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PRÁTICA TRABALHISTA

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Prática Simulada II - Direito
do Trabalho - Teoria e Casos
Concretos
Prática Simulada II – Direito do Trabalho – Teoria e Casos
Concretos
Fonte: Universidade Estácio de Sá
 
SEMANA 1 :
A Petição Inicial
Conceito A petição inicial, instrumento de demanda, é1.
peça escrita, ou reduzida a termo, na qual o autor
formula o pedido de tutela jurisdicional ao Estado-juiz,
provocando-o para que realize o pronunciamento acerca do
direito no caso concreto.
Requisitos A petição inicial é prevista no artigo 840 da2.
CLT. Entretanto, por não exaurir o tema, aplica-se
subsidiariamente o disposto no artigo 319 do Novo Código
de Processo Civil, por força da expressa menção do
artigo 769 da CLT. Assim sendo, são requisitos da
petição inicial:
2.1. Endereçamento : (artigo 319, inciso I do NCPC) O Juízo a
que é dirigida. Neste ponto deve-se lembrar o disposto no
artigo 651 da CLT, cumulado com o disposto no artigo 114 da
CRFB, visando recordar a competência da justiça laboral. Obs.:
O endereçamento deve ser assim redigido: EXCELENTÍSSIMO DOUTOR
JUIZ DA ______ VARA DO TRABALHO DE ___________________
2.2. Qualificação das partes: (artigo 319, inciso II do NCPC e
artigo 840, §1º, da CLT) a qualificação das partes no processo
do trabalho (reclamante e reclamado), deve ser realizada com a
inserção do nome completo de cada parte, estado civil,
nacionalidade, profissão, nome dos ascendentes, data de
nascimento, número de identidade, número de CPF, número do
PIS, número da CTPS, endereço completo com CEP, no caso de ser
pessoa física, em sendo pessoa jurídica (reclamada), deverá
constar o nome (firma ou denominação) o número do CNPJ e o
endereço de sua sede, sendo desnecessária a indicação dos
nomes dos sócios.
Obs.: A qualificação das partes é um texto eminentemente
descritivo, no qual se faz uma descrição civil do autor, no
caso reclamante, e do réu, no caso reclamado.
Obs.2: A título de exemplo, a qualificação das partes deve
assim ser redigida: A, nacionalidade, estado civil, profissão,
nome dos ascendentes, data de nascimento, número da
identidade, número do CPF, número e série da CTPS, número do
PIS, endereço completo com o Cep, por seu advogado infra-
assinado, vem, à presença de Vossa Excelência, propor a
presente… … pelo rito (ordinário, sumário ou sumaríssimo), em
face de NOME DA EMPRESA, pessoa jurídica de direito___(público
ou privado)___, inscrita no CNPJ sob o nº (número do CNPJ),
com sede sito à (endereço), pelos fatos e fundamentos que
passa a expor: Obs.3: Caso o Reclamante não disponha de
informações que permitam a notificação do Reclamado, deverá o
juiz colaborar com aquele na obtenção dessas informações,
conforme dispõe o artigo 319, §1º, do Novo Código de Processo
Civil. Trata-se de regra inerente à colaboração judicial no
processo civil, que deve ser aplicada ao Processo Trabalhista
dada a sua principiologia. Obs.4: O tipo de procedimento a ser
adotado será aquele que se amoldar ao caso levandose em
consideração as peculiaridades dos procedimentos comuns
ordinário, sumário (até dois salários mínimos) e sumarissímo
(até 40 salários mínimos).
2.3. Os fatos e fundamentos jurídicos do pedido: o inciso III
do artigo 319 do Novo Código de Processo Civil, afirma que
incumbe ao Reclamante deduzir os fatos e os fundamentos
jurídicos de seus pedidos, ou seja, a causa de pedir (Elemento
objetivo da demanda) próxima e remota. Importante destacar que
o Processo do Trabalho, pela peculiaridade do princípio do ius
postulandi, admite que o obreiro deduza a sua pretensão sem a
apresentação dos fundamentos jurídicos, na medida em que o
mesmo não os conhece. Destaque-se, também, que o processo
civil brasileiro, desde o vestusto código de processo de 1939,
adotou a teoria da substanciação, de tal forma que pouco
interessa a natureza do direito afirmado em juízo, toda e
qualquer petição deve trazer a narração dos fatos da causa de
forma a convencer e dar subsídios ao correto julgamento da
lide. Note-se que há a necessidade de clareza, precisão e
concisão na petição inicial. Não importa que a petição inicial
tenha apenas uma ou duas folhas. O importante é que a peça
processual seja bem redigida, tendo causa de pedir e pedidos,
de modo que a parte contraria e, também, o juiz possam
compreender o que está sendo postulado pelo autor. A petição
tem um silogismo. A premissa menor é representada pelos fatos.
Os fundamentos de direito são a premissa maior. A conclusão é
o pedido. Observe-se, por fim, que para melhor estudar o
inciso III do artigo 319 do NCPC, deve-se decompô-lo em dois,
a saber:
2.3.1. Dos Fatos: a narrativa dos fatos na petição inicial é
um texto eminentemente narrativo, qualificado como valorado,
no qual devem ser observadas algumas regras para a sua
elaboração. A primeira delas é a redação realizada sempre na
terceira pessoa do singular ou plural (a depender se há ou não
litisconsórcio ativo e/ou passivo). A segunda diz respeito aos
verbos, que serão predominantemente no tempo pretérito
(passado), pois os fatos já ocorreram. A terceira diz
respeito, justamente, à ordem cronológica na narração de tais
fatos, pois a compreensão de fatos depende diretamente de uma
ordem cronológica linear de sua elaboração. A quarta, e última
regra, é a adequação e seleção correta dos fatos para o apoio
à tese escolhida, ou seja, por ser uma narrativa valorada deve
o narrador escolher os fatos que melhor corroboram com sua
tese, narrando-os de forma a iniciar o convencimento a partir
da simples narração.
Obs.: Antes de iniciar a narrativa dos fatos na petição
inicial, por força do disposto no artigo 625 da CLT, deve o
aluno indicar se antes da promoção da reclamação trabalhista
houve ou não tentativa de conciliação realizada em CCP`s
instituídas pela empresa e/ou sindicatos. A título de exemplo,
o parágrafo pode ser assim redigido: O reclamante não se
submeteu à Comissão de Conciliação Prévia em razão das
liminares conferidas em ADINS (ADINs 2139 e 2160-5), que faz
prevalecer o artigo 5º, inciso XXXV da Constituição Federal da
República Federativa do Brasil, garantindo assim, o acesso à
justiça.
Obs.2: Caso seja necessário, deve ser requerida a gratuidade
de justiça antes da narração dos fatos, nos termos da Lei nº
1.060 de 1950, devendo, inclusive, constar do rol de
documentos que instruem a inicial a menção à declaração de
hipossuficiência assinada pelo obreiro economicamente
necessitado. À título de exemplo, o parágrafo de requerimento
da Gratuidade de Justiça pode ser assim redigido: Inicialmente
afirma o reclamante, nos termos do artigo 2º da Lei nº 1.060
de 1950 combinado com o artigo 790, § 3º da CLT, não possuir
condições de arcar com o pagamento de custas e honorários
advocatícios sem prejuízo de seu próprio sustento ou de sua
família, razão pela qual faz jus ao benefício da Gratuidade de
Justiça.
2.3.2. Dos Fundamentos jurídicos do pedido: os fundamentos
jurídicos do pedido é um texto redigido sobre a forma
dissertativa-argumentativa, na qual o argumentador deve se
ater à tese a ser defendida. Neste ponto vale lembrar os
ensinamentos de Miguel Reale, o qual já dizia ser o direito a
cumulação/entrelaçamento de FATO, VALOR e NORMA. Assim, o
texto argumentativo a ser produzido deve apresentar os
fundamentos com base nos fatos narrados, nas normas
pertinentes e aplicáveis ao caso concreto e aos valores
queridos pelo ordenamento jurídico.
Obs.: deve ser recordado o conhecimento acumulado nas matérias
de português jurídico, em especial, os adquiridos com a
matéria Teoria e Prática da Argumentação Jurídica, na qual foi
possível averiguar os principais tipos de argumentosconstantes nas Argumentações jurídicas.
Obs.2: há que se ter em mente que os fundamentos jurídicos do
pedido materializam, também, o chamado nexo entre o fato e o
efeito jurídico, ou seja, que o fato gera, por via de
consequência, à luz de uma ordem normativa, determinado efeito
jurídico (silogismo jurídico). Assim sendo, os fundamentos
jurídicos devem apresentar de forma clara quais os efeitos
que, com base nos fatos, o ordenamento jurídico de forma
prévia comina. Exemplo: Adicional por horas extras.
2.4. O pedido com suas especificações: (inciso IV do artigo
319 do NCPC) o pedido é a parte textual caracterizada como do
tipo injuntivo, no qual se fazem, clara e precisamente, os
pedidos da tutela jurisdicional ao Estado-Juiz. Por certo, os
pedidos no processo civil vinculam a atuação do magistrado,
sendo este um dos limites objetivos da lide, reflexo do
princípio da congruência ou da adstrição. Entretanto, deve ser
recordado que no âmbito adjetivo laboral, o princípio da
congruência sofre atenuação em decorrência do princípio da
extra-petição, o qual autoriza ao Estado-juiz conceder tutela
diferente da requerida, tal como ocorre, v.g., no artigo 496
da CLT. A par dos comentários anteriores, o pedido (elemento
objetivo da lide) deve ser redigido de forma clara e precisa,
delimitando o que se quer com a reclamação trabalhista. Neste
sentido, vale lembrar que o pedido é identificado pela
Doutrina como mediato e imediato, este é a tutela
jurisdicional pretendida, ou seja, pela classificação
trinária, poderá ser declaratório, condenatório ou
constitutivo. Por sua vez, àquele diz respeito ao bem jurídico
pretendido, ou seja, aos valores, bens, ou qualquer outra
pretensão de direito material.
Obs.: O pedido deve ser certo e determinado, salvo nas
hipóteses autorizativas insculpidas no artigo 324, §1º, do
NCPC. Mas deve ser lembrado que certeza e determinação não
importam na liquidez do pedido, pois este pode ser ilíquido,
salvo nas hipóteses de procedimento sumaríssimo, pois nesse o
pedido deve ser líquido (art. 852- B), sob pena de extinção do
processo sem julgamento do mérito (art. 852 – B, CLT). Obs.2:
O pedido, ainda, pode ser cumulado, ou seja, havendo diversas
causas de pedir (fatos e fundamentos) haverá diversos pedidos.
No que concerne à cumulação deve-se lembrar que a cumulação
pode ser própria ou imprópria, a primeira pode ser desvelada
sobre a forma de cumulação simples ou sucessiva. A cumulação
própria simples é aquela que se dá quando, com base em
diversas causas de pedir, se realizam diversos pedidos, um
para cada causa de pedir, exemplo, condenação ao pagamento das
verbas correspondentes às horas extras e ao descanso semanal
remunerado não pagos ao obreiro. Já a cumulação própria
sucessiva, é aquela que ocorre quando há diversas causas de
pedir e diversos pedidos, mas o deferimento de um é a causa
lógica para o deferimento dos demais, por exemplo, a
condenação às horas extras e, por via de consequência, os
reflexos das horas extras nas verbas rescisórias. Por fim, a
cumulação de pedidos será dita imprópria quando for desvelada
sobre a forma de pedidos alternativos ou subsidiários. Se dá a
cumulação imprópria na forma alternativa quando o reclamante,
com base em uma única causa de pedir, requer o acolhimento de
um de dois pedidos, ou seja, quando o Reclamante requer, por
exemplo, nas ações que visem o cumprimento de obrigação de
fazer, a realização do ato ou fato pelo reclamado ou o valor
correspondente às perdas e danos. Por seu turno ocorrerá
acumulação impropria por subsidiariedade quando o Reclamante,
com base em uma causa de pedir, realizar dois ou mais pedidos,
a ela vinculados, mas com ordem de preferencia, ou seja,
quando o reclamante deduzir mais de um pedido sempre com
intuito do acolhimento do antecedente e somente na sua
impossibilidade, seja acolhido o posterior. Exemplo: primeiro
pedido – seja condenada a reclamada à imediata reintegração do
autor nos quadros de funcionários. Segundo pedido ? em não
sendo acolhido o primeiro, seja condenada a reclamada ao
pagamento das verbas correspondentes à dispensa imotivada.
Obs.3: Ainda sobre os pedidos cumpre destacar que em caso de
pedido de antecipação de tutela (tutela de urgência de
natureza satisfativa), este deverá ser o primeiro item do
pedido, sendo necessária a prévia fundamentação, na causa de
pedir, dos motivos de sua necessidade, com ênfase na prova
inequívoca que convença o juiz da verossimilhança das
alegações, com base no disposto no art. 300 c/c art. 303,
ambos do Novo Código de Processo Civil. Ressalte-se,
entretanto, que há a necessidade da demonstração do dano
reverso, ou seja, que a medida antecipatória determinada possa
ser revertida ou indenizada, não causando maior dano a parte
que a suporta do que a que requer.
2.5. Do Valor da Causa: (inciso V, do artigo 319 do NCPC) a
toda causa deve ser atribuído um valor, mesmo nas causas
meramente declaratórias, onde o valor em tese seria
inestimável, deve ser atribuído um valor determinado.
Obs.: é obrigatória a inclusão na petição inicial de um valor
à causa, isto porque o valor define se a demanda será
submetida ao procedimento comum (ordinário), sumaríssimo (para
as causas cujo valor seja de até 40 salários mínimos),ou
sumário (para as causa que não ultrapassem o valor
correspondente à dois salários mínimos).
Obs.2: nas causas submetidas ao procedimento sumário o valor
da causa corresponderá, via de regra, ao somatório dos pedidos
quando forem sob a forma de cumulação própria, conforme
determina o artigo 852-B, inciso I da CLT. Obs.3: Para a
determinação do valor da causa deve ser considerado o disposto
nos artigos 291 e 292 do NCPC.
2.6. Das Provas: (inciso VI, do artigo 319 do NCPC) toda a
matéria fática deve ser comprovada, assim como,
excepcionalmente, as direito objetivo e positivo municipal,
estadual, estrangeiro ou consuetudinário, conforme o disposto
nos artigo 373 e 376 do Código de Processo Civil.
Obs.: A prova no regramento do NCPC é direito da parte, sendo
admissível todos os meios legais bem como os moralmente
legítimos, ainda que não tipificados na lei.
Obs.2: O regramento de provas no NCPC traz importante
instrumento instrutório aplicável ao processo do trabalho no
artigo 370, pois garante a possibilidade da determinação de
ofício de provas, o que é um poder de instrução processual do
Juiz. Outro ponto de interesse, é o disposto no artigo 371 do
NCPC, o qual determina a livre apreciação da prova para a
formação do convencimento racional e fundamentado do
magistrado, o que, igualmente, é inteiramente aplicável ao
processo do trabalho.
Obs.3: Ônus da Prova, o novo Código de Processo Civil, em seu
artigo 373, inovando e atendendo os clamores da doutrina e da
já consolidada jurisprudência pátria, adotou a teoria da carga
dinâmica do ônus probatório, em franca oposição a teoria
adotada pelo CPC de 1973 (carga estática), o que aproximou o
NCPC à CLT, justamente no que tange à dinâmica processual.
2.7. O Requerimento de Notificação do Reclamado:
diferentemente do que ocorre no processo civil, todas as
comunicações dos atos processuais operam sobre a rubrica de
notificação, ou seja, não há a diferença entre citação e
intimação, todas serão processadas e formalizadas sobre a
rubrica de notificação. Este é o último pedido a ser
realizado, em outras palavras, apos a realização de todos os
pedidos deve o Reclamante inserir o requerimento de
notificação do Reclamado, para comparecimento em audiência de
conciliação (princípio conciliatório) a ser designada pelo
juízo, sobpena de revelia e, também, para deduzir a sua
defesa. Exemplo do requerimento de notificação: determinar a
notificação da reclamada, para comparecer a audiência a ser
designada por este r. Juízo, oportunidade em que deverá
oferecer contestação a presente, sob pena de revelia e
confissão da matéria de fato, esperando ao final ver julgados
procedentes os pedidos formulados nesta ação.
Obs.: O NCPC não elenca mais no rol dos incisos do artigo 319,
o pedido de realização da citação do Réu, tal como ocorria com
o artigo 282 do CPC de 1973, fato é que o pedido de citação
ainda é requisito da petição inicial, decorrendo dos 246 e
seguintes do NCPC. 3. Aspectos formais da petição inicial A
petição inicial tem por finalidade precípua veicular, com
absoluta clareza, a pretensão do Autor à tutela jurisdicional.
Tal objetivo requer alguns cuidados formais que garantam a
eficácia da peça como veículo informativo e formador do livre
convencimento motivado do julgador. Seguem alguns parâmetros
formais para a elaboração da petição inicial: · margem direita
de 2cm; · margem esquerda de 4cm; · fonte, no mínimo, 12; ·
espaço de entrelinha 1,5; · recuo nas primeiras linhas dos
parágrafos; · alinhamento justificado;
Exemplo: JÚIZO OU TRIBUNAL A QUE É DIRIGIDA (ESPAÇAMENTO DE 10
LINHAS) QUALIFICAÇÃO DO RECLAMANTE , vem, por seu advogado,
com escritório na …, para fins do artigo 106, I do Código de
Processo Civil, propor a presente NOME DA AÇÃO pelo rito
comum, em face de QUALIFICAÇÃO DA RECLAMADA, pelos fatos e
fundamentos que se seguem:
I- DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA Pedido de gratuidade se houver.
II – DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA Indicação se houve ou
não tentativa de conciliação (vide observação dos fatos)
III – DOS FATOS Parte narrativa onde deve constar os fatos que
ensejam a demanda. Pode ser realizado por tópicos que constem
as informações relevantes do caso concreto, tais como: –
reconhecimento do vinculo empregatício – nulidade da relação
de trabalho – anotação do contrato de trabalho na CTPS – fatos
atinentes a parcelas de natureza salarial – fatos relacionados
à jornada de trabalho – FGTS – parcelas indenizatórias
IV – DOS FUNDAMENTOS Em consonâncias aos tópicos levantados
nos fatos deve-se fundamentar a pretensão do Reclamante, com
base nos argumentos mais pertinentes e relevantes, tais como o
de autoridade, que se utiliza de OJ`s, súmulas, dispositivos
legais dentre outros.
V – DO PEDIDO: Diante do exposto, requer:
seja deferido o pedido de Gratuidade de Justiça1.
pleiteada no preâmbulo desta exordial;
Os pedidos referentes às causas de pedir e dos2.
fundamentos apresentados, de acordo com a natureza do
provimento jurisdicional, ou seja, declaratório,
condenatório ou constitutivo.
determinar a notificação da reclamada, para comparecer a3.
audiência a ser designada por este r. Juízo,
oportunidade em que deverá oferecer contestação a
presente, sob pena de revelia e confissão da matéria de
fato, esperando ao final ver julgados procedentes os
pedidos formulados nesta ação
VI – DAS PROVAS Indica como provas a serem produzidas as de
caráter documental, testemunhal e depoimento pessoal do
representante legal da Reclamada, sob pena de confissão, na
amplitude do artigo 369 do Código de Processo Civil. DO VALOR
DA CAUSA: Dá-se à presente o valor de R$ … Nestes Termos, P.
deferimento. Local e data. Nome do Advogado OAB nº
SEMANA 2:
Descrição Na presente data, compareceu em seu escritório a
Sra. Gislaine da Silva, brasileira, viúva, portadora da cédula
de identidade nº 123456-9 e da CTPS nº 12345, série 111-RJ,
inscrita no CPF/MF sob o nº 444.333.222-11, residente e
domiciliada na Rua dos desempregados, nº 12, Bairro Afastado,
Rio de Janeiro, oportunidade em que lhe narrou o seguinte
caso: Sou manicure a mais de 30 anos, e em 1997, comecei a
trabalhar no salão da Gertrudez, tendo como horário de
trabalho de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h, e como
salário a quantia correspondente a um salário mínimo. Porém,
em 2007, fui ´mandada embora sem nenhum aviso´, apesar de
sempre ter trabalhado, nunca ter tirado férias e sequer ter
recebido qualquer valor do dito 13º salário.? Acrescentou,
ainda: Doutor(a), eu não sou de ficar ‘botando’ ninguém na
justiça, não. Mas trabalhei durante anos e fui ´dispensada´
sem qualquer motivo e, o pior, nunca ´assinaram a minha
carteira´, estou indignada.? Ao final da consulta, a Sra.
Gislaine deixou como documentos a cópia de sua identidade,
CPF, CTPS e comprovante de residência, assim como o contrato
social do salão da Gertrudez, onde foi possível perceber que a
empresa opera, hoje, sob a denominação de Salão Sempre Bela
EIRLI, inscrita no CNPJ sob o nº 33.011.555/0001-00, tendo
como principal estabelecimento a Rua dos Prazeres, nº 1, loja
A, Ipanema, Rio de Janeiro. Diante dos fatos apresentados e
sabendo que foi elaborada a procuração e o contrato de
honorários, elabore a medida processual adequada aos
interesses de sua cliente.
 
SEMANA 3:
Descrição (XII EXAME DE ORDEM – Prova Prático-profissional –
Adaptado) Síntese da entrevista feita com Bruno Silva,
brasileiro, solteiro, CTPS 0010, Identidade 0011, CPF 0012 e
PIS 0013, filho de Valmor Silva e Helena Silva, nascido em
20.02.1990, domiciliado na Rua Oliveiras, 150, Cuiabá, CEP
20000-000: que foi admitido há exatos três anos pela empresa
Central de Legumes Ltda., situada na Rua das Acácias, 58,
Cuiabá, CEP 20000-010, e dispensado sem justa causa há exato
um mês, quando recebeu corretamente as verbas da extinção
contratual; que teve a CTPS assinada e exercia a função de
empacotador, recebendo por último o salário de R$ 1.300,00 por
mês; que sua tarefa consistia em empacotar congelados de
legumes numa máquina adquirida para tal fim. Há exato um ano
sofreu acidente do trabalho na referida máquina, quando sua
mão ficou presa no interior do equipamento, ficando afastado
pelo INSS e recebendo auxílio doença acidentário até por
exatos seis meses a contar do incidente, quando retornou ao
serviço. No acidente, sofreu trauma na mão esquerda e se
submeteu a tratamento médico e psicológico, gastando com os
profissionais R$ 2.500,00 entre honorários profissionais e
medicamentos, tendo levado consigo os recibos. Do acidente não
resultou nenhuma deformidade permanente ou mesmo danos de
natureza estética. A CIPA da empresa, convocada quando da
ocorrência do acidente, verificou que a máquina havia sido
alterada pela empresa, que retirou um dos componentes de
segurança para que ela trabalhasse com maior rapidez e, assim,
aumentasse a produtividade. Bruno costumava fazer digitação de
trabalhos de conclusão de curso para universitários, ganhando
em média R$200,00 por mês, mas no período em que esteve
afastado pelo INSS não teve condição física de realizar esta
atividade, que voltou a fazer tão logo retornou ao emprego.
Analisando cuidadosamente o relato feito pelo trabalhador,
apresente a peça pertinente à melhor defesa, em juízo, dos
interesses dele, sem criar dados ou fatos não informados.
 
SEMANA 4:
Descrição Felisberto Magnanimo dos Santos, brasileiro, casado,
filho de Felisbento dos Santos e Albertina Magnanimo, portador
da carteira de identidade nº 123456-9, expedida pelo
DETRAN/SP, e da CTPS nº 123456, série 125-RJ, inscrito no
CPF/MF sob o nº 123.456.789-11, residente e domiciliado sito à
rua dos mortos, nº 121, CEP 20.000-000, Resende, Rio de
Janeiro, foi admitido há exatos dois anos, seis meses e vinte
e dois dias, pela empresa Bom Caminhão S.A., inscrita no
CNPJ/MF sob o nº 33.000.556/0001-00, com sede na rua dos
montadores de veículos, s/nº, Porto Real, Rio de Janeiro, CEP
22.000-111, para exercer a função de auxiliar administrativoI, percebendo o salário mensal no valor de R$ 3.000,00. A
jornada de trabalho contratada foi de 44 horas semanais, sendo
8 (oito) horas de segunda à sexta-feira e de 04 (quatro) horas
aos sábados. Por certo, no curso do contrato de trabalho,
devidamente anotado na CTPS, Felisberto teve recolhido
corretamente o seu FGTS, contribuição prvidenciária e, ainda,
percebeu diárias de viagens nunca excedentes à 50% de seu
salário mensal, assim como, eventualmente, as horas extras que
realizava. Contudo, hoje, Felisberto sofreu um mau súbito,
vindo a falecer no translado de sua residência à fábrica. Com
o falecimento do funcionário, a empresa Bom Caminhão S.A.
entra em contato com seu escritório solicitando os serviços
advocatícios, informando que gostaria de efetuar o pagamento
das verbas rescisórias do funcionário. A empresa, ainda,
informou que o funcionário nunca gozou férias na empresa, bem
como o mesmo era casado com Magdalena Mortícia dos Santos,
portadora da cédula de identidade nº 121121121, expedida pelo
DETRAN/RJ e inscrita no CPF/MF sob o nº 125.154.178-97, e que
o casal não possuía filhos, estando os ascendentes do de cujus
já falecidos. Diante do caso narrado, elabore a peça
processual cabível ao caso concreto, que você, como advogado
da reclamada, proporia em juízo, descriminando todas as
parcelas e os fundamentos pertinentes.
 
SEMANA 5:
Descrição VALERSON PORRADA, brasileiro, solteiro, bancário,
portador da CTPS 123456, série 123, residente na Rua do
cemitério, nº 13, Cuiabá, Mato Grosso, prestou serviços desde
de 10.01.2000 para o Banco Afortunado S.A., com sede
localizada na Rua do Dinheiro Fácil, nº 171, Centro, Cuiabá-
MT. Em 05.10.2014 foi eleito dirigente sindical de sua
categoria profissional, sem contudo se afastar de suas funções
no Banco Afortunado S.A. Ocorre que, em 24.06.2015, durante o
período de greve dos bancários, Valerson, inconformado com seu
superior hierárquico, que não aderiu a greve deflagrada,
acabou agredindo-o com socos e pontapés, além do fato de que
invadiu a agência bancária, depredando o patrimônio da
empresa. O fato foi presenciado por vários colegas de trabalho
e registrada a ocorrência na Delegacia de Polícia do bairro,
com instauração de inquérito policial. Diante do ocorrido, na
qualidade de advogado contratado pelo Banco Afortunado,
elabore a medida judicial cabível necessária para a dispensa
por justa causa de Valerson.
 
SEMANA 6:
Descrição: 1.Defesa do Reclamado – Aspectos Gerais
Inicialmente, cabe destacar que a defesa do reclamado, no
âmbito do processo do trabalho, será apresentada em audiência,
após a tentativa de conciliação frustrada. A defesa do acusado
poderá ser realizada de forma oral ou escrita, sendo mais
comum a apresentação da peça de defesa na forma escrita.
Contudo, a CLT primou pela forma oral dos atos processuais, de
tal forma que não tratou dos requisitos fundamentais para a
elaboração da contestação. Diante de tal motivo, deve-se
buscar os requisitos constantes no CPC, diploma que possui
aplicação subsidiária no processo do trabalho, consoante o
disposto no artigo 769 da CLT. Desta maneira, nos termos do
Código de Processo Civil de 1973, poderá o reclamado
apresentar como espécies de defesa: contestação, reconvenção e
exceção.
 
1.1. Principais princípios:
Ampla Defesa e Contraditório – corolário do principio do
devido processo legal, a ampla defesa e o contraditório são
princípios constitucionais do processo assegurados pelo artigo
5º, inciso LV da Constituição Federal, mas pode ser definido
também pela expressão audiatur et altera pars, que significa:
ouça-se também a outra parte?. O princípio da ampla defesa e
do contraditório possuem base no dever delegado ao Estado de
facultar ao acusado a possibilidade de efetuar a mais completa
defesa quanto à imputação que lhe foi realizada. As condições
mínimas para a convivência em uma sociedade democrática são
pautadas através dos direitos e garantias fundamentais. Estes
são meios de proteção dos Direitos individuais, bem como
mecanismos para que haja sempre alternativas processuais
adequadas para essa finalidade. Não só a Constituição da
República, mas também a Convenção Americana sobre os Direitos
Humanos, chamada de Pacto de São José da Costa Rica, aprovada
pelo Congresso Nacional, através do Decreto Legislativo n° 27,
de 26/5/1992, garante o contraditório.
Diz o art. 8º: Art. 8º Garantias Judiciais “Toda pessoa tem
direito a ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um
prazo razoável, por um juiz ou tribunal competente,
independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei,
na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela,
ou para que se determinem seus direitos ou obrigações de
natureza civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra
natureza. Por tudo isso, o princípio da ampla defesa e do
contraditório refletem o dever de possibilitar ao Reclamado
todos os meios de defesa e instrumentos processuais hábeis
para a garantia efetiva de um contraditório. Ø Princípio da
Concentração o Eventualidade – toda a matéria de defesa deve
ser apresentada em uma única oportunidade processual, sob pena
de preclusão, ou seja, deve o Reclamado, em sua peça de
bloqueio, alegar todas as matérias de fato e de direito que
pretende impugnar, inclusive, indicando clara e precisamente,
quais são os motivos pelos quais não concorda com a pretensão
autoral, impugnando especificamente cada uma das causas de
pedir e consequente pedidos, realizados pelo Reclamante. Nesse
sentido, após a apresentação da contestação somente será
lícito ao Reclamado deduzir novas alegações se relativas a
direito superveniente, competir ao juiz conhecer delas de
ofício ou por expressa autorização legal, puderem ser
formuladas em qualquer tempo e juízo, conforme o disposto no
artigo 303 do CPC. O NCPC, a seu turno, mantem tal limite no
artigo 342:
Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir
novas alegações quando: I – relativas a direito ou a fato
superveniente; II – competir ao juiz conhecer delas de ofício;
III – por expressa autorização legal, puderem ser formuladas
em qualquer tempo e grau de jurisdição. Ø Princípio do Ônus da
Impugnação Específica ou Especificada – decorrente do
principio da concentração ou da eventualidade, o princípio em
comento importa no dever de o Reclamado impugnar, em sua
defesa, cada fato citado pelo autor que auxiliou para o
surgimento do direito pleiteado. Essa forma de defesa é muito
importante, pois a lei determina que os fatos não rebatidos
pelo réu são considerados verdadeiros, conforme o disposto no
artigo 302 do CPC:
Art. 302. Cabe também ao réu manifestar-se precisamente sobre
os fatos narrados na petição inicial. Presumem-se verdadeiros
os fatos não impugnados, salvo: I – se não for admissível, a
seu respeito, a confissão; II – se a petição inicial não
estiver acompanhada do instrumento público que a lei
considerar da substância do ato; III – se estiverem em
contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. O NCPC,
a seu turno, manteve a mesma determinação no artigo 341: Art.
341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as
alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se
verdadeiras as não impugnadas, salvo se: I – não for
admissível, a seu respeito, a confissão; II – a petição
inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei
considerar da substância do ato; III – estiverem em
contradição com a defesa, considerada em seu conjunto.
Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos
não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao
curador especial.1.2. Espécies de Defesa do Reclamado: pode ser dar através da
apresentação de Contestação, Reconvenção e Exceção, conforme o
disposto no artigo 297 do atual CPC: Art. 297. O réu poderá
oferecer, no prazo de 15 (quinze) dias, em petição escrita,
dirigida ao juiz da causa, contestação, exceção e reconvenção.
Entretanto, não se pode olvidar que o NCPC prevê como
modalidades de defesa do Réu somente a contestação e a
Reconvenção, mas sendo essa última ofertada no corpo da
contestação, conforme o disposto nos artigos 335 e 343 do
NCPC: Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por
petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será
a data: I – da audiência de conciliação ou de mediação, ou da
última sessão de conciliação, quando qualquer parte não
comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição; II –
do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de
conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando
ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I; III – prevista
no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação,
nos demais casos. § 1o No caso de litisconsórcio passivo,
ocorrendo a hipótese do art. 334, § 6o, o termo inicial
previsto no inciso II será, para cada um dos réus, a data de
apresentação de seu respectivo pedido de cancelamento da
audiência. § 2o Quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o,
inciso II, havendo litisconsórcio passivo e o autor desistir
da ação em relação a réu ainda não citado, o prazo para
resposta correrá da data de intimação da decisão que homologar
a desistência. Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu
propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa
com a ação principal ou com o fundamento da defesa. § 1o
Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de
seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze)
dias. § 2o A desistência da ação ou a ocorrência de causa
extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao
prosseguimento do processo quanto à reconvenção. § 3o A
reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro. § 4o
A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com
terceiro. § 5o Se o autor for substituto processual, o
reconvinte deverá afirmar ser titular de direito em face do
substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do
autor, também na qualidade de substituto processual. § 6o O
réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer
contestação. Assim sendo, pelo principio da celeridade e da
instrumentalidade das formas, que vigoram no âmbito processual
laboral, não se pode deixar de anotar que as mudanças
concernentes à celeridade e à simplicidade processual,
promovidas pelo NCPC, serão integralmente adotadas na justiça
do trabalho. Desta maneira, no que tange especificamente à
defesa do Reclamado, em que pese a parca doutrina existente,
vez que se trata de um recente código de processo civil, se
pode entender que é integralmente aplicável, por força do 769
da CLT, o disposto nos artigos acima mencionados, de tal forma
que as espécies de defesa do Reclamado, no âmbito do processo
do trabalho, serão somente a contestação e a reconvenção. A
par dessas colocações iniciais, passa-se ao estudo de cada
espécie de defesa no atual CPC, a saber:
1.2.1. Contestação A contestação é, sem dúvida, a principal
espécie de defesa do Réu, especialmente pelo fato de ser a
única modalidade de resposta processual que tem o condão de
evitar a figura da revelia. É na contestação que o Reclamado
irá exercer o seu direito constitucional à ampla defesa e ao
contraditório, insurgindo-se contra a pretensão do Reclamante,
impugnando especificamente todos os fatos por aquele
deduzidos. Por certo, a contestação envolverá todas as
matérias de defesa do Reclamado, quer sejam de índole
processual, quer sejam de índole material.
1.2.2. Reconvenção A reconvenção é modalidade de resposta do
réu, concernente não a uma defesa, mas sim a uma manifestação
de ataque contra o autor (SARAIVA, 2014, pág. 315) A
reconvenção constitui verdadeiro contra-ataque do reclamado em
face do reclamante, dentro do mesmo processo, tendo natureza
jurídica de ação autônoma proposta pelo reclamado em face do
reclamante. Para que seja possível reconvir devem ser
preenchidos alguns requisitos: · Competência do juízo para o
conhecimento da reconvenção · Compatibilidade do procedimento
· Pendência do processo principal · Existência de conexão
entre a reconvenção e ação principal A reconvenção no NCPC é
tratada no artigo 343: Art. 343. Na contestação, é lícito ao
réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria,
conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. §
1o Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de
seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze)
dias. § 2o A desistência da ação ou a ocorrência de causa
extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao
prosseguimento do processo quanto à reconvenção. § 3o A
reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro. § 4o
A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com
terceiro. § 5o Se o autor for substituto processual, o
reconvinte deverá afirmar ser titular de direito em face do
substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do
autor, também na qualidade de substituto processual. § 6o O
réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer
contestação. Dessa forma, a reconvenção, no NCPC, deixa de ser
apresentada em uma peça autônoma e passa a integrar o bojo da
contestação. Contudo, muito embora integre a contestação, a
reconvenção continua tendo a natureza jurídica de ação
autônoma, devendo preencher os mesmos requisitos e ser
proposta no mesmo prazo para a apresentação da contestação.
1.2.3. Exceção A exceção é espécie de defesa do reclamado que
objetiva resolver determinada questão pendente, sem operar a
extinção do feito com ou sem a resolução do mérito. Desta
forma, objetiva, em verdade, atacar a imparcialidade do
magistrado ou a incompetência do juízo (incompetência
relativa), conforme o disposto no artigo 304 do CPC. A exceção
é apresentada em peça autônoma dirigida ao juízo da causa e
deve preencher todos os requisitos da petição inicial. O NCPC,
aproximando-se do que já ocorre na seara trabalhista,
extinguiu a apresentação da peça de exceção de incompetência
relativa, tratando-a como preliminar de contestação, tal como
já admitia grande parte da doutrina processual trabalhista.
Assim sendo, a exceção de incompetência relativa deverá ser
apresentada como preliminar de contestação (defesa
processual), a teor do artigo 337, inciso II, do NCPC: Art.
337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: (…)
II – incompetência absoluta e relativa; Já quanto à exceção de
impedimento ou suspeição (artigo 801 da CLT), que era
processada por meio de peça autônoma, deverá passar a ser
processada na forma do artigo 146 do NCPC: NCPC – Art. 146. No
prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a
parte alegará o impedimento ou a suspeição, em petição
específica dirigida ao juiz do processo, na qual indicará o
fundamento da recusa, podendo instruí-la com documentos em que
se fundar a alegação e com rol de testemunhas. § 1o Se
reconhecer o impedimento ou a suspeição ao receber a petição,
o juiz ordenará imediatamente a remessa dos autos a seu
substituto legal, caso contrário, determinará a autuação em
apartado da petição e, no prazo de 15 (quinze) dias,
apresentará suas razões, acompanhadas de documentos e de rol
de testemunhas, se houver, ordenando a remessa do incidente ao
tribunal. § 2o Distribuído o incidente,o relator deverá
declarar os seus efeitos, sendo que, se o incidente for
recebido: I – sem efeito suspensivo, o processo voltará a
correr; II – com efeito suspensivo, o processo permanecerá
suspenso até o julgamento do incidente. § 3o Enquanto não for
declarado o efeito em que é recebido o incidente ou quando
este for recebido com efeito suspensivo, a tutela de urgência
será requerida ao substituto legal. § 4o Verificando que a
alegação de impedimento ou de suspeição é improcedente, o
tribunal rejeitá-la-á. § 5o Acolhida a alegação, tratando-se
de impedimento ou de manifesta suspeição, o tribunal condenará
o juiz nas custas e remeterá os autos ao seu substituto legal,
podendo o juiz recorrer da decisão. § 6o Reconhecido o
impedimento ou a suspeição, o tribunal fixará o momento a
partir do qual o juiz não poderia ter atuado. § 7o O tribunal
decretará a nulidade dos atos do juiz, se praticados quando já
presente o motivo de impedimento ou de suspeição. Ou seja, por
meio de simples petição dirigida ao juízo da causa poderá ser
alegada a suspeição ou impedimento, cabendo ao magistrado, se
entender procedente, remeter os autos ao juiz tabelar ou, não
entendendo procedente, determinar a atuação em apartado da
petição, apresentado suas razoes e remetendo ao tribunal a que
é vinculado, para que este decida acerca do incidente.
Da Contestação Como dito, a contestação é, sem dúvida, a2.
principal espécie de defesa do Réu, especialmente pelo
fato de ser a única modalidade de resposta processual
que tem o condão de evitar a figura da revelia. Cumpre
ao Reclamado deduzir todas as matérias de defesa,
impugnando especificamente cada um dos fatos
apresentados pelo Reclamante, sob pena de confissão.
Assim sendo a contestação, como peça de defesa, deverá
apresentar toda e qualquer matéria afeta à defesa dos
interesses do Reclamado, podendo estas ser de duas
ordens:
2.1. Defesa Processual A defesa processual realizada na
contestação, constitui-se em verdadeira defesa indireta
realizada pelo Reclamado, pois destina-se às questões de ordem
processual sem alcançar o mérito da lide. As defesas
processuais são também conhecidas como preliminares de
contestação e podem ser classificadas como peremptórias ou
dilatórias, a depender se extinguem o processo ou se
suspendem/dilatam o curso do processo, respectivamente. As
defesas processuais encontram-se estabelecidas no artigo 301
do CPC: Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o
mérito, alegar: I – inexistência ou nulidade da citação; II –
incompetência absoluta; III – inépcia da petição inicial; IV –
perempção; V – litispendência; Vl – coisa julgada; VII –
conexão; Vlll – incapacidade da parte, defeito de
representação ou falta de autorização; IX – convenção de
arbitragem; X – carência de ação; Xl – falta de caução ou de
outra prestação, que a lei exige como preliminar A seu turno,
o NCPC as prevê no artigo 337: Art. 337. Incumbe ao réu, antes
de discutir o mérito, alegar: I – inexistência ou nulidade da
citação; II – incompetência absoluta e relativa; III –
incorreção do valor da causa; IV – inépcia da petição inicial;
V – perempção; VI – litispendência; VII – coisa julgada; VIII
– conexão; IX – incapacidade da parte, defeito de
representação ou falta de autorização; X – convenção de
arbitragem; XI – ausência de legitimidade ou de interesse
processual; XII – falta de caução ou de outra prestação que a
lei exige como preliminar; XIII – indevida concessão do
benefício de gratuidade de justiça. As inovações mais
sensíveis verificadas no NCPC, dizem respeito, justamente, à
possibilidade de alegação da incompetência relativa, no bojo
das preliminares de contestação e a impugnação ao benefício da
Gratuidade de Justiça, que era processado em autos apartados,
conforme o disposto na Lei nº 1.060 de 1950. Contudo é
importante destacar que as preliminares (defesas processuais)
previstas nos incisos V, X e XII , do artigo 337 do NCPC
(Artigo 301, V, IX e XI do CPC/73), não são aplicáveis ao
processo do trabalho, no que tange aos dissídios individuais.
2.2. Defesa de Mérito Quanto ao mérito a contestação poderá
apresentar duas espécies de defesa:
2.2.1. Defesa de Mérito Indiretas As defesas de mérito
indiretas, também denominadas ?exceções substanciais? são
aquelas em que o Reclamado reconhece o fato constitutivo do
direito, mas alega um fato impeditivo, modificativo ou
extintivo do direito do Reclamante. Fato Impeditivo são
aqueles que provocam a ineficácia dos fatos alegados pela
outra parte. Fato Modificativo são aqueles que modificam ou
alteram os fatos alegados pela outra parte, tais como
pagamento parcial, compensação, dentre outros. Fato Extintivo
são aqueles que extinguem as obrigações pretendidas pela outra
parte, podendo ocorrer pela prescrição, decadência, pagamento,
renúncia ou mesmo transação.
2.2.2. Defesa de Mérito Direta A defesa direta de mérito
ocorre com a negação dos fatos constitutivos, ou seja, negam-
se os fatos que constituem o direito do Reclamante, devendo
tal negação ser acompanhada das provas dos fatos negados. 2.3.
Requisitos Essenciais -Aspectos Formais Tal como ocorre com a
petição inicial, a contestação realizada de forma escrita
deverá preencher os requisitos constantes no artigo 335 a 342
do NCPC. Dessa forma, sob a ótica dos aspectos de forma, a
contestação deverá conter:
2.3.1. Endereçamento ao Juízo Competente A contestação,
diferentemente do que ocorre com a petição inicial, será
endereçada ao juízo que determinou a notificação do Reclamado,
ou seja, será endereçada ao juízo onde a ação foi distribuída.
Exemplo: Notificação realizada pelo juízo da 5ª Vara do
Trabalho do Rio de Janeiro, o endereçamento será assim
realizado: EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 5ª VARA
DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO 2.3.2. Identificação do Processo
Além do endereçamento ao juízo onde foi distribuída a demanda,
a contestação deverá conter o número de registro do processo
junto ao órgão jurisdicional, ou seja, após o endereçamento ao
juízo competente deve o Reclamado indicar a que processo se
refere àquela contestação.
Exemplo: EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 5ª VARA DO
TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (5 linhas) Processo nº
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
2.3.3. Qualificação das Partes Tal como ocorre com a petição
inicial, deve-se qualificar as partes do processo, indicando,
como primeira, a parte que está peticionando, ou seja, o
reclamado e, após, a parte contra a quem é dirigida as
alegações, ou seja, o Reclamante. Exemplo: ABCDE, pessoa
jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o
nº__________, com sede na rua________, nº_______, CEP________,
(cidade), (estado), vem, à presença de Vossa Excelência, por
seu advogado infra-assinado, com endereço profissional sito à
____________, tempestivamente, apresentar sua CONTESTAÇÃO às
alegações formuladas por XYZKW, já qualificado nos autos da
(identificar o nome da demanda), pelas relevantes razões de
fato e de direito que passa a expor:
2.3.4. Das Preliminares Antes de adentrar ao mérito da
reclamação trabalhista deve o Reclamado abordar todas as
questões de ordem processual, denominadas de preliminares. O
atual CPC, aplicável subsidiariamente ao processo do trabalho,
por força do artigo 769 da CLT, as descreve no artigo 301. Por
sua vez, o NCPC as prevê no artigo 337, in verbis: Art. 337.
Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: I –
inexistência ou nulidade da citação; II – incompetência
absoluta e relativa; III – incorreção do valor da causa; IV –
inépcia da petição inicial; V – perempção; VI –
litispendência;VII – coisa julgada; VIII – conexão; IX –
incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de
autorização; X – convenção de arbitragem; XI – ausência de
legitimidade ou de interesse processual; XII – falta de caução
ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; XIII –
indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
Todas as hipóteses devem ser analisadas pormenorizadamente, em
tópicos separados. Lembrando que os requerimentos ao final da
peça de bloqueio terão por base, também, cada uma das
preliminares elencadas, considerando, inclusive, se
peremptórias (geram a extinção do feito sem a resolução do
mérito) ou dilatórias (geram a suspensão ou dilação do
processo).
2.3.5 – Defesas de Mérito Indiretas Após a realização da
defesa processual, deve o réu elencar as prejudiciais de
mérito que geram a extinção do feito com a resolução do
mérito, tais como a Prescrição, a Decadência e a Compensação,
observado, no último caso, o disposto no artigo 767 da CLT,
Súmula 18 do TST e artigo 477, § 5º, da CLT. Todas as defesas
de mérito indireta devem ser realizadas em tópicos, pois
gerarão requerimento de extinção do feito com resolução do
mérito.
2.3.6 – Defesas de Mérito Diretas Ultrapassadas as
preliminares e as prejudiciais de mérito, incumbe ao
Reclamado, na forma do artigo 336 do NCPC, alegar toda e
qualquer matéria fática e de direito pela qual impugna os
fatos invocados na reclamação trabalhista, ponderando as
razoes que se fundam a sua insurgência. Importante destacar
que o ordenamento jurídico veda a realização de contestação
pela negatória geral, cabendo ao réu impugnar de forma clara e
precisa cada um dos fatos que ensejam a reclamação
trabalhista.
2.3.7- Dos Requerimentos Após terem sido deduzidas toas as
impugnações, deve a contestação apontar os requerimentos
seguindo a ordem na qual foram apresentados, ou seja, primeiro
os requerimentos decorrentes das preliminares, após os
requerimentos decorrentes das defesas de mérito indiretas e,
por fim, os requerimentos decorrentes das defesas de mérito
diretas, em um verdadeiro silogismo. Exemplo: Isto posto
requer a Vossa Excelência:
o acolhimento da preliminar de incompetência absoluta,1.
remetendo-se os autos ao Juízo competente, ou seja, para
uma das Varas ________;
o acolhimento da preliminar de conexão com remessa ao2.
juízo prevento da __________________;
o acolhimento da preliminar de __________ extinguindo-se3.
o processo sem julgamento do mérito nos termos do art.
485, ___ do NCPC; (ex. ausência de submissão da comissão
de conciliação prévia, inépcia, inexistência de liquidez
nos pedidos em reclamação trabalhista movida pelo rito
sumaríssimo…) 4. seja reconhecida / pronunciada a
decadência extinguindo-se o processo com resolução do
mérito nos termos do art. 487, II do NCPC; 5. seja
acolhido o pedido de compensação ou retenção, conforme
as razões narradas nesta peça de bloqueio; 6. vencidas
as preliminares e a prejudicial, que no mérito seja
julgado improcedente o pedido autoral;
2.3.8 – Do Requerimento de Provas Tal como ocorre com a
petição inicial, deve o reclamado, ao final de sua
contestação, apresentar as provas que pretende produzir.
Exemplo: Indica como provas a serem produzidas as de caráter
documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal na
amplitude do artigo 369 do Código de Processo Civil. Há que se
lembrar que no processo do trabalho, pelo principio da
celeridade e da concentração de atos, sendo a audiência una,
deverá o Reclamado indicar as testemunhas e as levar à
audiência, independentemente de intimação. Outrossim, os
documentos devem ser apresentados junto à contestação, assim
como os quesitos para a realização da perícia, caso seja
deferida pelo magistrado.
2.3.9 – Parte Autenticativa Exemplo: Local, data Nome do
Advogado OAB nº
SEMANA 7:
Descrição XI EXAME DE ORDEM – Adaptado Contratado pela empresa
Clínica das Amendoeiras, em razão de uma reclamação
trabalhista proposta em 12.12.2014 pela empregada Jussara
Péclis (número 1146- 63.2014.5.18.0002, 2ª Vara do Trabalho de
Goiânia), o advogado analisa a petição inicial, que contém os
seguintes dados e pedidos: que a empregada foi admitida em
18.11.2000 e dispensada sem justa causa em 15.07.2013 mediante
aviso prévio trabalhado; que a homologação da ruptura
aconteceu em 10.09.2013; que havia uma norma interna
garantindo ao empregado com mais de 10 anos de serviço o
direito a receber um relógio folheado a ouro do empregador, o
que não foi observado; que a exempregada cumpria jornada de 2ª
a 6ª feira das 15h às 19h sem intervalo; que recebia
participação nos lucros (PL) 1 vez a cada semestre, mas ela
não era integrada para fim algum. A autora postula o pagamento
da multa do Art. 477 da CLT porque a homologação ocorreu a
destempo; condenação em obrigação de fazer materializada na
entrega de um relógio folheado a ouro; hora extra pela
ausência de pausa alimentar; integração da PL nas verbas
salariais, FGTS e aquelas devidas pela ruptura, com o
pagamento das diferenças correlatas. A empresa entrega ao
advogado cópia do recibo de depósito das verbas resilitórias
na conta da trabalhadora ocorrido em 14.08.2013 e cópia dos
regulamentos internos vigentes ao longo do tempo, em que
existia previsão de concessão do relógio folheado a ouro, mas
em fevereiro de 2000, foi substituído por um novo regulamento,
que previu a entrega de uma foto do empregado com sua equipe.
Analisando cuidadosamente a narrativa feita pela empresa e a
documentação por ela fornecida, apresente a peça pertinente à
defesa, em juízo, dos interesses dela, sem criar dados ou
fatos não informados.
 
SEMANA 8:
Descrição V EXAME DE ORDEM UNIFICADO – Adaptado Joaquim
Ferreira, assistido por advogado particular, ajuizou
reclamação trabalhista, pelo rito ordinário, em face da
empresa Parque dos Brinquedos Ltda. (RT nº 0001524-
15.2015.5.04.0035), em 7/06/2015, alegando que foi admitido em
3/2/2011, para trabalhar na linha de produção de brinquedos na
sede da empresa localizada no Município de Florianópolis-SC,
com salário de R$ 2.000,00 (dois mil reais) mensais e horário
de trabalho das 8 às 17 horas, de segunda-feira a sábado, com
1 (uma) hora de intervalo intrajornada. Esclarece, contudo,
que, logo após a sua admissão, foi transferido, de forma
definitiva, para a filial da reclamada situada no Município de
Porto Alegre-RS e que jamais recebeu qualquer pagamento a
título de adicional de transferência. Diz que, em razão da
insuficiência de transporte público regular no trajeto de sua
residência para o local de trabalho e vice-versa, a empresa
lhe fornecia condução, não lhe pagando as horas in itinere,
nem promovendo a integração do valor correspondente a essa
utilidade no seu salário, para todos os efeitos legais.
Salienta, ainda, que não gozou as férias relativas ao período
aquisitivo 2011/2012, apesar de ter permanecido em licença
remunerada por 33 (trinta e três) dias no curso desse mesmo
período. Por fim, aduz que, à época de sua dispensa imotivada,
era o Presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
– CIPA instituída pela empresa, sendo beneficiário de garantia
provisória de emprego. A extinção do contrato de trabalho
ocorreu em 03/03/2013. Diante do acima exposto, postula: a) o
pagamento do adicional de transferência e dos reflexos no
aviso prévio, nas férias, nos décimos terceiros salários, nos
depósitos do FGTS e na indenização compensatória de 40%
(quarenta por cento); b) o pagamento das horas in itinere e
dos reflexos no aviso prévio, nas férias, nos décimos
terceiros salários, nosdepósitos do FGTS e na indenização
compensatória de 40% (quarenta por cento); c) o pagamento das
diferenças decorrentes da integração no salário dos valores
correspondentes ao fornecimento de transporte e dos reflexos
no aviso prévio, nas férias, nos décimos terceiros salários,
nos depósitos do FGTS e na indenização compensatória de 40%
(quarenta por cento); d)o pagamento, em dobro, das férias
relativas ao período aquisitivo 2011/2012; e) a reintegração
no emprego, em razão da garantia provisória de emprego
conferida ao empregado membro da Comissão Interna de Prevenção
de Acidente – CIPA, ou o pagamento de indenização
substitutiva; e f) o pagamento de honorários advocatícios.
Considerando que a reclamação trabalhista foi distribuída à
35ª Vara do Trabalho de Porto Alegre-RS, redija, na condição
de advogado(a) contratado(a) pela reclamada, a peça processual
adequada, a fim de atender aos interesses de seu cliente.
 
SEMANA 9:
Descrição VIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO – Adaptado
Refrigeração Nacional, empresa de pequeno porte, contrata os
serviços de um advogado em virtude de uma reclamação
trabalhista movida pelo ex-empregado Sérgio Feres, ajuizada em
12.04.2015 e que tramita perante a 90ª Vara do Trabalho de
Campinas (número 1598-73.2015.5.15.0090), na qual o
trabalhador alega e requer, em síntese: – que desde a
admissão, ocorrida em 20.03.2009, sofria revista íntima na sua
bolsa, feita separadamente e em sala reservada, que entende
ser ilegal porque violada a sua intimidade. Requer o pagamento
de indenização por dano moral de R$ 50.000,00. – que uma vez o
Sr. Mário, seu antigo chefe, pessoa meticulosa e sistemática,
advertiu verbalmente o trabalhador, na frente dos demais
colegas, porque ele havia deixado a blusa para fora da calça,
em desacordo com a norma interna empresarial, conhecida por
todos. Efetivamente houve esquecimento por parte de Sérgio
Feres, como reconheceu na petição inicial, mas entende que o
chefe não poderia agir publicamente dessa forma, o que
caracteriza assédio moral e exige reparação. Requer o
pagamento de indenização pelo dano moral sofrido na razão de
outros R$ 50.000,00. – que no mês de novembro de 2010 afastou-
se da empresa por 30 dias em razão de doença, oportunidade na
qual recebeu benefício do INSS (auxílio-doença previdenciário,
espécie B-31). Contudo, nesse período não recebeu ticket
refeição nem vale transporte, o que considera irregular.
Persegue, assim, ambos os títulos no lapso em questão. – que a
empresa sempre pagou os salários no dia 2 do mês seguinte ao
vencido, mas a partir de abril de 2012, unilateralmente,
passou a quitá-los no dia 5 do mês seguinte, em alteração
reputada maléfica ao empregado. Requer, em virtude disso, a
nulidade da novação objetiva e o pagamento de juros e correção
monetária entre os dias 2 e 5 de cada mês, no interregno de
abril de 2012 em diante. Considerando que todos os fatos
apontados pelo trabalhador são verdadeiros, apresente a peça
pertinente à defesa dos interesses da empresa, sem criar dados
ou fatos não informados.
SEMANA 10: Descrição RECURSOS
1.1. Conceito: é a provocação do reexame de determinada
decisão pela autoridade hierarquicamente superior, em regra,
ou pela própria autoridade prolatora da decisão, objetivando a
reforma ou modificação do julgado, ou seja, é o remédio
processual concedido às partes ou terceiro, objetivando que a
decisão judicial impugnada seja submetida a novo julgamento.
Obs: Recursos são assim chamados os que se podem exercitar
dentro do processo em que surgiu a decisão impugnada; diferem
das ações impugnativas autônomas, cujo exercício, em regra,
pressupõe a irrecorribilidade da decisão, ou seja, o seu
trânsito em julgado (ex.,ação rescisória).
1.2. Princípios: podem ser elencados os seguintes princípios
recursais:
a) Duplo Grau de Jurisdição: A CRFB não o prevê, mas1.
diversos autores o posicionam como um corolário do
devido processo legal, do contraditório e da ampla
defesa (artigo 5º, LV, da CRFB)
b) Unirrecorribilidade: só existe um recurso cabíbel2.
para cada decisão, ou seja, só se admite um recurso para
vergastar a decisão.
c) Fungibilidade: permite-se o aproveitamento de recurso3.
erroneamente nominado, como se fosse o que deveria ser
interposto, atendendo-se ao principio da finalidade ou
simplicidade do processo. Porém há que se advertir que
para a aplicação do principio em comento se deve
verificar a existência de três fatores cumulativos: i)
inexistir erro grosseiro; ii) tem que haver dúvida
plausível quanto ao recurso cabível; iii)o recurso
erroneamente interposto deve obedecer o prazo do recurso
cabível.
d) Voluntariedade: os recursos, em regra, são4.
voluntários encerrando manifestação do principio
dispositivo.
e) Princípio da proibição da reformatio in pejus: é5.
vedado ao tribunal, no julgamento de um recurso,
proferir decisão mais desfavorável ao recorrente, do que
aquela recorrida
f) Irrecorribilidade das decisões interlocutórias: as6.
decisões interlocutórias são irrecorríveis, somente se
permitindo a apreciação de seu merecimento em recurso da
decisão definitiva, artigo 893, §1º, da CLT.
g) Taxatividade: Só é admissível recurso que a lei7.
preveja, ou seja, só cabe recurso que esteja devidamente
previsto em lei, com a sua hipótese de cabimento.
1.3. Juízo de admissibilidade: verificação das condições
impostas pela lei para que se possa apreciar o conteúdo da
postulação. Com o resultado positivo, o recurso é admissível.
Quando o órgão a que compete julgar o recurso o declara
inadmissível, diz-se que ele não conhece do recurso. O juízo
de admissibilidade é preliminar ao de mérito.
1.3.1. Requisitos de admissibilidade: Os Juízos de
admissibilidade podem ser classificados como:
a) Intrínsecos ou subjetivos: confundem-se com as1.
condições da ação e os pressupostos processuais, mas
adequando-os aos recursos, assim, pode se dizer que são
pressupostos intrínsecos Legitimidade, Interesse e
inexistência de fato impeditivo ou extintivo do poder de
recorrer
b) Extrínsecos ou objetivos: são aqueles que dizem2.
respeito aos aspectos de forma dos recursos, tais como
tempestividade, preparo, regularidade formal, cabimento,
regularidade de representação.
1.4. Juízo de Mérito: após a preliminar da admissibilidade,
cumpre apreciar a matéria impugnada para acolhê-la, caso
fundada, ou rejeitá-la, caso infundada. O objeto do juízo de
mérito é o próprio conteúdo da impugnação à decisão recorrida.
Pode ocorrer error in iudicando =>> reforma da decisão em
razão da má apreciação da questão de direito ou da questão de
fato, ou de ambas. Pode ocorrer error in procedendo =>>
invalidação da decisão por vício de atividade
1.5. Efeitos: podem ser destacados os seguintes efeitos dos
recursos:
a) Devolutivo: os recursos, ordinariamente, são dotados1.
apenas de efeito devolutivo, e este nos indica que a
matéria impugnada é devolvida ao conhecimento do órgão
jurisdicional.
b) Suspensivo: No processo laboral, em regra, os2.
recursos não são dotados de efeito suspensivo, esse
efeito impede a produção de todo e qualquer efeito da
sentença até o julgamento do recurso, por exemplo,
artigo 1012 do NCPC
c) Translativo: Em relação às questões de ordem pública,3.
as quais devem ser conhecidas de oficio, não se opera a
preclusão, podendo o juiz ou tribunal decidir tais
questões ainda que não constem das razões recursais ou
das contrarrazões, gerando o denominado efeito
translativo dos recursos, conforme o disposto no artigo
1.013, §1º, do NCPC
d) Obstativo: Todo recurso impede a formação da coisa4.
julgada, obstando-a a partir da sua interposição.
e)Substitutivo: o Julgamento realizado pelo órgão de5.
superior instância, sempre que abordar o mérito,
substituirá a decisão recorrida, conforme o disposto no
artigo 1008 do NCPC 1.6. Teoria da Causa Madura ?
importante destaque deve ser dado acerca da
possibilidade de aplicação da chamada teoria da causa
madura no âmbito laboral.
Tal teoria está prevista no artigo 513, §3º do CPC e será
prevista no artigo 1.013, §3º do NCPC, desde de sua inserção
duas correntes doutrinárias se formaram acerca dos
pressupostos para a sua aplicação. A primeira sustenta que
devem ser cumulados os fatores previstos no artigo 513, §3º do
atual CPC, ou seja, a causa deve versar sobre matéria
exclusivamente de direito e deve estar em condições de
imediato julgamento. A segunda a seu turno, entendia que se a
causa versasse sobre matéria de direito ou estivesse em
condições de imediato julgamento, poderia ser aplicada a
teoria da causa madura. Parece que o NCPC se posicionou em
consonância ao segundo entendimento, admitindo o julgamento
quando a causa já estiver em condições para tal, senão outra é
a leitura do artigo 1.013, §3º, do NCPC: Art. 1.013. A
apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria
impugnada. § 3 o Se o processo estiver em condições de
imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o
mérito quando: I – reformar sentença fundada no art. 485; II –
decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com
os limites do pedido ou da causa de pedir; III – constatar a
omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá
julgá-lo; IV – decretar a nulidade de sentença por falta de
fundamentação.
2.Espécies de Recurso: no processo trabalhista existe a
possibilidade de serem interpostos dez recursos, quais sejam:
2.1. Recurso Ordinário previsto na CLT, Art. 893 e 895 e Arts.
328 e 329 do Regimento Interno do Tribunal Superior do
Trabalho
2.2. Recurso de Revista regulado na CLT, Arts. 893 e 896, na
Lei nº 7.701/88, Art. 5º, “a” e Art. 331 do Regimento Interno
do Tribunal Superior do Trabalho.
2.3. Embargos de Declaração aplicado subsidiariamente ao
processo trabalhista, sendo previsto no Código de Processo
Civil, Art. 535e seguintes, e passará a constar 1.022 do NCPC
2.4. Embargos Infringentes previsto na CLT, Art. 893, na Lei
nº 7.701/88, Art. 2º, II, “c” e Art. 356 do Regimento Interno
do Tribunal Superior do Trabalho.
2.5. Agravo de Petição delineado nos Arts. 893 e 897, “a”, § §
1º e 3º da CLT
2.6. Agravo de Instrumento regulado no Arts. 893 e 897, “b”, §
§ 2º e 4º da CLT e Instrução Normativa TST nº 6 de 08/06/96
2.7. Agravo Regimental previsto na Lei nº 7.701/88 Arts. 3º e
5º e nos Regimentos do Tribunal Superior (art. 338) e
Tribunais Regionais do Trabalho.
2.8. Recurso Extraordinário Regulado na Constituição Federal
no artigo 102, III. 2.9. Pedido de Revisão de Valor de Alçada
criado pela Lei nº 5.584/70, Art. 2º.
2.10.Reclamação Correicional mencionada no artigo 709 da CLT e
gizada nos Arts. 682, XI e 709, II da CLT, no Art. 13, do
Regimento Interno da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho
e nos Regimentos dos Tribunais Regionais do Trabalho.
Do Recurso Ordinário3.
3.1. Hipótese de cabimento e breves observações O recurso
Ordinário tem cabimento para o Tribunal Regional contra
decisões terminativas ou definitivas do feito, em processo de
conhecimento, das Varas do trabalho. O recurso Ordinário tem
semelhanças com a apelação no Processo Civil e se encontra
previsto no artigo 895 da CLT: Art. 895 – Cabe recurso
ordinário para a instância superior: (Vide Lei 5.584, de 1970)
I – das decisões definitivas ou terminativas das Varas e
Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; II – das decisões
definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em
processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito)
dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios
coletivos. É o recurso clássico e de larga utilização no
cotidiano forense, pois visa impugnar as decisões terminativas
ou definitivas proferidas pelos órgãos de primeiro grau de
jurisdição. O recorrente pode limitar o alcance da
devolutividade, desde que indique expressamente os pontos que
pretende recorrer, sendo então recurso parcial, o que
determina o trânsito em julgado do restante da sentença. É
inexistente o Recurso Ordinário interposto por preposto do
empregador ou do substituto do empregado, na audiência. No
Dissídio Individual, o Juiz Presidente da Junta de Conciliação
e Julgamento exerce o juízo de admissibilidade, e, se negado
seguimento, enseja a interposição do Agravo de Instrumento.
Quando o recurso Ordinário for interposto de decisão de
Regional, face a dissídio coletivo, ou ação rescisória, ou
mandado de segurança devido a dissídio coletivo, a competência
para julgar o recurso Ordinário é, em última Instância, da
Seção Especializada de dissídio Coletivo do TST. Quando o
recurso Ordinário for interposto de decisão do Regional face
dissídio individual de sua competência originária (ação
rescisória e mandado de segurança), a competência para julgar
o Ordinário é, em última Instância, da Seção Especializada em
Dissídios Individuais. Assim, o juiz Presidente do Regional
exerce o juízo de admissibilidade “a quo” e o Ministro Relator
o juízo de admissibilidade “ad quem”. No Dissídio Individual o
efeito em que o recurso Ordinário é recebido será sempre o
devolutivo e no dissídio coletivo, conforme a observação feita
anteriormente, o Art. 7º, § 2º, da Lei nº 7.701/88, que prevê
a faculdade do Presidente do Tribunal Superior do Trabalho
emprestar efeito suspensivo a recurso Ordinário interposto de
decisão proferida pela Seção Normativa dos Tribunais Regionais
do Trabalho, que terá validade pelo prazo improrrogável de 120
dias, contados da publicação do Acórdão – Art. 9º, Lei nº
7.701/88. Cabe reproduzir a observação feita anteriormente. A
Lei nº 4.725/65, § 3º, Art. 6º concedia efeito suspensivo ao
recurso Ordinário em dissídio coletivo. Posteriormente foi
revogada pela Lei nº 7.788/89, Art. 7º, passando a viger que
não mais caberia efeito suspensivo ao recurso Ordinário em
dissídio coletivo. Mais tarde, o Art. 7º da Lei nº 7.788/89
foi revogado pelo Artigo 14 da Lei nº 8.030/90.Contudo, face a
impossibilidade de REPRISTINAÇÃO, o recurso Ordinário em
dissídio coletivo não teve readquirido o seu efeito
suspensivo. Interessante esclarecer que a Medida Provisória nº
1.488 – 18, de 29/11/96, que dispõe sobre medidas
complementares ao Plano Real e dá outras providências, e que
vem sendo reeditada a cada mês, desde a implantação do
retrocitado plano, prevê no Artigo 14 que o recurso interposto
de decisão normativa da Justiça do Trabalho terá efeito
suspensivo, na medida e extensão conferidas em despacho do
Presidente do Tribunal Superior do Trabalho. Assim, passa a
viger a regra de que o recurso interposto de sentença
normativa terá efeito suspensivo, além do devolutivo.
3.2. Prazo O prazo para interposição de Recurso Ordinário é de
8 dias.
3.3. Forma A interposição dos recursos, via de regra, faz-se
em uma única peça processual, a qual poder dividida em duas
partes: · Folha de Rosto ou Peça de Interposição ? endereçada
ao juiz prolator da decisão, que realizará o primeiro juízo de
admissibilidade e formará o contraditório. · Razões de Recurso
? endereçada ao juízo que irá reexaminar o mérito do recurso,
também conhecido como juízo ad quem
3.3.1. Folho de Rosto ou Peça de Interposição: A peça de
interposição deverá conter os seguintes elementos:
3.3.1.1 – Endereçamento ao Juízo Competente A petição de
interposição deve ser direcionada ao juízo prolator da
decisão, exemplo:EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 5ª
VARA DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO 3.3.1.2- Identificação do
Processo Além do endereçamento ao juízo onde foi decidida em
primeira instância a demanda, a peça de interposição deverá
conter o número de registro do processo junto ao órgão
jurisdicional, ou seja, após o endereçamento ao juízo
competente deve o Recorrente indicar a que processo se refere
àquela contestação. Exemplo: EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DO
TRABALHO DA 5ª VARA DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO (5 linhas)
Processo nº XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
3.3.1.3. Identificação das Partes Tal como ocorre com as
petições deve se indicar quem está peticionando e contra quem
é peticionado. Exemplo: Nome do recorrente, já qualificado nos
autos em epígrafe, em que contende com (nome do recorrido),
vem, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado infra-
assinado, com endereço profissional sito à ____________,
3.3.1.4. Indicação do tipo de recurso Deve-se indicar o
fundamento do recurso e seu tipo, exemplo: Nome do recorrente,
já qualificado nos autos em epígrafe, em que contende com
(nome do recorrido), vem, à presença de Vossa Excelência, por
seu advogado infraassinado, com endereço profissional sito à
____________, tempestivamente, com fundamento na alíena ?a? do
artigo 895 da CLT, e inconformado com a sentença proferida,
interpor RECURSO ORDINÁRIO para o Egrégio Tribunal Regional
da___Região, de acordo com as razões anexas
3.3.1.5. Indicação da presença de pressupostos extrínsecos
Deve ser demonstrada a presença dos pressupostos extrínsecos
tais como preparo e tempestividade. Exemplo: Junta, neste ato,
a guia DARF comprovando o recolhimento das custas processuais
e o comprovante do depósito recursal
3.3.1.6. Pedido de Remessa ao juízo ad quem Deve ser realizado
o pedido de remessa ao órgão competente para a apreciação do
recurso, em seu mérito. Exemplo: Após as formalidades de
praxe, requer sejam os autos remetidos ao Tribunal Regional do
Trabalho da ___ Região, para apreciação das anexas Razões.
3.3.1.7. Parte Autenticativa Exemplo: Termos em que, P. e E.
Deferimento. Local, data Nome do Advogado OAB nº 3.3.2. Razões
de Recurso Nas razões de Recurso deverá constar os seguintes
elementos:
3.3.2.1. Endereçamento ao Juízo ad quem As razões de Recurso
são dirigidas ao órgão que irá examinar o recurso. Exemplo:
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ___ REGIÃO
3.3.2.2. Identificação das Partes e da Origem Exemplo:
Recorrente: Nome do recorrente Recorrido: Nome do Recorrido
Processo nº XXXXXXXXXX Origem: __Vara do Trabalho de
__________
3.3.2.3. Razões Recursais Introdutórias Deve-se realizar uma
breve introdução do inconformismo, dando início às efetivas
razões do recorrente, sugere-se a seguinte redação: RAZÕES DE
RECURSO ORDINÁRIO Eméritos Julgadores, Douto Relator Não
merece prosperar a decisão proferida pelo juízo a quo, na
qual… (copiar parte da decisão recorrida que fundamenta a
insatisfação)
3.3.2.4. Razões Recursais Propriamente ditas Após o breve
relato do porquê do recurso, deve-se lançar mão dos
fundamentos do recurso, tal como o faz quando da contestação
ou mesmo da petição inicial, indicando as razões da reforma ou
anulação da sentença, a depender se o error foi em iudicando
ou procedendo. OBS: como se pode constatar, o recurso
ordinário tem por objetivo a reforma da sentença, no todo ou
em parte. por isso, há que analisar com profundidade a prova
dos autos, ressaltando os pontos favoráveis ao recorrente,
inclusive utilizando-se de acórdãos que abordem questões
semelhantes e, eventualmente, podendo citar, também, autores,
assinalando as respectivas obras.
3.3.2.5. Requerimentos Tal como ocorre em todas as peças
processuais, deve-se, ao final, realizar o pedido daquilo que
se requer. No caso dos recursos a Reforma ou Invalidação da
decisão. Exemplo: Diante de todo o exposto, requer a reforma
do julgado para…. (pretensão do recurso)
3.3.2.6. Parte Autenticativa Termos em que, P. e E.
Deferimento. Local, data Nome do Advogado OAB nº
 
SEMANA 11:
Descrição Alegando dificuldades setoriais de mercado, a
empresa Bom Caminhão S.A., afixou comunicado no quadro de
avisos, no qual informou a redução dos salários de todos os
empregados em 20%, situação que perdurou por 02 (dois) anos.
Após tal período, demitiu número representativo de empregados,
promovendo o pagamento das verbas rescisórias, tendo como base
o salário já reduzido. Sentindo-se prejudicado, o ex-empregado
Jóse Bobão promoveu reclamatória perante a Justiça do
Trabalho, postulando as diferenças salariais de todo o período
da redução, bem como a recomposição salarial para que as
diferenças das verbas rescisórias fossem pagas pelo maior
salário. A ação foi julgada improcedente em primeiro grau, sob
o fundamento de que, de fato, a crise que abalara aquele setor
era pública e notória, o que legitimara a ação empresarial já
narrada. Como advogado do ex-empregado, proponha a medida
processual cabível com a finalidade de reverter a decisão,
apresentado em suas razões os fundamentos legais e
doutrinários pertinentes ao tema.
 
SEMANA 12:
Descrição Em face da sentença abaixo, você, na qualidade de
advogado do reclamante, deverá interpor o recurso cabível para
a instância superior, informando acerca de preparo porventura
efetuado. T VARA DO TRABALHO DE SÃO JOÃO DE PÁDUA Processo nº
644-44.2013.5.03.0015 – procedimento sumaríssimo AUTOR: RILDO
JAIME RÉS: 1) SOLUÇÕES EMPRESARIAIS LTDA. e 2) METALÚRGICA
CRISTINA LTDA. Aos 17 dias do mês de fevereiro de 2011, às 10
horas, na sala de audiências desta Vara do Trabalho, o
Meritíssimo Juiz proferiu, observadas as formalidades legais,
a seguinte S E N T E N Ç A Dispensado o relatório, a teor do
disposto no artigo 852, I, in fine da CLT. FUNDAMENTAÇÃO DA
REVELIA E CONFISSÃO Malgrado a segunda ré (tomadora dos
serviços) não ter comparecido em juízo, mesmo citada por
oficial de justiça (mandado a fls. 10), entendo que não há
espaço para revelia nem confissão quanto à matéria de fato
porque a primeira reclamada, prestadora dos serviços e ex-
empregadora, contestou a demanda. Assim, utilidade alguma
haveria na aplicação da pena em tela, requerida pelo autor na
última audiência. Rejeito. DA INÉPCIA ? O autor denuncia ter
sido admitido dois meses antes de ter a CTPS assinada,
pretendendo assim a retificação no particular e pagamento dos
direitos atinentes ao período oficioso. Apesar de a ex-
empregadora silenciar neste tópico, a técnica processual não
foi respeitada pelo autor. É que ele postulou apenas a
retificação da CTPS e pagamento dos direitos, deixando de
requerer a declaração do vínculo empregatício desse período,
fator indispensável para o sucesso da pretensão deduzida.
Extingo o feito sem resolução do mérito em face deste pedido.
DA PRESCRIÇÃO PARCIAL Apesar de não ter sido suscitada pela
primeira ré, conheço de ofício da prescrição parcial, conforme
recente alteração legislativa, declarando inexigíveis os
direitos anteriores a cinco anos do ajuizamento da ação. DAS
HORAS EXTRAS O autor afirma que trabalhava de 2ª a 6ª feira
das 8h às 16h com intervalo de 15 minutos para refeição,
postulando exclusivamente hora extra pela ausência da pausa de
1 hora. A instrução revelou que efetivamente a pausa alimentar
era de 15 minutos, não só pelos depoimentos das testemunhas do
autor, mas também porque os controles não exibem a marcação da
pausa alimentar, nem mesmo de forma pré- assinalada. Contudo,
uma vez que confessadamente houve fruição de 15 minutos,
defiro 45 minutos de horas extras por dia de trabalho, com
adição de 40%, conforme previsto na convenção coletiva da
categoria juntada

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