação à vertical em direção ao retroaterro (1H:5V a 1H:10V)3. Gabião tipo manta, semelhante ao tipo manta, com pequena espessura e grande extensão, pode ser uma boa solução para revestimento de taludes de canais de escoamento em solo, escadas dissipadoras, revestimento de margens de rios ou obras hidráulicas. TIPOS DE MUROS DE GRAVIDADES Muro de sacos de solo-cimento: Sacos de poliéster preenchidos com solo estabilizados com cimento na proporção de 1:10 a 1:15 (cimento/solo em volume), são empilhados para formar um muro de gravidade em alturas inferiores a 3m, com boa tolerância a recalques (ABCP, 1987). Boa aceitação para uso em áreas submersas para recomposição de taludes erodidos. TIPOS DE MUROS DE GRAVIDADES Muros de solo reforçado: Constituídos por solo compactado reforçado mantas (geotêxteis) fitas ou grelhas (geogrelhas) conferindo resistência à tração. Geralmente o acabamento da face externa (vertical ou inclinada) é construído em concreto projetado sobre malha, blocos pré-moldados de concreto intertravados ou placas pré-moldadas de concreto. Por vezes utiliza-se vegetação para proteção da face. Podem atingir grandes alturas de até 70m. Em geral (para sua estabilidade) a largura da base é de 0 a 80% da altura total e o espaçamento vertical da camada de reforços entre 20 e 80cm. Tem boa tolerância a recalques e – em caso de reaterros com solos finos há necessidade de filtros de areia junto ao tardoz. TIPOS DE MUROS DE GRAVIDADES Muros de Flexão em concreto armado: De custo e mão de obra elevados constituídos por base em forma de laje enterrada no terreno de fundação e placa vertical ou subvertical, ambos de concreto armado, resistindo aos esforços de flexão provocados pelo empuxo no tardoz. Contrafortes podem ser utilizados – espaçados em cerca de 70% da altura (aprox 5m) do muro – para minimizar a espessura. OBRAS DE CONTENÇÃO ESCORAMENTOS CORTINAS E REFORÇOS INTRODUÇÃO Desde a década de 1980, em áreas urbanas, tem-se verificado que paulatinamente vem-se gastando menos com fundação e cada vez mais com arrimos nas escavações circunvizinhas, fato este devido ao número de subsolos mais profundos subsolos. Também são notáveis, as necessárias contenções das escavações em estradas, ferrovias e outras que se destinam equilibrar os esforços horizontais com o mínimo de deslocamento da estrutura de contenção. Neste tópico serão abordadas soluções de sustentação para taludes instáveis através de técnicas especiais, como geossintéticos, paredes atirantadas, solo grampeado, microestacas, dentre outros. ESTRUTURAS COM GEOSSINTÉTICOS São produtos poliméricos (naturais ou sintéticos) industrializados, para aplicação em obras geotécnicas, cujas funções são: reforço; filtro; drenagem; impermeabilização; controle de erosão e separação de materiais. As estruturas em solos reforçados necessitam de elementos que componham sua face visando a proteção do geossintético contra as intempéries (agentes químicos, raios ultravioletas), contra o vandalismo ou para atender especificações particulares de projeto. Faceamento mais comuns são: o auto envelopamento revestido com concreto projetado ou alvenaria; auto envelopamento com sacos de solo cimento ou de solo com sementes e terra vegetal; gabiões; blocos ou painéis pré-moldados. Como reforços sintéticos, dependendo da função a ser desempenhada, pode- se utilizar os geotêxteis ou as geogrelhas (NBR 12553). ESTRUTURAS COM GEOSSINTÉTICOS Coberturas vegetais podem ser eficientes em taludes acabados com inclinações inferiores a 60°, sendo colocada livremente ou fixada ao talude por meio das geocélulas, geogrelhas. Para manter o gabarito da face, os muros auto-envelopados utilizam formas removíveis em L, não sendo necessárias quando do uso de sacos de solo cimento e terra vegetal. A Figura 1 apresenta as diversas alternativas para proteção de taludes em geotêxtil. ESTRUTURAS COM GEOSSINTÉTICOS Figura 1: Alternativas de proteção superficial da face do muro reforçado com Geotêxtil. ESTRUTURAS COM GEOSSINTÉTICOS O uso de blocos de concreto como acabamento é uma solução esteticamente agradável. A interligação entre os blocos e as camadas de reforço pode ser feita por pinos, saliências ou reentrâncias ou barras. Para estruturas de contenção em aterro reforçado com geossintéticos com face vertical, recomenda-se que o espaçamento máximo entre camadas de reforço seja limitado a 1 metro, evitando deformações da face (GEO-RIO, 2000, p. 39) Os painéis geossintéticos podem ser solidarizados através de costuras ou transpasse, devendo ser evitadas aquelas na direção transversal da estrutura (paralelas à face da estrutura). As mantas geotêxteis podem ser usadas em taludes revestidos por gabiões tipo caixa (Figura, 2), ou como proteção de margens, taludes de barragens ou canais. ESTRUTURAS COM GEOSSINTÉTICOS Figura 2: Uso do geotêxtil como camada intermediária para proteção de margens. GRAMPOS Solo grampeado (soil nailing) de acordo com a norma ABNT NBR 5629, consiste na contenção do maciço com a execução de chumbadores, concreto projetado e drenagem. Enquanto os chumbadores promovem a estabilização geral do maciço, o concreto projetado atua como proteção contra a erosão, e a drenagem auxilia em ambos os casos. Diferentemente das ancoragens, os grampos não são tensionados, considerados como elementos passivos, pois só entram em carga de trabalho após mobilizados pela deformação do solo. Dessa forma, a instabilidade do maciço (taludes naturais, rompidos ou de escavações), que geram as tensões na zona ativa da massa de solo, é transferida aos grampos por atrito e as cargas que chegam à face do muro são baixas, dispensando-se um faceamento robusto. GRAMPOS A execução acompanha a processo de escavação em etapas (geralmente 1 a 2 m de profundidade), conforme apresentado na Figura 3. Consiste em perfurações com diâmetro de 75mm a 125mm para introdução de barras de aço CA-50. Os grampos são posicionados sub-horizontalmente (aproximadamente a 15° com a horizontal) e fixadas através de calda de cimento. Essa injeção é executada a partir do fundo do furo, preenchendo-o totalmente (diferentemente do tirante protendido que mantém um trecho livre). GRAMPOS Figura 3: Fases de execução típica de escavações grampeadas GRAMPOS A força máxima mobilizada ao longo do grampo (Tmax) ocorre na interseção do grampo com a superfície de ruptura, conforme apresentado na Figura 4. Figura 4: Força mobilizada no grampo e modelo de grampeamento GRAMPOS A Figura 4 apresenta detalhes da montagem. A confirmação do projeto de grampeamento é feito a partir de ensaios em campo de arrancamento para análise do atrito na interface solo-grampo. A carga máxima do ensaio é: Tmax=0,9.fy.As fy = tensão de escoamento do aço. As = Área da seção transversal útil da barra. GRAMPOS Figura 4: Detalhe do ensaio de arrancamento. (a) montagem e injeção dos grampos e (b) aplicação de carga. TIRANTES O atirantamento de paredes de contenção é feito, na maioria das vezes, por ancoragens reinjetáveis e protendidas, as quais podem transferir ao terreno cargas elevadas e, devido à técnica de protensão, geram deslocamentos mínimos das paredes. Essas ancoragens normalmente são constituídas de um furo do maciço preenchido com calda de cimento, contendo no seu interior um elemento resistente à tração (tirante) e um tubo com válvulas para posterior injeção de calda de cimento sob pressão, em fases sucessivas, para formação do bulbo de ancoragem. Diferentemente dos grampos (chumbadores), parte do furo onde se insere a barra de aço não é preenchida com calda de cimento (em geral formada pela mistura de água e cimento, na proporção água/cimento=0,5 em peso), possibilitando sua posterior protensão. De acordo com Yassuda e Dias (1996), a extremidade que fica fora do terreno é denominada cabeça que tem a função de escorar e suportar a estrutura e a enterrada é conhecida por trecho ancorado ou bulbo, e designada como comprimento ou bulbo de ancoragem, conforme Figuras 5 e 6. O trecho que liga a cabeça ao bulbo é conhecido por trecho livre ou comprimento livre (LL). TIRANTES Figura 5: Características do tirante. TIRANTES PROTEÇÃO SUPERFICIAL COM PROJETADO Execução de camada protetora de concreto com agregados muito finos sobre armadura de aço. Dois procedimentos executivos para sua aplicação (Figura 8) 1.Mistura seca: adicionamento da água aos materiais cimentícios, agregados e aditivos em pó, no bico da projetora. 2.Mistura úmida: todos os materiais a serem aspergidos são previamente misturados. Dosagem e cura do concreto projetado. Aditivo acelerador da pega entre 0 e 5% do peso do cimento. Fator água-cimento entre 0,35 e 0,45 com consumo de cimento entre 350kg/m³ e 450 kg/m³. Curar o concreto projetado imediatamente após a projeção por umedecimento durante 24 horas. Prosseguir com a cura (umedecimento) por sete dias até obtenção da resistência média. Posteriormente proceder com a execução de furos de drenagem com introdução de barbacãs se assim for necessário. PROTEÇÃO SUPERFICIAL COM PROJETADO Figura 8 - execução de concreto projetado EXERCÍCIOS 1 – Classifique os movimentos de encosta segundo Varnes. 2 – Explique como se determina a estabilidade dos taludes. 3 – Segundo estudo, quais são os tipos de contenções? Explique cada uma delas. 4 – Segundo a NBR 5629, o que é solo grampeado? 5 – Defina estruturas geossintéticas. 6 – Como é realizado o atirantamento de paredes de contenção? 7 – Quais os procedimentos para a execução da proteção superficial com concreto projetado? BIBLIOGRAFIA ABCP – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND – Argamassa Armada. Definição, histórico e desenvolvimento. São Paulo, Estudo Técnico n. 88, 39p. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR 06497: Levantamento Geotécnico. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR 8037: Programação de Sondagens. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR 8044: Projeto Geotécnico – Procedimento. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR 09061: Segurança de Escavação a Céu Aberto. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR 09732: Projeto de Terraplanagem. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR 11682: Estabilidade de Encostas. DOMINGUES, P. C.: Indicações para projetos de muros de arrimo em concreto armado. São Carlos. Dissertação (Mestrado) – Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, 1997. GEO-RIO: Manual Técnico de Encostas – Volume I. Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, 2000. GUIDICINI, G.; NIEBLE, C. M.: Estabilidade de taludes naturais e de escavação. 2ª. Ed., São Paulo, Edgard Blücher Ltda, 196p., 1984. MOLITERNO A.: Caderno de Muros de Arrimo. 2ª. Edição, Editora Edgard Blücher Ltda, 1994. VARNES, D. J.: "Slope movement: types and processes". In: SCHUSTER, R. L.; KRIZEK, R. J. (Eds). Landslides: Analysis and Control. In: Transportation Research National Academy of Sciences, Washington D.C., Special Report 176, PP. 12 – 33, 1978. 6 Pavimentação.pdf PAVIMENTAÇÃO INTRODUÇÃO O pavimento: é uma estrutura de múltiplas camadas de espessuras delimitadas, construída sobre a superfície final de terraplenagem, destinada técnica e economicamente a resistir
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