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Caso concreto – DIREITO CONSTITUCIONAL II SEMANA 10 Descrição A Empresa Brasileira de Tecnologia é uma estatal que pesquisa e produz tecnologias de ponta para o Brasil. Grande orgulho nacional, é também grande empregadora, social e ambientalmente responsável, tendo sido classificada como uma das 10 melhores empresas para se trabalhar no mundo. Este ano ela vai completar 10 anos de fundação. Após algum debate sobre a conveniência, ou não, de um evento comemorativo, o Governo Federal decide por realizar uma grande festa pública com shows gratuitos, emissão de selo comemorativo pela ETC (Correios), criação e entrega de um prêmio ?mentes pensantes? para pessoas que se destacaram na área na última década. Ocorre que o debate sobre a realização do evento deixou pouco tempo para organizar tudo. Assim, como a situação era urgente e a causa relevante, o Governo Federal decide emitir uma Medida Provisória para dispensar as licitações da empresa de produção dos shows, da festa de premiação e ainda para permitir empenho de despesas mesmo sem comprovação prévia. Um parlamentar a oposição considera absurdo a contratação sem licitação e chama seu escritório de advocacia para ajudar. É cabível a edição de MP neste caso? RESPOSTA Diante do enunciado, não é cabível a edição de Medida Provisória, pois a jurisdição que afere os pressupostos constitucionais, que são de relevância e urgência, assimo como mostrados na da edição da MP, é competência do Poder Executivo. Entretanto A lei de licitações, nº 8.666/93, prevê que há inexigilidade da licitação para contratação de shows artísticos, conforme disposto em seu art. 25: “É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial: III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública”. Assim, a dispensa de licitação é vedada na forma da Lei para questões que não são de urgência , tendo em vista que a contratação de artista, não é âmbito de urgência, e portanto não há necessidade alguma de se fazer licitação para tais casos, tendo em vista a inviabilidade de competição.
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