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Aula 02

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AULA 02 
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO e REGIME JURÍDICO ÚNICO PARA INSS – 
Teoria e Exercícios 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
Prof. Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 1 
 
 
 
Olá, Futuro Servidor Concursado do INSS! 
 
 
Animado para mais uma aula! Hoje vamos abordar o Título III – Dos Direitos e 
das Vantagens da Lei 8.112/1990. 
 
Sempre deixo a lembrança do nosso canal (Fórum) para dirimir dúvidas sobre 
a matéria ou sobre algum exercício, cujas explicações e comentários não 
ficaram muito claros para você. 
 
Não deixe de acessar o Fórum deste curso e inserir sua pergunta ou, quem 
sabe, analisar os questionamentos lá existentes que poderão ter alguma 
serventia a você. 
 
Boa aula para todos nós !!! 
 
Críticas e sugestões poderão ser enviadas para: 
henriquecampolina@pontodosconcursos.com.br 
 
 
Prof. Henrique Campolina 
Março/2013 
AULA 02 
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO e REGIME JURÍDICO ÚNICO PARA INSS – 
Teoria e Exercícios 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
Prof. Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 2 
 
2. A Estrutura da Lei Federal nº 8.112/1990 (continuação) 
 
2.4. Título III – Dos Direitos e Vantagens 
 
Do Vencimento e da Remuneração 
 
Este capítulo começa trazendo duas definições que são causas de muita 
confusão: Vencimento ou Remuneração? 
 
Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de 
cargo público, com valor fixado em lei. 
Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido 
das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei. 
§ 1º A remuneração do servidor investido em função ou cargo em 
comissão será paga na forma prevista no art. 62. 
§ 2º O servidor investido em cargo em comissão de órgão ou 
entidade diversa da de sua lotação receberá a remuneração de 
acordo com o estabelecido no § 1º do art. 93. 
§ 3º O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de 
caráter permanente, é irredutível. 
§ 4º É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de 
atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre 
servidores dos três Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter 
individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho. 
§ 5º Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário 
mínimo. 
 
 
VENCIMENTO x REMUNERAÇÃO 
 
VENCIMENTO 
 
Retribuição pecuniária pelo 
exercício de cargo público, 
com valor fixado em lei. 
REMUNERAÇÃO 
 
Vencimento do cargo 
efetivo, acrescido das 
vantagens pecuniárias 
permanentes estabelecidas 
em lei. 
 
 
 
Em outras palavras, enquanto o vencimento é a retribuição ao trabalho 
exercido em um cargo público, sendo fixado em lei, a remuneração é a 
totalidade dos valores percebidos pelo servidor (vantagens pessoais, relativas 
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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO e REGIME JURÍDICO ÚNICO PARA INSS – 
Teoria e Exercícios 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
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ao local ou ambiente de trabalho, relacionadas às particularidades das funções 
exercidas, etc.) e também estabelecidas em lei. 
 
Não podemos confundi-los com outro conceito: Proventos. Vejam o que a prof. 
Di Pietro didaticamente fala com muita clareza e propriedade: 
 
 
“A legislação ordinária emprega, com sentidos preciosos, 
os vocábulos vencimento e remuneração, usados 
indiferentemente na Constituição. Na lei federal, 
vencimento é a retribuição pecuniária pelo efetivo 
exercício do cargo, correspondente ao padrão fixado em 
lei (art. 40 da Lei nº 8.112/90) e remuneração é o 
vencimento mais as vantagens pecuniárias atribuídas em 
lei (art. 41). Provento é a retribuição pecuniária a que faz 
jus o aposentado.”1 
 
O artigo 41 ainda traz algumas regulamentações que veremos mais adiante 
nesta aula (artigos 62 e 93) e também: 
� O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter 
permanente, é irredutível (princípio constitucional da irredutibilidade dos 
salários); 
� É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições 
iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três 
Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à 
natureza ou ao local de trabalho; 
� Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo. 
 
Vamos falar um pouco sobre a irredutibilidade dos salários. A CF/1988 traz em 
seu art. 37 XV: 
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos 
públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste 
artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I 
 
Precisamos elencar estas exceções para encontrar a verdadeira extensão deste 
princípio constitucional. 
 
 
 
1 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 8ª Ed. São Paulo: Atlas, 1997 
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Teoria e Exercícios 
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CF: art. 37 XI (“Tetos salariais”): 
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e 
empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos 
membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais 
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, 
percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de 
qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em 
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como 
limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito 
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o 
subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo 
e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a 
noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, 
em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder 
Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos 
Procuradores e aos Defensores Públicos; 
 
CF: art. 37 XIV: 
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão 
computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos 
ulteriores 
 
CF: art. 39 §4º (Limites dos subsídios): 
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de 
Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados 
exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo 
de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação 
ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto 
no art. 37, X e XI 
 
CF: art. 150 II (Equiparação): 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
[...] 
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em 
situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação 
profissional ou função por eles exercida, independentemente da 
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; 
 
A jurisprudência de nossas cortes superiores têm retirado a proteção de 
irredutibilidade em casos de: 
� Diminuição pela incidência de tributação e/ou corrosão pela inflação; 
� Se caracterizada como indenização e/ou prestação especial de serviço; 
� Nos casos de não observância às regulamentações constitucionais, 
conforme dispõe o art. 17 da ADCT: 
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Teoria e Exercícios 
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Art. 17. Os vencimentos, a remuneração, as vantagens e os adicionais, bem 
como os proventos de aposentadoria que estejam sendo percebidos em 
desacordo com a Constituição serão imediatamente reduzidos aos limites 
dela decorrentes, não se admitindo, neste caso, invocação de direito 
adquirido ou percepção de excesso a qualquer título. 
 
Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título 
de remuneração, importância superior à soma dos valores 
percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, no 
âmbito dos respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por 
membros do Congresso Nacional e Ministros do Supremo Tribunal 
Federal. 
Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as vantagens 
previstas nos incisos II a VII do art. 61. 
 
Novamente, temos um dispositivo relacionado ao popular “Teto salarial”. 
 
Art. 44. O servidor perderá: 
I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo 
justificado; 
II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, 
ausências justificadas, ressalvadas as concessões de que trata o art. 
97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese de compensação de 
horário, até o mês subseqüente ao da ocorrência, a ser estabelecida 
pela chefia imediata. 
Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito 
ou de força maior poderão ser compensadas a critério da chefia 
imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício. 
 
Nada mais coerente e justo que as ausências injustificadas refletirem 
negativamente na remuneração dos servidores públicos. 
 
Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum 
desconto incidirá sobre a remuneração ou provento. 
Parágrafo único. Mediante autorização do servidor, poderá haver 
consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, a critério 
da administração e com reposição de custos, na forma definida em 
regulamento. 
 
Outra garantia para os servidores: nenhum desconto incidirá sobre a 
remuneração ou provento. Mas como toda regra tem suas exceções, 
encontramos no próprio artigo: 
� Imposição legal, 
� Mandado judicial, 
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� Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de 
pagamento a favor de terceiros, 
� Para reposição de custos, observados, além de regulamento próprio: 
� Valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez 
por cento da remuneração, provento ou pensão. 
� Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do 
processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, em 
uma única parcela. 
� Na hipótese de valores recebidos em decorrência de cumprimento a 
decisão liminar, a tutela antecipada ou a sentença que venha a ser 
revogada ou rescindida, serão atualizados até a data da reposição. 
 
Servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua 
aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de 60 dias para quitar o 
débito, sobe pena de sua inscrição em dívida ativa. 
 
 
Vencimento, remuneração e provento não serão objeto 
de arresto, sequestro ou penhora. 
Exceção: casos de prestação de alimentos resultante de 
decisão judicial. 
 
 
 
Das Vantagens 
 
Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as 
seguintes vantagens: 
I - indenizações; 
II - gratificações; 
III - adicionais. 
§ 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento 
para qualquer efeito. 
§ 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento 
ou provento, nos casos e condições indicados em lei. 
 
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INDENIZÇÕES 
Tipo Características 
Ajuda de 
custo 
� Destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor em 
caráter permanente em nova sede; 
� Vedado duplo pagamento, no caso do companheiro; 
� Administração arca c/despesas de transporte do servidor e de sua 
família; 
� À família do servidor que falecer na nova sede são assegurados ajuda 
de custo e transporte para a localidade de origem. Prazo: 1 ano do 
óbito. 
� É calculada sobre a remuneração do servidor. Valor máximo: 3 meses. 
Diárias 
� Servidor afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório; 
� Concedida por dia de afastamento (½: não exigir pernoite fora ou a 
União custear as despesas extraordinárias cobertas por diárias); 
� Não será paga se deslocamento constituir exigência permanente do 
cargo; 
� Não será paga se deslocar dentro da mesma região metropolitana, 
aglomeração urbana ou microrregião. 
Transporte 
� Concedida ao servidor que realizar despesas com a utilização de meio 
próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força 
das atribuições próprias do cargo. 
Auxílio-
moradia2 
� Ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo servidor 
com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por 
empresa hoteleira, no prazo de 1 mês após a comprovação da despesa; 
� Servidor deverá atender aos requisitos da Lei (art. 60); 
� Não será concedido p/prazo superior 8 anos dentro de período de 12 
anos; 
� Valor mensal do auxílio-moradia é limitado a 25% do valor do cargo em 
comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de Estado 
ocupado; 
� Independentemente do valor do cargo, fica garantido a todos os que 
preencherem os requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00. 
 
 
As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem 
acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer 
outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo 
título ou idêntico fundamento. 
 
2 Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006 
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Das Gratificações 
Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão 
deferidos aos servidores as seguintes retribuições, gratificações e 
adicionais: 
I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e 
assessoramento; 
II - gratificação natalina; 
IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou 
penosas; 
V - adicional pela prestação de serviço extraordinário; 
VI - adicional noturno; 
VII - adicional de férias; 
VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho. 
IX - gratificação por encargo de curso ou concurso. 
 
(INICIAREMOS ALGUNS QUADROS NA PRÓXIMA PÁGINA PARA FACILITAR A 
VISUALIZAÇÃO, INCLUSIVE, NAS CÓPIAS IMPRESSAS) 
 
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GRATIFICAÇÕES 
Tipo Características 
Retribuição 
p/exercício de 
função de 
Direção, Chefia 
e Assessora-
mento 
� Função (direção,chefia,assessoramento),cargo (comissão, Natureza 
Especial); 
� Fica transformada em Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada - 
VPNI a incorporação da retribuição pelo exercício de função de direção,chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de 
Natureza Especial (VPNI estará sujeita às revisões gerais de 
remuneração - servidores federais) 
Gratificação 
natalina 
� Corresponde a 1/12 da remuneração a que o servidor fizer jus no mês 
de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano; 
� Fração igual ou superior a 15 dias será considerada como mês integral. 
� A gratificação será paga até o dia 20 de dezembro de cada ano. 
� O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina, 
proporcionalmente aos meses de exercício, sobre a remuneração do 
mês da exoneração. 
� Não será considerada para cálculo de qualquer vantagem pecuniária. 
Gratificação 
por encargo de 
curso ou 
concurso 
� Devida ao servidor que, em caráter eventual: 
� Atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de 
treinamento regularmente instituído no âmbito da adm. pública federal; 
� Participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para 
análise curricular, correção de provas discursivas, elaboração de questões de 
provas ou julgamento de recursos intentados por candidatos; 
� Participar da logística de preparação e de realização de concurso público 
envolvendo atividades de planejamento, coordenação, supervisão, execução 
e avaliação de resultado, quando tais atividades não estiverem incluídas 
entre as suas atribuições permanentes; 
� Participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou 
de concurso público ou supervisionar essas atividades. 
� Calculada em horas (critérios:natureza e complexidade da atividade exercida); 
� Retribuição não poderá ser superior ao equivalente a 120 horas de trabalho 
anuais, ressalvada situação de excepcionalidade, devidamente justificada e 
previamente aprovada pela autoridade máxima do órgão ou entidade; 
� Valor máximo da hora trabalhada (percentuais sobre maior vencimento básico 
da administração pública federal): 2,2% ou 1,2%; 
� Atividades exercidas sem prejuízo das atribuições do cargo do servidor; 
� Não incorpora ao vencimento ou salário do servidor para qualquer efeito; 
 
 
 
 
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ADICIONAIS 
Tipo Características 
Adicional 
p/exercício de 
atividades 
insalubres, 
perigosas ou 
penosas 
� Servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em 
contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, 
fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo. 
� Servidor deverá optar por insalubridade ou periculosidade; 
� Serão observadas as situações estabelecidas em legislação específica. 
� Adicional de atividade penosa será devido aos servidores em exercício em 
zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida o justifiquem. 
Adicional pela 
prestação de 
serviço 
extraordinário 
� Remunerado com acréscimo de 50% em relação à hora normal de trabalho; 
� Só permitido para atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado 
o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada. 
Adicional 
noturno 
� Prestado em horário compreendido entre 22h a 5h do dia seguinte; 
� O valor-hora será acrescido de 25%, computando-se cada hora como 52”30’. 
Adicional de 
férias 
� Pago ao servidor, por ocasião das férias; 
� Adicional correspondente a 1/3 da remuneração do período das férias. 
 
FÉRIAS 
� Servidor fará jus a 30 dias de férias; 
� Podem acumular até 2 períodos, no caso de necessidade do serviço; 
� 1º período aquisitivo: exigidos 12 meses de exercício; 
� Vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço; 
� Poderão ser parceladas em até 3 etapas: requeridas pelo servidor e no 
interesse da administração pública, quando o servidor receberá o valor do 
adicional quando da utilização do primeiro período; 
� Pagamento: até 2 dias antes do início do respectivo período; 
� Servidor exonerado: perceberá indenização relativa ao período das férias a 
que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês 
de efetivo exercício, ou fração superior a quatorze dias, com base na 
remuneração do mês em que for publicado o ato exoneratório; 
� Operador de Raios X ou substâncias radioativas: gozará 20 dias de férias 
consecutivos, p/semestre de atividade profissional, proibida a acumulação; 
� Interrupção: somente por motivo de calamidade pública, comoção interna, 
convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do 
serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade. 
 
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Teoria e Exercícios 
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Vamos agora trazer um quadro-resumo com as hipóteses de Licenças e de 
Afastamentos previstas na Lei nº 8.112/1990: 
 
Das Licenças e Dos Afastamentos 
 
LICENÇAS AFASTAMENTOS 
Da Licença por Motivo de Doença em 
Pessoa da Família 
� Se assistência direta do servidor for 
indispensável e não puder ser prestada 
simultaneamente com o exercício do cargo 
ou mediante compensação de horário; 
� Poderá ser concedida a cada período de 12 
meses nas seguintes condições: 
� até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou 
não, mantida a remuneração do servidor; 
� até 90 (noventa) dias, consecutivos ou 
não, sem remuneração. 
Do Afastamento para Servir a Outro 
Órgão ou Entidade 
� Hipóteses: 
� Exercício de cargo em comissão ou 
função de confiança; 
� Casos previstos em leis específicas. 
Do Afastamento para Exercício de 
Mandato Eletivo 
Da Licença por Motivo de Afastamento do 
Cônjuge 
� Prazo indeterminado; 
� Sem remuneração. 
Do Afastamento para Estudo ou Missão 
no Exterior 
� Servidor não poderá ausentar-se do País 
para estudo ou missão oficial, sem 
autorização do Presidente da República, 
Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo 
e Presidente do STF. 
� Não excederá a 4 anos e finda a missão ou 
estudo, somente decorrido igual período, 
será permitida nova ausência. 
� Não se aplica: carreira diplomática. 
Da Licença para o Serviço Militar 
Concluído o serviço militar, o servidor terá até 
30 (trinta) dias sem remuneração para 
reassumir o exercício do cargo. 
Da Licença para Atividade Política 
Da Licença para Capacitação3 
Da Licença para Tratar de Interesses 
Particulares 
� A critério da Administração; 
� Servidor não esteja em estágio probatório; 
� Até 3 anos consecutivos; 
� Sem remuneração. 
� Poderá ser interrompida, a qualquer tempo. 
Do Afastamento para Participação em 
Programa de Pós-Graduação Stricto 
Sensu no País4 
Da Licença para o Desempenho de 
Mandato Classista 
� Licença sem remuneração; 
� Duração igual à do mandato, podendo ser 
prorrogada (reeleição) por uma única vez. 
 
3
 Redação dada pela Lei nº 9.527/1997 
4
 Seção incluída pela Lei nº 11.907/2009 
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Das Concessões 
 
Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço por: 
� 1 (um) dia: para doação de sangue; 
� 2 (dois) dias: para se alistar como eleitor; 
� 8 (oito) dias consecutivos: em razão de : 
� casamento (também chamado de “Licença-Gala”); 
� falecimento do cônjuge,companheiro, pais, madrasta ou padrasto, 
filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos (“Licença-
Luto”). 
 
 
Horário especial para servidor estudante, em observância ao comando 
constitucional contido no art. 205. Confiram: 
 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e 
sua qualificação para o trabalho. 
 
Requisitos para concessão deste horário especial: 
� Comprovada incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição; 
� Sem prejuízo do exercício do cargo. 
� Exigida compensação de horário, respeitada duração semanal do trabalho. 
 
 
 
Garantia de Acesso à Educação – Troca de Sede 
 
Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da 
administração é assegurada, na localidade da nova 
residência ou na mais próxima, matrícula em instituição 
de ensino congênere, em qualquer época, 
independentemente de vaga. 
 
Importante: Tal direito é extensivo ao companheiro, 
aos filhos ou enteados do servidor que 
vivam na sua companhia, bem como aos 
menores sob sua guarda, com autorização 
judicial. 
 
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Teoria e Exercícios 
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Do Tempo de Serviço 
 
 
TEMPO DE SERVIÇO 
 
Regra Geral: É contado para todos os efeitos o tempo 
de serviço público federal, inclusive o 
prestado às Forças Armadas. 
Apura-se em dias e converte em anos: 
1 ano = 365 dias 
 
Regras complementares: 
� Tempo em que o servidor esteve aposentado será contado apenas para 
nova aposentadoria; 
� Contagem em dobro do tempo de serviço prestado às Forças Armadas 
em operações de guerra; 
� Vedada contagem cumulativa (serviços prestados concomitantemente). 
 
Ausências que são consideradas como efetivo exercício: 
� Art. 97 [doação de sangue (1 dia); alistamento como eleitor (2 dias); 
licenças gala e luto (8 dias consecutivos)]; 
� Férias; 
� Exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou entidade 
dos Poderes da União, dos Estados, Municípios e DF; 
� Exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer 
parte do território nacional, por nomeação do Presidente da República; 
� Participação em programa de treinamento regularmente instituído ou em 
programa de pós-graduação stricto sensu no País, (conf. regulamento); 
� Desempenho de mandato eletivo, exceto p/promoção por merecimento; 
� Júri e outros serviços obrigatórios por lei; 
� Missão/estudo autorizado, no exterior (conforme regulamento); 
� Deslocamento para a nova sede; 
� Participação em competição desportiva nacional ou representação 
desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme lei específica; 
� Afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil 
participe ou com o qual coopere. 
� Licenças destinadas a: 
� Gestante; 
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� Adotante; 
� Paternidade; 
� Tratamento da própria saúde (até o limite de 24 meses); 
� Desempenho de mandato classista ou participação de administração 
em sociedade cooperativa constituída por servidores para prestar 
serviços a seus membros, exceto p/ promoção por merecimento, 
� Motivo de acidente em serviço ou doença profissional, 
� Capacitação (conforme regulamento), 
� Convocação para o serviço militar; 
 
Por fim, a Lei 8.112/1990 traz as seguintes regras, quando o tempo só é 
contado para efeito de aposentadoria e disponibilidade: 
� Tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e DF; 
� Licença remunerada para tratamento de saúde de pessoal da família do 
servidor, que exceder a 30 (trinta) dias em período de 12 (doze) meses; 
� Licença para atividade política; 
� Tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo, anterior ao 
ingresso no serviço público federal; 
� Tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social; 
� Tempo de serviço relativo a tiro de guerra; 
� Tempo de licença para tratamento da própria saúde além dos 24 meses. 
 
Do Direito de Petição 
 
Art. 104. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos 
Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo. 
 
O artigo 104 traz o famoso “Direito de Petição”, cuja Lei 8.112/1990 destina o 
Capítulo VIII de seu Título III. 
 
Para Pontes de Miranda, “petição é toda declaração de vontade fundamentada, 
pela qual alguém se dirige ao juiz para entrega de determinada prestação 
jurisdicional, devendo, ou não, ser citada a outra parte”5. 
 
É um importante instrumento ao controle interno dos diversos órgãos e 
entidades da administração pública brasileira. Afinal, quem melhor do que os 
 
5 MIRANDA, Francisco Cavalcanti Pontes de. Comentários ao Código de Processo Civil. Rio de Janeiro: 
Forense, 1997, v. 15. 
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próprios servidores para entender e saber o que ocorre no dia-a-dia de nossas 
instituições. 
 
Art. 105. O requerimento será dirigido à autoridade competente 
para decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que estiver 
imediatamente subordinado o requerente. 
 
Dispositivo técnico, destinado à formalidade do encaminhamento do 
requerimento: autoridade competente. 
 
Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver 
expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser 
renovado. 
Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsideração de 
que tratam os artigos anteriores deverão ser despachados no prazo 
de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias. 
 
Pedido de reconsideração nada mais é do que uma petição referente a matéria 
que já contém uma decisão, que não atendeu às expectativas e interesses do 
servidor público. 
 
Percebam que só há possibilidade de requerer reconsideração uma única vez 
(“não podendo ser renovado”). 
 
Também precisamos memorizar os prazos aqui determinados (lembrem-se que 
bancas de concurso adoram cobrar tais prazos). 
 
A observância destes prazos pela Administração é um direito do servidor 
requerente: 
� 5 (cinco) dias para ser despachado e 
� 30 (trinta) dias para decisão proferida. 
 
Art. 107. Caberá recurso: 
I - do indeferimento do pedido de reconsideração; 
II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. 
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à 
que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, 
em escala ascendente, às demais autoridades. 
§ 2º O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a 
que estiver imediatamente subordinado o requerente. 
 
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Percebam que será do recorrente a opção de entrar com pedido de 
reconsideração ou com recurso administrativo. Ou seja, o pedido de 
reconsideração não é pré-requisito para o recurso. 
 
Um dos requisitos recursais é a existência de autoridade administrativa 
imediatamente superior àquela que expediu oato ou proferiu a decisão. Assim, 
sempre que haja uma autoridade superior, haverá a possibilidade de se 
impetrar recurso. 
 
Art. 108. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou 
de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da 
ciência, pelo interessado, da decisão recorrida. 
 
Outro dispositivo técnico destinado à formalização do direito de petição. 
Precisamos gravar o prazo (30 dias) e o marco inicial da contagem deste prazo 
(publicação ou ciência pelo interessado da decisão recorrida). 
 
Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a 
juízo da autoridade competente. 
Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de 
reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à 
data do ato impugnado. 
 
Em via de regra, os recursos têm efeitos devolutivo (devolvem a matéria à 
apreciação) e suspensivo (suspendem atos subsequentes até sua resolução). 
 
Os recursos administrativos, geralmente, não possuem o efeito suspensivo, 
mas a Lei 8.112/1990 permite à autoridade competente receber um recurso 
com tal efeito, quando considerar conveniente. 
 
Precisamos memorizar também a disposição contida no parágrafo único: caso 
o pedido seja provido (reconsideração ou recurso), os efeitos da decisão 
retroagirão à data do ato impugnado. Vejam que não é a data do 
requerimento, mas do ato impugnado que foi reconsiderado ou reformado. 
 
Art. 110. O direito de requerer prescreve: 
I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação 
de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse 
patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho; 
II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando 
outro prazo for fixado em lei. 
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Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da 
publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo 
interessado, quando o ato não for publicado. 
 
Aqui encontramos disposições referentes à prescrição do direito à petição: 
PRESCRIÇÃO – Direito à Petição 
Regra Geral Exceções (casos de:) 
120 dias 
� Demissão; 
� Cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
� Interesse patrimonial; 
� Créditos resultantes de relações de trabalho; 
� Outros casos específicos fixados em lei. 
 
Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, 
interrompem a prescrição. 
 
Aqui temos uma situação que interrompe a contagem do prazo prescricional. 
 
Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser 
relevada pela administração. 
 
Particularmente, entendo que não havia qualquer necessidade de ratificação da 
disposição do art. 112. Afinal, é dever de toda administração pública brasileira 
observar e respeitar os prazos prescricionais. 
 
Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista 
do processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a 
procurador por ele constituído. 
 
Aqui é o princípio da publicidade que dita o dispositivo legal. Importante não 
deixarmos passar em branco a expressão “na repartição”, que determina a 
análise dos documentos e/ou processos na própria repartição pública, não 
podendo o interessado ou seu procurador retirá-los para exame em outro local. 
 
Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer 
tempo, quando eivados de ilegalidade. 
 
Na administração pública existe o Princípio da Autotutela, que, resumidamente, 
refere-se à obrigação da Administração Pública exercer controle sobre seus 
próprios atos, devendo anular os ilegais e de revogar os inoportunos. 
 
Este princípio decorre do Princípio da Legalidade, que vincula a Administração 
à lei. Novamente, entendo ser desnecessária esta disposição. 
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Vejam o que estas Súmulas do STF dizem: 
“A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios 
atos.” (Súmula STF nº 346) 
 
“A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de 
vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou 
revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os 
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação 
judicial.” (Súmula STF nº 473) 
 
Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste 
Capítulo, salvo motivo de força maior. 
 
É preciso entendermos o significado de “força maior”, uma vez que a Lei 
8.112/1990 não estabeleceu os limites deste conceito. Assim, traremos a 
definição do prof. Hely Lopes Meirelles: 
 
 
“FORÇA MAIOR” 
 
“Força maior é o evento humano que, por sua 
imprevisibilidade e inevitabilidade, cria para o 
contratante óbice instransponível na execução do 
contrato. O que qualifica a força maior é o caráter 
impeditivo absoluto do ato superveniente para o 
cumprimento das obrigações assumidas.”6 
 
 
 
HORA DE NOS EXERCITARMOS! VAMOS LÁ? 
 
6 MEIRELLES, Hely Lopes. Licitação e Contrato Administrativo... idem cit., páginas 321 e 322 
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QUESTÕES RESOLVIDAS 
 
Questão 1 
(CESPE – TCU – Auditor Federal de Controle Externo – 2011) – À luz do 
disposto na Lei nº 8.112/1990 e em suas posteriores alterações, julgue o item, 
a respeito dos agentes públicos, servidores públicos, direitos e deveres e 
responsabilidades, bem como de processo administrativo disciplinar, 
sindicância e inquérito. 
__ A administração pode deferir pedido de licença sem remuneração, por até 
três anos consecutivos, a servidor público ocupante de cargo efetivo que esteja 
no segundo ano do estágio probatório, se a licença for para tratar de 
interesses particulares. 
 
Resolução 
 
A constatação da incorreção deste enunciado está contida no art. 91 da Lei 
8.112/1990, uma vez que para concessão da licença para tratamento de 
interesses particulares é necessário que o servidor ocupante de cargo efetivo 
não esteja em estágio probatório. Confiram comigo: 
 
Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao 
servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em 
estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares 
pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração. 
Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a qualquer 
tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço. (grifo meu) 
 
Podem marcar E (errado) em suas folhas de resposta. 
 
Gabarito: E (Errado) 
 
Questão 2 
(CESPE – FUB – Contador – 2011) – Com base na Lei n.º 8.112/1990, julgue o 
item a seguir. 
__ Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, 
importância superior à soma dos valores percebidos como remuneração, em 
espécie, a qualquer título, no âmbito do Poder Executivo, pelos ministros de 
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Estado, estando incluídos nesse limite a gratificação natalina e o adicional de 
férias. 
 
Resolução 
 
Aqui temos duas constatações sobre dicasque trazemos em nossas aulas: 
 
� A cobrança da literalidade do texto legal (vejam como o enunciado 
praticamente reproduz o caput do art. 42): 
 
Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título 
de remuneração, importância superior à soma dos valores 
percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, no 
âmbito dos respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por 
membros do Congresso Nacional e Ministros do Supremo Tribunal 
Federal. 
Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as vantagens 
previstas nos incisos II a VII do art. 61. 
 
� A atenção redobrada que precisamos ter na memorização das exceções 
trazidas pela legislação (vejam que o enunciado trata de hipóteses 
excluídas do cálculo do teto: Gratificação natalina (inciso II) e Adicional 
de Férias (inciso VII), previstas no artigo 61 e ressalvadas no parágrafo 
único do art. 42 da Lei 8.112/1990): 
 
Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta Lei, serão 
deferidos aos servidores as seguintes retribuições, gratificações e 
adicionais: 
I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento; 
II - gratificação natalina; 
III - (Revogado) 
IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou 
penosas; 
V - adicional pela prestação de serviço extraordinário; 
VI - adicional noturno; 
VII - adicional de férias; 
VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho. 
IX - gratificação por encargo de curso ou concurso. 
 
Gabarito: E (Errado) 
 
 
 
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Questão 3 
(CESPE – FUB – Contador – 2011) – Com base na Lei n.º 8.112/1990, julgue o 
item a seguir. 
__ Na hipótese de o servidor trabalhar em local insalubre e em contato 
permanente com substâncias radioativas, a lei determina a obrigatoriedade de 
o servidor optar por apenas um dos adicionais: insalubridade ou 
periculosidade. 
 
Resolução 
 
Para ratificarmos a correção desta questão, resgataremos o art. 68, 
destacando seu §1º: 
 
Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais 
insalubres, perigosos ou em contato permanente com substâncias 
tóxicas, radioativas, ou com risco de vida, fazem jus a um adicional, 
conforme os valores abaixo: 
 
I - grau de exposição mínimo de insalubridade: R$ 100,00; 
 
II - grau de exposição médio de insalubridade: R$ 180,00; 
 
III - grau de exposição máximo de insalubridade: R$ 260,00; e 
 
IV - periculosidade: R$ 180,00. 
 
§ 1º O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de 
periculosidade deverá optar por um deles. 
 
Fiz questão de destacar trechos no caput do art. 68, pois a resolução da 
questão não se limita ao candidato ter conhecimento sobre a obrigatoriedade 
de opção entre os adicionais de insalubridade e periculosidade. 
 
Também é preciso verificar se as situações hipotéticas descritas no enunciado 
são ensejadoras da percepção destes adicionais: “servidor trabalhar em local 
insalubre e em contato permanente com substâncias radioativas” – Também 
esta parte está correta. 
 
A questão não entra no mérito se o servidor terá direito aos 2 adicionais. Então 
devemos nos ater ao que nos é cobrado: “a lei determina a obrigatoriedade de 
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o servidor optar por apenas um dos adicionais: insalubridade ou 
periculosidade”. Para este ponto, a resposta também é positiva, embasado no 
§1º do art. 68 da Lei 8.112/1990, pois caso faça jus aos 2 adicionais, ficará 
obrigado a fazer a opção por apenas um deles. 
 
Gabarito: C (Certo) 
 
 
Questão 4 
(CESPE – FUB – Conhecimentos Básicos – 2011) – Com base na Lei nº 
8.112/1990, julgue o item que se segue. 
__ Os servidores efetivos cumprem jornada de trabalho fixado em razão das 
atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima 
do trabalho semanal de 44 horas. 
 
Resolução 
 
Em linguagem futebolística, dizemos que este enunciado “bateu na trave” da 
correção, afinal o art. 19 da Lei 8.112/1990 limita a duração da jornada 
semanal em 40 horas. Confiram: 
Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada em 
razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada 
a duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e 
observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas 
diárias, respectivamente. (grifo meu) 
 
Mas toda questão tem um fundamento para tentar ludibriar ou confundir a 
cuca de vocês. Neste caso, 44 horas semanais é a duração da jornada semanal 
de empregados celetistas (CLT) subordinados ao regime de 220 horas 
mensais. (As bancas sabem que muitos candidatos são celetistas e tentam 
confundi-los) 
 
Gabarito: E (Errado) 
 
 
Questão 5 
(CESPE – FUB – Analista de Tecnologia da Informação – 2011) – Com base na 
Lei nº 8.112/1990, julgue o item. 
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__ A gratificação por encargo de curso ou concurso não se incorpora ao 
vencimento ou salário do servidor para qualquer efeito e não poderá ser 
utilizada como base de cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para 
fins de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões. 
 
Resolução 
 
Vamos trazer apenas o §3º do art. 76-A, que trata da Gratificação por Encargo 
de Curso ou Concurso, que nos auxiliará na resolução da presente questão, 
demonstrando a correção do enunciado: 
Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso é devida ao 
servidor que, em caráter eventual: 
[...] 
§ 3º A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso não se 
incorpora ao vencimento ou salário do servidor para qualquer efeito 
e não poderá ser utilizada como base de cálculo para quaisquer 
outras vantagens, inclusive para fins de cálculo dos proventos da 
aposentadoria e das pensões. 
 
Gabarito: C (Certo) 
 
 
Questão 6 
(CESPE – FUB – Analista de Tecnologia da Informação – 2011) – Com base na 
Lei nº 8.112/1990, julgue o item. 
__ Na hipótese de licença do servidor por motivo de doença em pessoa da 
família, e mesmo quando comprovado que a sua assistência direta é 
indispensável e não puder ser prestado simultaneamente com o exercício do 
cargo ou mediante compensação de horário, o período do estágio probatório 
não será suspenso. 
 
Resolução 
 
Questão muito bem elaborada pelo CESPE, que exige nosso conhecimento do 
artigo 83, que trata da referida licença, do art. 20 (§§ 4º e 5º), que trata do 
estágio probatório, e do artigo 81, ressalvado no art. 20. Vamos reproduzi-los: 
 
Artigo 83: mostra que o enunciado está em concordância com a definição da 
licença e adequado às hipóteses de sua aplicação: 
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Seção II - Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família 
Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do 
cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e 
enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu 
assentamento funcional, mediante comprovação porperícia médica oficial. 
§ 1º A licença somente será deferida se a assistência direta do 
servidor for indispensável e não puder ser prestada 
simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante 
compensação de horário, na forma do disposto no inciso II do art. 44. 
§ 2º A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser 
concedida a cada período de doze meses nas seguintes condições: 
I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração 
do servidor; e 
II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remuneração. 
§ 3º O início do interstício de 12 (doze) meses será contado a partir da data 
do deferimento da primeira licença concedida. 
§ 4º A soma das licenças remuneradas e das licenças não remuneradas, 
incluídas as respectivas prorrogações, concedidas em um mesmo período de 
12 (doze) meses, observado o disposto no § 3º, não poderá ultrapassar os 
limites estabelecidos nos incisos I e II do § 2º. 
 
§4º do artigo 20: permite a concessão de licenças a servidores em estágio 
probatório apenas nas hipóteses dos artigos 81 I a IV, 94, 95 e 96: 
§ 4º Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser 
concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81, 
incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar de 
curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo 
na Administração Pública Federal. 
 
Artigo 81: permite a concessão de licenças a servidores em estágio probatório 
por motivo de doença em pessoa da família (licença abordada nesta questão): 
Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença: 
I - por motivo de doença em pessoa da família; 
II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; 
III - para o serviço militar; 
IV - para atividade política; 
V - para capacitação; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
VI - para tratar de interesses particulares; 
VII - para desempenho de mandato classista. 
 
§5º do art. 20: prevê a suspensão do estágio probatório na hipótese analisada: 
§ 5º O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os 
afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1º, 86 e 96, bem assim na 
hipótese de participação em curso de formação, e será retomado a partir do 
término do impedimento. 
 
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Diante de tudo isto, percebemos que o estágio probatório ficará suspenso, 
estando nossa questão errada ao afirmar o contrário. 
 
Gabarito: E (Errado) 
 
 
Questão 7 
(CESPE – STM – Analista Judiciário – 2011) – A respeito dos servidores 
públicos e do regime estabelecido pela Lei n.º 8.112/1990, julgue os itens a 
seguir. 
__ A remuneração de servidor público pode ser fixada ou alterada apenas 
mediante lei específica. 
 
Resolução 
 
Uma resolução imediata para uma questão direta. Vejam os artigos 40 e 41 e 
confirmem a correção da assertiva do enunciado: 
 
Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de 
cargo público, com valor fixado em lei. 
 
Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido 
das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei. 
 
Ora, se o vencimento e as vantagens são fixados e estabelecidos em lei, 
consequentemente, podemos afirmar que a remuneração, que consiste no 
somatório destes, também será decorrente de lei específica. 
 
Gabarito: C (Certo) 
 
 
Questão 8 
(CESPE – TRE-BA – Técnico Judiciário – 2010) – Julgue o item que se segue, 
acerca do regime jurídico dos servidores públicos, estabelecido na Lei n.º 
8.112/1990. 
__ O servidor que faltar ao serviço sem motivo justificado perderá o dia de 
remuneração. 
 
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Resolução 
 
Outra questão de resolução imediata. Nada mais justo e coerente que o 
servidor que faltar ao serviço sem motivo justificado perca o dia de 
remuneração. Vocês não acham? E é exatamente isto que o artigo 44 dispõe: 
Art. 44. O servidor perderá: 
I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo 
justificado 
 
Gabarito: C (Certo) 
 
 
Questão 9 
(CESPE – TRE-BA – Analista Judiciário – 2010) – Acerca do regime jurídico dos 
servidores públicos, estabelecido na Lei n.º 8.112/1990, julgue o item que se 
segue. 
__ As diárias são devidas ao servidor que se ausenta a serviço da sede da 
repartição para outro ponto do território nacional em caráter eventual ou 
transitório. Se o deslocamento em caráter eventual ou transitório se der para o 
exterior, o servidor fará jus ao recebimento de ajuda de custo. 
 
Resolução 
 
Para resolvermos esta questão, precisamos ter em mente os conceitos destes 
2 tipos de indenizações regulamentadas na Lei 8.112/1990: 
 
Ajuda de Custo: 
Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de 
instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter 
exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter 
permanente, vedado o duplo pagamento de indenização, a qualquer 
tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro que detenha também 
a condição de servidor, vier a ter exercício na mesma sede. 
 
Diária: 
Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter 
eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou 
para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a 
indenizar as parcelas de despesas extraordinária com pousada, 
alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em 
regulamento. 
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Trouxe os dois conceitos para reforçar a memorização de todos vocês, mas 
percebam que apenas o art. 58 é suficiente para encontrarmos a incorreção 
desta questão. 
 
Afinal, as diárias também são devidas em afastamentos eventuais ou 
transitórios do servidor, a serviço, para o exterior. 
 
Gabarito: E (Errado) 
 
 
Questão 10 
(FCC – TRT-7ª Região/CE – Analista Judiciário – 2009) – Em tema de Direito 
de Petição assegurado ao servidor público nos termos da Lei nº 8.112/90, 
considere: 
I. O direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse 
legítimo é imprescritível. 
II. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados 
de ilegalidade. 
III. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou 
proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado. 
IV. Caberá recurso, dentre outras hipóteses, do deferimento de pedido de 
reconsideração sucessivamente interposto. 
V. O prazo para a interposição de recurso é de quinze dias, a contar do ato que 
deferiu ou indeferiu o pedido de reconsideração. 
É correto o que se afirma APENAS em 
(A) I, II e IV. 
(B) I e IV. 
(C) IV e V. 
(D) II e III. 
(E) II, III e V. 
 
Resolução 
 
I: ERRADA, em desconformidade com os arts. 104 e seguintes. Estudamos, 
inclusive, os prazos prescricionais; 
II: CORRETA, conformidade com o art. 114; 
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III: CORRETA, em conformidade com art. 106; 
IV: ERRADA, em desconformidade com art. 106 (não há renovação); 
V: ERRADA,em desconformidade com art. 108, cujo prazo é de 30 dias. 
 
Gabarito: D 
 
 
Questão 11 
(FCC – TRT-7ª Região/CE – Analista Judiciário – 2009) – Quanto ao Direito de 
Petição garantido ao servidor público na Lei nº 8.112/90, considere: 
I. O recurso contra o deferimento ou indeferimento do pedido de 
reconsideração deverá ser recebido pela autoridade julgadora, que 
suspenderá, em qualquer hipótese, os efeitos da decisão recorrida. 
II. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados 
de ilegalidade. 
III. O requerimento e o pedido de reconsideração deverão ser despachados no 
prazo de cinco dias e decididos dentro de trinta dias. 
IV. A prescrição é de ordem interna, podendo ser relevada pela administração, 
observado o prazo de cento e oitenta dias contados a partir da ciência, pelo 
interessado, da decisão recorrida. 
V. O recurso contra o deferimento ou indeferimento do pedido de 
reconsideração será julgado por intermédio da autoridade a que estiver 
subordinado o requerente, considerado o prazo de quinze dias a contar da 
baixa da decisão impugnada. 
É correto o que se afirma APENAS em 
(A) II, IV e V. 
(B) II e III. 
(C) I e IV. 
(D) II e V. 
(E) I, III e V. 
 
Resolução 
 
I: ERRADA, em desconformidade com o art. 109, que condiciona o 
recebimento de recurso com efeito suspensivo ao juízo da autoridade 
competente. Memorizem: 
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“Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo 
da autoridade competente.” 
II: CORRETA, conformidade com o art. 114; 
III: CORRETA, em conformidade com o parágrafo único do art. 106; 
IV: ERRADA, em desconformidade com art. 112, que diz: 
“Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada 
pela administração.” 
V: ERRADA, em desconformidade com os arts. 107 e 108. 
 
Gabarito: B 
 
 
Questão 12 
(FCC – TRT-7ª Região/CE – Técnico Judiciário – 2009) – “X”, Técnico Judiciário 
do Tribunal Regional do Trabalho – 7ª Região, após regular processo 
administrativo pela prática de abandono de cargo, foi punido com a pena de 
demissão. Inconformado, nos termos da Lei nº 8.112/90, pretende exercer o 
seu “direito de petição”, visando a reconsideração da sua demissão. Nesse 
caso, o 
(A) pedido de reconsideração não interrompe a prescrição, podendo ser 
relevado pela administração. 
(B) requerimento deverá ser despachado no prazo de quinze dias e decidido 
dentro de cento e oitenta dias. 
(C) requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e 
encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente 
subordinado o requerente. 
(D) prazo para interposição do pedido de reconsideração é de vinte dias, a 
contar da assinatura do ato de demissão pela autoridade competente. 
(E) direito de requerer prescreve em três anos quanto aos atos de demissão e 
noventa dias, nos demais casos. 
 
Resolução 
 
Conforme já estudamos, o Sr. “X” deverá formular requerimento à autoridade 
competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que estiver 
imediatamente subordinado, conforme preconizado no art. 105 da Lei 8.112. 
 
Gabarito: C 
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Questão 13 
(FCC – TRE-SP – Técnico Judiciário – 2012) – Para responder esta questão, 
considere a Lei nº 8.112/1990. 
Alexandre, analista judiciário (área judiciária), ausentou-se do Brasil, pelo 
período de 4 (quatro) anos, para a realização de um trabalho científico de 
natureza jurídica em instituição de ensino superior na Inglaterra, com a regular 
autorização do Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
Referida situação diz respeito 
(A) à licença para capacitação. 
(B) ao afastamento para servir em outra entidade. 
(C) ao afastamento para estudo no exterior. 
(D) à licença para tratar de assuntos particulares. 
(E) ao afastamento para participação em programa de pós-graduação stricto 
sensu. 
 
Resolução 
 
Num primeiro contato com o enunciado, parece se tratar de “Afastamento para 
Estudo ou Missão no Exterior”. 
 
Então, vamos analisar o que a Lei 8.112/1990 dispõe a respeito deste 
afastamento para confirmar ou não nossa impressão inicial: 
Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou 
missão oficial, sem autorização do Presidente da República, 
Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do 
Supremo Tribunal Federal. 
§ 1º A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou 
estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova 
ausência. 
§ 2º Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será 
concedida exoneração ou licença para tratar de interesse particular 
antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a 
hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento. 
§ 3º O disposto neste artigo não se aplica aos servidores da carreira 
diplomática. 
§ 4º As hipóteses, condições e formas para a autorização de que 
trata este artigo, inclusive no que se refere à remuneração do 
servidor, serão disciplinadas em regulamento. 
 
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Vamos analisar cada requisito presente no enunciado e ver se tem respaldo no 
texto legal: 
� “Alexandre, analista judiciário (área judiciária), ausentou-se do Brasil, 
com a regular autorização do Presidente do Supremo Tribunal Federal”: 
está em conformidade com o caput do art. 95: 
Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou 
missão oficial, sem autorização do Presidente da República, Presidente 
dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal 
Federal. (grifo meu) 
 
� “pelo período de 4 (quatro) anos”: em conformidade com o prazo 
previsto no §1º: 
§ 1º A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou 
estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência. 
(grifo meu) 
 
� “para a realização de um trabalho científico de natureza jurídica 
instituição de ensino superior na Inglaterra”: Novamente em observância 
ao caput do art. 95: 
Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou 
missão oficial, sem autorização do Presidente da República, Presidente 
dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
(grifo meu) 
 
Desta forma, podemos marcar a alternativa C, mas quero trazer mais um 
comentário, uma vez que alguns de vocês podem ter ficado inclinados a 
marcar a letra E. 
 
Apesar do artigo 96-A referir-se a afastamentos para participação em 
programa de pós-graduação no País, o §7º prevê a participação no Exterior, 
mas o enunciado não fala em pós-graduação. Logo, não poderá ser nosso 
gabarito da questão. Confiram o dispositivo: 
Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da Administração, e desde que a 
participação não possa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo 
ou mediante compensação de horário, afastar-se do exercício do cargo 
efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em programa de 
pós-graduação stricto sensu em instituição de ensino superior no País. 
[...] 
§ 7º Aplica-se à participação em programa de pós-graduação no 
Exterior, autorizado nos termos do art. 95 destaLei, o disposto nos 
§§ 1º a 6º deste artigo. 
 
Gabarito: C 
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Questão 14 
(FCC – TRE-SP – Analista Judiciário – 2012) – Para responder esta questão, 
considere a Lei no 8.112/1990 
Mariana, servidora pública federal, participa de uma Comissão para a 
elaboração de questões de provas, enquanto Lucas, também servidor público 
federal, supervisiona a aplicação, fiscalização e avaliação de provas de 
concurso público para provimento de cargos no âmbito do Tribunal Regional 
Eleitoral. Ambos os servidores têm direito à gratificação por encargo de 
concurso, sendo que o valor máximo da hora trabalhada corresponderá a 
valores incidentes sobre o maior vencimento básico da Administração Pública 
Federal, respectivamente, nos seguintes percentuais: 
(A) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) e 2,2% (dois inteiros e dois 
décimos por cento). 
(B) 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento) e 2,5% (dois inteiros e cinco 
décimos por cento). 
(C) 2,1% (dois inteiros e um décimo por cento) e 1,1% (um inteiro e um 
décimo por cento). 
(D) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento) e 1,2% (um inteiro e dois 
décimos por cento). 
(E) 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) e 1,5% (um inteiro e cinco 
décimos por cento). 
 
Resolução 
 
Precisaremos do art. 76-A da Lei 8.112/1990 para resolver esta questão. 
Vamos trazer todo o dispositivo legal, que trata da Gratificação por Encargo de 
Curso ou Concurso, visando proporcionar mais um contato de vocês com o 
texto legal, aproveitando para destacar os trechos que nos auxiliarão na 
resolução da questão: 
Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso é devida 
ao servidor que, em caráter eventual: 
I - atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de 
treinamento regularmente instituído no âmbito da adm. pública federal; 
II - participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, 
para análise curricular, para correção de provas discursivas, para 
elaboração de questões de provas ou para julgamento de recursos 
intentados por candidatos; (serviços prestados pela servidora Mariana) 
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III - participar da logística de preparação e de realização de concurso 
público envolvendo atividades de planejamento, coordenação, supervisão, 
execução e avaliação de resultado, quando tais atividades não estiverem 
incluídas entre as suas atribuições permanentes; 
IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame 
vestibular ou de concurso público ou supervisionar essas atividades. 
(serviços prestados pelo servidor Lucas) 
 
§ 1º Os critérios de concessão e os limites da gratificação de que trata este 
artigo serão fixados em regulamento, observados os seguintes parâmetros: 
I - o valor da gratificação será calculado em horas, observadas a natureza e 
a complexidade da atividade exercida; 
II - a retribuição não poderá ser superior ao equivalente a 120 (cento e 
vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada situação de excepcionalidade, 
devidamente justificada e previamente aprovada pela autoridade máxima 
do órgão ou entidade, que poderá autorizar o acréscimo de até 120 (cento e 
vinte) horas de trabalho anuais; 
III - o valor máximo da hora trabalhada corresponderá aos 
seguintes percentuais, incidentes sobre o maior vencimento básico 
da administração pública federal: 
a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se tratando de 
atividades previstas nos incisos I e II do caput deste artigo; 
b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se tratando de 
atividade prevista nos incisos III e IV do caput deste artigo. 
 
§ 2º A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso somente será paga 
se as atividades referidas nos incisos do caput deste artigo forem exercidas 
sem prejuízo das atribuições do cargo de que o servidor for titular, devendo 
ser objeto de compensação de carga horária quando desempenhadas 
durante a jornada de trabalho, na forma do § 4º do art. 98 desta Lei. 
 
§ 3º A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso não se incorpora ao 
vencimento ou salário do servidor para qualquer efeito e não poderá ser 
utilizada como base de cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive 
para fins de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões. 
 
Diante do quase “auto-explicação” que o texto legal nos fornece, podemos 
assinalar, com tranquilidade, a alternativa D em nossas folhas de resposta. 
 
Afinal, Mariana está exercendo atividades previstas no inciso II do caput do 
art. 76-A, enquanto Lucas exerce aquelas previstas no inciso IV. 
 
Gabarito: D 
 
 
 
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Questão 15 
(FCC – TRE-CE – Analista Judiciário – 2012) – Segundo a Lei no 8.112/90, 
NÃO se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito 
(A) os adicionais, apenas. 
(B) as gratificações, apenas. 
(C) as indenizações, apenas. 
(D) as indenizações e os adicionais. 
(E) as gratificações e os adicionais. 
 
Resolução 
 
Hora de convocarmos o art. 49 da Lei 8.112/1990 para nos mostrar o gabarito 
da questão: 
Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes 
vantagens: 
I - indenizações; 
II - gratificações; 
III - adicionais. 
§ 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento 
para qualquer efeito. 
§ 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento 
ou provento, nos casos e condições indicados em lei. 
 
Vejam que, além do §1º trazer a característica das indenizações de não 
incorporar aos vencimentos ou proventos, o §2º permite a incorporação de 
gratificações e adicionais, desde que previstos em lei. 
 
Gabarito: C 
 
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QUESTÕES PROPOSTAS NESTA AULA 
 
Questão 1 
(CESPE – TCU – Auditor Federal de Controle Externo – 2011) - À luz do 
disposto na Lei nº 8.112/1990 e em suas posteriores alterações, julgue o item, 
a respeito dos agentes públicos, servidores públicos, direitos e deveres e 
responsabilidades, bem como de processo administrativo disciplinar, 
sindicância e inquérito. 
__ A administração pode deferir pedido de licença sem remuneração, por até 
três anos consecutivos, a servidor público ocupante de cargo efetivo que esteja 
no segundo ano do estágio probatório, se a licença for para tratar de 
interesses particulares. 
 
Questão 2 
(CESPE – FUB – Contador – 2011) – Com base na Lei n.º 8.112/1990, julgue o 
item a seguir. 
__ Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, 
importância superior à soma dos valores percebidos como remuneração, em 
espécie, a qualquer título, no âmbito do Poder Executivo, pelos ministros de 
Estado, estando incluídos nesse limite a gratificação natalina e o adicional de 
férias. 
 
Questão 3 
(CESPE – FUB - Contador – 2011) – Com base na Lei n.º 8.112/1990, julgue o 
item a seguir. 
__ Na hipótese de o servidor trabalhar em local insalubre e em contato 
permanente com substâncias radioativas, a lei determinaa obrigatoriedade de 
o servidor optar por apenas um dos adicionais: insalubridade ou 
periculosidade. 
 
Questão 4 
(CESPE – FUB – Conhecimentos Básicos – 2011) – Com base na Lei nº 
8.112/1990, julgue o item que se segue. 
__ Os servidores efetivos cumprem jornada de trabalho fixado em razão das 
atribuições pertinentes aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima 
do trabalho semanal de 44 horas. 
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Questão 5 
(CESPE – FUB – Analista de Tecnologia da Informação – 2011) - Com base na 
Lei nº 8.112/1990, julgue o item. 
__ A gratificação por encargo de curso ou concurso não se incorpora ao 
vencimento ou salário do servidor para qualquer efeito e não poderá ser 
utilizada como base de cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para 
fins de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões. 
 
 
Questão 6 
(CESPE – FUB – Analista de Tecnologia da Informação – 2011) - Com base na 
Lei nº 8.112/1990, julgue o item. 
__ Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, 
importância superior à soma dos valores percebidos como remuneração, em 
espécie, a qualquer título, no âmbito do Poder Executivo, pelos ministros de 
Estado, estando incluídos nesse limite a gratificação natalina e o adicional de 
férias. 
 
 
Questão 7 
(CESPE – STM – Analista Judiciário – 2011) – A respeito dos servidores 
públicos e do regime estabelecido pela Lei n.º 8.112/1990, julgue os itens a 
seguir. 
__ A remuneração de servidor público pode ser fixada ou alterada apenas 
mediante lei específica. 
 
 
Questão 8 
(CESPE – TRE-BA – Técnico Judiciário – 2010) – Julgue o item que se segue, 
acerca do regime jurídico dos servidores públicos, estabelecido na Lei n.º 
8.112/1990. 
__ O servidor que faltar ao serviço sem motivo justificado perderá o dia de 
remuneração. 
 
 
 
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Questão 9 
(CESPE – TRE-BA – Analista Judiciário – 2010) – Acerca do regime jurídico dos 
servidores públicos, estabelecido na Lei n.º 8.112/1990, julgue o item que se 
segue. 
__ As diárias são devidas ao servidor que se ausenta a serviço da sede da 
repartição para outro ponto do território nacional em caráter eventual ou 
transitório. Se o deslocamento em caráter eventual ou transitório se der para o 
exterior, o servidor fará jus ao recebimento de ajuda de custo. 
 
Questão 10 
(FCC – TRT-7ª Região/CE – Analista Judiciário – 2009) – Em tema de Direito 
de Petição assegurado ao servidor público nos termos da Lei nº 8.112/90, 
considere: 
I. O direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse 
legítimo é imprescritível. 
II. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados 
de ilegalidade. 
III. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou 
proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado. 
IV. Caberá recurso, dentre outras hipóteses, do deferimento de pedido de 
reconsideração sucessivamente interposto. 
V. O prazo para a interposição de recurso é de quinze dias, a contar do ato que 
deferiu ou indeferiu o pedido de reconsideração. 
É correto o que se afirma APENAS em 
(A) I, II e IV. 
(B) I e IV. 
(C) IV e V. 
(D) II e III. 
(E) II, III e V. 
 
Questão 11 
(FCC – TRT-7ª Região/CE – Analista Judiciário – 2009) – Quanto ao Direito de 
Petição garantido ao servidor público na Lei nº 8.112/90, considere: 
I. O recurso contra o deferimento ou indeferimento do pedido de 
reconsideração deverá ser recebido pela autoridade julgadora, que 
suspenderá, em qualquer hipótese, os efeitos da decisão recorrida. 
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II. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados 
de ilegalidade. 
III. O requerimento e o pedido de reconsideração deverão ser despachados no 
prazo de cinco dias e decididos dentro de trinta dias. 
IV. A prescrição é de ordem interna, podendo ser relevada pela administração, 
observado o prazo de cento e oitenta dias contados a partir da ciência, pelo 
interessado, da decisão recorrida. 
V. O recurso contra o deferimento ou indeferimento do pedido de 
reconsideração será julgado por intermédio da autoridade a que estiver 
subordinado o requerente, considerado o prazo de quinze dias a contar da 
baixa da decisão impugnada. 
É correto o que se afirma APENAS em 
(A) II, IV e V. 
(B) II e III. 
(C) I e IV. 
(D) II e V. 
(E) I, III e V. 
 
 
Questão 12 
(FCC – TRT-7ª Região/CE – Técnico Judiciário – 2009) – “X”, Técnico Judiciário 
do Tribunal Regional do Trabalho – 7ª Região, após regular processo 
administrativo pela prática de abandono de cargo, foi punido com a pena de 
demissão. Inconformado, nos termos da Lei nº 8.112/90, pretende exercer o 
seu “direito de petição”, visando a reconsideração da sua demissão. Nesse 
caso, o 
(A) pedido de reconsideração não interrompe a prescrição, podendo ser 
relevado pela administração. 
(B) requerimento deverá ser despachado no prazo de quinze dias e decidido 
dentro de cento e oitenta dias. 
(C) requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e 
encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente 
subordinado o requerente. 
(D) prazo para interposição do pedido de reconsideração é de vinte dias, a 
contar da assinatura do ato de demissão pela autoridade competente. 
(E) direito de requerer prescreve em três anos quanto aos atos de demissão e 
noventa dias, nos demais casos. 
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Questão 13 
(FCC – TRE-SP – Técnico Judiciário – 2012) – Para responder esta questão, 
considere a Lei nº 8.112/1990. 
Alexandre, analista judiciário (área judiciária), ausentou-se do Brasil, pelo 
período de 4 (quatro) anos, para a realização de um trabalho científico de 
natureza jurídica em instituição de ensino superior na Inglaterra, com a regular 
autorização do Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
Referida situação diz respeito 
(A) à licença para capacitação. 
(B) ao afastamento para servir em outra entidade. 
(C) ao afastamento para estudo no exterior. 
(D) à licença para tratar de assuntos particulares. 
(E) ao afastamento para participação em programa de pós-graduação stricto 
sensu. 
 
Questão 14 
(FCC – TRE-SP – Analista Judiciário – 2012) – Para responder esta questão, 
considere a Lei no 8.112/1990 
Mariana, servidora pública federal, participa de uma Comissão para a 
elaboração de questões de provas, enquanto Lucas, também servidor público 
federal, supervisiona a aplicação, fiscalização e avaliação de provas de 
concurso público para provimento de cargos no âmbito do Tribunal Regional 
Eleitoral. Ambos os servidores têm direito à gratificação por encargo de 
concurso, sendo que o valor máximo da hora trabalhada corresponderá a 
valores incidentes sobre o maior vencimento básico da Administração Pública 
Federal, respectivamente, nos seguintes percentuais:

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