DPC SATPRES Administrativo RBaldacci Aula6 Aula8 01042013 TiagoFerreira

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DPC SEMESTRAL 
Direito Administrativo 
Roberto Baldacci 
Data: 01/04/2013 
Aula 8 
 
DPC SEMESTRAL – 2013 
Anotador(a): Tiago Ferreira 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
RESUMO 
SUMÁRIO 
 
1) Licitações; 
 
 
LICITAÇÕES: 
 
1) Parte Geral: 
 
Licitação é um procedimento administrativo (Não é nem ato nem processo administrativo. A lei fala em ato 
complexo - ESTÁ ERRADO). 
 
Este procedimento é sempre vinculado a uma lei (não existe analogia ou interpretação extensiva). 
 
Competência Legislativa: É exclusiva da União para editar “normas gerais” (criar, alterar ou extinguir 
modalidades e tipos licitatórios). Não é competência concorrente com os Estados e Municípios, e na falta da 
norma geral federal NINGUÉM pode editar norma geral supletiva (Logo, Estados e Municípios SÓ podem 
legislar sobre licitações para regras locais referentes a atos, documentos, horários etc). 
Atentar que Estados e Municípios podem legislar licitações, porém não sobre normas gerais. 
 
Objetivos da Licitação: 
 
a) Alcançar a melhor proposta ao interesse público; 
b) Garantir a isonomia de condições para todos os participantes nas disputas; 
*c) Promover o desenvolvimento nacional - Margem de preferência (quando o objeto da licitação envolver 
tecnologia ou automação uma empresa brasileira que empregue tecnologia nacional pode ser declarada 
vencedora, ainda que cobre até 25% mais caro que os concorrentes). 
 
Exceções legais à obrigatoriedade licitatória: 
 
I) Inexigibilidade licitatória: 
 
São todas as situações concretas em que a disputa é inviável. 
 
*Na lei o rol exemplificativo possui apenas três hipóteses e o administrador pode decretar outras 
inexigibilidades por sua conta e risco, desde que comprove que a disputa é inviável: 
 
a) Quando houver apenas um fabricante, produtor, técnico, objeto etc (inviável a disputa). 
 
b) Para serviços singulares prestados por profissional com notória especialização (serviço singular é aquele que 
só pode ser prestado por um determinado profissional altamente qualificado. Exemplo: para contratar serviços 
gerais advocatícios deverá haver licitação, pois se trata de um serviço técnico comum. Para uma determinada 
defesa técnica em uma corte internacional haverá inexigibilidade, pois são poucos os advogados que possuem 
essa capacidade e a disputa entre esses é inviável). 
 
 
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c) Para contratar artistas renomados (a administração quer explorar o prestígio do artista contratado). 
Nesta mesma hipótese é permitido contratar esportistas renomados, escritores renomados etc. 
 
II) Dispensa licitatória: 
 
Nesta a disputa é viável, mas é prejudicial ao interesse público. 
 
*A lei determina em um rol taxativo as únicas hipóteses que autorizam a dispensa. São as principais: 
 
-Nas emergências e calamidades: Permitindo contratações sem licitação pelo prazo de até 06 meses (180 dias), 
não se permitindo a renovação do contrato; 
 
-Nas guerras e grave perturbação da ordem; 
 
-Para comprar produtos perecíveis (Neste caso é obrigatório cotar no mínimo três preços no dia da compra); 
 
-Quando envolver um “valor ínfimo” - Para a lei pode dispensar quando o valor envolvido for inferior a 10% 
dos limites permitidos para a modalidade convite (e quando o valor envolvido for de até 5% dos limites para 
convite, além de dispensar a licitação também é permitida a contratação VERBAL pela administração e o 
pagamento é direto através de “cartão corporativo” ou dinheiro). 
 
-Forças armadas: Para armamentos e produtos bélicos em geral não há licitação, MAS para produtos e serviços 
comuns as forças armadas devem licitar. 
 
-Licitação Deserta: Quando o edital é publicado, mas ninguém comparece para disputá-lo. O administrador 
pode ou repetir ou dispensar, mas, neste caso, deverá oferecer rigorosamente o mesmo contrato que havia 
sido publicado no edital deserto. 
 
Não confundir com “Licitação Fracassada”, que é aquela em que o edital é publicado e ocorre a disputa, mas 
ao final não há um vencedor para ser contratado (neste caso não pode dispensar e o administrador só poderá 
repetir o procedimento readequando o edital). 
 
Procedimento Geral da Licitação: 
 
Toda licitação (tanto da lei de licitações como de leis especiais) é iniciada por um “procedimento 
administrativo preparatório”, também conhecido como “fase fechada”: 
1º) É nomeada uma CJL - Comissão de Julgamento de Licitações; 
2º) A comissão verifica se é o caso de dispensa ou inexigibilidade; 
3º) Não sendo, a comissão elabora o contrato e o edital, escolhendo a modalidade e o tipo licitatórios (Quando 
o edital e o contrato estiverem prontos a fase fechada está encerrada). 
 
 
Definição da Modalidade (modalidade é o rito procedimental): 
 
 
I) Modalidades Especiais: Aquelas que não estão na L 8.666/93, mas, sim, em leis especiais. 
 
1) Lei 12.462/12 - RDC (Regime Diferenciado de Contratação): Utiliza RDC para contratar obras, serviços e 
compras para Copa do Mundo, Olimpíadas e para o Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC). 
 
*Nesta é permitido decretar o sigilo dos valores envolvidos. 
 
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*Ela pode ser “aberta”, oportunidade em que os participantes poderão fazer lances orais sucessivos, assim 
como no pregão, OU pode ser “fechada”, situação em que cada interessado faz apenas um lance por escrito, 
assim como na concorrência. 
 
*Ela pode ser “normal”, fazendo a habilitação no início, ou pode ser “invertida”, quando a habilitação é feita 
após a disputa. 
 
2) Lei 10.520/02 - Pregão: Para a União, Estados e Municípios adquirirem bens comuns ou contratarem 
serviços e obras comuns. 
 
*Em regra é eletrônico, sendo que todos os atos são feitos através da internet, mas pode ser adotada a forma 
“presencial” em que os participantes comparecem em audiências. 
 
*É licitação invertida em que a habilitação dos participantes é feita somente ao final. 
 
*O pregão atravessa duas fases: 
 
A primeira é a classificatória, quando cada interessado tem apenas um lance escrito. A menor proposta e 
aqueles que não a superam em até 10% estarão classificados. 
 
Segunda fase: Os classificados poderão apresentar livremente quantos lances quiserem baixando seus preços. 
 
3) Lei 8.987/95 - Concorrência especial: Utilizada nas concessões de serviços públicos - Esta também pode ser 
“invertida”. 
 
4) Cotação ou Consulta de preços: Própria das agências reguladoras. 
 
5) Simplificada: Modalidade privativa da Petrobrás. 
 
 
II) Modalidades Comuns da Lei de Licitações da L 8.666/93: 
 
1) Concurso: Para a administração receber trabalhos técnicos ou artísticos. 
 
O vencedor não recebe pagamento, mas apenas um prêmio em troca dos direitos autorais. 
 
2) Leilão: Para a administração vender seus bens móveis, mercadorias apreendidas e, excepcionalmente, 
imóveis que a administração recebeu por dação em pagamento ou ação judicial. 
 
No leilão não se faz habilitação. 
 
3) Concorrência - Para: -Licitações internacionais; 
 -As concessões comuns; 
 -A venda de imóveis em geral (Essa é a regra - Exceção: Leilão nos casos supra 
 destacados em vermelho); 
 -Para grandes valores, sendo facultativa para médios e pequenos valores. 
 
Aberta para qualquer interessado. 
 
O edital é publicado de forma ampla e obrigatória. 
 
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Sequência de etapas da Concorrência: 
 
1º) Publica o edital; 
2º) Habilitação; 
3º) Disputa e classificação; 
4º) Homologação; 
5º) Adjudicação.