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DIREITO DO TRABALHO Unidades III e IV (1)

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Fontes do Direito do 
Trabalho
Hierarquia: Constituição
Leis Ordinárias
Atos do Poder Executivo
Sentenças Normativas
Acordos e Convenções Coletivas
Regulamento da empresa
Contrato de Trabalho
Usos e Costumes
Classificação das normas trabalhistas:
NORMAS DE 
ORDEM 
PÚBLICA
ABSOLUTAS RELATIVAS
NORMAS 
DISPOSITIVAS
NORMAS 
AUTÔNOMAS
INDIVIDUAIS COLETIVAS
 NORMAS DE ORDEM PÚBLICA ABSOLUTA  Não podem ser derrogadas por convenção das partes. 
Prepondera o interesse público sobre o individual. Há o interesse do Estado em estabelecer regras mínimas 
para o trabalhador. Possuem natureza tutelar. 
Exemplos: Salário mínimo; Férias; Segurança do Trabalho, dentre outras.
 NORMAS DE ORDEM PÚBLICA RELATIVA  Embora haja interesse do Estado, elas podem ser flexibilizadas.
Exemplos: Possibilidade de redução salarial ou redução da jornada de trabalho por meio de Convenção ou 
Acordo Coletivo – CRFB, art.7º, XIII; 
 NORMAS DISPOSITIVAS  O Estado tem interesse em tutelar os direitos dos empregados, porém, esse 
interesse é menor, podendo ocorrer a autonomia da vontade das partes. Pode-se dizer que, a legislação 
apenas estabelece o mínimo, que pode ser complementado pelas partes.
Exemplos: Aviso prévio de, no mínimo, 30 dias – CRFB, art.7º, XXI; Adicional noturno de, pelo menos, 20%, CLT, 
art. 73; Nesses casos podem as partes estabelecer patamares maiores do que esses estabelecidos.
Drª Carolinsk de Marco - Ma. em Direito do Trabalho e Relações Laborais Internacionais
 NORMAS AUTÔNOMAS O Estado não interfere estabelecendo normas de conduta no 
campo trabalhista; as partes convencionam entre elas. Caso colidam com Normas de 
Ordem Pública (absolutas ou relativas) NÃO serão válidas.
 INDIVIDUAIS Cláusula inserida no contrato de trabalho de forma a beneficiar ou 
complementar o direito do trabalhador.
Exemplo: Complementação de aposentadoria.
 COLETIVAS Acordos ou Convenções Coletivas que estabelecem direitos a mais do que os 
previstos em leis.
Exemplos: cesta básica para a categoria, descontos em escolas ou universidades etc.
Drª Carolinsk de Marco - Ma. em Direito do Trabalho e Relações Laborais Internacionais
Aplicação das Normas 
de Direito de Trabalho
Interpretação:
•Sentido do texto gramatical da norma jurídicaGramatical ou Literal
• Interpretação dos textos legaisLógica
• Interpretação dada de acordo com o fim colimado pelo legisladorTeleológica ou Finalística
• Interpretação dada segundo a análise do sistema no qual está inseridoSistemática
•Dá sentido amplo à norma a ser interpretadaExtensiva ou Ampliativa
•Dá sentido mais restrito à norma a ser interpretadaRestritiva ou Limitativa
•Decorre de um processo evolutivo. Adaptação ao momento atualHistórica
•Realizada pelo próprio órgão que editou a norma. Ele declara seu sentido.Autêntica
•Se verifica a necessidade social na elaboração da leiSociológica
Drª Carolinsk de Marco - Ma. em Direito do Trabalho e Relações Laborais Internacionais
Eficácia:
 Significa a aplicação ou execução da norma jurídica;
 É a produção de efeitos jurídicos concretos ao regular as relações;
 Tem sentido de pôr a norma em contato com os fatos e atos;
Eficácia Global  Quando é aceita por todos
Eficácia parcial  Quando é aceita parcialmente, implicando ineficácia parcial
 Divide-se em: EFICÁCIA NO TEMPO e EFICÁCIA NO ESPAÇO.
Drª Carolinsk de Marco - Ma. em Direito do Trabalho e Relações Laborais Internacionais
Eficácia no tempo:
 Refere-se a entrada da lei em vigor. Normalmente, as disposições do Direito do Trabalho, entram
em vigor a partir da data da publicação da lei, tendo eficácia imediata, CRFB art. 5º,§ 1º;
Inexistindo disposição expressa em lei, esta começa a vigorar 45 dias depois de oficialmente
publicada – LINDB, art. 1º;
 Se o ato ainda não foi praticado, deve-se observar a lei vigente à época de sua prática. Ex.: CLT,
art. 142;
 Algumas normas tem um espaço de tempo que levam para entrar em vigor, a chamada vacatio
legis. Ex.: Lei do FGTS (Lei 5.107/66), só entrou em vigor dia 1º de janeiro de 67;
 Convenções ou Acordos coletivos só entram em vigor 3 dias após o depósito na DRT – CLT, art.
614, § 1º.
Drª Carolinsk de Marco - Ma. em Direito do Trabalho e Relações Laborais Internacionais
Eficácia no espaço:
 Refere-se ao território no qual será aplicado a norma;
 No Brasil, tanto aos nacionais quanto aos estrangeiros se aplicará a Lei trabalhista;
 Aplica-se o Princípio da territorialidade: as leis trabalhistas vigoram em um
determinado território ou espaço geográfico; é o princípio da territorialidade que
prevalece, significando, simplesmente, que a mesma lei disciplinará os contratos
individuais de trabalho tanto dos empregados brasileiros como de outra
nacionalidade; aos estrangeiros que prestam serviço no Brasil, é aplicada a
legislação brasileira.
Drª Carolinsk de Marco - Ma. em Direito do Trabalho e Relações Laborais Internacionais
Princípios do Direito do 
Trabalho
Drª Carolinsk de Marco - Ma. em Direito do Trabalho e Relações Laborais Internacionais
 Os princípios são dotados de uma força normativa, pois dão sentido à norma positivada, ou
atuam na lacuna da lei, orientando, tanto a integração, quanto a interpretação das normas
jurídicas.
 Alguns princípios, por serem considerados de grande importância para o ordenamento
jurídico, são legislados. Outros, menos relevantes e que constituem a maioria deles, são
meros modelos doutrinários. A inserção desses princípios no ordenamento jurídico, a ponto
de adquirirem força coercitiva, pode acontecer por meio do processo legislativo, mas, com
maior frequência, ocorre pela atividade jurisdicional.
 CLT, art. 8º - “As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições
legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por
equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do
trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de
maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse
público.”
Drª Carolinsk de Marco - Ma. em Direito do Trabalho e Relações Laborais Internacionais
Função:
Drª Carolinsk de Marco - Ma. em Direito do Trabalho e Relações Laborais Internacionais
Princípio da Proteção:
Drª Carolinsk de Marco - Ma. em Direito do Trabalho e Relações Laborais Internacionais
Desmembra-se em três:
IN DUBIO PRO OPERÁRIO  Existindo duas interpretações a um texto legal,
deve-se aplicar a interpretação que melhor atenda aos interesses do
trabalhador.
 Aplica-se também o princípio do in dúbio pró-mísero na análise do caso
concreto. Se num procedimento judicial existem dúvidas, o juiz deve optar
pelo julgamento da causa em favor do empregado.
 Existe a máxima que resume este princípio: “É melhor um empregador pagar
duas vezes a mesma dívida, do que um empregado que tenha direito deixar
de receber”.
Drª Carolinsk de Marco - Ma. em Direito do Trabalho e Relações Laborais Internacionais
APLICAÇÃO DA NORMA MAIS FAVORÁVEL AO TRABALHADOR  No caso de
haver mais de uma norma aplicável ao caso concreto, aplica-se a norma que
melhor favorecer o trabalhador. Portanto, no caso do Direito do Trabalho, não
se aplica a hierarquia das leis, mas a que for mais favorável.
 Exemplo: A CLT prevê que ao trabalho noturno seja dado um adicional de
20% sobre a hora normal, neste caso, se uma Convenção Coletiva
estabelecer que para determinada categoria que este trabalho seja
remunerado com 50% sobre a hora normal, aplicar-se-á a norma
convencional e não a norma consolidada.
Drª Carolinsk de Marco - Ma. em Direito do Trabalho e Relações Laborais InternacionaisAPLICAÇÃO DA NORMA MAIS BENÉFICA AO TRABALHADOR  Por este princípio, cláusulas
benéficas para o trabalhador não podem ser retiradas do contrato ou serem substituídas
por outra menos benéfica.
 Vantagens já conquistadas, resultantes de contrato, de lei, de normas coletivas, ou
até mesmo regulamento da empresa, constituem-se em Direito Adquirido e não
podem ser modificadas para pior - CRFB, art. 5º. Inciso XXXVI, e CLT, art. 468, que
explica:
“Nos contratos individuais de trabalho, só é lícita a alteração das respectivas condições
por mútuo consentimento, e, ainda assim, desde que não resultem, direta ou
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade a cláusula infringente
desta garantia.”
Drª Carolinsk de Marco - Ma. em Direito do Trabalho e Relações Laborais Internacionais
Princípio da Irrenunciabilidade de direitos:
 É a impossibilidade jurídica de o trabalhador privar-
se voluntariamente de vantagens a ele conferidas
pela lei trabalhista.
 Registre-se que, a irrenunciabilidade, não tem
caráter absoluto, pois a própria legislação pode
autorizar a conciliação, a transação etc. Nesses
casos, as garantias mínimas aos trabalhadores, não
podem ser modificadas in pejus dos mesmos,
mesmo com o consentimento expresso, nos demais
casos, caberia a renúncia ou transação, desde
que por mútuo acordo.
Drª Carolinsk de Marco - Ma. em Direito do Trabalho e Relações Laborais Internacionais
Princípio da Continuidade da Relação de
Emprego:
 Presume-se que o contrato de trabalho terá validade por tempo
indeterminado;
 A exceção desta regra são os contratos por prazo determinado, inclusive o
temporário.
TST, Súm. 212: “ O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando
negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o
principio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável
ao empregado.”
Drª Carolinsk de Marco - Ma. em Direito do Trabalho e Relações Laborais Internacionais
Princípio da Primazia da Realidade:
 Terá valor o que acontece no mundo real e não no mundo formal. Consiste em dar
preferência à realidade dos fatos existentes. O fato provado prevalece sobre
documento em sentido contrário .
Drª Carolinsk de Marco - Ma. em Direito do Trabalho e Relações Laborais Internacionais
Exemplo: o empregado alega que começou a
trabalhar em 2000, a empresa contesta afirmando
que iniciou em 2001, conforme registro na CTPS.
Apresentando prova testemunhal que comprove
o trabalho desde 2000, provavelmente, terá o
empregado ganho de causa, pois o depoimento
testemunhal reflete a realidade vivenciada, e
prevalecerá sobre a prova documental
apresentada pela empresa.
Princípio da Razoabilidade:
 Toda conduta humana deve ser razoável e que,
portanto, tal princípio, assim como a boa-fé (que diz
respeito a toda e qualquer contratação – e não
apenas aos contratos de trabalho) não pode ser
considerado como específico deste ramo do
conhecimento humano.
Drª Carolinsk de Marco - Ma. em Direito do Trabalho e Relações Laborais Internacionais
 Nas relações de trabalho, as partes, e juízes
devem conduzir-se de uma maneira razoável na
solução de problemas ou conflitos delas
decorrentes.
Princípio da Boa-fé:
 Refere-se à conduta da pessoa que considera cumprir realmente com seu dever,
pressupondo uma posição de honestidade e honradez no comércio jurídico, porque
contém implícita a consciência de não enganar, não prejudicar, nem causar danos.
 Este princípio abrange ambas as partes do contrato, e não apenas uma delas. Além
disso, este princípio deve ser levado em conta para a aplicação de todos os direitos e
obrigações que as partes adquirem como consequência do contrato de trabalho.
 A boa-fé que deveria vigorar como Princípio do Direito do Trabalho é a boa-fé-lealdade,
ou seja, que se refere a um comportamento e não a uma simples convicção.

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