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Outros crimes contra a vida

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Material elaborado pelo professor de Direito Penal III, Edson Florêncio de Souza, com objetivo de proporcionar revisão do conteúdo 
exposto em sala de aula na União das Escolas Superiores de Cacoal-RO(Unesc). Foi utilizado como base para a produção do presente 
material as seguintes doutrinas: Greco, Rogerio. Código Penal Comentado, editora IMPETUS 6ª Ed. 2012; Nucci, Guilherme de Souza. 
Manual de Direito Penal - Parte Geral - Parte Especial, Revista dos Tribunais - 8ª Ed. 2012; Masson, Cleber. Direito Penal Esquematizado - 
Parte Especial, Editora Método, Vol. 3 2011; Sanches, Rogério. Manual de Direito Penal - Parte Especial (volume único) - 5a ed. 
 
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio 
Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça: 
Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da 
tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave. 
Parágrafo único - A pena é duplicada(Aumento de pena): 
I - se o crime é praticado por motivo egoístico; 
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência. 
É crime comum, comissivo ou omissivo(divergente) material, forma livre, unissubjetivo e 
plurissubsistente. 
Princípio da alteridade ou da transcendentalidade. 
Suicida não é punido mas nem por isso deixa de ser ilícito(art. 146, § 3º, II, CP). 
A eliminação da vida deve ser voluntária, pois sob coação, grave ameaça ou se a vítima do suicídio é 
inimputável teremos homicídio. 
Objeto jurídico: vida humana(bem indisponível). 
Objeto material: ser humano. 
Núcleo do tipo: pode ser moral(induzir e instigar) ou material(auxiliar). 
Induzir: é dar a idéia. Ex.: “A” pergunta a “B” o que fazer para acabar com as dívidas e “B” responde: 
Se eu fosse você cometia suicídio! 
Instigar: é estimular a idéia. Ex.: “A” trai sua esposa que após descobrir o fato pede a separação, 
motivo pelo qual “A” quer se matar e “B” diz a ele que merece agir de tal forma. 
Em ambos os casos é preciso que o comportamento seja sério. 
Auxiliar: é concorrer materialmente. Ex.: Emprestar arma de fogo, dar a corda. 
O auxílio deve ser eficaz! Logo, se a vítima se utiliza de instrumento diverso do dado não há auxílio. 
Mas deve ser acessório e não ato executório tal como puxar a corda de quem quer se enforcar, 
provocar emissão de gás em quarto de enfermo que quer morrer, ajudar amarrar pedra em quem se 
jogar no mar. 
É possível na forma omissiva? 
Rogério Sanches: é possível por instigação por omissão (art. 13 § 2º do Código Penal) no caso de 
alguém que comunique a vontade de cometer suicídio a pessoa, que sobre ele dispõe de grande 
influência, e este nada faz. 
 
Material elaborado pelo professor de Direito Penal III, Edson Florêncio de Souza, com objetivo de proporcionar revisão do conteúdo 
exposto em sala de aula na União das Escolas Superiores de Cacoal-RO(Unesc). Foi utilizado como base para a produção do presente 
material as seguintes doutrinas: Greco, Rogerio. Código Penal Comentado, editora IMPETUS 6ª Ed. 2012; Nucci, Guilherme de Souza. 
Manual de Direito Penal - Parte Geral - Parte Especial, Revista dos Tribunais - 8ª Ed. 2012; Masson, Cleber. Direito Penal Esquematizado - 
Parte Especial, Editora Método, Vol. 3 2011; Sanches, Rogério. Manual de Direito Penal - Parte Especial (volume único) - 5a ed. 
 
Mirabete e N. Hungria: é possível auxílio por omissão (art. 13 § 2º do Código Penal). Ex.: Psiquiatra no 
manicômio. Damásio e Frederico Marques discordam sustentando que esta conduta se trataria do 
tipo previsto no art. 135 p. único. 
*A participação em suicídio deve dirigir-se a pessoa determinada ou determinadas. Ex.: não é suicídio 
livro ou música que incentiva o suicídio. 
Sujeito ativo: qualquer pessoa. 
Sujeito passivo: Tem que ter capacidade de discernimento. 
Elemento subjetivo: dolo direto ou eventual. 
Consumação: É preciso haver lesão corporal de natureza grave ou morte. 
Tentativa: é possível a tentativa de suicídio e não na participação de suicídio! 
Pacto de morte: Depende da conduta. Se há auxílio ou ato de execução! 
Roleta Russa ou duelo americano? Exceção: homicídio por dolo eventual. 
Causa de duplicação da pena 
Motivo egoístico(I): Ex. interesse na morte da sogra por causa da herança, de colega de trabalho 
visando seu cargo. 
Vítima menor(II): Aquela que tem entre 14 e 18 anos. Interpretação conjunta com o art. 217-A. 
Por qualquer causa tem reduzida sua capacidade de resistência(II): Ex.: ébrio, enfermo físico ou 
mental, entorpecido. 
Infanticídio 
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: 
Pena - detenção, de dois a seis anos. 
Crime próprio, forma livre, comissivo ou omissivo, material, unissubjetivo(regra), plurissubsistente. 
Conflito com o art. 121 se resolve com o princ. Da especialdiade. Chamado também de Forma 
privilegiada de homicídio. 
Objeto jurídico: vida humana. 
Objeto material: criança nascente ou recém-nascido(neonato). 
O crime é praticado durante ou logo após o parto(inicia-se com a dilação do colo do útero e termina 
com a expulsão). Aqui está a diferença com o aborto. 
Sujeito ativo: A mãe(inclusive por omissão na forma do art. 13 § 2º, “a”). 
 
Material elaborado pelo professor de Direito Penal III, Edson Florêncio de Souza, com objetivo de proporcionar revisão do conteúdo 
exposto em sala de aula na União das Escolas Superiores de Cacoal-RO(Unesc). Foi utilizado como base para a produção do presente 
material as seguintes doutrinas: Greco, Rogerio. Código Penal Comentado, editora IMPETUS 6ª Ed. 2012; Nucci, Guilherme de Souza. 
Manual de Direito Penal - Parte Geral - Parte Especial, Revista dos Tribunais - 8ª Ed. 2012; Masson, Cleber. Direito Penal Esquematizado - 
Parte Especial, Editora Método, Vol. 3 2011; Sanches, Rogério. Manual de Direito Penal - Parte Especial (volume único) - 5a ed. 
 
*Admite co-autoria e participação (ver art. 30 do CP). 
Sujeito passivo: nascente ou recém nascido. 
*Inaplicável art. 61, II,“e”(bis idem) 
*Erro sobre a pessoa (art. 20 § 3º do CP). 
*Infanticídio putativo: mãe mata criança que pensava ser seu filho. 
Elemento subjetivo: dolo direto ou eventual. Não admite modalidade culposa(prevalece que 
homicídio culposo, outros, dizem que não há crime). 
*É desnecessária a perícia quanto ao estado puerperal (presunção). 
*Estado puerperal não traduz inimputabilidade ou semi-imputabildiade! 
Este crime já foi tratado como morte Horis causa(Genival Velloso de França). 
Elemento temporal: “logo após o parto”, deve ser analisado no caso concreto. 
Consumação: com a morte da criança. 
Tentativa: possível. Exceção: crime impossível no caso de criança morta. 
Aborto 
Início da vida: fecundação ou com a nidação? 
Espécies de aborto: natural, acidental, criminoso, legal ou Permitido (necessário e sentimental), 
eugênico, econômico ou social e Honoris causa. 
Aborto criminoso 
124 125 126, caput 126, p. único 127 
- Auto aborto e; 
- Consentimento 
para o aborto 
Aborto 
provocado sem o 
consentimento 
da gestante; 
Aborto provocado 
por terceiro com o 
consentimento da 
gestante; 
Consentimento 
inválido para o 
aborto; 
Causa de aumento de 
pena(1/3 se lesão 
grave e dobro se 
morte) 
 
Aborto ovular(até a 8º semana), embrionário(até a 15º semana) e fetal(depois da 15º semana). 
Os dois primeiros estavam no anteprojeto do CP, mas ele foi aprovado para excluir crime somente 
nos casos de anencefalia atestado por dois médicos. 
 
Material elaborado pelo professor de Direito Penal III, Edson Florêncio de Souza, com objetivo de proporcionar revisão do conteúdo 
exposto emsala de aula na União das Escolas Superiores de Cacoal-RO(Unesc). Foi utilizado como base para a produção do presente 
material as seguintes doutrinas: Greco, Rogerio. Código Penal Comentado, editora IMPETUS 6ª Ed. 2012; Nucci, Guilherme de Souza. 
Manual de Direito Penal - Parte Geral - Parte Especial, Revista dos Tribunais - 8ª Ed. 2012; Masson, Cleber. Direito Penal Esquematizado - 
Parte Especial, Editora Método, Vol. 3 2011; Sanches, Rogério. Manual de Direito Penal - Parte Especial (volume único) - 5a ed. 
 
Objeto jurídico: vida humana do feto nos arts. 124 e 126, já no art. 125 além da vida do feto, se 
protege a integridade física da mãe. 
Objeto material: é o feto(óvulo fecundado, embrião ou feto) dentro do útero materno(não 
compreende o fertilizado in vitro). É preciso viabilidade da vida. Feto morto? Crime impossível. 
Sujeito ativo: Gestante no art. 124(crime de mão própria que não admite coautoria, só participação), 
e nos demais artigos pode ser qualquer pessoa. 
Sujeito passivo: É o feto. No art. 125 o será também a gestante. Mirabete entende que o feto não é 
sujeito de direitos, logo, aqui o Estado seria o sujeito. 
No caso de gêmeos, há concurso de crimes. 
Meio de execução: comissivo(ingerir medicamento abortivo), omissivo na forma do art. 13, § 2º do 
CP(deixar de ingerir medicamentos para manutenção da gravidez), físico(golpes no útero) e 
psíquico(provocar depressão). 
Elemento subjetivo: dolo direto ou eventual(Ex.: mãe que tenta se matar). 
Não há aborto culposo(art. 129). Ex.: mãe toma remédio para acelerar o parto. 
*Para a jurisprudência, quem desfere chute na barriga de mulher sabidamente grávida, comete 
aborto. 
Consumação: Na interrupção da gravidez(com morte dentro ou fora do útero). 
Tentativa: É possível em todas as formas. Mas veja três situações que podem ocorrer após o 
procedimento abortivo: 
Art. 129, § 1º, inciso IV do CP: A intenção do agente era ferir a vítima e não provocar aborto. 
Art. 121 ou 123: O feto nasce com vida, ao que o agente o mata. 
Aborto consumado: Feto expulso com vida e morre depois em razão do aborto. 
Aborto na lei de Contravenções Penais: Art. 20 do Dec. Lei 3.688-41. 
Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento 
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque: 
Pena - detenção, de um a três anos. 
Crime de mão própria, logo, não admite coautoria, só participação. Para Luiz Régis Prado é crime 
próprio, porém o co-autor é punido pelo art. 126. 
Auto-aborto (1º parte): admite participação(partícipe responde pelo art. 124 e homicídio ou lesão 
corporal culposos se ocorrer qualquer destes resultados em relação à mãe). 
 
Material elaborado pelo professor de Direito Penal III, Edson Florêncio de Souza, com objetivo de proporcionar revisão do conteúdo 
exposto em sala de aula na União das Escolas Superiores de Cacoal-RO(Unesc). Foi utilizado como base para a produção do presente 
material as seguintes doutrinas: Greco, Rogerio. Código Penal Comentado, editora IMPETUS 6ª Ed. 2012; Nucci, Guilherme de Souza. 
Manual de Direito Penal - Parte Geral - Parte Especial, Revista dos Tribunais - 8ª Ed. 2012; Masson, Cleber. Direito Penal Esquematizado - 
Parte Especial, Editora Método, Vol. 3 2011; Sanches, Rogério. Manual de Direito Penal - Parte Especial (volume único) - 5a ed. 
 
Mãe que tenta suicídio e mata o feto, pratica o crime de aborto por dolo eventual, mas há quem 
entenda não haver crime por seu o aborto consequência da auto lesão. 
*Aborto necessário ou terapêutico: Não é crime(estado de necessidade). 
*Aborto sentimental ou humanitário: caracteriza crime(Exceção: médico). 
Consentimento para o aborto (2º parte): é exceção pluralistica (gestante art. 124, 2º parte; terceiro 
art. 126). 
Gestante tem que ter capacidade(ser maior de 14 anos) e o consentimento deve ser válido. 
Aborto provocado por terceiro 
Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante: 
Pena - reclusão, de três a dez anos. 
Pressupõe ausência de consentimento que se verifica em duas hipóteses: 
a) Falta de consentimento. Ex.: Agressão. 
b) Dissenso Presumido: Art. 126, parágrafo único. 
Dupla subjetividade passiva: feto e gestante. 
Gêmeos, trigêmeos etc: 2, 3 crimes ou quantos forem, tantos crimes haverão em concurso formal 
impróprio, salvo desconhecimento. 
Aborto provocado com o consentimento da gestante 
Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou 
é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou 
violência 
Exceção pluralística: a gestante responde pelo art. 124; o terceiro que provoca o aborto responde 
pelo art. 126 
*O consentimento da gestante (expresso ou tácito) deve subsistir até a consumação do aborto, ou o 
terceiro responderá pelo art. 125 do CP e a mãe pelo 124 com atenuante do art. 65 do CP. 
Se houver erro quanto ao consentimento? Estaremos diante do art. 126. 
*Participe? 
Responde pelo art. 124. Ex.1: Namorado leva a namorada ao médico. 
 
Material elaborado pelo professor de Direito Penal III, Edson Florêncio de Souza, com objetivo de proporcionar revisão do conteúdo 
exposto em sala de aula na União das Escolas Superiores de Cacoal-RO(Unesc). Foi utilizado como base para a produção do presente 
material as seguintes doutrinas: Greco, Rogerio. Código Penal Comentado, editora IMPETUS 6ª Ed. 2012; Nucci, Guilherme de Souza. 
Manual de Direito Penal - Parte Geral - Parte Especial, Revista dos Tribunais - 8ª Ed. 2012; Masson, Cleber. Direito Penal Esquematizado - 
Parte Especial, Editora Método, Vol. 3 2011; Sanches, Rogério. Manual de Direito Penal - Parte Especial (volume único) - 5a ed. 
 
- Para a jurisprudência, quem paga o procedimento responde pelo art. 126. Ex.: Mãe custeia o aborto 
da filha. 
Responde pelo art. 126. Ex.2: enfermeira auxilia o médico. 
Forma qualificada(causa de aumento) 
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em 
conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal 
de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte. 
São causas de aumento aplicáveis ao aborto(consumado ou tentado) praticado por terceiro sem ou 
com consentimento da gestante(arts. 125 e 126) a título de preterdolo, ou teremos concurso de 
crimes(material ou formal imperfeito). 
*É imprescindível a prova da gravidez. 
*Não se exige consumação do aborto, basta empregar meios abortivos(feto não morre). 
Tentativa com resultado morte da mãe e sobrevivência do feto: 
1º corrente: Aborto qualificado consumado: Súmula 610 do STF. 
2º corrente: Aborto tentado qualificado pela morte: Crime preterdoloso admite tentativa quando a 
parte frustrada é a dolosa. Prevalece. 
Aborto permitido ou legal 
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: 
Prevalece que a natureza deste artigo é causa especial de exclusão de ilicitude. 
Fundamentos: conflitos de valores: Prevalência da vida da gestante e dignidade da pessoa humana. 
Devem ser praticados por médico. 
Aborto Eugênico (STF decidiu que não é crime, ver ADPF 54). 
Aborto necessário ou terapêutico 
É hipótese especial de estado de necessidade. 
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; 
Exige três requisitos: 1 - Praticado por médico; 2 Risco para a vida da gestante(não saúde); 3 
Impossibilidade de uso de outro meio. 
Se realizado por pessoa não médico se exige perigo atual, para caracterizar estado de 
necessidade(art. 24 do CP). 
O médico não precisa de autorização. 
 
Material elaborado pelo professorde Direito Penal III, Edson Florêncio de Souza, com objetivo de proporcionar revisão do conteúdo 
exposto em sala de aula na União das Escolas Superiores de Cacoal-RO(Unesc). Foi utilizado como base para a produção do presente 
material as seguintes doutrinas: Greco, Rogerio. Código Penal Comentado, editora IMPETUS 6ª Ed. 2012; Nucci, Guilherme de Souza. 
Manual de Direito Penal - Parte Geral - Parte Especial, Revista dos Tribunais - 8ª Ed. 2012; Masson, Cleber. Direito Penal Esquematizado - 
Parte Especial, Editora Método, Vol. 3 2011; Sanches, Rogério. Manual de Direito Penal - Parte Especial (volume único) - 5a ed. 
 
Em erro médico falamos na discriminante putativa do art. 20 §1º do CP. 
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro 
É hipótese especial de exercício regular de direito. 
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando 
incapaz, de seu representante legal. 
Exige três requisitos: 1 praticado por médico; 2 resultar de estupro; 3 Consentimento válido da 
gestante ou de seu responsável. 
É permitido o aborto sentimental também no caso de estupro de vulnerável. 
Embora se exija somente consentimento da gestante, o STF já exigiu registro de Boletim de 
ocorrência. 
*Não é preciso condenação pelo estupro. Mas se a mulher faz comunicação falsa, ela responde pelo 
aborto e pelo art. 340 do CP, enquanto o médico não responderá por crime algum.

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