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CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM FARMACOLOGIA 2018

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM FARMACOLOGIA
Todos “podemos” afirmar quem é doente mental, mas não estamos imunes à doença mental (autor desconhecido).
Transtornos mentais, doenças mentais, transtornos psiquiátricos ou psíquicos, entre outras nomenclaturas são condições de anormalidade, sofrimento ou comprometimento de ordem psicológica, mental ou cognitiva. 
Em geral, um transtorno representa um impacto na vida do paciente, provocando sintomas como desconforto emocional, distúrbio de conduta e enfraquecimento da memória. Geralmente tem inicio e fim.
Já a doença mental pode ter um curso indefinido acompanhando o paciente durante todo o curso vital.
Um dos aspetos característicos da doença mental é a heterogeneidade dos quadros clínicos. Podemos ter uma depressão em pessoas muito diferentes, daí a grande complexidade das apresentações clínicas e dos problemas associados a cada pessoa. As pessoas sofrem de doença mental e não são “a doença mental”. Por isso, devemos dizer que a pessoa tem uma depressão e está depressivo e não que é um depressivo.
Dentre os fatores causadores, a genética, os neurotransmissores, problemas hormonais ou uso de substâncias tóxicas que afetam o cérebro e o estilo de vida são tidos como os principais desencadeadores dos diversos transtornos existentes. Doenças em outras partes do corpo podem afetar a mente, e inversamente, transtornos ou doenças mentais podem também desencadear outras doenças pelo corpo, produzindo sintomas somáticos.
Uma doença e/ou transtorno mental pode ser tratado através de medicamentos, ou várias formas de psicoterapia. O diagnóstico envolve o exame do estado mental confrontando seu histórico clínico, utilizando-se também de testes psicológicos, exames neurológicos, de imagem e exames físicos.
Um fator que diferencias as patologias e transtornos mentais das patologias e transtornos fisiológicos é o processo inflamatório.
O processo inflamatório é um mecanismo de reação dos tecidos especialmente do SISTEMA IMUNOLOGICO (SI) para que haja uma eliminação, neutralização e destruição da causa da agressão. O SI tem como função básica o RECCONHECIMENTO do potencial perigo e o fornecimento da uma resposta que deve ser equilibrada.
 A inflamação pode ser aguda ou crônica, porém, os mecanismos iniciais serão os mesmos para os dois tipos. Assim sendo, o que diferencia essa divisão é o tempo de exposição ao agente agressor, o tipo de agente e a resposta imune.
Existem cinco sinais no processo inflamatório que são chamados sinais cardinais: calor, rubor, tumor, dor e perda da função. O calor e o rubor são decorrentes da vasodilatação que leva ao local afetado uma maior quantidade de sangue (hiperemia), e, portanto, há um aumento da temperatura pelo aumento de sangue e há vermelhidão pela concentração de sangue. O tumor se dá pelo aumento da permeabilidade vascular que permite o extravasamento de líquidos e, portanto, o edema que é sinônimo de tumor. A dor aparece tanto por compressão dos nervos pelo tumor quanto por mediadores químicos liberados. A perda da função pode ser total ou parcial e ocorre em decorrência dos outros quatro sinais cardinais. 
 Para que ocorra o processo inflamatório, existem cinco etapas (5 R's): Reconhecimento do agente agressor, Recrutamento das células que auxiliarão no processo, Remoção do agressor, Regulação da inflamação e Resolução.
A produção das COX – CICLOXIGENASES.:
Nas células dos mamíferos existe em pelo menos duas formas: COX-1 e COX-2 e acredita-se existir a COX-3. Contudo, a COX-1 e a COX-2 são duas proteínas estruturalmente distintas, apresentando uma homologia de 60% na sequência de aminoácidos do seu DNA complementar.
COX-1: constitutiva (funções fisiológicas). Possui função fisiológica constitutiva e participa de uma série de processos de manutenção dos processos do organismo como a proteção da mucosa gástrica, hemostasia e regulação de perfusão renal.
COX-2: induzida (após certos estímulos). É responsável pelos fenômenos da inflamação e produção das prostaglandinas que produzem contração uterina. Diferente da COX-1, que é apresentada em todo o organismo, a COX-2 só é apresentada em áreas de inflamação e no endotélio.
COX-3: induzida (após certos estímulos) para algumas pessoas. COX-3 é uma recente descoberta de forma de ciclo-oxigenase, encontrada no cérebro, medula espinhal e coração de algumas pessoas. Foi sugerida por Daniel L. Simmons e sua equipe e acredita-se que este tipo esteja presente no sistema nervoso central devido os efeitos do paracetamol (provável inibidor mais seletivo desta forma) .
A inibição farmacológica da COX pode causar alívio aos sintomas da inflamação e da dor. Para alívio da dor especificamente temos:
Analgésico Não narcóticos: é um tipo de medicamento que diminui ou interrompe as vias de transmissão nervosa, suprimindo a dor. É um termo coletivo para designar qualquer membro do diversificado grupo de susbtâncias usadas para aliviar a dor. Os medicamentos analgésicos incluem os analgésicos clássicos como: 
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (ASPIRINA ®)
DIPIRONA (ANADOR ®)
ACETAMINOFEM (TYLENOL ®)
Analgésicos narcóticos: como a morfina e substâncias sintéticas com propriedades narcóticas, como o tramadol® e o demerol ®.
O processo inflamatório pode necessitar da interferência de medicamentos que possam de alguma forma ajudar o organismo na recuperação da área lesada.
Na Farmacologia podemos utilizar os medicamentos chamados de anti-inflamatórios. Anti-inflamatório ou antiflogístico é uma substância ou medicamento que combate a inflamação de tecidos. Tais medicamentos atuam por favorecer o desaparecimento dos edemas, desidratando os tecidos tumefeitos, por ativação da circulação local ou por vasoconstrição no local da aplicação ou por coagulação das albuminas tissulares.
Os anti-inflamatórios são divididos em duas categorias, conforme seu modo de ação predominante: os ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS E SO ANTI-INFLAMATORIOS ESTEROIDAS. 
Os anti-inflamatórios não-esteroides (abreviadamente, AINEs ou NSAIDs, do inglês Nonsteroidal anti-inflammatory drugs) são um grupo variado de fármacos que têm em comum a capacidade de controlar a inflamação. Caracterizam-se por inibir a atividade daS ciclo-oxigenase, impedindo assim a síntese do ácido araquidônico e outras substâncias produtoras de dor, calor, rubor, tumor e perda da função. Fazem parte deste grupo medicamentos muito conhecidos, em parte por alguns já estarem disponíveis há muito tempo, por serem de venda livre (MNSRM), e pelo vasto número de situações em que são usados. Alguns nomes sonantes incluem o ibuprofeno, Diclofenaco, Etodolaco,
Os anti-inflamatórios esteroidais ou chamados corticosteroide são análogos sintéticos dos glicocorticoides e mineralocorticoides naturais. Porém, estes medicamentos são sintéticos. Os anti-inflamatórios esteroides ou corticosteroides exercem potente efeito anti-inflamatório (glicocorticoide). Sua ação mineralocorticoide deve ser considerada na escolha do fármaco, uma vez que pode provocar retenção de água e sal, hipertensão e perda de potássio. Corticosteroides com grande efeito mineralocorticoide são úteis na insuficiência suprarrenal, mas esta característica impede seu uso para doenças que necessitem de tratamento por tempo prolongado. Neste caso, como nas doenças reumáticas (artrite reumatoide, lupus eritematoso sistêmico, entre outras), prefere-se aqueles com pouco efeito mineralocorticoide.
As doses de corticosteroides utilizadas têm ampla variedade. Em algumas situações, como dermatite esfoliativa, pênfigo, leucemia aguda e rejeição aguda de transplante, altas doses podem ser necessárias para salvar ou prolongar a vida. Em algumas condições clínicas em que são usados por longo prazo, os efeitos adversos podem superar os problemas causados pela doença. Estes efeitos alteram-se na dependência das doses empregadas e da duração do tratamento. Para reduzi-los a terapia deve ser realizada pelo período mais curto possível e na menor dose clinicamente necessária. Da mesma forma, doses únicasdiárias pela manhã (há maior supressão do eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal em administração noturna) ou em dias alternados devem ser preferidas a outros esquemas de tratamento. Entretanto, o uso em dias alternados é adequado somente em certos casos e para corticosteroides com pouca atividade mineralocorticoide e duração de ação relativamente curta.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Injeção de Corticóide		 
As injeções de corticóides podem ser usadas no tratamento de doenças inflamatórias crônicas e agudas. Há diversos tipos de medicação, sendo que a escolha se baseia na duração dos sintomas e tempo de início de ação da substancia.
Para doenças agudas, que necessitam de ação imediata, uma medicação de ação rápida é a mais indicada (hidrocortisona, prednisona ou betametassona). Já para afecções crônicas, o ideal é uma medicação de ação a longo prazo (triancinolona).
Ação:
Os corticóides (CE) são inibidores da inflamação. São muito úteis também em injeções intra-articulares (infiltrações), como na artrite reumatóide, gota, bursites, gangios ou cistos, neuropatias compressivas, etc...
Contra-indicações:
Trauma agudo, injeção direta em tendões, ligamentos e nervos; aplicações em locais infectados e infiltrações múltiplas.
Efeitos colaterais:
- Efeitos sistêmicos incluem hipergliecemia transitória (cuidado em pacientes diabéticos). Em geral não ocorrem com doses de até 50 mg de metilprednisolona.
- Infecção local pode ocorrer, assim como despigmentação da pele no ponto da aplicação.
- Há um aumento da dor local logo após a aplicação, que pode durar até 48 horas.
- Aplicações repetitivas peritendíneas podem "enfraquecer" o tendão, causando degeneração do mesmo e suturas
SOBRE O PROCESSO INFECCIOSO 
O processo infeccioso envolve: o agente infeccioso, as fontes de infecção, o hospedeiro e o processo de transmissão.
O agente etiológico responsável pela infecção é o ser vivo que é capaz de penetrar, alojar-se e multiplicar-se no hospedeiro, espoleando-o e causando-lhe enfermidades. Os vírus, as bactérias, os fungos e protozoários são agentes etiológicos vivos que sobrevivem por parasitismo.
No caso de outras doenças não – infecciosas e muitos fatores de riscos, o agente infeccioso é de natureza inanimada (abiótico): radiações, poluentes químicos do ar, da água, do solo e dos alimentos, drogas, álcool, fumo e outros.
De forma geral, cada doença é provocada por um determinado agente etiológico. Alguns agentes podem provocar vários tipos de doenças. Por exemplo, o estreptococo A beta-hemolítico, é agente de faringite, amigdalite estreptocócica, escarlatina, impetigo, endocardite bacteriana, infecção puerperal estreptocócica, erisipela e distúrbios tardios, como febre reumática e glomerulonefrite. E há doenças que podem ser provocadas por mais de um agente, como, por exemplo a meningite meningocócica, causada por Neisseria meningitides, e a meningite pneumocócica, causada por streptococcus pneumonia.
OS ANTIBIÓTICOS E AS BACTÉRIAS
Os antibióticos são compostos químicos de origem natural ou sintética (medicamentos), que atuam na falência de agentes patogênicos - bactérias, ou também resultando na inibição do desenvolvimento das mesmas.
Contudo, algumas espécies podem manifestar resistência aos antimicrobianos, ocorrendo normalmente através de mutações que proporcionam a síntese de enzimas capazes de conferir a inativação de tais substâncias.
Essa tolerância, com princípio genético, se estabiliza a medida com que as alterações gênicas vão surgindo em benefício à sobrevivência e manutenção de uma linhagem bacteriana.
REFERÊNCIAS 
RICHARDS J.A, PETREL T.A, BRUEGGEMEIER R.W (2002). "Signaling pathways regulating aromatase and cyclooxygenases in normal and malignant breast cells.". J. Steroid Biochem. Mol. Biol. [S.l.: s.n.] 80 (2): 203–12. doi:10.1016/S0960-0760(01)00187-X. PMID 11897504
RANG, H. P.; DALE, M. M.; RITTER, J. M. (Ed.). Farmacologia. Tradução Penildon Silva. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
GOODMAN, GILMAN. As bases da Farmacologia Terapêutica. Editora: McGraw-Hill,10 ed. 2012.
KATZUNG, B. G. (Ed.). Farmacologia: básica & clínica. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2009.

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