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INTRODUÇÃO A Palmeira-leque (Licuala grandis) é uma espécie de pequeno porte, que dificilmente ultrapassa os três metros de altura. Seu estipe (tronco) é único e de pouco diâmetro. Ela chama atenção, no entanto, por suas folhas tão singulares. Elas são grandes, redondas a triangulares, coriáceas, de cor verde-brilhante, plissadas e com margem denteada. Estas folhas são sustentadas por pecíolos fortes, longos e espinhentos. Apenas os indivíduos já com tamanho considerável de tronco florescem e frutificam. As flores são de cor creme, diminutas e surgem em inflorescências ramificadas que despontam em longos cachos. Os frutos são vermelho-alaranjados, esféricos e bastante decorativos. Ocorre ainda uma forma variada da planta com belas folhas listradas de branco. A espécie tem um crescimento lento, sendo mais utilizada e conhecida decorando ambientes internos bem iluminados, envasada, como uma folhagem estonteante. Há que se tomar o cuidado de colocá-la em ambientes bastante amplos, pois pode facilmente ficar desproporcional ao local. O importante é que neste caso se atenda a um principal requisito, o local de plantio deve ser tipicamente tropical, ou seja, quente e úmido. Desta forma, pode ser aproveitada isolada, como destaque, ou formar fileiras, grupos e pequenos conjuntos. Exige pouca manutenção, que consiste na remoção das folhas velhas e secas e fertilizações regulares durante as estações quentes. Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia sombra, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Aprecia o calor e umidade tropicais. Não resiste às geadas, estiagem ou frio intenso. Em locais de clima quente e seco, é primordial conduzi-las sob meia sombra. Resguarde as plantas envasadas de ambientes com ar condicionado. Pode ser cultivada em regiões litorâneas, mas é interessante protegê-la dos ventos fortes, que rasgam suas folhas, estragando seu magnífico aspecto. Multiplica- se por sementes recém-colhidas, despolpadas e escarificadas, postas a germinar em substrato arenoso, mantido úmido. Germina em cerca de 120 dias. Como outras espécies de palmeiras, é importante manter os indivíduos jovens protegidos do sol direto por alguns anos após o plantio e posteriormente efetuar uma exposição gradual ao sol, para que a planta possa se adaptar. NEMATOIDES Os nematoides são animais invertebrados, geralmente microscópicos, pertencendo a um filo próprio: Nematoda Potts, 1932 (MAGGENTI, 1981; BONGERS; FERRIS, 1999; HUGOT ET AL., 2001). Estima-se que existe 1 milhão de espécies de nematoides, das quais mais que 20 mil já foram descritass (EISENBACK, 1998). Nematoides fitoparasitas (ou fitonematoides) são vermes microscópicos que habitam o solo e atacam as plantas geralmente as raízes ou outros órgãos subterrâneos, causando danos às culturas e acarretando em diversos prejuízos. Entre os nematoides de maior importância agrícola, podem ser citados: Meloidogyne spp (nematoide das galhas), Pratylenchus spp. (nematoide das lesões radiculares), Heterodera glycines lchinohe (nematoide dos cistos da soja), Rotylenchulus reniformis Linford e Oliveira (nematoide reniforme) e etc.. OBJETIVO O presente artigo teve como proposta avaliar e identificar a presença de Nematoides (MELOIDOGYNE SP) nas raízes da Palmeira-leque e no solo onde a planta estava instala. MATERIAL E MÉTODOS COLETA Foram coletadas na cidade de Bom Jesus da Serra – BA, o solo para ser instalado muda da Palmeira-leque com quatro meses de idade,raízes e solos da cultura acerola e levados para o laboratório de Nematologia e Fitopatologia (Foto 1). Foto 1. Palmeira-leque (Licuala grandis) LABORATÓRIO No laboratório de Nematologia e Fitopatologia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, Campus de Vitória da Conquista – BA, entre os dias 01 de Julho de 2014, foram retiradas as raízes e 300 g de solo. As raízes passaram pelo processo de assepsia e posteriormente foram colocados em câmara fria para estimulo do crescimento do patógeno. As raízes e o solo coletados passaram pelo processo de extração de nematoide. A extração de nematoide da raiz foi pelo método de Coolen & D’Herde, 1972. A extração de nematoide em solo foi feita pelo método de Jenkins, 1964. Em seguida, foram feitas identificações em dois tubos de ensaio, com marcador permanente: R1 PALMEIRA (raiz) e R2 PALMEIRA (solo) o material foi condicionado a refrigeração para após passar por avaliação. Foto 3. Agnaldo (Lú) Técnico do Laboratório. EXTRAÇÃO DE NEMATOIDES NO SOLO (JENKINS, 1964) Método da flutuação centrífuga em solução de sacarose 1. Homogeneíze bem a amostra de solo, utilizando luvas nas mãos. 2. Retire uma alíquota de 300 cm de solo e despeje em um balde ou bacia, cobrindo com água, aproximadamente 1 litro ou até menos. Mexa bem o solo com a água, de tal forma que os torrões possam ser desagregados, liberando os nematoides para a suspensão. 3. Verta o líquido através de uma peneira de malha 20 Mesh que deve estar sobre ma bacia para recolher a suspensão que passa. Cuidado para não deixar passar o excesso de solo, é apenas a água suja contendo os nematoides. 4. Jogue o que restou do solo na bacia para um balde que servirá de lixo. Quando este balde estiver cheio, jogue o solo em local que não vá infestar a área com nematoides. 5. Verta a suspensão da bacia através de uma peneira de 400 ou 500 Mesh. 6. Para auxiliar na passagem mais rápida da água pela peneira e assim concentrar os nematoides com as impurezas na peneira, deve-se bater suavemente na lateral da peneira. 7. Com o auxilio de uma pisseta, e com jatos fortes de água, recolha o liquído e impurezas da peneira de 400 ou 500 Mesh para um Becker com capacidade para 100 ml. Recolha, no máximo, 40 ml da suspensão final. Se não conseguir esse volume, devolva para a peneira e comece de novo. RESULTADOS E DISCUSSÃO RAIZ E SOLO Nas Raízes e no solo foram encontrados nematoides de vida livre do gênero meloidogyne Sp.(tabela 1). Foi encontrado 46 nematoide no solo, enquanto na raiz não foi possível a visualização de nenhum destes. NEMATOIDE Meloidogyne sp. Rotylenchulus sp. Helicotylenchus sp. Raiz 46 - Solo - - Tabela 1. Identificação da população de fitonematóides Foto 2. Nematoides no solo da Planta Foto 3. Nematoides de VIda-Livre IMPORTÂNCIA DE DOENÇA DE PLANTA O processo de doença envolve alterações na fisiologia do hospedeiro. Com base neste aspecto, George L.McNew, em 1960, propôs uma classificação para as doenças de plantas baseada nos processos fisiológicos vitais da planta interferidos pelos patógenos. Assim, de acordo com McNew, o desenvolvimento de uma planta a partir de uma semente contida num fruto envolveria várias etapas sequenciais, como o apodrecimento do fruto para a liberação da semente; o desenvolvimento dos tecidos embrionários da semente a partir das reservas da mesma; a formação dos tecidos jovens, como radícula e caulículo, ainda a partir das reservas nutricionais da semente; a absorção de água e minerais pelas raízes; o transporte de água e nutrientes minerais através dos vasos condutores; o desenvolvimento das folhas, que passam a realizar fotossíntese,tornando a planta independente das reservas da semente; o desenvolvimento completo da planta, tanto vegetativa como reprodutivamente, graças aos materiais sintetizados por ela. Considerando que estes processos vitais podem sofrer interferências provocadas por diferentes patógenos, McNew propôs grupos de doenças. GRUPO DE DOENÇAS DE PLANTAS CORRESPONDES Com base no estudo do grupo de doenças de plantas e a proposição de McNew, pode-se agrupar as doenças encontradas nesse trabalho como na tabela a seguir: Fabela 2. Quadro com grupos de doenças. McNew, (1960) CONCLUSÃO Nas amostras de Raiz foram encontrados 46 nematoides fitopatogênicos, do gênero meloidogeny Sp. causando assim o reduzido crescimento das plantas. Na raízes não houve a presença do microrganismo. Patógeno Grupo I Grupo II Grupo III Grupo IV Grupo V Grupo VI meloidogyne x BIBLIOGRAFIA BERGAMIN FILHO, A.; KIMATI, H.; AMORIM, L. Manual de Fitopatologia. Volume 1: Princípios e conceitos. 3. ed. São Paulo: Ceres, 1995. JENKINS, W.R. A rapid centrifugal-flotation technique for separating nematodes from soil. Plant Disease Reporter, St Paul, v.48, p.692, 1964. COOLEN W.A.; D'HERDE, C.J. A method for quantitative extraction of nematodes from plant tissue. Merelbeke: Ghent State Agriculture Research Center, 1972. 77p. http://www.jardineiro.net/plantas/palmeira-leque-licuala-grandis.html – Acessado em 27 de junho de 2014. http://www.fazfacil.com.br/jardim/palmeira-licuala/ - Acessado em 02 de julho de 2014.
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