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Ramona Widmer Biomedicina 2017.1 2º período RESUMO MICROBIOLOGIA PROVA 3 GENÉTICA BACTERIANA – RELAÇÃO COM A RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS 1. IMPORTÂNCIA • Investigação cientifica sobre a resistência antimicrobiana e virulência bacteriana • Análise de mutações causadas por agentes químicos • Tecnologia do DNA recombinante (insulina humana E. Coli) 2. ESTRUTURAS GENÉTICAS (DNA) DAS BACTÉRIAS 2.1 Cromossomo • Solto no citoplasma • Apenas 1 (na maioria das vezes vimbrio da Cólera tem dois +patogênica) • SEMPRE presente • DNA fita dupla circular • Replicação autônoma (replicon) ocorre durante a fissão binária • Codifica FATORES DE VIRULÊNCIA • Menor importância para resistência; importante para virulência (Ex.: produção de cápsula, adesinas fimbriais) 2.2 Plasmídeo • Ligados ao cromossomo ou soltos no citoplasma • DNA fita dupla circular • Replicação autônoma (replicon) fissão binária • Menor que o cromossomo • Nem sempre presente • Pode haver mais de 1 • Relacionados à resistência (pode ter mais de um gene codificando a resistência; forma mais comum produção de enzima que degrada o AM) • CLASSIFICAÇÃO: A. Plasmídeo R: resistência a antimicrobianos e metais pesados; B. Plasmídeos de virulência: aumenta a capacidade de causar doenças (Ex.: Enterotoxina da E. Coli. E. Coli produz uma bacteriocina – Colicina - que elimina outras bactérias, aumentando a virulência pela competição com as bactérias do trato intestinal, por exemplo, causando infecção) C. Plasmídeos metabólicos: propriedades metabólicas extras (Ex.: Salmonella degradação de lactose); influencia no diagnóstico laboratorial, não sendo 100% confiável D. Plasmídeos conjugativos/ plasmídeo F/ fator F: podem ser transferidos de uma bactéria para outra por conjugação; possui genes a mais que favorecem a conjugação produção de pili F 2.3 Transposon • Elementos genéticos móveis (se movem dentro da célula; passam do plasmídeo cromossomo e vice-versa) • Menor que o plasmídeo • Carregam genes de resistência (antimicrobianos e metais pesados) • Podem se inserir no plasmídeo ou no cromossomo • Não é um replicon (se replica quando inserido no plasmídeo ou no cromossomo) • Enzima transposase: corta o DNA para a inserção (gene que codifica a enzima) • Transferência quando inserido no plasmídeo Capacidade de causar patologia. 2.4 DNA fágico • DNA do vírus bacteriófago (lisogênico ou temperado sem ciclo lítico) que pode se ligar ao cromossomo bacteriano • Corybacterium diphtheriae: carrega um fago que contém o gene TOX (codifica a toxina diftérica) tornando-a mais patogênica • Importante para virulência 2.5 Integron (parte de resistência bacteriana a AM) 3. VARIABILIDADE GENÉTICA • Indispensável para a sobrevivência de uma espécie a longo prazo • Determinada por alterações no DNA devido à mutação e recombinação 4. MUTAÇÃO • Agentes mutagênicos ➢ Físicos: raios UV, radiações ionizantes (raio x e raio gama) ➢ Químicos: ácido nitroso (desaminações), corantes intercalares (acridinas), análogos de bases 5. RECOMBINAÇÃO BACTERIANA • Mecanismos: conjugação, transformação e transdução • Importante para transferência de genes de resistência 5.1 Conjugação (gram - ) • Transferência de DNA bacteriano promovido por plasmídeos conjugativos (plasmídeos F ou Fator F) possuem região TRA com 32 genes que promovem a conjugação através da síntese do F-pili • Única recombinação em que as duas células estão vivas • Tipos de células que participam do processo de conjugação: ➢ Células doadoras F+: plasmídeo F livre no citoplasma bacteriano ➢ Células doadoras HFR (high frequency of recombination): plasmídeo F ligado ao cromossomo bacteriano ➢ Células receptoras F-: não possuem plasmídeo F • Podem passar outros plasmídeos não conjugativos durante o processo 5.2 Transformação (gram - e gram + ) • Célula bacteriana receptora competente capta fragmentos (fita simples) de DNA solúveis no meio, provenientes de uma bactéria morta e insere no cromossomo (substituição) • Ocorre apenas na “fase log” da curva de crescimento • Só ocorre entre bactérias da mesma espécie • Não ocorre dentro do corpo humano; produção em laboratório MUTAÇÃO: alteração na sequência de bases do DNA sem aquisição de genes de outro microrganismo (substituição, deleção ou inserção de nucleotídeo) RECOMBINAÇÃO: alteração no genótipo que ocorre pela aquisição de material genético de outro microrganismo 5.3 Transdução (gram - e gram + ) • Transferência de DNA de uma bactéria para outra por meio do vírus bacteriófago • Transdução generalizada: pode pegar qualquer fragmento (1) Ciclo lítico (2) Cápsula engloba fragmento de DNA bacteriano (fago transduzido) (3) DNA injetado em outra bactéria e incorporado ao cromossomo (substituição) ANTIMICROBIANO – MECANISMOS DE AÇÃO NA BACTÉRIA E ESPECTRO DE AÇÃO 1. DEFINIÇÕES • Antibióticos: fármacos antimicrobianos produzidos por microrganismos ➢ Naturais: produzidos totalmente por microrganismos (minoria) ➢ Semi-sintéticos: produzidos parcialmente por laboratório e parte por microrganismos (maioria) • Quimioterápicos: sintetizados em laboratório • Toxicidade seletiva (ação seletiva): o antimicrobiano ideal mata a bactéria sem prejudicar a célula do hospedeiro 2. PRINCIPAIS QUIMIOTERÁPICOS • Derivados quinolônicos/quinolonas ➢ Ácido nalidíxico e oxilínico: infecção urinária; mais antigos; menos usados ➢ Fluoroquinolonas (norfloxacina, ciprofloxacina, levofloxacina): mais potentes; adição de molécula de flúor; mais novas; atuação maior em bactérias multiresistentes • Sulfonamidas (sulfadiazina, sulfametoxazol): primeiro quimioterápico a ser sintetizado; não efetivo a bactérias multirresistentes; usado em infecções menos graves • Trimetoprim • Metronidazol: pode ser usado para fungos, protozoários e bactérias; atuação no DNA; ação seletiva baixa; toxicidade para células humanas 3. PRINCIPAIS ANTIBIÓTICOS 4. MECANISMO DE AÇÃO NA CÉLULA BACTERIANA • Bactericida: mata a bactéria (β – lactâmicos) • Bacteriostático: impede o crescimento bacteriano (sulfa) 4.1 Parede celular (PC) • Inibem a síntese de peptidioglicanos presentes na PC • Boa ação seletiva (1) Bacitracina (2) Vancomicina (mais potentes para gram + ) (3) β – lactâmicos ➢ Ligam-se e inativam as PBPs (enzimas presentes na MC e que participam da 3ª etapa de síntese de peptideoglicanos), inibindo a síntese de peptideoglicanos ➢ Aumenta a produção de autolisinas para produzir mais peptideoglicanos (finaliza a lise da PC) 4.2 Ribossomo (RB) • Inibe a síntese de proteínas • Formado pelas subunidades 30s e 50s coeficiente de sedimentação = 70s • Não tão seletivo em relação aos ribossomos mitocondriais (coeficiente de sedimentação igual) (1) Cloranfenicol ➢ Inibe ligação peptídica ➢ Menos eficiente (2) Eritromicina ➢ Inibe o deslizamento do ribossoma (translocação) ➢ Não ocorre a leitura do mRNA ➢ Se liga a proteína da subunidade 50s (3) Lincomicinas (4) Tetraciclinas (bacteriostáticos) ➢ Entram bem na célula humana (sem ação seletiva) ➢ Afetam ribossomo mitocondrial ➢ Evita que o tRNA se ligue ao ribossomo (5) Aminoglicosídeos (bacteriocidas) ➢ Mais efetivo ➢ Deformam a subunidade 30s, impedindo a ligação da molécula de mRNA, inibindo a síntese de proteínas4.3 Membrana citoplasmática (MC) (1) Polimixinas B e E (colistina) bactericidas ➢ Provocam alterações na permeabilidade da MC, provocando a saída de componentes celulares e morte da bactéria ➢ Se insere na MC agindo como detergente catiônico, permitindo a saída do citoplasma (bactéria fantasma) ➢ Resistência: E. Coli e Salmonella 4.4 DNA • Inibe a síntese de DNA bactericidas (1) Metronidazol: ➢ Se intercalam no DNA, quebrando a molécula ➢ Não tem boa ação seletiva (2) Rifampicina: ➢ Se combinam com as RNA polimerases, bloqueando a transcrição do DNA ➢ Boa ação seletiva (3) Quinolônicos: ➢ Inibem a síntese de girases (enzimas responsáveis pelo enrolamento das moléculas de DNA) ➢ Boa ação seletiva 4.5 Metabolismo do ácido fólico • Inibe a síntese de ácido fólico (1) Sulfonamidas e Trimetoprim (quimioterápicos bacteriostáticos) ➢ Interferem com a síntese do ácido fólico (ácido tetraidrofólico) ➢ Seletivos (célula humana não possui esse metabolismo, ingestão pelo consumo de alimentos ou bactérias da microbiota) ➢ Inibidor competitivo (PABA x Sulfonamidas) ➢ Usados juntos para garantir maior eficiência 5. ESPECTRO DE AÇÃO • Atuam em bactérias gram + e gram – (amplo) ➢ Ampicilina ➢ Cefalosporinas (1ª e 2ª geração) ➢ Aminoglicosídeos ➢ Cloranfenicol ➢ Sulfonamidas e Trimetoprim ➢ Tetraciclinas (patógenos intracelulares: clamídias, micoplasma não são gram + e nem gram - ) *Vitamina que participa como coenzima para a síntese de AA e purinas • Atuam em bactérias gram – ➢ Cefalosporinas ➢ Aztreonam ➢ Ácido nalidíxico e oxolínico (tratamento de infecção urinária) • Atuam em cocos gram + ➢ Penicilina G (benzilpenicilina) também para cocos gram-negativos: Neisseria; Espiroquetas: Treponema pallidum, Leptospira interrogans e anaeróbios: Clostridium) ➢ Oxacilina e meticilina ➢ Vancomicina ➢ Eritromicina • Atuam em Mycobacterium tuberculosis ➢ Estreptomicina ➢ Rifampicina ➢ Isoniazida (inibe a síntese de ác. micólico) ➢ Pirazinamida ➢ Etambutol RESISTÊNCIA BACTERIANA AOS ANTIMICROBIANOS (AM) 1. CAUSAS • Uso indiscriminado e extensivo de AM ➢ Tratamento de infecções humanas ➢ Tratamento de animais ➢ Suplementação de rações de aves (resistência à polimixina E (colistina) • Pressão seletiva dos AM Obs: a resistência bacteriana é causada por mutação gênica, recombinação bacteriana e presença de elementos genéticos móveis 2. TIPOS 2.1 Natural: todos os isolados de uma espécie bacteriana são SEMPRE resistentes a um AM (Ex.: K. pneumoniae ampicilina) 2.2 Adquirida: apenas uma parte dos isolados é resistente, variando de acordo como o local de isolamento, dependendo da intensidade do uso de AM (Ex.: K. pneumoniae carbapenêmicos) 3. LOCALIZAÇÃO DE GENES DE RESISTÊNCIA • Pode estar no cromossomo (natural), plasmídeo (adquirida), transposon (adquirida), integron (adquirida) 3.1 Transposon (elementos genéticos móveis) • Genes para resistência e para enzima transposase • Principais genes de resistência dos plasmídeos R 3.2 Integron (gram - ) • Capturam e disseminam grupos de genes de resistência bacteriana • Estrutura molecular: 2 segmentos conservados separados por uma região variável que contém grupos de genes de resistência 4. MECANISMOS GENÉTICOS • Mutação • Transferência de genes de resistência entre bactérias (transdução, transformação, conjugação) 5. ONDE OCORRE O ESCAPE DA AÇÃO DOS AM (1) Os AM precisam penetrar o invólucro bacteriano (2) Ligam-se a seus sítios-alvos bioquímicos específicos EXEMPLOS: *Enterobactérias: E. Coli, Klebsiella, Enterobacter, Serratie, Proteus *Staphylococcus aureus (gram +) *Pseudomonas aeruginosa; Acinobacter spp *Enterococcus (gram +) *Mycobacterium tuberculosis (bactéria atípica) 6. MECANISMOS DE RESISTÊNCIA BACTERIANA • Síntese de enzimas bacterianas que inativam os AM • Expulsão do AM do interior da célula bacteriana (bombas de efluxo) (multidroga) • Diminuição da permeabilidade da célula ao AM (mutações ou perdas de porinas) (multidroga) • Modificação do sítio de ligação do AM Obs: os quatro mecanismos estão presentes nos β - lactâmicos 7. RESISTÊNCIA β – LACTÂMICOS • Inativação enzimática (β – lactamases): ➢ Ocorre em gram + e gram – , principalmente em genes plasmidiais (transposons e integrons) ➢ Gram + : excretadas no meio; Ex.: S. aureus ➢ Gram – : espaço periplasmático; Ex.: enterobactérias ➢ Mais de 700 tipos diferentes • Mutação ou perdas de porinas: ➢ Diminui a permeabilidade da PC ➢ Apenas em gram – ➢ Originada por mutação • Alteração do sitio de ligação: ➢ As bactérias produzem PBPs alteradas com as quais os β – lactâmicos não se ligam ➢ Ocorre em gram + e gram – • Bombas de efluxo: ➢ Expulsa o AM do interior 8. RESISTÊNCIA AMINOGLICOSÍDEOS • Apresentam os quatro mecanismos • Inativação enzimática: ➢ Transferases bacterianas que modificam as moléculas dos aminoglicosídeos, eliminando a capacidade de se ligar aos ribossomos ➢ Ocorre em gram + e gram – 9. RESISTÊNCIA SULFONAMINAS • Resistência pela alteração da via metabólica • Mecanismo: ➢ Produção da enzima didropteraato sintetase ➢ Superprodução de PABA (mutação) 10. MEDIDAS PARA REDUZIR A RESISTÊNCIA BACTERIANA • Eliminar venda de AM sem prescrição médica • Reduzir o uso extensivo de AM em hospitais • Realizar antibiogramas • Realizar rotatividade de drogas • Desenvolvimento de novos AM a partir de microrganismos e produtos animais e vegetais • Proteger as drogas contra as enzimas bacterianas (ácido clavulânico, sulbactam, tanobactam) PATOGENICIDADE BACTERIANA 1. PATOGENICIDADE • Capacidade de um microrganismo (espécies, gênero ou outros grupos de parasito) de produzir doença • A manifestação patogênica de um microrganismo varia de acordo com a susceptibilidade do hospedeiro e dos fatores de virulência do parasito • Bactérias patogênicas são aquelas que normalmente produzem doença, podendo ser classificadas em primárias ou oportunistas 2. INDICADORES DE PATOGENICIDADE • Invasividade • Toxigenicidade • Citotoxidade Obs: virulência grau de habilidade de um organismo produzir doença, sendo frequentemente expressa como DL50 (toxina botulíca = 0,03 ng/kg; enterotoxina estafilocócica = 1350 ng/kg) 3. ETAPAS DA PATOGENICIDADE • Entrada do patógeno no organismo • Fixação em algum tecido no interior do organismo competição com bactérias da microbiota • Invasão ou disseminação do patógeno • Escape das defesas do hospedeiro produção de enzimas que impedem a fagocitose pelos fagócitos • Danos aos tecidos do hospedeiro 4. PORTAS DE ENTRADA • Membranas mucosas: ➢ Trato respiratório ➢ Trato gastrointestinal ➢ Trato genitourinário • Conjuntiva: ➢ Pele: folículos pilosos, ductos de glândulas sudoríparas ➢ Via parenteral: punções, injeções, picadas, cirurgias 5. FATORES DE VIRULÊNCIA 5.1 Fatores que determinam a virulência • Fatores de virulência: os microrganismos patogênicos se distinguem dos outros por possuir e expressarem segmentos de DNA inseridos no cromossomo que codificam fatores de virulência, que propiciam a capacidade de aderir e invadir o epitélio da célula hospedeira, produzir toxinas, captar ferro do meio ambiente e outros; são chamados de ILHAS DE PATOGENICIDADE 5.2 Fatoresde colonização • Adesinas: ➢ São moléculas na superfície do patógeno que reconhecem e se ligam a proteínas ou diretamente a receptores específicos localizados na superfície das células do hospedeiro ➢ Nas bactérias gram – os receptores são carboidratos de glicoproteínas e glicolipideos ➢ Nos cocos gram + são proteínas da matriz extracelular ➢ Biofilme: estrutura altamente organizada, formada por uma matrix polissacarídica e várias camadas de bactérias, que promove aderência inespecífica a materiais inertes ou estruturas do hospedeiro (Ex.:Staphylococcus epidermidis, Streptococcus mutaris, Pseudomonas aeruginosa) • Adesinas não fimbriais ➢ Proteínas ou polissacarídeos que participam da ligação com as células do hospedeiro (Ex.: proteínas F Streptococcus pyogenes; ácidos tecóicos bactérias gram + ) • Integrinas: ➢ São moléculas na superfície das células do hospedeiro que os patógenos são capazes de reconhecer, se ligar e fixar 5.3 Flagelos • São considerados fatores de virulência porque permitem as bactérias flagelares invadirem áreas do corpo 5.4 Cápsulas • As cápsulas servem a função antifagocítica (Ex.: Klebsiella pneumoniae, Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis) 5.5 Invasinas • Invasão: capacidade da bactéria de invadir os tecidos; as bactérias penetram nas células por fagocitose; a invasão bacteriana é mediada pela liberação de invasinas e enzimas destruidoras de tecidos ➢ Natural: ajudada por Ac e pelo complemento ➢ Induzida: invasão por diferentes proteínas chamadas invasinas • Mecanismos de invasão: ➢ Rompem a membrana do vacúolo, passam para o citoplasma e se disseminam de uma célula para outra através dos filamentos de actina (Ex.: Shigella) ➢ Permanecem dentro do vacúolo que as transportam para o tecido subepitelial (Ex.: Salmonella thyphimurium) • Fatores que contribuem para a capacidade de invasão: ➢ Cápsulas: resistem as defesas do hospedeiro impedindo a fagocitose ➢ Componentes da PC: a proteína M media a fixação das bactérias as células do hospedeiro e auxilia as bactérias a resistir a fagocitose; as ceras que compõem a PC da Mycobacterium tuberculosis aumentam a virulência, resistindo a digestão pelas células fagocíticas Família Adesina Bactérias 1 Fimbria P E. Coli uropatogênica (UPEC) Fimbria tipo 1 E. Coli enterotoxigênica (UTEC) E. Coli enteropatogênico (EPEC) Salmonella typhimurium 2 Fimbria tipo IV Neisseria gonorrhoeae Fimbria Tcp tipo IV Vibrio cholerae 3 Fimbria curli S. typhimurium 4 CFA ETEC 5.6 Fatores de lesão • Os subprodutos da fermentação, resultam na produção de ácidos, gases e outras substâncias que são tóxicas para os tecidos • Enzimas degradativas: destroem os tecidos, fornecendo alimentos para o crescimento dos microrganismos e promovendo a disseminação das bactérias ➢ Hialuronidase ➢ Colagenase ➢ IgA Protease ➢ Coagulase ➢ Fibrinolisina ➢ Protease ➢ Hemolisina ➢ Leucocidina • Toxinas: substâncias produzidas pelos microrganismos que danificam ou lesam as células ou tecidos do hospedeiro ➢ Exotoxinas ➢ Endotoxinas ➢ Toxinas pré-formadas (alimentos) 5.7 Fatores nutricionais • Sideróforos: ➢ São agentes quelantes naturais produzidos por alguns fungos e bactérias com alta afinidade por metais, principalmente o ferro ➢ Tem como função a extração de ferro dos líquidos corporais do hospedeiro ➢ Tipos: catecolamatos, enterobactina, hidroxamatos, ferricromo 5.8 Superantígeno • Proteínas produzidas por algumas bactérias que ativam as células T (CD4), estimulando a produção de grandes quantidades de interleucinas, levando a produção exagerada de citocinas e anormalidades patológicas severas, como: ➢ Angina estreptocócica ➢ Febre reumática ➢ Erisipela ➢ Piodermite ➢ Febre puerperal estreptocócica (induz produção de TNF e choque tóxico) 6. MECANISMOS DE ESCAPE DAS DEFESAS DO HOSPEDEIRO • Encapsulamento (inibição da fagocitose) • Produção de proteases antimunoglobulinas • Variação antigênica • Bloqueio da destruição intracelular impedindo a ligação fagossoma+lisossoma • Produção de substâncias que destroem fagócitos • Resistência as enzimas lisossomais
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