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Liberdade provisória

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE SANTO ANTÔNIO–MG.
APF nº XXXX 
			
BETINHO MALVADEZA, qualificado as fls__, vem respeitosamente por sua advogada Jéssika Dias Matias, já outorgada, a presença de Vossa Excelência, com base no art. 310, inciso III do Código de Processo Penal, requerer sua 
			 LIBERDADE PROVISÓRIA,
consoante o art. 5º, LXVI, da Constituição Federal, pelos seguinte motivos a seguir expostos:
 O requerente foi preso em flagrante, na data de 05 de maio de 2007, sob acusação de ter efetuado alguns disparos de arma de fogo contra Rolando Peluxão, estando incurso no art. 121 c/c art. 14, inciso II, CP, encontrando-se atualmente preso na Cadeia Pública da cidade de Santo Antônio – MG.
Dessa forma, requer a concessão da liberdade provisória, visto que não estão presentes nenhum dos motivos que autorizam a sua custódia cautelar.
Sabe-se que para a decretação da prisão preventiva devem estar presentes dois pressupostos, quais sejam fumus comissi delicti e periculum libertatis. 
Nesse sentido, além da prova de materialidade e os indícios de autoria (que devem estar presentes cumulativamente), a decretação da preventiva pressupõe a existência de pelo menos uma das hipóteses autorizadas pelo Art. 312, CPP.
Ante o exposto, observa-se nas certidões criminais atualizadas em anexo, que o indiciado possui bons antecedentes criminais. Portanto, tendo por base o Princípio da presunção de inocência (CF, art. 5º, LVII), nada pode indicar que o requerente solto praticará qualquer infração, uma vez que não é criminoso contumaz.
Da mesma forma, o requerente é pessoa pacífica, visto que não realizou nenhuma ameaça a testemunhas, não procurou destruir qualquer vestígio do crime ou danificar a ação da Autoridade Policial, não existindo nenhum indício nesse sentido. Sendo a sua custódia desnecessária para garantir o normal desenvolvimento da instrução penal.
Ora nobre julgador, se tal medida possuía o objetivo de garantir essa fase processual, resta claro diante dos fundamentos narrados que não existe nenhuma justificativa para que o réu ainda permaneça preso.
 Vale destacar que a prisão preventiva é medida excepcional e não se justifica no caso em apreço, merecendo o Requerente ser colocado em liberdade.
A respeito, define a Constituição Federal que “ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança” (Art. 5º inciso LXVI, CF).
Nesse sentido há também entendimento jurisprudencial sobre o tema: “Não é somente uma faculdade de o juiz conceder a liberdade provisória. Presentes os requisitos, o negar do benefício caracteriza coação ilegal” (Recrim 313.415. 5.1082, Boletim Mensal de Jurisprudência10/4).
Insta trazer à baila, valorosos princípios que cabem ao presente caso e devem ser observados, quais sejam princípio da legalidade estrita da prisão e princípio da necessidade, defendendo que o acusado deve permanecer preso somente se estiverem presentes os requisitos legais, bem como a imprescindibilidade da prisão. 
Assim, pode-se concluir que o Requerente não pode ser mantido em cárcere, devendo aguardar solto a definição jurídica do caso.
Por fim, cumpre destacar que a aplicação da lei está garantida, uma vez que o requerente tem residência fixa e ocupação lícita, conforme fazem prova os documentos ora juntados, quais sejam, a conta de água e de luz em seu nome, sua carteira de trabalho e a certidão de nascimento de seus filhos, demonstrando que está radicado no distrito da culpa e não pretende subtrair-se á aplicação da lei.
Em face do exposto, requer a Vossa Excelência que seja deferida a Betinho Malvadeza, sua Liberdade Provisória, sem fiança, a fim de ver-se processar em liberdade, comprometendo-se a comparecer a todos os atos processuais e a não se ausentar ou mudar de endereço sem prévia comunicação a este juízo.
Termos em que, expedindo-se o alvará de soltura a Cadeia Pública de Santo Antônio - MG,
Pede deferimento.
Juiz de Fora, data.
 Jéssika Dias Matias
		 Advogada/Nº OAB

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