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MODULO 10: CORROSÃO FUNDAMENTOS AVALIAÇÃO DA INTEGRAÇÃO E REABILITAÇÃO DE DUTOS Denise Souza de Freitas Engª de Corrosão, Ph.D. Definição de Corrosão “DETERIORAÇÃO DE UM MATERIAL PELA AÇÃO QUÍMICA OU ELETROQUÍMICA DO MEIO AMBIENTE ASSOCIADA, OU NÃO, A ESFORÇOS MECÂNICOS” Mecanismos de deterioração diferentes para cada tipo de material Cerâmicos Polímeros Metais Processo inverso da metalurgia extrativa, em que o metal retorna ao seu estado original. Definição 1 Minério Metalurgia Para muitos metais, isso é verdade: Fe, Al, Zn... Mas e o ouro? Como é encontrado na natureza ? O que é corrosão? Destruição ou inutilização de um material metálico pela interação química ou eletroquímica com o meio O que é corrosão? Definição 2 Transformação de um metal em um íon metálico pela sua interação química ou eletroquímica com o meio em que se encontra O que é corrosão? Definição 3 Conceito mais amplo !!! O que é corrosão? METAL Meio de exposição Fe2+ Zn2+ Al3+ Fe Zn Al METAL CORROÍDO 6 diretos: Ø substituição de peças Ø custos e manutenção dos processos de proteção Ø deterioração de equipamentos indiretos: Ø paralização para limpeza ou reposição de peças Ø perda de produtos Ø contaminação de produtos Ø perda de eficiência de equipamentos Ø acidentes Custos Prevenir, no âmbito social, • acidentes (perda de vidas ou invalidez): queda de pontes e aviões, explosão de caldeiras, vazamento de oleodutos, desabamentos de estruturas metálicas, etc. • insalubridade: causada por vazamentos de produtos tóxicos (líquido ou gás) • defesa do consumidor: produtos de consumo com durabilidade e desempenho comprometidos pela ação da corrosão A importância do estudo da corrosão PROTEGER A SOCIEDADE E O MEIO AMBIENTE !!! Corrosão Reação de um metal com seu meio ambiente ¨ Corrosão eletroquímica ¤ reação com água (com íons dissolvidos) ¨ Oxidação direta, à altas temperaturas ¤ reação com oxigênio à alta temperatura ¤ reação com outros gases Meios Corrosivos ¨ Atmosfera (ex: sais, poeira, umidade, gases: CO, CO2, SO2, H2S) ¨ Água (ex: presença de micro-organismos e chuva ácida) ¨ Solo (ex: acidez) ¨ Produtos químicos (ex: transporte e armazenamento de ácidos) Relações inadequadas metal/meio Metal Meio Aço-Carbono Água do Mar Aço Inoxidável HCl, H2S, SO3 Alumínio HCl, NaOH, SO3 Magnésio HNO3 Cobre HCl, NH3 Titânio H2SO4, H2O2 conc, SO3 Prata HCl concentrado Ouro FeCl3 Platina HNO3 fumegante A intensidade do processo corrosivo depende da relação material/meio Características dos produtos de corrosão • Não protetor O produto de corrosão sólido mas não protetor. - aço-carbono (óxidos: Fe2O3 ou FeO; hidróxidos: Fe(OH)2 ou Fe(OH)3) • Protetor Barreira que impede o contato entre o metal e o ambiente que o cerca - óxido de cromo (Cr2O3), sobre aço inoxidável - óxido de alumínio (Al2O3) que, além de protetor, confere aspecto decorativo. Produtos solúveis: corrosão (estado ativo) Produtos insolúveis: passivação (estado passivo) (possibilidade de corrosão localizada) Fenômeno Denominação Corrói com produtos de corrosão solúveis no meio Estado a>vo Corrói com produtos de corrosão insolúveis e compactos Estado passivo Corrói com produtos de corrosão insolúveis não compactos Estado a>vo Não corrói Estado imune Classificação da corrosão Classificação primária • Oxidação Direta • Corrosão eletroquímica Quanto à morfologia • Uniforme • Localizada • Seletiva Inter/transgranular Quanto à fenomenologia • Galvânica • Aeração diferencial • Corrosão-erosão • Corrosão fadiga • Corrosão sob tensão • Corrosão atmosférica • Corrosão microbiológica • Ataque pelo hidrogênio Oxidação direta ou química ou à altas temperaturas Reação direta entre metal e meio corrosivo Caso comum: reação em altas temperaturas Ex: METAL + OXIGÊNIO (gases) è ÓXIDO DO METAL Oxidação direta ou corrosão eletroquímica? Exemplos: Fe + ½ O2 è FeO T= 1000°C 3Fe + 2O2 è Fe3O4 T= 600 °C 2Fe + 3/2 O2 è Fe2O3 T= 400 °C Corrosão eletroquímica ou aquosa • processo corrosivo está associado a reações anódicas (oxidação) e catódicas (redução) na interface metal/meio. • A corrosão ocorre em diferentes formas, ou aspectos morfológicos, devido às características do metal, processo de fabricação, fatores ambientais, meios, etc... Reações anódicas e catódicas Ø Reação de Oxirredução • Numa reação de oxirredução sempre há perda e ganho simultâneos de elétrons. • Os elétrons que são perdidos por um átomo, íon ou composto químico são imediatamente recebidos por outros. A perda de elétrons é chamada de oxidação. O ganho de elétrons é chamado de redução. Eletroquímica • Estudo das reações químicas que envolvem transferência de elétrons entre um condutor elétrico (eletrodo) e um iônico (eletrólito). • Ocorre transformação de energia química em elétrica. • O processo de transferência de elétrons pode ser espontâneo (ex: pilhas) ou induzido por corrente externa (ex: células eletrolíticas). Potencial de eletrodo Cada eletrodo imerso em um meio gera um potencial eletroquímico na interface material/meio Metal + + + + - - - - - - - - + + + + Eletrólito potencial do eletrodo eletrodo Metal Eletrólito ddp Potencial eletroquímico ¨ Potencial de eletrodo ¤ Mostra a tendência de uma reação ocorrer: perda ou ganho de elétrons ¨ Potencial do eletrodo padrão ¤ Diferença de potencial em uma solução 1M de seus íons, com relação ao eletrodo normal de hidrogênio M/Mn+ (1M) ou M;Mn+ (1M) Séries eletroquímicas K+ -2,925 Ba2+ -2,90 Na+ -2,71 Mg2+ -2,37 Al3+ -1,66 Mn2+ -1,18 Zn2+ -0,763 Cr3+ -0,71 Fe2+ -0,441 Ni2+ -0,250 Sn2+ -0,14 Pb2+ -0,13 2H+, H2 padrão 0,000 Cu2+ +0,337 Cu+ +0,522 Ag+ +0,799 Pd2+ +0,987 Pt2+ +1,20 O2 + 4H+ + 4e = 2H2O +1,229 Au3+ +1,498 Au+ +1,69 Referência padrão • São ordenadas pelo potencial padrão de equilíbrio • Não prevê a formação de produtos de corrosão protetores • Não pode ser usado para ligas E se a concentração do meio não for 1M? Relaciona o potencial gerado nas concentrações das espécies envolvidas nas reações ao potencial padrão: E = E0 + 0,0591 / n log [produtos] / [reagentes] E0 = E padrão → tabelas (para diversas reações) n = número de elétrons transferidos na reação de corrosãoØ Determinação do potencial em soluções diferentes de 1M Equação de Nernst Fe → Fe2+ + 2e H2O + 1/2 O2 + 2e → 2OH - Fe2+ +2 OH- → Fe(OH)2 2Fe(OH)2 + H2O + 1/2 O2 → 2Fe(OH)3 E se a reação for irreversível? Corrosão é um processo irreversível A equação de Nernst não é aplicada Oxidação Redução Produtos sólidos • não fica Fe2+ em solução → não se atinge o equilíbrio O potencial real de um metal em uma solução é irreversível. Depende de diversos fatores, tais como: formação de películas, impurezas na solução, agitação do meio, temperatura e interação material/meio. Potencial de corrosão ou de circuito aberto medidas experimentais Potencial de um metal Como obter o potencial de corrosão (eletroquímico) no caso de reações irreversíveis? Metal + + + + + + + + Eletrólito Eletrodo de referência Eletrodos de Referência Hg2Cl2 (s) + Hg Solução saturada de KCl Hg Cristais de KCl Membrana porosa Eletrodos de Prata-Cloreto de prata Calomelano Saturado – ECS saturado Fio de Ag Recobrimento de Ag Solução de KCl Membrana porosa Eletrodos de referência vs. Eletrodo padrão ELETRODO DE REFERÊNCIA DIFERENÇA DE POTENCIAL PARA O ELETRODO DE REFERÊNCIA DE HIDRODÊNIO à 25ºC (V) Hg, Hg2Cl2/KCl (sat) 0,318 Ag, AgCl/KCl (sat) 0,242 Cu, CuSO4/CuSO4 (sat) 0,197 Table 1 Standard emf series Table 2 Galvanic Series in Seawater Reaction Eo at 25oC , (V vs NHE) Au-‐Au3+ Pt-‐Pt2+ Ag-‐Ag+ Hg-‐Hg22+ Cu-‐Cu2+ H2-‐H+ Ni-‐Ni2+ Fe-‐Fe2+ Cr-‐Cr3+ Zn-‐Zn2+ Al-‐Al3+ Mg-‐Mg2+ Na-‐Na+ +1.498 +1.2 +0.799 +0.788 +0.337 0.000 -‐0.250 -‐0.440 -‐0.744 -‐0.763 -‐1.662 -‐2.363 -‐2.714 ↑ Noble or cathodic Active or anodic ↓ Platinum Gold Silver 18-‐8 Mo stainless steel (passive) Nickel (passive) Cupronickels (60-‐90 Cu, 40-‐10 Ni) Copper Nickel (active) 18-‐8 Mo stainless steel (active) Steel or iron 2024 aluminium (4.5 Cu, 1.5 Mg, 0.6 Mn) Cadmium Commercially pure aluminium (1100) Zinc Magnesium and magnesium alloys After de Bethune and Loud from INCO test results • São ordenadas pela observação do metal em serviço • Prevêem a formação de produtos de corrosão • Pode ser utilizada para ligas • É diferente para cada meio ambiente Séries Galvânicas O que ocorre quando dois metais diferentes em solução são conectados? Célula eletroquímica/pilha Características básicas: Ø presença de anodo, catodo, eletrólito (condutor iônico) e condutor elétrico Ø transferência espontânea de elétrons A reação química em uma célula eletroquímica (ou pilha) é representada por duas meias-reações que descrevem as mudanças nos dois eletrodos. Cada meia-reação corresponde à ddp na interface de seu eletrodo. Conectando a Platina ao Zinco Zn Pt HCl Zinco e platina não conectados, nenhuma reação Se o zinco e a platina conectados, a corrente flui e hidrogênio é formado na platina elétrons Pilhas galvânicas E quando há somente um eletrodo? ü Como pode haver corrosão em um metal sem contato com outros metais? ü Que reações podem ocorrer? ü Por que surgem regiões anódicas e catódicas? • Deformações da superfície metálica • Composições variáveis • Defeitos cristalinos • Gradiente de temperatura • Gradiente de concentração • Regiões ativas ou passivas MEIO AQUOSO ESTRUTURA DE AÇO GRÃO CATÓDICO GRÃO ANÓDICO 2e- Fe2+ H+ H+ Por exemplo, em um aço Outros tipos de pilhas galvânicas ativa-passiva: rompimento da camada de passivação (ex: íon Cl-) Anodo: regiões com substrato exposto. de ação local: presença de impurezas em metal ou liga. Ex: Fe em Zn comercial. Anodo: zinco. de temperatura: eletrodos de mesmo material submetidos à diferentes temperaturas. Anodo: eletrodo em maior temperatura. de concentração iônica: contato entre metal e soluções de diferentes concentrações. Anodo: eletrodo em contato com solução de menor concentração (verificado pela equação de Nernst). de aeração diferencial: formação de pilha de concentração com relação ao teor de oxigênio. Anodo: eletrodo em contato com a solução menos aerada (análogo à pilha de concentração iônica). Efeito do Potencial ¨ Reações de corrosão que não estão em equilíbrio geram fluxo de corrente ¨ Reações eletroquímicas implicam em transferência de carga ¨ Lei de Faraday: Onde: Q = carga da ionização de mols de um material M = massa de um composto F = Cte de Faraday = 96.494 coulumbs por mol z = número de eletrons transferido na reação m = massa molar ¨ Assim, é de esperar que quando a corrente fluir, o potencial mude. Velocidade da Corrosão Cinética da corrosão ¤ Refere-se a taxa (ou velocidade) das reações de corrosão ¨ Teoria do Potencial misto: ¤ O potencial de corrosão (Ecorr) é a soma de todas as correntes anódicas e catódicas no eletrodo for zero ¨ Polarização ¤ É a mudança do potencial que é causado pela passagem de corrente Corrosão do zinco em ácido Zn → Zn2+ + 2e- 2H+ + 2e- → H2 Taxa da reação P ot en ci al E le tr oq u ím ic o E (V ) Densidade de Corrente (i) icorr Ecorr Resistência de Polarização ¨ Se existe resistência entre o anodo e o catodo em uma célula, então a corrente que flui através desta resistência causa uma queda no potencial e é governada pela lei de Ohm: V = RI Este conceito é importante para revestimentos e soluções muito resistivas Passivação ¨ Quando um filme passivo é formado, isto causa uma significativa queda na corrente devido a resistência do filme e seu efeito como barreira para a difusão de íons ¨ Este efeito é observado na curva anódica Passivação log |densidade de corrente| P ot en tia l d o E le tro do A taxa de corrosão será fortemente afetada pela curva catódica Termodinâmica da Corrosão ¨ Um metal reage espontaneamente quando é convertido de um estado a outro com liberação de energia. Isto é devido à força termodinâmica da reação ex. Corrosão do metal ¨ Se energia for necessária para que esta conversão ocorra, então a reação não é espontânea ¨ A estabilidade do metal em contato com uma solução depende de fatores como potencial, pH e a temperatura do sistema. O Diagrama de Pourbaix mostra o estado de estabilidade de um metal Efeito do pH na Taxa da Reação ¨ Considerando a reação de formação do hidrogênio: 2H+ + 2e- → H2 ¨ A concentração de H+ íons vai influenciar a taxa de reação ¨ Quando a concentração H+ aumenta (ex: a solução torna-se mais ácida), a taxa da reação aumenta ¨ Da mesma forma, o potencial vai influenciar a reação - mais negativo o potencial mais rápida a reação Efeito do pH e potential na taxa de formação do hidrogênio pH Potential Rápida Devagar Equação de Nernst [ ] [ ]reagentes l produtosog nF RT E = E 0 P ot en ci al H2O é estavel H2 é estavel 7 14 2.0 1.6 0.8 1.2 -0.4 0.4 0.0 -1.6 -0.8 -1.2 0 O2 é estavel O Diagrama de Pourbaix (E-pH) pHP ot en ci al 7 14 2.0 1.6 0.8 1.2 -0.4 0.4 0.0 -1.6 -0.8 -1.2 0 Diagrama de Pourbaix para o Zinco Zn metal stable Zn2+ stable in solution Zn(OH)2 stable solid ZnO22- stable in solution Corrosion C or ro si on Imunidade P as si vi ty Diagrama de Pourbaix para o Ferro Diagrama de Pourbaix para o Ouro P ot en ci al 7 14 2.0 1.6 0.8 1.2 -0.4 0.4 0.0 -1.6 -0.8 -1.2 0 O ouro é um metal estável Imunidade C C Passividade Limitações do Diagrama de Pourbaix ¨ O diagrama nos diz que o que pode acontecer, não o que irá acontecer ¨ Não dá informações sobre a taxa da reação ¨ Só pode ser usado para metais puros em soluções simples, não para ligas TIPOS DE CORROSÃO MORFOLOGIA Classificação da corrosão Classificação primária • Oxidação Direta • Corrosão eletroquímica Quanto à morfologia • Uniforme • Localizada • Seletiva Inter/transgranular Quanto à fenomenologia • Galvânica • Aeração diferencial • Corrosão-erosão • Corrosão fadiga • Corrosão sob tensão • Corrosão atmosférica • Corrosão microbiológica • Ataque pelo hidrogênio Componentes de uma torre de destilação atmosférica de uma refinaria de petróleo. Tanto o aço carbono quanto o monel sofreram intensa corrosão. Corrosão Uniforme Cupom para avaliação da morfologia da corrosão Corrosão localizada Pites Corrosão localizada alveolar em espelho de trocador de calor após a falha no revestimento epóxi (aço carbono/água do mar) Alvéolos Pites em aço inoxidável O2 O2 Cr3+ Cr3+ e e Cl- Cl- Dentro do pite a hidrólise do Cr3- abaixa o pH e quebra o filme passivo. A redução catódica do oxigênio continua fora do pite. 2Cr3- + 6H2O → Cr2O3 + 6H- Obs: A presença de Cl- é importante para que o pH fique próximo 1 no interior do pite (forma HCl). Entretanto, as inclusões intrínseca do material tem papel fundamental. O mecanismo ainda não é totalmente determinado. Corrosão por aeração diferencial Crevice/Frestas Anodo: Metal → Metal 2+ + elétron Catodo: O2 + 2H2O + elétron → 4OH- M+Cl- → MOH↓ + H+Cl- Corrosão por Aeração Diferencial Corrosão na Linha D’Água Anodo (região menos aerada) Catodo (região mais aerada) Curva anódica: Fe Curva catódica: O2 Corrosão por Depósitos Depósitos de óxido de ferro devido à presença de bicarbonato de ferro na água Tubo com incrustação Tubos de trocador de calor com depósitos Principais grupos relacionadas com corrosão • Redutoras de sulfato • Produtoras de ácidos • Depositadoras de metal • Formadoras de limo Biocorrosão Biocorrosão Corrosão Galvânica Fatores Importantes: • Área relativa entre o catodo e anodo • Diferença de potencial entre o anodo e catodo • Efeito da polarização no anodo porque alguns podem formar filme passivo Características básicas: • Contato entre dois materiais com diferentes potenciais; • Eletrólito onde a corrente iônica é transportada; • Contato elétrico para o transporte de corrente Corrosão galvânica Qual o melhor? Parafuso de bronze em uma estrutura de aço Parafuso de aço em estrutura de bronze Um pequeno parafuso de bronze - catodo, causará pequena corrosão no aço. O parafuso estará protegido pelo aço. Um pequeno parafuso de aço - anodo, sofrerá uma grande corrosão devido ao contato com o bronze. Corrosão Galvânica Trocado de calor: tubos de aço inoxidável (catodo) e separadores de aço-carbono (anodo) Após limpeza Falhas sob Solicitações Mecânicas Fratura que ocorre nos materiais metálicos quando sujeitos à tensões em meios corrosivos Corrosão por Fadiga É uma forma de falha que ocorre em estruturas sujeitas à tensão dinâmica e flutuante em meios corrosivos Residuais e/ou aplicadas. Estáticas ou cíclicas Corrosão sob Tensão Corrosão sob tensão METAL MEIO Ligas de alumínio Soluções com cloretos (NaCl-H2O2, NaCl, água do mar etc); vapor d’água. Ligas de cobre Soluções de amônia, amina e vapor d’água. Inconel Soluções de NaOH. Ligas de magnésio Soluções de NaCl-K2CrO4 e água destilada. Ligas de níquel Hidróxidos concentrados aquecidos e ácido fluorídrico. Aços ao carbono Hidróxidos concentrados aquecidos e ácido fluorídrico; nitratos; ácidos mistos (H2SO4- HNO3); soluções de HCN; soluções de H2S; aminas e água do mar. Aços baixa liga Idem acima adicionando-se soluções com cloretos. Aços inoxidáveis austeníticos S o l u ç õ e s c o m c l o r e t o s ; h i d r ó x i d o s concentrados aquecidos e ácidos politiônicos. Aços inoxidáveis ferríticos Soluções com cloretos. Ligas de titânio Soluções com cloretos; álcool metílico-HCl; N2O4 e ácido nítrico fumegante. Corrosão sob Tensão Tubo de latão em meio contendo amônia Micrografia apresentando aspecto intergranular, 100X Corrosão sob Tensão Aço inoxidável em meio contendo cloreto Corrosão Inter/trangranular Intergranular Transrgranular Corrosão por Fadiga É possível observar vales, a olho nu, concêntricos de formato circular ou semi- circular Alumínio apresentando estrias devido à fadiga Corrosão-Fadiga ASM Metals Handbook, vol 12 Trincas paralelas entre si perpendicular ao plano de fratura Trincas paralelas entre si e ao plano de fratura sugerem tenção cíclica e a presença de pites indicam falha por corrosão-fadiga Corrosão por Fadiga Tubo de forno em aço 6” e liga 5% Cr com fadiga térmica. Nota-se as trincas paralelas e a intensa descamação Implante de cabeça de fêmur rompida após 38 meses de utilização por corrosão-fadiga Fragilização pelo Hidrogênio O BÁSICO Mecanismo Associados com o Hidrogênio em Aço ¨ Entra como hidrogênio atômico na rede cristalina do metal ¨ Fragiliza o metal ¨ Mais solúvel em regiões de estresse ¨ Pode levar à: ¤ HIC (Hydrogen Induced Cracking) ou Fragilização por hidrogênio ¤ SCC – Corrosão sob Tensão Penetração do hidrogênio atômico H+ + e- Had Hab H2 Empolamento em chapa ¾ pol em AISI 516 G 60 em uma região de dupla laminação Grande empolamento ocorrido entre a chapa do berço e o costado do vaso, devido a falta de furo para alívio de gases de soldagem. Durante a operação do equipamento ocorreu a formação de hidrogênio molecular entre estas chapas Vários empolamentos em linha em aço A 106 10 pol Empolamento em costado de torre regeneradora de MEA, já rompido e com as bordas corroídas, aço A 285 G C. Efeito do Escoamento de Fluido CORROSÃO POR EROSÃO n Corrosão acelerada pelo impacto de partículas sólidas n As partículas podem ser metal removido ou o óxido removido - permite que o metal corroa mais rapidamente IMPINGIMENTO n A taxa de corrosão aumenta devido ao impacto da turbulência na superfície do metal n Os produtos de corrosão são removidos permitindo que o metal corroa ativamente CAVITAÇÃO n Escoamento de alta velocidade levando a queda de pressão abaixo de zero em alguns pontos n Bolhas de vapor são formadas nestas regiões no líquido n Quando a pressão aumenta novamente as bolhas de vapor implodem criando choque intenso que remove o metal ou o óxido da superfície Tubos de trocador de calor. Falha localizada na região de entrada de líquido Corrosão por Erosão Corrosão por impingimento em parafuso de aço- carbono por ação de água em alta velocidade Impingimento a Cavitação Impelidorde bomba em aço inoxidável austenítico Efeito do Escoamento de Fluido Corrosão Seletiva Remoção preferencial de um ou mais elementos de liga Corrosão seletiva do latão. Espelho e tubos do trocador de calor Micrografia mostrando o aspecto poroso do tubo de latão que sofreu dezincificação Dezincificação Corrosão Seletiva Grafítica Camada de grafite Impelidor de bomba de água de ferro fundido (2,7 a 4,0%C) A ferrita foi corroída e sobrou o grafite (carbono) - geralmente ocorre em água salgada Sensitização das juntas soldadas n Quando no limite dos grãos carboneto de cromo é precipitado, então é dito que o aço está sensitizado n A sensitização geralmente ocorre na zonas superaquecidas durante a soldagem e a corrosão resultante é chamada sensitização da junta soldada. Sensitização das juntas soldadas - INOXIDÁVEIS C C C CCr Cr Cr Cr • Aço inoxidável aquecido a uma temperatura de 650°C, carbonetos de Cr são formados na região entre os grãos. • Isto ocorre devido à alta taxa de difusão do carbono que pode difundir a longas distâncias para formar um precipitado. • Entretanto, a difusão do cromo é pequena, difundindo apenas curtas distâncias, na região do limite dos grãos. • Se no limite dos grãos a concentração do Cr diminuir (abaixo de 9%), então esta região não será mais passiva, e corrosão nos limites dos grãos irá ocorrer. Avaliação da Zona Termicamente Afetada Após o ensaio Foto Macro Varredura Microscópio digital 100x Varredura 100x após limpeza A B C Região ZTA - solda 200x (A) A A B C Região ZTA 200x (B) B A B C Região MB 200x (C) C Corrosão Atmosférica Corrosão atmosférica de em linha de instrumento. Condição de condensação constante de água sobre a superfície metálica Corrosão Atmosférica Classificação da atmosfera Ø De acordo com o grau de umidade: - seca: lenta oxidação do metal (ex: tarnishing) - úmida (UR < 100%): filmes finos de eletrólito. Velocidade depende da UR. - molhada (UR ≅ 100%): deposição de chuva ou névoa na superfície metálica. Ø De acordo com o ambiente: - industrial: S + umidade ⇒ H2SO4 - marinha: Cl- - rural: menos agressivo - urbana: CO2 Corrosão atmosférica Ø UR Ø Tempo de permanência da película Ø O2, SO2, NaCl, NOx, etc Ø Temperatura Ø Direção e velocidade dos ventos α-FeOOH (goethita) γ-FeOOH (lepidocrocita) β-FeOOH (akaganeita) δ-FeOOH Fe3O4 (magnetita) Fe(OH)2 Cl- e SO42- solúveis: baixa concentração) Ambiente x produtos de corrosão Corrosão atmosférica Formação de microclima: (a) Canhão localizado no forte a uma distância vertical da linha d’água de aproximadamente 50 m. (b) Canhão próximo à praia
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