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Lesão corporal, Rixa e crimes contra a honra

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Material elaborado pelo professor de Direito Penal III, Edson Florêncio de Souza, com objetivo de proporcionar revisão do conteúdo 
exposto em sala de aula na União das Escolas Superiores de Cacoal-RO(Unesc). Foi utilizado como base para a produção do presente 
material as seguintes doutrinas: Greco, Rogerio. Código Penal Comentado, editora IMPETUS 6ª Ed. 2012; Nucci, Guilherme de Souza. 
Manual de Direito Penal - Parte Geral - Parte Especial, Revista dos Tribunais - 8ª Ed. 2012; Masson, Cleber. Direito Penal Esquematizado - 
Parte Especial, Editora Método, Vol. 3 2011; Sanches, Rogério. Manual de Direito Penal - Parte Especial (volume único) - 5a ed. 
 
Das lesões corporais 
Lesão corporal 
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
Lesão corporal de natureza grave 
§ 1º Se resulta: 
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; 
II - perigo de vida; 
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; 
IV - aceleração de parto: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
§ 2° Se resulta: 
I - Incapacidade permanente para o trabalho; 
II - enfermidade incurável; 
III - perda ou inutilização do membro, sentido ou função; 
IV - deformidade permanente; 
V - aborto: 
Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
Lesão corporal seguida de morte 
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu 
o risco de produzi-lo: 
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
Diminuição de pena 
§ 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o 
domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a 
pena de um sexto a um terço. 
Substituição da pena 
§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de multa, de 
duzentos mil réis a dois contos de réis: 
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior; 
II - se as lesões são recíprocas. 
Lesão corporal culposa 
§ 6° Se a lesão é culposa: 
Pena - detenção, de dois meses a um ano. 
Aumento de pena 
§ 7º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 4º e 6º do art. 
121 deste Código. 
§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121. 
Violência Doméstica 
§ 9º Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou 
com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, 
de coabitação ou de hospitalidade: 
 
Material elaborado pelo professor de Direito Penal III, Edson Florêncio de Souza, com objetivo de proporcionar revisão do conteúdo 
exposto em sala de aula na União das Escolas Superiores de Cacoal-RO(Unesc). Foi utilizado como base para a produção do presente 
material as seguintes doutrinas: Greco, Rogerio. Código Penal Comentado, editora IMPETUS 6ª Ed. 2012; Nucci, Guilherme de Souza. 
Manual de Direito Penal - Parte Geral - Parte Especial, Revista dos Tribunais - 8ª Ed. 2012; Masson, Cleber. Direito Penal Esquematizado - 
Parte Especial, Editora Método, Vol. 3 2011; Sanches, Rogério. Manual de Direito Penal - Parte Especial (volume único) - 5a ed. 
 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. 
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas no § 
9o deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). 
§ 11. Na hipótese do § 9º deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for cometido 
contra pessoa portadora de deficiência. 
 
Crime comum, material, unilateral, comissivo ou omissivo, instantâneo e plurissubisistente. 
Lesão corporal é a ofensa humana direcionada à integridade corporal ou à saúde de outra pessoa(art. 
42 da Exposição de motivos da parte especial do CP. 
*Não exige emprego de meio violento. Ex.: grave ameaça. 
Objeto jurídico: É a incolumidade física que abrange ofensa à integridade corporal(equimose e 
hematoma, não eritemas) e à saúde, fisiológica(Ex.: vômito, desmaio, paralisia de membro ou órgão) 
ou mental(convulsão, depressão). 
Também chama-se de Incolumidade pessoal: saúde física, fisiológica e mental. 
*Pode ser praticado em ato sexual consentido. 
Objeto material: pessoa humana. 
Núcleo do tipo: “ofender”. Em regra comissivo, mas pode ser omissivo(art. 13, § 2º do CP) quando 
mãe deixa o filho pulando na cama prevendo que ele cairá e se machucará, ocorrendo o resultado 
lesão. 
*Corte de cabelo? Duas correntes: a) lesão corporal; b) injúria real; 
Sujeito ativo: qualquer pessoa. No caso de abuso de autoridade (4898/1965, art. 3º, “i”), há quatro 
correntes: a) abuso (lesões absorvidas); b) lesões (abuso absorvido); c) abuso + lesões (69, concurso 
material) e; d) abuso + lesões (70, concurso formal próprio). Prevalece a letra “c”. 
Lesão Corpora 
Doloso Leve(caput) 
 
 
Substituição da pena 
(§5º) 
Causa de aumento de 
pena (§7º) 
Grave(§1º) 
Diminuição de pena(§4º) 
Gravíssima(§2º) 
Seguida de Morte(§3º) 
Violência doméstica e 
familiar contra a 
mulher(§9º) 
Lesão corporal leve(§9º) Aumento de 1/3 se 
contra portador de 
deficiência(§11) 
Lesão corporal grave, 
gravíssima e seguida de morte 
Aumento de 1/3(§10) 
Culposa 
(§6º) 
Causa de aumento(§7º) 
Perdão judicial(§8º) 
 
Material elaborado pelo professor de Direito Penal III, Edson Florêncio de Souza, com objetivo de proporcionar revisão do conteúdo 
exposto em sala de aula na União das Escolas Superiores de Cacoal-RO(Unesc). Foi utilizado como base para a produção do presente 
material as seguintes doutrinas: Greco, Rogerio. Código Penal Comentado, editora IMPETUS 6ª Ed. 2012; Nucci, Guilherme de Souza. 
Manual de Direito Penal - Parte Geral - Parte Especial, Revista dos Tribunais - 8ª Ed. 2012; Masson, Cleber. Direito Penal Esquematizado - 
Parte Especial, Editora Método, Vol. 3 2011; Sanches, Rogério. Manual de Direito Penal - Parte Especial (volume único) - 5a ed. 
 
*Súmula 172 STJ: Competência: Abuso-Justiça estadual e Lesões-Justiça Militar. 
Concausa relativamente independente superveniente que não por si só causou o Resultado: Desferir 
um soco, a vítima desvia, cai e quebra o braço, o agressor responde pela lesão corporal. 
Sujeito passivo: qualquer pessoa em regra. Exemplo de exceção: gestante. 
Elemento subjetivo: dolo direto ou eventual. Há hipótese de culpa(§ 6 º). 
Consumação: se consuma com o efetivo dano ou com agravação de da enfermidade já existente. 
Pluralidade de crimes? Crime único. 
Tentativa: Cabível em regra. Exceção: lesão culposa e na que resulta morte. 
*No art. 21 do Dec-lei 3.688-41 não há intenção de lesionar. Ex.: empurrão. 
Consentimento do ofendido? Além de as lesões leves serem de ação penal condicionada pode-se 
alegar causa supralegal de exclusão da ilicitude, o que não se aplica a lesões graves ou gravíssimas. 
Aplica-se o princípio da insignificância? Sim, tem se admitido, nos casos de lesões leves e 
culposas(jamais se a lesão é grave). 
Autolesão? Princípio da alteridade. Não se pune a auto lesão. Exceção: quando atingir bem jurídico 
de terceiro: art. 171 § 2º, V do CP e art. 184 do CPM. 
*Se a vítima é incapaz convencido por terceiro: temos autoria mediata. 
Atividades desportivas: Não há ilicitude pois há exercício regular de direito. 
Remoção indevida de órgãos tecidos ou partes do corpo humano: Art. 14 da lei 9.434/97. 
Cirurgia emergencial ou reparações estéticas: prevalece que se trata de exclusão de ilicitude, estado 
de necessidade de terceiro. Há quem entenda se tratar de ausência de dolo, ausência de 
representação, tipicidade conglobante ou por não haver incremento ou criação de risco proibido. 
Lesões corporais dolosas 
Lesão corporalleve(art. 129, caput) 
O conceito se dá por exclusão(que não seja grave, gravíssima ou culposa). 
Lei 9.099/95: termo de compromisso, transação penal e rito sumaríssimo. 
Prova da materialidade: ECD-lesão corporal ou boletim médico(art. 77 § 1º da lei 9.099) para 
oferecer a denúncia, porque para condenação é preciso ECD ou prova indireta(art 167 do CPP). 
Ação penal: Condicionada à representação(art. 88 da lei 9.099/95). 
Concurso com outros crimes: em regra é absorvido salvo disposição expressa. Ex.: 140 § 2º, 329, § 2º 
e 345 todos do CP. 
 
Material elaborado pelo professor de Direito Penal III, Edson Florêncio de Souza, com objetivo de proporcionar revisão do conteúdo 
exposto em sala de aula na União das Escolas Superiores de Cacoal-RO(Unesc). Foi utilizado como base para a produção do presente 
material as seguintes doutrinas: Greco, Rogerio. Código Penal Comentado, editora IMPETUS 6ª Ed. 2012; Nucci, Guilherme de Souza. 
Manual de Direito Penal - Parte Geral - Parte Especial, Revista dos Tribunais - 8ª Ed. 2012; Masson, Cleber. Direito Penal Esquematizado - 
Parte Especial, Editora Método, Vol. 3 2011; Sanches, Rogério. Manual de Direito Penal - Parte Especial (volume único) - 5a ed. 
 
Lesão corporal de natureza grave(§§ 1º e 2º) 
Prevalece que são crimes preterdolosos, mas em algumas hipóteses se admite dolo no resultado, 
mas há quem entenda que em todas as situações se admite dolo quanto ao resultado agravador, pois 
só no § 3º se teria afastado o dolo. 
Lesão corporal grave em sentido estrito(§ 1º) 
Crimes de médio potencial ofensivo(admite suspensão condicional do proc.). 
*É possível coexistência diversas formas de lesão grave, quando o juiz aplica uma considera as 
demais nas circunstâncias judiciais. 
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; 
Trata-se de ocupação concreta, independe se é lucrativa, ou da idade da vítima 
*Deve ser lícita, não importa se moral ou imoral(prostituição). 
Há incapacidade, quando impossibilitada, a pessoa se sacrifica. 
Crime a prazo: exige perícia complementar após 30 dias do fato(prazo penal). 
II - perigo de vida; 
Aqui é perigo concreto, analisado por diagnóstico(passado) e não prognóstico. 
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; 
É somente a diminuição da capacidade funcional, pois a inutilização caracteriza lesão corporal 
gravíssima(art. 129 § 2º, III). 
Membros: braços, pernas, mãos e pés. Ex.: diminuição funcional de uma perna ou perda de um 
dedo. 
Sentidos: visão, audição, tato, olfato e paladar. Exs.: tapa na orelha que provoca surdez de um dos 
ouvidos, queimaduras que diminuem a sensibilidade. 
Função: secretora, respiratória, circulatória etc. Exs.: pontapés que diminuem a função respiratória. 
*Órgão duplos: perda de um caracteriza lesão grave. 
*Dentes: Só caracteriza se debilitar a função mastigadora. 
*Recuperação cirúrgica ou uso de aparelho: não descaracteriza o crime. 
IV - aceleração de parto: 
O agente tem que ter conhecimento prévio da gravidez. 
 
Material elaborado pelo professor de Direito Penal III, Edson Florêncio de Souza, com objetivo de proporcionar revisão do conteúdo 
exposto em sala de aula na União das Escolas Superiores de Cacoal-RO(Unesc). Foi utilizado como base para a produção do presente 
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Manual de Direito Penal - Parte Geral - Parte Especial, Revista dos Tribunais - 8ª Ed. 2012; Masson, Cleber. Direito Penal Esquematizado - 
Parte Especial, Editora Método, Vol. 3 2011; Sanches, Rogério. Manual de Direito Penal - Parte Especial (volume único) - 5a ed. 
 
Prevalece que somente no caso de nascimento com vida, pois se expulso morto caracterizará crime 
do art. 129, § 2, V do CP. 
Lesão corporal gravíssima (§ 2º) 
*É possível coexistência diversas formas de lesão grave, quando o juiz aplica uma considera as 
demais nas circunstâncias judiciais, porém se concorrer uma grave com uma gravíssima, prevalece 
esta. 
I - Incapacidade permanente para o trabalho; 
Prevalece que se refere impossibilidade de qualquer atividade laborativa. 
*temperando o entendimento, defende-se a incapacidade parcial ou relativa. Ex.: Cirurgião que além 
de não poder fazer cirurgia, não pode ser clínico. 
II - enfermidade incurável; 
É a alteração prejudicial à saúde por processo patológico, físico ou psíquico, que não é possível ser 
combatida de acordo com os recursos da medicina à época do crime. 
É considerado incurável, enfermidade que só pode ser solucionada por procedimento cirúrgico 
complexo, tratamento experimental ou penoso. 
Cura arriscada: Recusa da vítima à cura não exclui a qualificadora, mas se submetendo ao 
procedimento e corrigindo, a qualificadora desaparece. 
Cura não arriscada: Não se considera incurável caso de simples procedimento ou cirurgia a que a 
pessoa se nega. Aqui a recusa injustificada exclui a qualificadora mas a justificada não exclui(Ex.: 
recusa por razões religiosas). 
*STJ: HC 160.982 – transmissão intencional de HIV. 
III - perda ou inutilização do membro, sentido ou função; 
a) perda: por mutilação ou amputação 
b) Inutilização: perda de parte do movimento caracteriza lesão grave. 
*No caso de órgão duplos só a perda de ambos caracteriza lesão gravíssima. 
*Ao contrário do reimplante, a correção por meios ortopédicos ou próteses não afasta a 
qualificadora. 
*mudança de sexo: transexualidade, para a OMC trata-se de transtorno de identidade de gênero. 
No Brasil, o CFM editou a resolução 1.652/2002 estabelecendo critérios para realização de cirurgia 
para mudança de sexo. 
É crime? Não, por ausência de dolo ou por exercício regular de direito. 
 
Material elaborado pelo professor de Direito Penal III, Edson Florêncio de Souza, com objetivo de proporcionar revisão do conteúdo 
exposto em sala de aula na União das Escolas Superiores de Cacoal-RO(Unesc). Foi utilizado como base para a produção do presente 
material as seguintes doutrinas: Greco, Rogerio. Código Penal Comentado, editora IMPETUS 6ª Ed. 2012; Nucci, Guilherme de Souza. 
Manual de Direito Penal - Parte Geral - Parte Especial, Revista dos Tribunais - 8ª Ed. 2012; Masson, Cleber. Direito Penal Esquematizado - 
Parte Especial, Editora Método, Vol. 3 2011; Sanches, Rogério. Manual de Direito Penal - Parte Especial (volume único) - 5a ed. 
 
*Esterilização sexual: Ex.: vasectomia, ligação das trompas etc. 
É matéria constitucional atinente ao planejamento familiar(art. 226 § 7º da CF), regulamentado pela 
lei 9.263/1996. 
IV - deformidade permanente; 
Não se confunde com perpetuidade. 
Prevalece que se trata de questões estéticas(Nucci discorda) e causar impressão vexatória. O que é 
vitriolagem? 
*Desaparece a qualificadora se corrigida por cirurgia plástica, o que não ocorre com emprego de 
prótese. 
V - aborto: 
Prevalece que a morte do feto deve ser culposa, pois se dolosa haverá concurso entre a lesão e o 
aborto. 
Se desconhecida a gravidez, haverá erro de tipo. 
Lesão corporal seguida de morte(§ 3º) 
Crime preterdoloso, também chamado de homicídio preterdoloso. 
Não admite tentativa! 
Se da lesão culposa ou vias de fato resulta em morte? Homicídio culposo. 
Lesão corporal dolosa privilegiada: Diminuição de pena(§ 4°) 
*Se aplicas a todas lesões exceto à lesão corporal culposa. 
*Ver o que já se disse quanto ao art. 121 § 1º do Código Penal. 
Lesão corporal leve e substituição da pena(§ 5º) São duas as situações: 
a) art. 129 § 4º: Pode diminuir a pena na forma do parágrafo quarto ou substituir a pena por 
multa se a lesão for leve. 
b) lesões recíprocas: A lesão também deve ser leve. Não confundir com legítima defesa. 
Por questão topográfica ou lógica,nas duas hipóteses se fala em dolo, fica afastada aplicação às 
lesões culposas. 
Ex.: Agressões reciprocas por causa de namorada. Ex. 2: A agride B, e após cessar a agressão B agride 
A. 
Aumento da pena nos casos de lesão corporal dolosa(§ 7º) 
 
Material elaborado pelo professor de Direito Penal III, Edson Florêncio de Souza, com objetivo de proporcionar revisão do conteúdo 
exposto em sala de aula na União das Escolas Superiores de Cacoal-RO(Unesc). Foi utilizado como base para a produção do presente 
material as seguintes doutrinas: Greco, Rogerio. Código Penal Comentado, editora IMPETUS 6ª Ed. 2012; Nucci, Guilherme de Souza. 
Manual de Direito Penal - Parte Geral - Parte Especial, Revista dos Tribunais - 8ª Ed. 2012; Masson, Cleber. Direito Penal Esquematizado - 
Parte Especial, Editora Método, Vol. 3 2011; Sanches, Rogério. Manual de Direito Penal - Parte Especial (volume único) - 5a ed. 
 
Vítima: a) menor de 14 anos; b) maior de 60 anos; c) milícia privada, sob o pretexto de prestação de 
serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. 
Milícia: desde o império eram as tropas de segunda linha(polícia militar foi considerada por muito 
tempo), hoje, é expressão usualmente pejorativa. 
A milícia pode ser: militar ou força policial e paramilitar(criminosa). 
Serviço de segurança pública é monopólio do Estado. 
Lesão corporal culposa(§ 6º) 
Lembrar das modalidades de culpa: Imprudência, negligência e imperícia. 
*A gravidade não muda a tipificação, mas pode serem consideradas nas circunstâncias judiciais. 
ação penal: pública condicionada à representação(art. 88 da lei 9.099/95. 
*CTB: ver art. 303 da lei 9.503/97. 
Lesão corporal culposa e aumento de pena(§ 7º) 
Ver o que se disse em relação ao art. 121 § 4º e 6º do CP. 
Lesão corporal culposa e perdão judicial(§ 8º) 
Ver o que se disse em relação ao art. 121 § 5º do CP(Perdão judicial). 
Lesão corporal e violência doméstica(§9º) 
Se aplica somente às lesões leves, pois se grave, ou seja, as circunstancias dos §§ 1º, 2º e 3º aplica-se 
o § 10 do art. 129. 
Vítima: qualquer pessoa. Lei 11.340/2006 trata de medidas de proteção à mulher. 
a) contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro: exige prova documental 
com exceção da união estável. 
b) com quem conviva ou tenha convivido: não se exige que se refira a ascendente, 
descendente, irmão, cônjuge ou companheiro. 
c) prevalecendo-se o agente das relações domésticas(patrão e babá), de coabitação(república) 
ou de hospitalidade(receber amigos para jantar): abrange outras pessoas sem vínculo de 
parentesco. 
Não se aplica as causas de aumento do art. 61, II, “e” e “f” do Código Penal. 
Pessoa portadora de deficiência nos casos do § 9º(§ 11) 
Não se aplica aos casos de lesão grave ou gravíssima pois estes casos já foram majorados pelo § 10 e 
o § 11 se refere especificamente ao §9º(lesão leve). 
 
Material elaborado pelo professor de Direito Penal III, Edson Florêncio de Souza, com objetivo de proporcionar revisão do conteúdo 
exposto em sala de aula na União das Escolas Superiores de Cacoal-RO(Unesc). Foi utilizado como base para a produção do presente 
material as seguintes doutrinas: Greco, Rogerio. Código Penal Comentado, editora IMPETUS 6ª Ed. 2012; Nucci, Guilherme de Souza. 
Manual de Direito Penal - Parte Geral - Parte Especial, Revista dos Tribunais - 8ª Ed. 2012; Masson, Cleber. Direito Penal Esquematizado - 
Parte Especial, Editora Método, Vol. 3 2011; Sanches, Rogério. Manual de Direito Penal - Parte Especial (volume único) - 5a ed. 
 
Conceito de pessoa portadora de necessidades especiais está previsto nos artigos 3º e 4º, do Decreto 
3.298/99, que regulamenta a Lei nº 7.853/89. 
Rixa 
Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendores: 
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa. 
Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato da 
participação na rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos. 
Crime comum, plurissubjetivo, comissivo, de perigo abstrato, plurissubsistente. 
Também conhecida como “conflito”, “barulho”, “rolo”, “banzé”, “chinfrim”, “safarrusca”, “fuzuê” e 
“baderna”. 
Deve haver ao menos três participantes. Quando o CP exige duas ou quatro, o faz expressamente, 
mas essa afirmação já não mais tão verdadeira diante do novo art. 288 do CP. 
Objeto jurídico: vida e a saúde dos envolvidos e ordem e paz pública. 
Objeto material: participante. 
Núcleo do tipo: “participar”(material ou de forma moral). 
*Na forma moral temos o partícipe que no mínimo deve ser a quarta pessoa. 
Há mútuas agressões de pelo menos três rixosos em atos de violência material. 
*Crimes de multidão: grupos definidos não se confunde com rixa. 
Na troca de agressões entre grupos distintos não se identificar cada lutador entende-se que se trata 
de rixa, mas se for torcida, art. 41-B da lei 10.671-03. 
Comissivo por regra, omissivo no caso de existir o dever de agir. Ex.: policial. 
Sujeito ativo e passivo: Os envolvidos. Crime de co-autoria necessária. 
Pelo menos três pessoas. Basta um imputável. Crime de conduta contraposta. 
Elemento subjetivo: dolo de perigo. 
Não ocorre em relação a quem entra na rixa para separar os contendores. 
Aqui estamos diante de crime de perigo abstrato. 
Absorve só as vias de fato. Se identificado autor de lesão corporal, este responderá peça lesão e pela 
rixa. 
Consumação: Prevalece que é crime de perigo abstrato que se consuma com vias de fato ou 
agressões recíprocas, mas é possível rixa a distância. 
 
Material elaborado pelo professor de Direito Penal III, Edson Florêncio de Souza, com objetivo de proporcionar revisão do conteúdo 
exposto em sala de aula na União das Escolas Superiores de Cacoal-RO(Unesc). Foi utilizado como base para a produção do presente 
material as seguintes doutrinas: Greco, Rogerio. Código Penal Comentado, editora IMPETUS 6ª Ed. 2012; Nucci, Guilherme de Souza. 
Manual de Direito Penal - Parte Geral - Parte Especial, Revista dos Tribunais - 8ª Ed. 2012; Masson, Cleber. Direito Penal Esquematizado - 
Parte Especial, Editora Método, Vol. 3 2011; Sanches, Rogério. Manual de Direito Penal - Parte Especial (volume único) - 5a ed. 
 
Tentativa: só é possível na rixa preordenada ou ex proposito, não é possível na subitânea ou ex 
improviso. 
Rixa qualificada (rixa complexa) art. 137, parágrafo único 
*Resquício da responsabilidade penal objetiva, pois responsabiliza o participante da rixa, 
independentemente de ter provocado o resultado gravoso. 
Quando resulta lesão grave ou morte, de participante da rixa ou de terceiro. 
O resultado é a título de dolo ou de culpa. 
*Há concurso material entre o crime de lesão grave ou morte e Rixa qualificada? Há duas situações: 
Resultado não individualizado: Só responde pela rixa qualificada. 
Individualizado: Responde pela rixa qualificada e pela lesão corporal ou morte. 
Há quem diga que no caso de concurso, o agente responde por rixa simples, sob pena de haver “bis 
in idem”. 
*O rixoso que sofreu lesão grave responde pela forma qualificada. 
*O que ocorre se houver várias lesões graves ou mortes? Todos respondem por uma rixa qualificada. 
*De que forma responde aquele que abandona a rixa antes do resultado agravador? E àquele que 
entra na rixa após o resultado agravador? 
Se o resultado agravador ocorreu depois que saiu, se entende que sua conduta anterior contribuiu 
para o resultado futuro, por isso responde por rixa qualificada, mas se quando entrou já havia 
ocorrido o resultado agravador, responde por rixa simples. 
*Legítima defesa? Não suscitável em face da rixa, mas é suscitável diante tentativa de homicídio, o 
que não afasta a forma qualificada da rixa. 
DOS CRIMES CONTRA A HONRA 
No CódigoPenal temos três crimes contra a honra definidos nos arts. 138, 139 e 140, que são de 
aplicação subsidiária, ou seja, só serão aplicados senão for hipóteses de aplicação dos crimes da 
legislação extravagante: Dec. Lei 1.001-1969- Código Penal Militar; Art. 26 Lei 7.170-1983 – Lei de 
Segurança Nacional; Lei 4.737-1965-Código Eleitoral; *Lei 5.520-1967 Declarado pelo STF sua não 
recepção pela Constituição Federal 
Generalidades 
1 - Conceito de honra: 
Conjunto de qualidades físicas, morais e intelectuais de um ser humano que devem ser respeitadas 
no meio social. 
 
Material elaborado pelo professor de Direito Penal III, Edson Florêncio de Souza, com objetivo de proporcionar revisão do conteúdo 
exposto em sala de aula na União das Escolas Superiores de Cacoal-RO(Unesc). Foi utilizado como base para a produção do presente 
material as seguintes doutrinas: Greco, Rogerio. Código Penal Comentado, editora IMPETUS 6ª Ed. 2012; Nucci, Guilherme de Souza. 
Manual de Direito Penal - Parte Geral - Parte Especial, Revista dos Tribunais - 8ª Ed. 2012; Masson, Cleber. Direito Penal Esquematizado - 
Parte Especial, Editora Método, Vol. 3 2011; Sanches, Rogério. Manual de Direito Penal - Parte Especial (volume único) - 5a ed. 
 
É direito fundamental previsto no art. 5º, X da CF. 
2 – Espécies: 
Honra Objetiva: Visão que a sociedade tem acerca das qualidades. 
*Na calúnia e difamação sempre deve haver imputação de fato específico e determinado e a ofensa 
tem que chegar ao conhecimento de terceira pessoa. 
Honra Subjetiva: Visão que o indivíduo tem a cerca das qualidades de si mesmo(autoestima). 
*Na injúria não há atribuição de fato e nem exige conhecimento de terceiro. 
2.1- Honra dignidade: Conjunto de qualidades morais. 
2.2 – Honra decoro: conjunto de qualidades físicas e intelectuais. 
Honra comum: é inerente ao ser humano, independe de atividade. 
Honra especial: honra profissional. Ex,: Chamar médico de açougueiro. 
Calúnia 
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga. 
§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos. 
Exceção da verdade 
§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo: 
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por 
sentença irrecorrível; 
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141; 
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença 
irrecorrível. 
Crime comum, forma livre, instantâneo, unissubjetivo, Comissivo e formal. 
1 – Conceito: Atribuir falsamente a alguém a prática de um fato definido como crime(difamação 
qualificada). 
2 - Objeto jurídico: honra objetiva. 
3 – Objeto material: Pessoa que tem a honra ofendida. 
 
Material elaborado pelo professor de Direito Penal III, Edson Florêncio de Souza, com objetivo de proporcionar revisão do conteúdo 
exposto em sala de aula na União das Escolas Superiores de Cacoal-RO(Unesc). Foi utilizado como base para a produção do presente 
material as seguintes doutrinas: Greco, Rogerio. Código Penal Comentado, editora IMPETUS 6ª Ed. 2012; Nucci, Guilherme de Souza. 
Manual de Direito Penal - Parte Geral - Parte Especial, Revista dos Tribunais - 8ª Ed. 2012; Masson, Cleber. Direito Penal Esquematizado - 
Parte Especial, Editora Método, Vol. 3 2011; Sanches, Rogério. Manual de Direito Penal - Parte Especial (volume único) - 5a ed. 
 
4 – Núcleo do tipo: Caluniar. 
4.1 Caluniar: “Imputando-lhe”. O legislador foi redundante! O conceito de calúnia está no caput do 
art. 138, logo após o verbo “caluniar”. 
4.2 Fato imputado deve ser determinado e deve ser crime!(Contravenção não é crime). E se imputa 
contravenção ou fato que deixa de ser crime? Teremos difamação. 
*O fato deve ser verossímil. 
4.3 – A ofensa tem que se dirigir a pessoa certa e determinada. 
5 – Elemento Normativo do tipo: “falsamente”. 
Pode recair sobre a existência do fato ou sobre o envolvimento com o fato. 
E se a imputação é realizada por erro? Temos erro de tipo. 
6 – Formas de calúnia: 
Inequívoca ou explícita: Direta manifesta. Ex. imputar determinado Estupro. 
Equívoca ou implícita: Velada, discreta. Ex. Indagações quanto à origem da fortuna do prefeito 
fazendo crer que teria sido obtida de forma ilícita. 
Reflexa: Calunia uma pessoa, acaba atribuindo crime a outra pessoa. Ex. Acusa Policial de corrupção 
passiva (art. 317), por receber dinheiro para não realizar prisão, estará acusando terceiro de 
corrupção ativa (art. 333). 
7 – Consumação: Instantâneo quando a ofensa à honra objetiva chega ao conhecimento de terceiro, 
sendo irrelevante se a vítima tomou conhecimento. 
8 – Tentativa: Em regra não é possível. Exceção: forma escrita. 
9 – Diferença com Denunciação Caluniosa (art. 339 do CP) 
Na denunciação caluniosa leva a imputação de crime ou contravenção penal(§2º) a autoridade 
pública dando início a inquérito policial, processo judicial, administrativo, inquérito civil ou ação de 
improbidade. 
10 - É possível auto calúnia? Não, pois é fato definido como crime do art. 341 do CP. 
Art. 138§ 1º Subtipo da Calúnia 
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga. 
Propalar: relatar verbalmente. Divulgar: relatar por qualquer outro meio(ex.: jornal, facebook). 
*Não admite dolo eventual, em razão da expressão “sabendo falsa a imputação”. 
*Prevalece que não se admite a tentativa! 
 
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Art. 138§ 2º Calúnia contra os mortos 
Se refere a fato quando o ofendido estava vivo e as vítimas são os cônjuges e familiares. 
Não há regra semelhante em relação aos demais crimes contra a honra. 
Art. 138§ 3º Exceção da verdade 
É Incidente Processual prejudicial e medida facultativa de defesa indireta. 
Em regra admite-se exceção da verdade para o crime de calúnia! 
Exceção: art. 138, § 3º do Código Penal. 
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por 
sentença irrecorrível; 
*Procura-se evitar o Strepitus fori. Ex.: Mário imputa injúria a Valdito por chamar Maria de prostituta, 
sendo que Valdito não é condenado por isso. 
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141; 
*Presidente da república: Ver Arts. 86, caput e 102, I ambos da CF; 
*Chefe de Governo estrangeiro: Imunidade diplomáticas. 
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença 
irrecorrível. 
*É Efeito da coisa julgada(art. 5º, XXXVI da CF). 
*Não é possível revisão criminal pro societate. 
*Se ocorreu extinção de punibilidade não houve julgamento de mérito. 
Obs.: Tem minoria que diz que o § 3º viola a CF que garante a ampla defesa! 
Existe calúnia com imputação verdadeira de fato definido como crime? Em regra, não, mas nas 
hipóteses e em que se proíbe a exceção da verdade é possível. 
Difamação 
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: 
Pena - detenção, de três meses a um ano,e multa. 
Exceção da verdade 
Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a 
ofensa é relativa ao exercício de suas funções. 
 
Material elaborado pelo professor de Direito Penal III, Edson Florêncio de Souza, com objetivo de proporcionar revisão do conteúdo 
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Parte Especial, Editora Método, Vol. 3 2011; Sanches, Rogério. Manual de Direito Penal - Parte Especial (volume único) - 5a ed. 
 
É crime comum, forma livre, unissubjetivo, instantâneo, unissubsistente(regra), comissivo, formal. 
1 - Conceito: constitui imputação de fato ofensivo à honra objetiva de alguém. 
2 – Objeto jurídico: Honra objetiva. 
3 – Objeto material: pessoa que tem sua honra ofendida. 
4 – Núcleo do tipo: imputar fato ofensivo. 
*Não precisa ser falso, salvo quando o ofendido é funcionário público. 
*Não previu a forma propalar, mas se entende que é possível nova difamação. 
5 – Consumação: Quando terceira pessoa toma conhecimento da ofensa. 
6 – Tentativa: admissível na forma escrita. 
Exceção da verdade (parágrafo único): Em regra não se admite, exceto se o ofendido é funcionário 
público e a ofensa se dirigir ao exercício de suas funções. 
E se o funcionário não mais exerce o cargo público? Há divergência! 
Cabe quando vítima é presidente da república ou chefe de governo extrangeiro? Não (art. 49 da 
exposição de motivos). 
Exceção de Notoriedade: art. 523 do CPP (calúnia e injúria), caracteriza crime impossível, enquanto 
que exceção da verdade caracteriza atipicidade. 
Defende-se que na difamação seria possível a exceção de notoriedade quando o ofendido for 
funcionário público e a ofensa se dirigir ao exercício de suas funções. 
INJÚRIA 
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: 
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria; 
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria. 
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio 
empregado, se considerem aviltantes: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência. 
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a 
condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: 
 
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Parte Especial, Editora Método, Vol. 3 2011; Sanches, Rogério. Manual de Direito Penal - Parte Especial (volume único) - 5a ed. 
 
Pena - reclusão de um a três anos e multa. 
Crime comum, forma livre, unissubisistente, instantâneo, unissubjetivo (regra), comissivo ou 
omissivo (só na injúria), de dano, formal. 
1 - Conceito: é ofensa a honra subjetiva. (não necessita de atribuição de fato). 
2 – Objeto jurídico: Honra subjetiva. 
3 – Objeto material: Pessoa cuja honra foi ofendida. 
4 - Núcleo do tipo: atribuição de qualidade negativa que implique em ofensa à dignidade ou decoro 
de uma pessoa. 
Pode ser comissiva ou omissiva(Ex.: cumprimenta várias pessoas e quando você estende a mão, não 
é cumprimentado) 
Pode ser direta ou indireta(Ex: chama marido de corno, logo, ofende a mulher). 
5 – Consumação: Quando a vítima toma conhecimento (mediata ou imediata). 
6 – Tentativa: é possível por escrito. Mas podemos imaginar no caso de utilização de meios 
eletrônicos e quando praticada por interposta pessoa. 
Exceção da verdade: Incompatível. Por não haver previsão legal e por não ser possível provar a 
veracidade da qualidade negativa, ou teríamos situação de agravação da ofensa, permitida pela lei. 
Recapitulando: 
Calúnia: Em regra admite. Exceção: art. 138 § 3º. 
Difamação: Em regra não se admite. Exceção: Art. 139 parágrafo único. 
Injúria: Não há previsão legal. 
7 – Perdão Judicial (§1º): Caso de extinção da punibilidade do art. 107,IX do CP 
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria; 
Provocação deve ser reprovável e feita diretamente. 
*Se assemelha à situação de domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da 
vítima. Ex.: Mulher que se manifesta a gracejo indecoroso. 
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria. 
É o revide. Deve ser de forma imediata. É possível diante de ofensa escrita. 
E se alguém lhe profere uma injúria e você retorna com difamação? Não é possível. 
*Não confundir com perdão do ofendido que depende de aceitação do réu. 
 
Material elaborado pelo professor de Direito Penal III, Edson Florêncio de Souza, com objetivo de proporcionar revisão do conteúdo 
exposto em sala de aula na União das Escolas Superiores de Cacoal-RO(Unesc). Foi utilizado como base para a produção do presente 
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Parte Especial, Editora Método, Vol. 3 2011; Sanches, Rogério. Manual de Direito Penal - Parte Especial (volume único) - 5a ed. 
 
8 – Injúria real(§ 2º): meio de execução é a violência ou vias de fato. 
*Cumula-se as penas só no caso de violência, sinônimo de lesão corporal. 
Aviltante quer dizer humilhante. Ex.: rasgar saia de uma mulher, atirar fezes. 
9 - Injúria qualificada(§ 3º): Deve se dirigir a pessoa ou pessoas determinadas. 
*Não confundir com racismo: crime de ação penal pública incondicionada, inafiançável e 
imprescritível(art. 5º, XLII da CF), previsto na lei 7.716-1989, consistente em manifestações 
preconceituosas generalizadas ou pela segregação racial. 
Ex.: Chamar alguém de “gringo safado” é injúria qualificada, mas afirmar que “todos os gringos são 
safados” é racismo. 
Crime subsidiário: art. 96, § 1º da lei 10.741-2003 (estatuto do idoso). 
10 - Distinção: injúria contra funcionário público x desacato(art. 331 do CP). 
Para haver desacato a ofensa deve ser proferida na presença do funcionário público e em exercício 
das suas funções. Caso contrário há injúria. 
Características comuns aos crimes contra a honra: 
1 – São crimes de dano(não é crime de perigo). 
2 – São crimes formais de consumação antecipada ou resultado cortado. 
3 – O sujeito ativo é comum. Exceções(não praticam crime contra honra): 
Parlamentar: imunidade material desde que relacionada à sua função. 
 Art. 53 da CF: prevê em relação aos deputados federais e senadores. O art. 27 § 1º da CF estende 
aos dep. Estaduais. O art. 29 da CF estende aos vereadores. 
*STF: A imunidade dos vereadores é relativa(pertinência ao cargo e interesse municipal, durante o 
exercício do mandato e na circunscrição do município). 
Advogado:Art. 7º§ 2º da lei 8.906 se refere a imunidade no exercício da função dentro ou fora de 
juízo,referente a injúria, difamação e desacato(ADI 1127-8) 
*STF considera a imunidade do advogado relativa(HC 82.044-PE). 
4 – O sujeito passivo deve ser determinado e conhecido, sendo prescindível expressa referência 
nominal. O desonrado também pode ser vítima. 
Inimputável pode ser vítima de calúnia(não falo de difamação ou injúria!)? 
Em relação ao menor de 18 anos, pode ser vítima de calúnia por poder praticar ato infracional. Há 
quem admite calúnia contra menores de dezoito anos sob outro argumento, o de que o crime é 
 
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Parte Especial, Editora Método, Vol. 3 2011; Sanches, Rogério. Manual de Direito Penal - Parte Especial (volume único) - 5a ed. 
 
composto fato típico e ilícito, e sendo a imputabilidade parte da culpabilidade que é mero 
pressuposto para aplicação de pena, nada imperia alguém imputar falsamente a prática de crime a 
um menor de dezoito anos. 
Ainda quanto ao menor de dezoito anos, há posicionamento no sentido de que crime é fato típico, 
ilícito e culpável, logo, atribuir crime a menor de dezoito anos seria difamação, pois menor de 
dezoito anos jamais pode praticar crime. 
Em relação aos demais inimputáveis, sempre podem ser vítimas de difamação, já quanto à injúria, só 
serão vítimas se entendem a ofensa. 
Pessoas jurídicas pode ser vítimas de calúnia no caso de crime ambiental(art. 225 § 3º da CF e lei 
9.605-1998) e difamação. Por quê não injúria? 
Art. 26 da lei 7.170(lei de segurança nacional): trata de de casos de calúnia ou difamação 
Presidentes da República, Senado, Câmara dos deputados e STF. Se injúria estaremos diante do art. 
140 do Código Penal. 
5 - Elemento subjetivo: dolo, direto ou eventual. 
Não há crime se a intenção é narrar um fato, exercer crítica, se defender, exercer correção ou dar 
conselho. 
*A honra é bem disponível, logo, consentimento prévio, exclui o crime. 
Causas de aumento 
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é 
cometido: 
I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro; 
Se tratar-se de calúnia ou difamação, pode ser regida pela lei 7.170-83. 
II - contra funcionário público, em razão de suas funções; 
Dentro ou fora de serviço, desde que tenha relação com o exercício da função. 
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou 
da injúria. 
1º parte: pelo menos três pessoas. 2º parte: Ex.: panfleto, jornal, etc. 
IV - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria. 
Não se aplica nos casos de injúria(art. 140 § 3º do CP) sob pena de“bis in idem” 
Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a 
pena em dobro. 
 
Material elaborado pelo professor de Direito Penal III, Edson Florêncio de Souza, com objetivo de proporcionar revisão do conteúdo 
exposto em sala de aula na União das Escolas Superiores de Cacoal-RO(Unesc). Foi utilizado como base para a produção do presente 
material as seguintes doutrinas: Greco, Rogerio. Código Penal Comentado, editora IMPETUS 6ª Ed. 2012; Nucci, Guilherme de Souza. 
Manual de Direito Penal - Parte Geral - Parte Especial, Revista dos Tribunais - 8ª Ed. 2012; Masson, Cleber. Direito Penal Esquematizado - 
Parte Especial, Editora Método, Vol. 3 2011; Sanches, Rogério. Manual de Direito Penal - Parte Especial (volume único) - 5a ed. 
 
A recompensa pode ser qualquer vantagem como a sexual. 
Exclusão do crime 
Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível: 
*Veja que não se faz referência à calúnia. 
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador; 
- Prevalece que se refere só a causas judiciais. Há entendimento contrário. 
- Pode ser de forma oral ou escrita. 
- Tem que haver relação de causalidade com a defesa de um direito. 
- Pode se dirigir a um terceiro(testemunha), mas prevalece que não exclui a ilicitude se dirigida 
contra o magistrado(STJ e STF). Damásio discorda. 
- Em virtude da art. 41, V da lei 8.625-93 a excludente abrange o MP como parte e como fiscal 
da lei. 
- Não se aplica aos advogados. art. 7º § 2º lei 8.906-1994 traz imunidade para os casos de 
difamação e injúria para manifestações dentro ou fora de juízo 
II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a 
intenção de injuriar ou difamar; 
- Liberdade de expressão assegurada pelo art. 5º, IV do CP. 
III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que 
preste no cumprimento de dever do ofício. 
- Modalidade especial de estrito cumprimento do dever legal. Ex.: Delegado ao relatar inquérito se 
refere ao indiciado como “perigoso e covarde”. 
Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde pela injúria ou pela difamação quem lhe dá 
publicidade. 
Retratação 
Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, 
fica isento de pena. 
*art. 107, VI do CP: é causa de extinção da punibilidade, de natureza subjetiva. 
*Não se refere à injúria pois ela não imputa fatos, e sim qualidade negativa. 
*Deve acontecer antes da sentença e só cabe nos casos de ação penal privada, não pública (Ex.: 
contra funcionário público), e em razão da expressão “querelado”. 
 
Material elaborado pelo professor de Direito Penal III, Edson Florêncio de Souza, com objetivo de proporcionar revisão do conteúdo 
exposto em sala de aula na União das Escolas Superiores de Cacoal-RO(Unesc). Foi utilizado como base para a produção do presente 
material as seguintes doutrinas: Greco, Rogerio. Código Penal Comentado, editora IMPETUS 6ª Ed. 2012; Nucci, Guilherme de Souza. 
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Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga 
ofendido pode pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do juiz, não as 
dá satisfatórias, responde pela ofensa. 
*Medida facultativa, anterior à ação, juiz não julga mérito, mas previne o juízo. 
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo quando, 
no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal. 
Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput 
do art. 141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do mesmo 
artigo, bem como no caso do § 3o do art. 140 deste Código. 
Aqui, atentar que requisição não significa obrigação e ver súmula 714 do STF.

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