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TEORIAS GERAIS DA EMOÇÃO Disciplina Processos Psicológicos Básicos I Professora Albenise de Oliveira Lima Teoria de James – Lange: Para essa teoria a reação é a emoção.De acordo com o psicólogo William James e o fisiologista Carl Lange (1890), as emoções dependem de um sistema de feedback do organismo.Ao contrário da crença popular que afirma que choramos porque estamos tristes, James escreveu: “nós ficamos tristes porque choramos, ficamos com raiva porque brigamos e com medo porque trememos”. Para esta teoria, a resposta corporal representa a reação a um determinado estímulo. Em síntese, as alterações corporais causam a emoção.Se não houver nenhuma alteração corporal, não haverá emoção. Teoria Cannon – Bard: Para esta teoria, emoções e reações ocorrem simultaneamente. Enquanto a teoria de James-Lange afirma que cada emoção é acompanhada de uma reação fisiológica distinta. A teoria de Cannon-Bard defende que todas as emoções são fisiologicamente semelhantes. Durante a percepção de um estímulo desencadeador de emoção, o tálamo envia mensagens simultâneas para o organismo e para o córtex cerebral. As mensagens para o córtex cerebral produzem a experiência da emoção (medo, por exemplo); enquanto as mensagens do SNA produzem alterações corporais (palpitação, por exemplo). Para estes autores a resposta corporal não é um fator de importância. Mesmo animais cirurgicamente impedidos de experimentar o alerta fisiológico, experimentam comportamentos que podem ser rotulados como “reações emocionais”. Por exemplo, postura defensiva diante do perigo. Hipótese de Feedback facial: Para esta teoria a face determina as emoções.Surgiu como reação às teorias anteriores.De acordo com a hipótese do feedback facial, as alterações faciais não apenas se correlacionam e intensificam as emoções, como também causam ou desencadeiam a própria emoção. Contrações dos músculos faciais enviam mensagens ao cérebro, identificando, assim, cada emoção básica.Essa teoria sugere que nós não sorrimos porque estamos felizes; ao contrário, ficamos felizes porque sorrimos.Ela também dá suporte à proposta evolucionista original de Darwin de que a expressão livre de uma emoção a intensifica, enquanto a repressão da expressão diminui sua intensidade.Nesse caso, devemos questionar os teóricos que advogam que expressar raiva é uma forma de aliviar tensões. Teoria de James-Lange: Teoria do Feedback facial: Teoria Cannon-Bard As primeiras Emoções: As emoções aparecem logo depois do nascimento em associação íntima com os motivos.Os bebês choram e parecem aflitos quando surgem necessidades como a fome, por exemplo.Reações positivas de prazer surgem quando suas necessidades são satisfeitas. Os bebês recém-nascidos se assustam, o que é um primitivo sinal de medo.A raiva surge no segundo semestre de vida (por volta dos seis meses). Começo da empatia: o choro de um bebê provoca o choro nos outros. Empatia é a capacidade de entender os afetos dos outros, sentindo-os diretamente. Chorar funciona como mensagem e aumenta a chance de sobrevivência.Da mesma forma, sorrir fortalece os laços sociais. Ansiedade: Conceito: ansiedade é uma emoção caracterizada por sentimentos de previsão de perigo, tensão e aflição e pela vigilância do sistema simpático.Diferencia-se do medo por duas dimensões:O objeto do medo é fácil de especificar (o objeto da ansiedade não é claro); a intensidade do medo é proporcional à magnitude do perigo (a intensidade da ansiedade tem a probabilidade de ser maior do que o medo objetivo). Ansiedade e medo não são fáceis de diferenciar.Os detonadores da ansiedade variam para cada corrente da Psicologia. Detonadores da ansiedade para Freud: Perigos do mundo real Previsão de punição por expressar impulsos sexuais, agressivos ou outros. Detonadores da ansiedade para os Psicólogos Comportamentais: Conflitos entre expectativas, crenças, atitudes e percepções, que conduzem à dissonância cognitiva (colisão de duas realidades) Exemplo: se perceber honesto e trapacear para conseguir algo. Detonadores da ansiedade para os Humanistas; Conflitos mentais, principalmente os que surgem enquanto se escolhe um estilo de vida satisfatório. Influências na intensidade da ansiedade: A genética: respostas físicas a uma mesma ameaça. Isso foi observado em estudos com gêmeos.As experiências pessoais: um exemplo é o excesso de estresse na infância ou nos ciclos da vida. Tanto um caso como o outro é nocivo aos seres humanos.A falta de controle nas ações: a resposta a qualquer evento estressante depende do pensamento e da percepção. Efeitos da ansiedade sobre a aprendizagem: A ansiedade pode afetar a aprendizagem em diferentes estágios: Codificação, armazenamento e recuperação do que foi aprendido (memória); Tarefas complexas geram mais ansiedade. Como redutor da ansiedade em estudantes, recomenda-se praticar exercícios e pensar em experiências tranquilizadoras. Efeitos da ansiedade sobre a saúde: Na saúde, a ansiedade gerada por estresse prolongado leva a uma síndrome chamada SAG (síndrome de adaptação geral), que ocorre em três estágios: Reação de alarme Resistência Exaustão Na reação de alarme, a produção de energia do corpo é maximizada (forças defensivas do corpo geradas pelo simpático e pelas glândulas supra-renais). Se a tensão for prolongada, o corpo entra no segundo estágio que é a resistência.Na fase da resistência, para manter o estado de alerta, o sistema imunológico não opera e a consequência é o enfraquecimento do corpo, tornando-o suscetível a outros estresses, inclusive a doenças.Como o corpo não pode manter indefinidamente a sua resistência, entra em exaustão. O parassimpático passa a comandar, as atividades do corpo tornam-se mais lentas e podem cessar. A exaustão gera problemas psicológicos que incluem depressão e pode chegar até a morte. Raiva e Agressão: Raiva é uma emoção caracterizada por um alto nível de atividade do sistema nervoso simpático e por fortes sentimentos de desprazer, os quais são desencadeados por um mal real ou imaginário. Agressividade é qualquer ato que vise a ferir pessoas ou propriedades. Pode ser verbal ou física e pode ocorrer em conjunto com a raiva.A agressão pode ser induzida pela raiva, mas também, pode ser desencadeada por incentivo, sem que haja a presença da raiva.
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