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AULA 01 
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO e REGIME JURÍDICO ÚNICO PARA INSS – 
Teoria e Exercícios 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
Prof. Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 1 
 
 
 
Olá, Futuro Servidor Concursado do INSS! 
 
 
É com grande satisfação que o recebo para, juntos, percorremos todo o nosso 
conteúdo programático do Curso ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO e REGIME 
JURÍDICO ÚNICO PARA INSS – Teoria e Exercícios e ficarmos mais perto 
da almejada vaga no quadro de pessoal do INSS. 
 
Quaisquer dúvidas sobre a matéria ou sobre algum exercício, cujas explicações 
e comentários não ficaram muito claros para você, não deixe de entrar no 
Fórum deste curso e inserir seu questionamento. Este é o local correto para os 
esclarecimentos de dúvidas e questões das matérias abordadas. 
 
Gostaria de relembrar a todos que temos um compromisso em percorrer todos 
os artigos e dispositivos constantes em nosso conteúdo programático. 
 
Bom curso para todos nós !!! 
 
Críticas e sugestões poderão ser enviadas para: 
henriquecampolina@pontodosconcursos.com.br 
 
Prof. Henrique Campolina 
Março/2013 
AULA 01 
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO e REGIME JURÍDICO ÚNICO PARA INSS – 
Teoria e Exercícios 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
Prof. Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 2 
 
2. A Lei Federal nº 8.112/1990 (continuação) 
 
2.3. Título II – Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e 
Substituição 
 
DO PROVIMENTO 
 
Antes de entrarmos nas disposições deste capítulo, traremos 2 definições de 
Provimento de Cargo Público de renomados professores e juristas: 
- Provimento de Cargo Público é “Ato de designação de alguém para titularizar 
cargo público”1 
- "Provimento de cargo público é o suprimento formal da necessidade pública 
havida e demonstrada na sua vacância, conferindo-se a alguém a condição 
de titular responsável pelo desempenho das atribuições e das funções que 
lhe são inerentes."2 
 
O provimento poderá possuir duas situações diferentes: 
� Ingresso da pessoa física pela primeira vez no serviço público, isto é, não 
havia qualquer anterior entre o servidor e a Administração; 
OU 
� A pessoa física que preenche o cargo já possuía algum vínculo com a 
Administração. 
 
Estas circunstâncias, ao longo dos anos, receberam as denominações de: 
 
Provimento Originário: também chamado de provimento autônomo. Gosto de 
falar que o provimento originário independe de qualquer relação 
pré-existente entre o particular e a Administração, uma vez que 
o pré-requisito de aprovação em concurso, como ocorre na 
nomeação (única forma de provimento originário atualmente 
permitida pela CF/1988 – inciso II do art. 373), rompe esta 
relação passada. 
 
1 MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 27ª ed. SP: Malheiros, 2010 
2 ROCHA, Carmem Lúcia Antunes. Princípios Constitucionais dos Servidores Públicos. SP: Saraiva, 1999 
3 “II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de 
provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na 
AULA 01 
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO e REGIME JURÍDICO ÚNICO PARA INSS – 
Teoria e Exercícios 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
Prof. Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 3 
 
Provimento Derivado: forma de provimento mais ampla, visto que a legislação 
regulamenta diversas hipóteses, quando presente um vínculo 
anterior. São formas de provimento derivado: promoção, 
readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração e 
recondução. 
 
Com esta breve introdução, podemos seguir em frente na Lei: 
 
Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o gozo dos direitos políticos; 
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
V - a idade mínima de dezoito anos; 
VI - aptidão física e mental. 
§ 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de 
outros requisitos estabelecidos em lei. 
§ 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito 
de se inscrever em concurso público para provimento de cargo 
cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que 
são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% 
(vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso. 
§ 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e 
tecnológica federais poderão prover seus cargos com 
professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as 
normas e os procedimentos desta Lei.4 
 
O artigo 5º atende ao comando constitucional contido no inciso I do art. 37: 
“I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos 
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim 
como aos estrangeiros, na forma da lei;5 
 
Fiz questão de transcrever este inciso constitucional, que foi alterado pela 
Emenda Constitucional nº 19/1998, para já alertá-los que o inciso I do art. 5º 
da Lei nº 8.112/1990 precisa de uma ressalva, uma vez que a restrição para 
estrangeiros ocuparem cargos públicos foi afastada de nossa Lei Máxima. 
 
 
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração;” (inciso II do art. 37 da CF/1988) 
4 Incluído pela Lei nº 9.515, de 20/11/1997 
5 Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998 
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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO e REGIME JURÍDICO ÚNICO PARA INSS – 
Teoria e Exercícios 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
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Percebam, também, que esta previsão (acesso aos estrangeiros) necessita de 
lei que trate a matéria. 
 
Dito isto, precisamos memorizar os requisitos básicos para investidura em 
cargo público: 
� Nacionalidade brasileira (lembrando a ressalva dos “estrangeiros”); 
� Gozo dos direitos políticos; 
� Quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
� Nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
� Idade mínima de dezoito anos; 
� Aptidão física e mental. 
 
 
IDADE MÍNIMA PARA INVESTIDURA EM CARGO 
A lei estabelece a idade mínima (18 anos), não afastando 
possibilidade de limite mínimo superior a este, desde que 
devidamente justificado, compatível e necessário à 
natureza do cargo a ser preenchido. 
 
Em relação à idade, podemos buscar a Súmula nº 683 do STF, que diz: 
 
“O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima 
em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado 
pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.”6 
 
Quanto à aptidão física e mental, embora possa parecer um requisito subjetivo 
e genérico, refere-se às condições necessárias ao desempenho das funções 
inerentes ao cargo a ser provido. Desta forma, poderá haver avaliações físicas 
(caso as atividades a serem desempenhadas exijam tais esforços) e mentais 
(exames psicotécnicos). 
 
Aproveitando o ensejo, visto os exames psicotécnicos suscitarem muitas 
polêmicas, importante salientarmos que o STF julgando constitucional a 
realização de tais exames, desde que seus critérios de avaliação estejam 
previamente fixados e divulgados. Também é necessária a motivação e 
justificação dos resultados dos exames considerados “inaptos”. 
 
 
6 Fonte:Sítio oficial do Supremo Tribunal Federal (www.stf.jus.br) 
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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO e REGIME JURÍDICO ÚNICO PARA INSS – 
Teoria e Exercícios 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
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Seguindo no art. 5º, constatamos que a Lei nº 8.112/1990 continua a 
obedecer aos comandos constitucionais positivados no artigo 37. A reserva de 
vagas assegurada a pessoas portadoras de deficiência. Confiram: 
 
“VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para 
as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua 
admissão;”7 
 
O limite de até 20% trazido pela Lei nº 8.112/1990 não pode ser analisado de 
forma absoluta, uma vez que a legislação que trata do acesso e participação 
das pessoas portadoras de deficiência (Lei nº 7.853, de 24/10/1989 e o 
Decreto nº 3.298, de 20/12/1999) assegura uma reserva mínima de 5%. 
Vejam: 
 
“Art. 37. Fica assegurado à pessoa portadora de deficiência o direito de 
se inscrever em concurso público, em igualdade de condições com os 
demais candidatos, para provimento de cargo cujas atribuições sejam 
compatíveis com a deficiência de que é portador. 
§ 1º O candidato portador de deficiência, em razão da necessária 
igualdade de condições, concorrerá a todas as vagas, sendo reservado 
no mínimo o percentual de cinco por cento em face da classificação 
obtida.”8 
 
Desta forma, os editais de concurso deverão prever esta reserva entre 5% e 
20% das vagas disponíveis para as pessoas portadoras de deficiências. 
 
O art. 207 da CF/1988, após a entrada em vigor da Emenda Constitucional nº 
11/1996, traz a previsão legal para a possibilidade de universidades e 
instituições de pesquisa científica e tecnológica federais proverem seus cargos 
com professores, técnicos e cientistas estrangeiros: 
 
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, 
administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao 
princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. 
§ 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos e 
cientistas estrangeiros, na forma da lei. 
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa 
científica e tecnológica. 
 
 
7 Inciso VIII do art. 37 da CF/1988 
8 Art. 37 (caput e §1º) do Decreto nº 3.298/1999 
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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO e REGIME JURÍDICO ÚNICO PARA INSS – 
Teoria e Exercícios 
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Para finalizarmos este importante dispositivo legal, é importante trazermos 
outra Súmula nº 266, agora do STJ, datada em 22/05/2002: 
“O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser 
exigido na posse e não na inscrição para o concurso público.”9 
 
Art. 6º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato 
da autoridade competente de cada Poder. 
 
Estas autoridades competentes são: 
 
� Presidente da República; 
� Ministros; Poder Executivo 
� Dirigentes de autarquias e fundações públicas; 
 
� Presidente do Senado Federal; 
 Poder Legislativo 
� Presidente da Câmara dos Deputados; 
 
� Presidentes dos Tribunais - Poder Judiciário; 
 
� Presidente do Tribunal de Contas; 
 
� Procurador-Geral da República - Ministério Público Federal. 
 
Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. 
 
Novamente vou citar o prof. Celso Antonio Bandeira de Mello: 
 
 
 
 
POSSE 
 
“Ato de aceitação do cargo e um compromisso de bem-
servir.”10 
 
 
 
9
 Fonte: Sítio oficial do Superior Tribunal de Justiça (www.stj.jus.br) 
10 MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 27ª ed. SP: Malheiros, 2010. 
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Art. 8º São formas de provimento de cargo público: 
I - nomeação; 
II - promoção; 
III – ascensão e IV – transferência11 
V - readaptação; 
VI - reversão; 
VII - aproveitamento; 
VIII - reintegração; 
IX - recondução. 
 
Importante, neste ponto, a memorização das formas de provimento de cargo 
público originária (nomeação) e derivadas (promoção, readaptação, reversão, 
aproveitamento, reintegração e recondução), que serão abordadas 
individualmente a seguir, com a identificação de requisitos, características e 
demais disposições essenciais para diferenciação entre cada forma. 
 
Nomeação 
 
Art. 9º A nomeação far-se-á: 
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de 
provimento efetivo ou de carreira; 
II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos 
de confiança vagos.12 
Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou 
de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, 
interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das 
atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá 
optar pela remuneração de um deles durante o período da 
interinidade. 
 
Costuma-se falar que a nomeação é a forma de provimento inicial para os 
cargos federais subordinados ao Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos 
Civis da União (Lei nº 8.112/1990). 
 
 
NOMEAÇÃO 
“Ato formal, emanado do poder público, que atribui 
determinado cargo a pessoa geralmente estranha aos 
quadros do funcionalismo.”13 
 
11 Revogados pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997 – incisos III e IV 
12 Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997 – inciso II e parágrafo único 
13 CRETELLA JUNIOR, José. Tratado de urso de Direito Administrativo: o pessoal da administração 
pública. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005. 
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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO e REGIME JURÍDICO ÚNICO PARA INSS – 
Teoria e Exercícios 
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Já podemos identificar e diferenciar as nomeações destinadas a duas situações 
com características bem diversas: 
� Regime estatutário do servidor investido em cargo efetivo e 
� Regime estatutário do ocupante de cargo em comissão de livre 
provimento e exoneração. 
 
Conforme estamos analisando, o regime estatutário do servidor público (para 
ambas as situações) é regido pelas disposições constitucionais contidas nos 
artigos 37, 38, 39, 40 e 41, que são regulamentadas pelo nosso objeto de 
estudo desta aula: a Lei nº 8.112/90. 
 
Trazemos, agora, um quadro comparativo com as principais diferenças entre 
estas 2 situações, baseado em informações retiradas do anexo do artigo “Não 
existe regime jurídico único na Administração Pública Brasileira”, de autoria de 
Valéria Salgado e Antonio Teixeira Leite14: 
 
NOMEAÇÃO 
ASPECTOS EM CARÁTER EFETIVO EM COMISSÃO 
Natureza 
Unilateral, imposto pelo Estado, cuja 
característica principal é a submissão 
às disposições estatais, aceitas no 
ato da investidura no cargo efetivo. 
Regido em grande parte por regras 
de natureza estatutária, sendo-lhes 
aplicadas regras dos empregados do 
setor privado no caso da previdência. 
Atribuições 
Públicas 
Exercem atividades finalísticas e de 
meio dos órgãos da Administração 
Direta, Autarquias e Fundações. 
Exercem atribuições de direção, 
chefia e assessoramento. 
Forma de 
acesso 
Por concurso público de provas ou 
provas e títulos. 
Livre nomeação, independente de 
concurso público. 
Estabilidade 
Estabilidade ao cargo efetivo, após 
estágioprobatório (garantida na CF). Não tem estabilidade. 
Exoneração 
/Demissão 
Somente é possível por: 
- processo administrativo, 
- sentença judicial, 
- procedimento de avaliação 
(mediante disposições legais) ou 
- por excesso de despesa (CF:41§1º) 
Cargo Vitalício: só é possível por 
sentença judicial transitada em 
julgado (CF: art. 95 I) 
Livre exoneração. 
Organização 
dos cargos 
Em carreiras ou cargos isolados, 
criados por lei. 
Cargos não são distribuídos em 
classes, não havendo carreira. 
Funções de 
confiança 
São exclusivas de servidores públicos 
(CF: art. 37 XV) 
Não podem ser acumulados com 
cargo em comissão. 
 
14 Artigo “Não existe regime jurídico único na Administração Pública Brasileira”, retirado do sítio oficial do 
MPOG: Gestão Pública (www.gespublica.gov.br) 
 
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Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de 
provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso 
público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de 
classificação e o prazo de sua validade. 
 
Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o 
desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção, 
serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de 
carreira na Adm. Pública Federal e seus regulamentos.15 
 
Não é à toa que estamos todos aqui estudando para um concurso público, 
afinal é a principal porta de acesso aos quadros da administração pública 
brasileira. 
 
O concurso público é a encarnação do princípio constitucional da 
impessoalidade: através de critérios de avaliação objetivos (provas e/ou 
títulos), com livre acesso a todos os interessados que preenchem os requisitos 
objetivos de inscrição, são escolhidas (aprovadas) as pessoas que irão 
ingressar nos quadros de pessoal da administração pública. 
 
Já trouxemos, em nota de rodapé, a transcrição do artigo 37-II da CF/1988 
que traz a determinação constitucional da prévia aprovação em concurso 
público para investidura em cargo ou emprego público. 
 
 
 
Concurso Público 
 
Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, 
podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a 
lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, 
condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor 
fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e 
ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente 
previstas.16 (Regulamento17) 
 
Algumas disposições contidas neste artigo devem ficar bem memorizadas por 
todos vocês: 
 
15 Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997 
16 Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997 
17 Regulamento constante no Decreto nº 6.593, de 02/10/2008 
AULA 01 
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� O concurso será composto: 
- apenas de provas ou 
- de provas e títulos; 
� Poderá ser realizado em 2 etapas; 
� Inscrição do candidato condicionada ao pagamento do valor (edital); 
� Estipulação do valor da inscrição quando indispensável ao custeio do 
concurso; 
� Possibilidade de isenção da taxa de inscrição (edital). 
 
Este artigo ocasionou a edição de um regulamento para a citada isenção, que, 
atualmente em vigor, encontra-se no Decreto nº 6.593/2008, que regulamenta 
o art. 11 da Lei nº 8.112, quanto à isenção de pagamento de taxa de inscrição 
em concursos públicos realizados no âmbito do Poder Executivo federal18. 
 
Apesar de não constar expressamente em nosso conteúdo programático, é 
importante conhecermos o teor deste regulamento, que, em virtude de sua 
pequena extensão, transcreveremos a seguir, para facilitar o estudo e a visão 
globalizada desta disposição. Decreto nº 6.593/2008: 
 
Art. 1º Os editais de concurso público dos órgãos da administração 
direta, das autarquias e das fundações públicas do Poder Executivo 
federal deverão prever a possibilidade de isenção de taxa de inscrição 
para o candidato que: 
I - estiver inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do 
Governo Federal - CadÚnico, de que trata o Decreto nº 6.135/2007; e 
II - for membro de família de baixa renda (Decreto nº 6.135/2007). 
§ 1º A isenção mencionada no caput deverá ser solicitada mediante 
requerimento do candidato, contendo: 
I - indicação do NIS19, atribuído pelo CadÚnico; e 
II - declaração de que atende à condição estabelecida no inciso II do 
caput. 
§ 2º O órgão ou entidade executor do concurso público consultará o 
órgão gestor do CadÚnico para verificar a veracidade das informações 
prestadas pelo candidato. 
§ 3º A declaração falsa sujeitará o candidato às sanções previstas em 
lei, aplicando-se, ainda, o disposto no parágrafo único do art. 10 do 
Decreto nº 83.936/1979. 
 
18 Ementa do Decreto nº 6.593, de 02/10/2008 
19 NIS: Número de Identificação Social 
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Art. 2º O edital do concurso público definirá os prazos limites para a 
apresentação do requerimento de isenção, assim como da resposta ao 
candidato acerca do deferimento ou não do seu pedido. 
Parágrafo único. Em caso de indeferimento do pedido, o candidato 
deverá ser comunicado antes do término do prazo previsto para as 
inscrições. 
Art. 3º Este Decreto também se aplica aos processos seletivos 
simplificados para a contratação de pessoal por tempo determinado 
para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, 
de que trata o art. 37, inciso IX, da Constituição. 
Art. 4º Este Decreto entra em vigor na data da publicação. (03/10/08) 
 
Importante gravarmos a importância do edital do concurso, que é o 
instrumento hábil para determinar e prever as “regras do jogo”, em 
conformidade, é claro, com a legislação pertinente. 
 
Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, 
podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. 
§ 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua 
realização serão fixados em edital, que será publicado no Diário 
Oficial da União e em jornal diário de grande circulação. 
§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato 
aprovado em concurso anterior com prazo de validade não 
expirado. 
 
Aqui encontramos outras regulamentações para a realização, 
acompanhamento e gestão dos concursos públicos: 
� Validade: de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, 
por igual período; 
� Publicidade do edital: no Diário Oficial da União e em jornal diário de 
grande circulação. 
 
Novamente a lei remete ao edital a fixação das regras do concurso (validade e 
condições de realização). 
 
 
Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato 
aprovado em concurso anterior com prazo de validade 
não expirado. 
 
Precisamos analisar esta vedação legal (acerca de novos concursos) com 
cautela e à luz do novo entendimento do Supremo Tribunal de Justiça (e isto 
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serve para todos vocês que poderão seencontrar numa situação destas em 
algum concurso já prestado ou a realizar). 
 
O direito à nomeação de candidatos aprovados em concurso, historicamente, 
foi defendido pela Corte do STF como expectativa de direito à nomeação, que 
apenas se tornava direito, quando o candidato aprovado era preterido em 
nomeação de outro candidato, sem observância da classificação final do 
concurso. 
 
Felizmente, hoje, nossos Ministros do STF estão “evoluindo seus 
entendimentos”20 e já existem julgados que trazem o direito à nomeação do 
candidato aprovado. 
 
Assim, caso o candidato aprovado dentro das vagas definidas no edital do 
concurso terá assegurado o direito à nomeação. Nada mais justo, não acham? 
Afinal, ao se estipular as vagas, entende-se que a administração pública traçou 
todo um planejamento, que deverá conter um levantamento dos cargos vagos 
e impacto financeiro-orçamentário oriundo com as novas nomeações. 
 
Se o edital é a “regra do jogo” e vincula todos os jogadores e árbitros 
(candidatos, administração pública e banca gestora do concurso), nada mais 
justo que a administração seja obrigada a preencher todas as vagas apontadas 
no edital, caso existam candidatos aprovados para efetivação de tal 
procedimento. 
 
Dito isto, voltemos à vedação contida no último “Ponto Importante”, para 
salientar que tendo sido nomeados candidatos aprovados para todas as vagas 
previstas no edital do concurso anterior, mesmo este estando válido, haverá a 
possibilidade da administração publicar novo concurso. 
 
Infelizmente, o “jeitinho brasileiro” (que costumo chamar, ao lado da 
famigerada prática de “levar vantagem em tudo”, das 2 piores chagas sociais 
de nosso país) já encontrou uma forma de driblar o novo entendimento do 
STF: os famosos concursos com vagas destinadas ao “Quadro de Reserva”, 
 
20 Coloquei a expressão “evoluindo o entendimento”, por ser uma das principais justificativas que nossas 
principais Cortes e Colegiados federais (STF, STJ, TCU, etc) utilizam quando há uma mudança de 
paradigma, jurisprudência ou forma de decidir as questões por eles analisadas e julgadas. 
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que, em teoria, desobriga a administração a nomear os candidatos melhores 
classificados nos concursos. Mas esta é uma discussão para outro momento, 
vamos nos ater a nossa matéria. 
 
Posse e Exercício 
 
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, 
no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as 
responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que 
não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das 
partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei. 
§ 1º A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da 
publicação do ato de provimento.21 
§ 2º Em se tratando de servidor, que esteja na data de 
publicação do ato de provimento, em licença prevista nos incisos 
I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, 
VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", "e" e "f", IX e X do art. 102, o 
prazo será contado do término do impedimento. 
§ 3º A posse poderá dar-se mediante procuração específica. 
§ 4º Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por 
nomeação. 
§ 5º No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens 
e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao 
exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública. 
§ 6º Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse 
não ocorrer no prazo previsto no § 1º deste artigo. 
 
O artigo 13 traz importantes disposições acerca da posse, que é exclusividade 
do provimento de cargos por nomeação, possibilitando ao empossado sua 
ausência desde que haja procuração específica para tal substituição, devendo 
ocorrer no prazo de 30 dias (a partir da publicação). 
 
O termo de posse, que deverá ser assinado pelo servidor/procurador, conterá 
as atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao 
cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer 
das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei. 
 
O prazo da posse (30 dias) poderá ser postergado, caso o servidor esteja em 
licença (hipóteses elencadas neste dispositivo). 
 
 
21 Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997 - §§ 1º, 2º e 4º 
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É necessária a apresentação, no ato da posse, da declaração de bens e valores 
que constituem seu patrimônio. O empossando também deverá declarar o 
exercício, ou não, de outro cargo, emprego ou função pública. 
Quando a lei diz que o provimento tornar-se-á sem efeito quando não ocorrer 
a posse no prazo aqui estabelecido, significa que não haverá necessidade de 
exoneração ou demissão do servidor nomeado. Apenas ficando sem efeito 
aquele ato de provimento (nomeação). 
 
Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção 
médica oficial. 
Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for 
julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo. 
 
Já trouxemos as observações referentes às avaliações mentais e físicas que 
serão submetidas os potenciais e futuros servidores públicos.Vamos em frente: 
 
Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do 
cargo público ou da função de confiança.22 
§ 1º É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em 
cargo público entrar em exercício, contados da data da posse. 
§ 2º O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem 
efeito o ato de sua designação para função de confiança, se não 
entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, observado 
o disposto no art. 18. 
§ 3º À autoridade competente do órgão ou entidade para onde 
for nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exercício. 
§ 4º O início do exercício de função de confiança coincidirá com 
a data de publicação do ato de designação, salvo quando o 
servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro 
motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o 
término do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias 
da publicação. 
 
Aqui temos outro importante conceito: “exercício”: 
 
 
EXERCÍCIO: “Efetivo desempenho das atribuições do 
cargo público ou da função de confiança.” 
 
ENTRAR EM EXERCÍCIO: Prazo de 15 dias, contados da 
data da posse, para o servidor empossado. 
 
 
22 Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997 – caput e §§ 
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Lembramos, ainda, que a autoridade competente do órgão ou entidade dará o 
exercício ao nomeado/designado no local onde este exercerá suas atividades. 
 
Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do 
exercício serão registrados no assentamento individual do 
servidor. 
Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresentará 
ao órgão competente os elementos necessários ao seu 
assentamento individual. 
 
Cada servidor deverá possuir uma pasta, que conterá as informações de sua 
vida funcional. Como não poderia deixar de ser, as informações referentes ao 
seu exercício (entrada, suspensão,interrupção, reinício, etc.) deverão ser 
anotadas neste histórico. 
 
Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é 
contado no novo posicionamento na carreira a partir da data de 
publicação do ato que promover o servidor.23 
 
 
Outro dispositivo de interpretação, entendimento e aplicação imediatos: a 
contagem de tempo de serviço não é interrompida com promoções. 
 
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município 
em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido 
ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no 
máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, 
para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do 
cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o 
deslocamento para a nova sede.24 
§ 1º Na hipótese do servidor encontrar-se em licença ou 
afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo será 
contado a partir do término do impedimento. 
§ 2º É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no 
caput. 
 
Outro artigo com interpretação e aplicação direta: caso o servidor deva ter 
exercício em outro município (remoção, redistribuição, requisição, cessão ou 
exercício provisório), a Lei lhe concede um prazo de 10 a 30 dias da data de 
publicação do ato para entrada em exercício na nova sede. 
 
 
23 Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997 
24 Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997 – todo o artigo 
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Apesar de o servidor poder declinar de tais prazos, o prazo de 10 dias lhe 
garante um período mínimo para providenciar as mudanças, uma vez que, em 
via de regra, o prazo é estipulado pela Administração, que considerará as 
situações de cada caso concreto (distâncias do deslocamento, situações 
familiares, facilidades/dificuldades da mudança, etc.). 
 
Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em 
razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, 
respeitada a duração máxima do trabalho semanal de quarenta 
horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e 
oito horas diárias, respectivamente.25 
 
§ 1º O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança 
submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, 
observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado 
sempre que houver interesse da Administração.26 
 
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica a duração de trabalho 
estabelecida em leis especiais. 
 
JORNADA DE TRABALHO - Limites 
Semanal Diária 
� Duração Máxima: 40 horas 
� Duração Mínima: 6 horas 
 
� Duração Máxima: 8 horas 
Exceções: 
- Regime acima + dedicação integral ao serviço: ocupantes de cargo em 
comissão ou função de confiança; 
- Decorrentes de leis especiais (exemplo: a Lei nº 9.436/1997, que foi 
revogada pela Medida Provisória nº 568, de 11/05/2012, dispunha sobre 
jornadas de trabalho de médicos da Administração Pública Federal). 
 
Gostaria de fazer uma ressalva: a Lei 8.112/1990 traz a possibilidade de um 
regime diário entre 6 e 8 horas. Em 1995, o Decreto nº 1.590, que “dispõe 
sobre a jornada de trabalho dos servidores da Administração Pública Federal 
direta, das autarquias e das fundações públicas federais, e dá outras 
providências”27, apenas regulamentou em seu artigo 1º que “a jornada de 
trabalho dos servidores da Administração Pública Federal direta, das autarquias 
e das fundações públicas federais, será de oito horas diárias”. 
 
25 Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17/12/1991 – caput e §2º 
26 Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997 
27
 Ementa do Decreto nº 1.590, de 10/08/1995 
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Em virtude da hierarquia das normas no ordenamento jurídico brasileiro, 
entendemos que a previsão legal de jornadas de trabalho diárias inferiores a 8 
horas, desde que iguais ou superiores a 6 horas, continua válida e vigente, já 
que um Decreto não pode inovar, ampliar ou reduzir as disposições contidas 
nas leis, devendo se restringir a regulamentá-las. 
 
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo 
de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por 
período de 24 meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade 
serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, 
observados os seguinte fatores: (vide EMC nº 19) 
I - assiduidade; 
II - disciplina; 
III - capacidade de iniciativa; 
IV - produtividade; 
V- responsabilidade. 
 
Separei o caput deste artigo em virtude da necessidade de o abordarmos em 
conjunto com EC nº 19/1998, que alterou o art. 41 da CF/1988 para: 
 
“Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores 
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso 
público.” (grifo meu) 
 
Percebam que a Emenda Constitucional não alterou o prazo do estágio 
probatório. Assim, atualmente, há um grande debate jurídico acerca do 
período de avaliação: continua sendo de 24 meses ou foi estendido para 36 
meses, por força constitucional? Inserimos uma questão em que o CESPE 
abordou esta polêmica, para melhor orientarmos a este respeito: Questão 9. 
 
Seguindo no artigo 20 da Lei 8.112/1990, encontramos outras 
regulamentações referentes ao estágio probatório. Confiram: 
 
§ 1º 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio 
probatório, será submetida à homologação da autoridade 
competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada 
por comissão constituída para essa finalidade, de acordo com o 
que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou 
cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores 
enumerados nos incisos I a V do caput deste artigo.28 
 
28 Redação dada pela Lei nº 11.784, de 22/09/2008 
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§ 2º O servidor não aprovado no estágio probatório será 
exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente 
ocupado, observado o disposto no parágrafo único do art. 29. 
§ 3º O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer 
cargos de provimento em comissão ou funções de direção, chefia 
ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e somente 
poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos 
de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do 
Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 
5 e 4, ou equivalentes.29 
§ 4º Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser 
concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81, 
incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para 
participar de curso de formação decorrente de aprovação em 
concurso para outro cargo na Administração Pública Federal. 
§ 5º O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e 
os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1º, 86 e 96, bem 
assim na hipótese de participação em curso de formação, e será 
retomado a partir do término do impedimento. 
 
Então: 
� Homologação da avaliação do desempenho do servidor: 4 meses antes 
de findo o período do estágio probatório; 
� Avaliação: realizada por comissão constituída para essa finalidade; 
� Fatores da avaliação:- Assiduidade, 
- Disciplina, 
- Capacidade de iniciativa, 
- Produtividade, 
- Responsabilidade; 
� Servidor não aprovado em estágio probatório: 
- Exonerado ou 
- Se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado; 
� Direitos e deveres do servidor em estágio probatório: iguais aos 
servidores estáveis; 
� Suspensão do estágio probatório: durante as licenças e os afastamentos 
previstos nos arts. 83, 84 §1º, 86 e 96, bem assim na hipótese de 
participação em curso de formação30, e será retomado a partir do 
término do impedimento. 
 
 
29 Incluídos pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997 - §§ 3º, 4º e 5º 
30 Curso preparatório remunerado relativo a servidores aprovados em fase preliminar de concurso 
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Estabilidade 
 
Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e empossado 
em cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço 
público ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercício. (prazo 3 
anos - vide EMC nº 19) 
 
Também aqui precisamos considerar a EC nº 19/1998, que alterou o pré-
requisito de tempo para aquisição da estabilidade do servidor para 3 anos. 
 
Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de 
sentença judicial transitada em julgado ou de processo 
administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla 
defesa. 
 
Conforme já falamos, a estabilidade adquirida pelo servidor habilitado em 
concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo não é absoluta. 
Isto é, não significa que o mesmo não poderá perder seu cargo. 
 
A principal justificativa da estabilidade é propiciar ao servidor público total 
isenção e liberdade para rejeitar ordens superiores que não estejam revestidas 
dos preceitos e valores da administração pública, mas não seria coerente a 
ausência de possibilidade destes servidores perderem seus cargos. 
 
Desta forma, a própria Constituição, ao ofertar a estabilidade, trata de prever 
as situações onde o servidor perderá seu cargo. Confiram seu art. 41 §1º: 
“§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada 
ampla defesa; 
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na 
forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. 
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, 
será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, 
reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado 
em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração 
proporcional ao tempo de serviço. 
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor 
estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao 
tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. 
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a 
avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa 
finalidade.” 
 
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Transferência 
 
O artigo 23, que regulamentava a “Transferência”, foi revogado pela Lei nº 
9.527, de 10/12/1997, eliminando esta forma de provimento de cargo público 
do presente Regime Jurídico. 
 
Readaptação 
 
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de 
atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que 
tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em 
inspeção médica. 
§ 1º Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando 
será aposentado. 
§ 2º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, 
respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e 
equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de 
cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como 
excedente, até a ocorrência de vaga.31 
 
� Forma de provimento derivado; 
� Servidor que sofreu alguma limitação em sua capacidade física ou 
mental; 
� Limitação verificada em inspeção médica; 
� Independe da existência de vaga para ser efetivada (excedente); 
� Impossibilidade de readaptação: servidor será aposentado. 
 
Reversão 
 
Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor 
aposentado:32 
I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar 
insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou 
II - no interesse da administração, desde que: 
a) tenha solicitado a reversão; 
b) a aposentadoria tenha sido voluntária; 
c) estável quando na atividade; 
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à 
solicitação; 
e) haja cargo vago. 
 
31 Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997 
32 Artigo todo modificado pela Medida Provisória nº 2.225-45/2001 
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§ 1º A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante 
de sua transformação. 
§ 2º O tempo em que o servidor estiver em exercício será 
considerado para concessão da aposentadoria. 
§ 3º No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o 
servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a 
ocorrência de vaga. 
§ 4º O servidor que retornar à atividade por interesse da 
administração perceberá, em substituição aos proventos da 
aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, 
inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia 
anteriormente à aposentadoria. 
§ 5º O servidor de que trata o inciso II somente terá os 
proventos calculados com base nas regras atuais se permanecer 
pelo menos cinco anos no cargo. 
§ 6º O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo. 
 
Art. 26. Revogado 
 
Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver 
completado 70 (setenta) anos de idade. 
 
� Forma de provimento derivado; 
� Retorno à atividade de servidor aposentado; 
� Finalidade - 2 situações: 
- Junta médica oficial declarar insubsistentes motivos da aposentadoria, 
- Interesse da administração, presentes os seguintes requisitos; 
� Far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação. 
 
 
REVERSÃO (Vaga) 
O retorno do servidor aposentado à atividade traz uma 
diferença quanto à vaga, que é importante gravarmos: 
a) Quando for decorrente da reavaliação de junta 
médica oficial, o servidor, caso não haja vaga, 
exercerá suas atividades como excedente; 
b) Já quando for por interesse da administração, a 
existência de cargo vago será pré-requisito para a 
reversão. 
 
Desta forma, além da existência de cargo vago para viabilizar a reversão por 
interesse da administração, também deverão estar presentes os seguintes 
requisitos: 
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� Tenha solicitado a reversão, 
� Aposentadoria tenha sido voluntária, 
� Estável quando na atividade, 
� Aposentadoria tenha ocorrido nos 5 anos anteriores à solicitação. 
 
A última disposição do art. 25 traz um comando para a total efetivação da 
reversão: a edição de um regulamento, que foi atendido pelo Poder Executivoem 30/11/2000, com a promulgação do Decreto nº 3.644. 
 
Reintegração 
 
Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no 
cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua 
transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão 
administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as 
vantagens. 
§ 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em 
disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31. 
§ 2º Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante 
será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização 
ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em 
disponibilidade. 
 
� Forma de provimento derivado; 
� Reinvestidura de servidor estável; 
� Servidor afastado ilegalmente de seu cargo; 
� Ressarcimento de todas as vantagens, incluindo contagem de tempo de 
serviço e vencimentos referentes ao período que ficou afastado; 
� Se extinto o cargo: servidor ficará em disponibilidade. 
 
O STJ editou, em 23/10/1996, a Súmula 173 que trata da reintegração: 
 
“Compete a Justiça Federal processar e julgar o pedido de reintegração 
em cargo publico federal, ainda que o servidor tenha sido dispensado 
antes da instituição do regime jurídico único.” 
 
Recondução 
 
Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo 
anteriormente ocupado e decorrerá de: 
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; 
II - reintegração do anterior ocupante. 
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Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o 
servidor será aproveitado em outro, observado disposto art. 30. 
 
� Forma de provimento derivado; 
� Retorno do servidor às suas funções; 
� Decorrerá de: 
- Inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo, 
- Reintegração do anterior ocupante. 
 
 
Disponibilidade e do Aproveitamento 
 
Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade 
far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de 
atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente 
ocupado. 
 
Este dispositivo traz uma aplicação direta que gostaria de realçar, por tentar 
evitar transtornos no momento do retorno à atividade de servidor em 
disponibilidade: caso o cargo tenha sido extinto ou declarada sua 
desnecessidade durante o período do afastamento do servidor, no momento de 
seu aproveitamento: 
 
� Servidor estável: ficará em disponibilidade, com remuneração 
proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em 
outro cargo (art. 41 §3º da CF/1988); 
� Servidor não estável: deverá ser exonerado. 
 
Apesar de não constar em nosso conteúdo programático, caso algum de vocês 
queira se aprofundar nesta matéria (disponibilidade), sugiro uma leitura no 
Decreto nº 3.151, de 23/08/1999 (são apenas 14 artigos). 
 
Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará 
o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em 
vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da 
Administração Pública Federal. 
Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3º do art. 37, o 
servidor posto em disponibilidade poderá ser mantido sob 
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responsabilidade do órgão central do SIPEC33, até o seu 
adequado aproveitamento em outro órgão ou entidade.34 
 
Criado por meio do Decreto nº 67.326/1970, o Sistema de Pessoal Civil da 
Administração Federal (SIPEC) é o responsável pelo aproveitamento de 
servidor em disponibilidade. 
 
Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a 
disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo 
legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial. 
 
Precisamos resgatar o artigo 15 desta Lei (caput e §1º) para encontrarmos o 
citado “prazo legal”: 
Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo 
público ou da função de confiança.35 
§ 1º É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo 
público entrar em exercício, contados da data da posse. (grifos meus) 
 
 
DA VACÂNCIA 
 
Vacância significa qualidade do que está vago, para nosso estudo podemos 
dizer se tratar de “Declaração de que o cargo público está vago”. A Lei 
8.112/1990 a regulamente no Capítulo II de seu Título II. 
Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de: 
I - exoneração; 
II - demissão; 
III - promoção; 
IV – ascensão e V – transferência36 
VI - readaptação; 
VII - aposentadoria; 
VIII - posse em outro cargo inacumulável; 
IX - falecimento. 
 
Vamos trazer as definições, didaticamente resumidas, das situações que 
ocasionam a vacância de cargos públicos listadas no art. 33: 
� Exoneração: os artigos 34 e 35 referentes a esta figura. Leiam comigo: 
Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do 
servidor, ou de ofício. 
 
33 SIPEC: Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal 
34 Incluído pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997 
35 Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997 – caput e §§ 
36 Revogados pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997: incisos IV e V 
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Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á: 
I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório; 
II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em 
exercício no prazo estabelecido. 
 
Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de 
função de confiança dar-se-á:37 
I - a juízo da autoridade competente; 
II - a pedido do próprio servidor. 
 
� Demissão: afastamento do servidor por motivo justificado: deficiência de 
desempenho (que necessita de regulamentação, com definição 
de critérios objetivos para a avaliação) ou disciplinar. 
� Promoção: servidor é nomeado para outro cargo (antiguidade ou 
merecimento), dentro da mesma carreira, deixando seu cargo. 
� Readaptação: já estudada aqui, a readaptação é uma forma de 
provimento derivado, referente ao servidor público que sofreu 
limitações físicas e/ou mentais, que impossibilitaram seu retorno 
ao cargo ocupado anteriormente, ficando este vago. 
� Aposentadoria: “Estado de inatividade remunerada de funcionário público 
ou de empresa particular, ao fim de certo tempo de serviço, com 
determinado vencimento.”38 Desta forma, cargo ficará vago. 
� Posse em outro cargo inacumulável: Neste caso, o servidor deverá ser 
exonerado do cargo antes ocupado. 
� Falecimento: obviamente, o falecimento do servidor implicará na 
vacância de seu cargo. 
 
 
 
DA REMOÇÃO 
 
Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de 
ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de 
sede. 
Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se 
por modalidades de remoção:39 
I - de ofício, no interesse da Administração; 
II - a pedido, a critério da Administração; 
III - a pedido, para outra localidade, independentemente do 
interesse da Administração: 
 
37 Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997 
38 SANTOS, Washington dos. Dicionário Jurídico Brasileiro. Belo Horizonte: Del Rey, 2001. 
39 Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997 – todo artigo, excetoo caput 
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a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor 
público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado 
no interesse da Administração; 
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou 
dependente que viva às suas expensas e conste do seu 
assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta 
médica oficial; 
c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em 
que o número de interessados for superior ao número de vagas, 
de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade 
em que aqueles estejam lotados. 
 
Gosto muito de compilar as informações em quadros-resumo, que facilitam a 
total visualização do dispositivo legal e sua memorização. Vamos a ele: 
 
REMOÇÃO 
Definição Deslocamento do servidor, no âmbito do mesmo quadro. 
Sede Poderá haver ou não mudança de sede. 
Modalidades 
� De Ofício � Interesse da Administração 
� A pedido 
� Critério da Administração 
 
�
O
u
tr
a 
lo
ca
lid
ad
e
 - Acompanhar cônjuge/companheiro servidor 
público civil ou militar, que foi deslocado no 
interesse da Administração; 
- Por motivo de saúde do servidor, cônjuge, 
companheiro ou dependente, condicionada 
à comprovação por junta médica oficial; 
- Em virtude de processo seletivo promovido, 
na hipótese em que o nº de interessados for 
superior ao nº de vagas. 
 
Em 1997, a Lei nº 9.527 objetivou melhor definir e estabelecer as regras da 
remoção. Não iremos adentrar nesta discussão, para não confundi-los, já que a 
cobrança das provas de concurso se baseia nos textos legais vigentes. 
 
Quanto às modalidades de remoção, importante trazermos os seguintes 
comentários e particularidades: 
- De ofício: 
o Servidor será removido, mesmo que não demonstre interesse; 
o A motivação da remoção deverá estar embasada no interesse do serviço. 
- A pedido, a critério da Administração: 
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o É direito de todo servidor pedir este tipo de remoção, mas isto não 
significa que será atendido (não há direito a este tipo de remoção); 
o Apesar de existir uma parcela de discricionariedade no deferimento ou não 
desta modalidade, é sempre bom lembrarmos que todos os atos da 
Administração devem ser motivados. O que também deverá ocorrer para 
definição do critério adotado em cada caso concreto. 
- A pedido, para outra localidade (vide quadro abaixo com os requisitos 
necessários a cada hipótese legal): 
REMOÇÃO A PEDIDO, PARA OUTRA LOCALIDADE 
- Requisitos - 
Acompanhar 
companheiro 
� Cônjuge/companheiro: servidor público civil ou militar; 
� Cônjuge/companheiro deslocado no interesse da Administração; 
� Deslocamento do cônjuge/companheiro após a união 
(entendimento jurisprudencial: STJ) 
Motivo de 
saúde 
� Comprovação do motivo de saúde por junta médica oficial; 
� Para dependente, comprovação que vive às expensas do servidor; 
� Dependência constante no assentamento funcional do servidor. 
Processo 
seletivo 
� Concurso de remoção: de acordo com normas preestabelecidas 
pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados. 
 
DA REDISTRIBUIÇÃO40 
 
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de 
provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral 
de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com 
prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados os 
seguintes preceitos:41 
I - interesse da administração; 
II - equivalência de vencimentos; 
III - manutenção da essência das atribuições do cargo; 
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e 
complexidade das atividades; 
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação 
profissional; 
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as 
finalidades institucionais do órgão ou entidade. 
§ 1º A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de 
lotação e da força de trabalho às necessidades dos serviços, 
inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de 
órgão ou entidade. 
 
40 Portaria nº 57/00 do MPOG regula a redistribuição no âmbito da Administração Federal 
41 Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997 – todo artigo 
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§ 2º A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará mediante 
ato conjunto entre o órgão central do SIPEC e os órgãos e 
entidades da Administração Pública Federal envolvidos. 
§ 3º Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou 
entidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no 
órgão ou entidade, o servidor estável que não for redistribuído 
será colocado em disponibilidade, até seu aproveitamento na 
forma dos arts. 30 e 31. 
§ 4º O servidor que não for redistribuído ou colocado em 
disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do 
órgão central do SIPEC, e ter exercício provisório, em outro 
órgão ou entidade, até seu adequado aproveitamento. 
 
Vamos esquematizar a redistribuição em um quadro-resumo também: 
REDISTRIBUIÇÃO 
Definição 
Deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no 
âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do 
mesmo Poder. 
SIPEC Deverá, previamente, apreciar a redistribuição. 
Preceitos 
� Interesse da administração; 
� Equivalência de vencimentos; 
� Manutenção da essência das atribuições do cargo; 
� Vinculação entre: 
o Graus de responsabilidade; 
o Complexidade das atividades; 
� Mesmo nível de: 
o Escolaridade, 
o Especialidade ou 
o Habilitação profissional; 
� Compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades 
institucionais do órgão ou entidade. 
 
 
Uma das principais finalidades da redistribuição é ajustar lotação e força de 
trabalho às necessidades dos serviços. 
 
 
 
SERVIDOR NÃO APROVEITADO 
Servidor não redistribuído ou colocado em disponibilidade 
poderá ter exercício provisório em outro órgão ou 
entidade, até seu adequado aproveitamento. 
(gestão a ser realizada pelo órgão central do SIPEC) 
 
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DA SUBSTITIUIÇÃO 
 
Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção 
ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão 
substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de 
omissão, previamente designados pelo dirigente máximo do 
órgão ou entidade.42 
§ 1º O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem 
prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de 
direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, 
impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância 
do cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de 
um deles durante o respectivo período. 
§ 2º O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo 
ou função de direção ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, 
nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, 
superiores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos 
dias de efetivasubstituição, que excederem o referido período. 
Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de 
unidades administrativas organizadas em nível de assessoria. 
 
A substituição possui grande atrativo aos servidores, em virtude dos 
substitutos perceberem os vencimentos relativos ao novo cargo, mesmo que 
de forma provisória. Devemos memorizar: 
� Substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, 
previamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade; 
� Substituto assumirá, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo 
/função de direção/chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, 
impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do cargo. 
 
HORA DE NOS EXERCITARMOS! VAMOS LÁ? 
 
Analisaremos as questões e, também, todas as opções de resposta, 
para aproveitarmos, ao máximo, cada enunciado. 
 
Transformamos, assim, 1 questão de múltipla escolha em 5 do tipo 
certo/errado. 
 
42 Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10/12/1997 – todo artigo 
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QUESTÕES RESOLVIDAS 
Questão 1 
(CESPE – Câmara dos Deputados – 2012) – Com base na Lei n.º 8.112/1990, 
julgue o item abaixo. 
__Se determinado servidor público estável for demitido e, posteriormente, 
obtiver decisão judicial favorável a seu retorno ao cargo, estará configurada 
hipótese de readaptação, por meio da qual o servidor será novamente 
investido no cargo por ele anteriormente ocupado. 
 
Resolução 
 
Para resolver uma questão como esta, podemos optar por 2 caminhos: 
1º) Lembrar do conceito de readaptação e detectar a incorreção da questão, 
em virtude do caso apresentado não se enquadrar nesta forma de 
provimento de cargo público. 
 Relembrem comigo o conceito de readaptação contido no art. 24: 
“Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de 
atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha 
sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção 
médica.” 
2º) Tentar lembrar qual forma de provimento de cargo público refere-se ao 
caso apresentado. Também aqui, como não poderia deixar de ser, 
verificaremos a incorreção da questão. 
 Afinal, trata-se de um caso de reintegração. Hora de também revermos 
esta definição presente no art. 28: 
“Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo 
anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, 
quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou 
judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.” 
 
Por qualquer um destes caminhos, chegamos a mesma conclusão: assertiva 
errada. 
 
Esta forma de resolução, no momento da prova, nos traz uma tranquilidade 
extra. É como resolver e conferir ao mesmo tempo. Concordam comigo? 
 
Gabarito: E (Errado) 
 
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Questão 2 
(CESPE – FUB – Conhecimentos Básicos – 2011) – Com base na Lei nº 
8.112/1990, julgue o item que se segue. 
__É vedado ao servidor em estágio probatório a cessão a outro órgão ou 
entidade para ocupar qualquer cargo de provimento em comissão até o 
decurso do prazo do estágio e a eventual aprovação do servidor pelo órgão 
competente, sob pena de desvirtuamento da função. 
 
Resolução 
 
Relembrem o que diz o §3º do art. 20: 
§ 3º O servidor em estágio probatório poderá exercer quaisquer 
cargos de provimento em comissão ou funções de direção, chefia 
ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e somente 
poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos 
de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do 
Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 
5 e 4, ou equivalentes. 
 
Constataram a incorreção da assertiva? 
 
O dispositivo legal traz ressalvas de cessão de servidor em estágio probatório a 
outro órgão ou entidade, que incluem a ocupação de cargos de provimento em 
comissão. Ao contrário de nosso enunciado, que está errado. 
 
Gabarito: E (Errado) 
 
 
 
Questão 3 
(CESPE – FUB – Conhecimentos Básicos – 2011) – Com base na Lei nº 
8.112/1990, julgue o item que se segue. 
__Na hipótese de reintegração decorrente de decisão administrativa ou 
judicial, o servidor deve ser ressarcido de todas as vantagens e, caso o cargo 
anteriormente ocupado esteja provido, o seu eventual ocupante deve ser 
reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização, ou aproveitado em 
outro cargo ou, ainda, posto em disponibilidade. 
 
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Resolução 
 
Vejam, novamente, questão relacionada à reintegração. A assertiva condensa 
disposições contidas no caput e no §2º do artigo 28. Memorizem comigo: 
 
“Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo 
anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, 
quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou 
judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. 
[...] 
§ 2º Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será 
reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou 
aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.” 
(grifos meus) 
 
Gabarito: C (Certo) 
 
 
Questão 4 
(CESPE – CNPQ – Assistente – 2011) – Com relação ao regime jurídico dos 
servidores públicos civis da União, julgue o item subsequente. 
__Caso o servidor público não satisfaça as condições do estágio probatório, a 
sua exoneração do cargo efetivo ocorre a pedido ou de ofício. 
 
Resolução 
 
Vejam que o §2º do art. 20 não fala em exoneração a pedido. 
 
§ 2º O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, 
se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado, observado o 
disposto no parágrafo único do art. 29. 
 
Desta forma, caso o servidor não seja aprovado no estágio probatório deverá 
ser exonerado ou reconduzido, conforme situação do mesmo perante a 
Administração. 
 
Gabarito: E (Errado) 
 
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Questão 5 
(CESPE – CNPQ – Assistente – 2011) – Com relação ao regime jurídico dos 
servidores públicos civis da União, julgue o item subsequente. 
__Segundo a Lei n.º 8.112/1990, as instituições federais de pesquisa científica 
e tecnológica podem prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas 
estrangeiros, de acordo com os procedimentos e as normas nela previstos. 
 
Resolução 
 
Questão com resolução direta e simples. Vejam com o enunciado transcreve, 
quase literalmente, o §3º do art. 5º da Lei nº 8.112/1990: 
 
§ 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica 
federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e 
cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos 
desta Lei. 
 
Podem marcar C (Certo) na folha de respostas. 
 
Gabarito: C (Certo) 
 
 
Questão 6 
(CESPE – CNPQ – Assistente – 2011) – Com relação ao regime jurídico dosservidores públicos civis da União, julgue o item subsequente. 
__A transferência e a reversão são formas de provimento de cargo público 
vedadas pela legislação. 
 
Resolução 
 
Este tipo de cobrança é bastante recorrente em diversas bancas, que buscam 
verificar se os candidatos estão em sintonia com os textos legais vigentes e 
atualizados. 
 
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As formas de provimento Ascensão e Transferência, existentes no texto 
original da Lei nº 8.112/1990, foram revogadas em 10/12/1997, após entrar 
em vigor a Lei nº 9.527. 
 
Nossa questão traz uma forma revogada (transferência) e uma válida 
(reversão – inciso VI do art. 8º). 
 
Logo, está incorreta. 
 
Gabarito: E (Errado) 
 
 
Questão 7 
(CESPE – FUB – Analista de Tecnologia da Informação – 2011) – Com base na 
Lei nº 8.112/1990, julgue o item. 
__O servidor que tiver exercício em outro município em razão de ter sido 
removido tem, obrigatoriamente, prazo de trinta dias, contado da publicação 
do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, 
incluído nesse prazo tempo necessário para o deslocamento para a nova sede. 
 
Resolução 
 
A base legal para resolver está questão encontra-se no caput do art. 18: 
 
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município em razão 
de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em 
exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de 
prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo 
desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo 
necessário para o deslocamento para a nova sede. (grifos meus) 
 
Viram a sutileza da incorreção da questão. Minha intenção ao trazer este 
enunciado é, novamente, pedir-lhes muita atenção a cada palavra colocada na 
prova. 
 
Aparentemente, numa primeira e rápida análise, a questão nos parece estar 
correta. Só que a Lei não fixa, obrigatoriamente, o prazo para o servidor 
retomar suas atribuições do cargo em 30 dias. 
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A Lei permite que tal prazo esteja entre 10 e 30 dias. 
 
Gabarito: E (Errado) 
 
Questão 8 
(CESPE – Correios – 2011) – Julgue os itens que se seguem, acerca da relação 
jurídica dos servidores e dos empregados públicos. 
__Às pessoas portadoras de necessidades especiais é assegurado o direito de 
se inscrever em concurso público para provimento de quaisquer cargos, 
independentemente das suas atribuições. Para esses candidatos são 
reservadas até 20% das vagas oferecidas no concurso. 
 
Resolução 
 
É hora de resgatarmos o §2º do art. 5º para detectarmos a incorreção desta 
questão, uma vez que a previsão legal (reserva de vagas) para as pessoas 
portadoras de deficiência é mesmo de 20%, mas limitada a cargos “cujas 
atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras”. 
Confiram todo o dispositivo: 
“§ 2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se 
inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas 
atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; 
para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas 
oferecidas no concurso.” 
 
Novamente é necessária atenção redobrada. Muitas vezes ficamos 
preocupados com os percentuais e esquecemos de avaliar o restante do 
enunciado. Sabendo disto, o CESPE, aqui, trouxe a correta indicação do 
percentual da analisada reserva, mas inseriu uma incorreção em outro ponto 
da disposição legal. 
 
Gabarito: E (Errado) 
 
 
Questão 9 
(CESPE – Correios – 2011) – Julgue os itens que se seguem, acerca da relação 
jurídica dos servidores e dos empregados públicos. 
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__Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento 
efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de vinte e quatro meses, 
durante o qual sua aptidão e sua capacidade serão objetos de avaliação para o 
desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: assiduidade, disciplina, 
capacidade de iniciativa, produtividade e responsabilidade. 
 
Resolução 
 
Como já havia antecipado na parte teórica de nossa aula, vejam como o CESPE 
não fugiu da polêmica: Estabilidade x Estágio Probatório e considerou a 
questão ERRADA. 
 
Vamos aprofundar nesta discussão. 
 
O art. 20 da Lei nº 8.112/1990 traz: 
“Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de 
provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 
meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de 
avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: 
I - assiduidade; 
II - disciplina; 
III - capacidade de iniciativa; 
IV - produtividade; 
V- responsabilidade.” (grifo meu) 
 
Após a EC 19/1998, o art. 41 da CF/1988 ficou com a seguinte redação: 
“Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores 
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso 
público.” (grifo meu) 
 
Acontece que, atualmente, tanto o STF quando o STJ vem se manifestando no 
sentido de que estágio probatório em período inferior ao prazo aquisitivo da 
estabilidade viola a Constituição, conforme julgados abaixo apresentados. 
 
A Terceira Seção do STJ definiu que o prazo do estágio probatório dos 
servidores públicos agora é de três anos, e não mais de dois. 
 
MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDOR PÚBLICO CIVIL. ESTABILIDADE. 
ART. 41 DA CF. EC Nº 19/98. PRAZO. ALTERAÇÃO. ESTÁGIO 
PROBATÓRIO. OBSERVÂNCIA. 
 
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I – Estágio probatório é o período compreendido entre a nomeação e a 
aquisição de estabilidade no serviço público, no qual são avaliadas a 
aptidão, a eficiência e a capacidade do servidor para o efetivo exercício 
do cargo respectivo. 
 
II – Com efeito, o prazo do estágio probatório dos servidores 
públicos deve observar a alteração promovida pela Emenda 
Constitucional nº 19/98 no art. 41 da Constituição Federal, no 
tocante ao aumento do lapso temporal para a aquisição da 
estabilidade no serviço público para 3 (três) anos, visto que, 
apesar de institutos jurídicos distintos, encontram-se 
pragmaticamente ligados. 
 
III – Destaque para a redação do artigo 28 da Emenda Constitucional nº 
19/98, que vem a confirmar o raciocínio de que a alteração do prazo 
para a aquisição da estabilidade repercutiu no prazo do estágio 
probatório, senão seria de todo desnecessária a menção aos atuais 
servidores em estágio probatório; bastaria, então, que se determinasse 
a aplicação do prazo de 3 (três) anos aos novos servidores, sem 
qualquer explicitação, caso não houvesse conexão entre os institutos da 
estabilidade e do estágio probatório. 
 
PROCURADOR FEDERAL. PROMOÇÃO E PROGRESSÃO NA CARREIRA. 
PORTARIA PGF 468/2005. REQUISITO. CONCLUSÃO. ESTÁGIO 
PROBATÓRIO. DIREITO LÍQUIDO E CERTO. INEXISTÊNCIA. 
IV – Desatendido o requisito temporal de conclusão do estágio 
probatório, eis que não verificado o interstício de 3 (três) anos de 
efetivo

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