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Regime Jurídico Único para INSS

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AULA 04 
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO e REGIME JURÍDICO ÚNICO PARA INSS – 
Teoria e Exercícios 
Professor: HENRIQUE CAMPOLINA 
Prof. Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 1 
 
 
Olá, Futuro Servidor Concursado do INSS! 
 
 
Hoje finalizaremos nossos estudos sobre o Regime Jurídico Único (Lei nº 
8.112/1990): 
� Título VI: Da Seguridade Social do Servidor 
� Título VII (Todos os artigos deste título encontram-se revogados) 
� Título VIII: Das Disposições Gerais 
� Título IX: Das Disposições Transitórias e Finais 
 
 
Os dispositivos dos citados Títulos são menos cobrados, historicamente, nos 
concursos públicos, mas precisamos percorrê-los para finalizarmos nossa 
preparação acerca da Lei nº 8.112/1990. 
 
 
Boa aula para todos nós !!! 
 
 
Críticas e sugestões poderão ser enviadas para: 
henriquecampolina@pontodosconcursos.com.br 
 
 
Prof. Henrique Campolina 
Março/2013 
 
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2. A Estrutura da Lei Federal nº 8.112/1990 (continuação) 
 
2.7. Título IV – Da Seguridade Social do Servidor 
 
Apesar de possuir um nome mais abrangente, este Título trata do regime 
previdenciário dos servidores públicos. Vejam algumas normas (com suas 
respectivas ementas) que são também se referem a este tema: 
� LEI nº 10.887/2004 – Dispõe sobre a aplicação de disposições da Emenda 
Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, altera dispositivos das 
Leis nos 9.717, de 27 de novembro de 1998, 8.213, de 24 de julho de 
1991, 9.532, de 10 de dezembro de 1997, e dá outras providências. 
 
� LEI nº 8.212/1991 – Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, 
institui Plano de Custeio, e dá outras providências. 
 
� LEI nº 5.890/1973 – Altera a legislação de previdência social e dá outras 
previdências. 
 
� DECRETO nº 3.048/1999 – Aprova o Regulamento da Previdência Social, e 
dá outras providências. 
 
Disposições Gerais 
Art. 183. A União manterá Plano de Seguridade Social para o servidor e 
sua família. 
§ 1º O servidor ocupante de cargo em comissão que não seja, 
simultaneamente, ocupante de cargo ou emprego efetivo na administração 
pública direta, autárquica e fundacional não terá direito aos benefícios do 
Plano de Seguridade Social, com exceção da assistência à saúde.1 
§ 2º O servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem direito à 
remuneração, inclusive para servir em organismo oficial internacional do 
qual o Brasil seja membro efetivo ou com o qual coopere, ainda que 
contribua para regime de previdência social no exterior, terá suspenso o 
seu vínculo com o regime do Plano de Seguridade Social do Servidor 
Público enquanto durar o afastamento ou a licença, não lhes assistindo, 
neste período, os benefícios do mencionado regime de previdência. 
§ 3º Será assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem remuneração 
a manutenção da vinculação ao regime do Plano de Seguridade Social do 
Servidor Público, mediante o recolhimento mensal da respectiva 
contribuição, no mesmo percentual devido pelos servidores em atividade, 
incidente sobre a remuneração total do cargo a que faz jus no exercício de 
suas atribuições, computando-se, para esse efeito, inclusive, as vantagens 
pessoais. 
§ 4º O recolhimento de que trata o § 3º deve ser efetuado até o segundo 
dia útil após a data do pagamento das remunerações dos servidores 
 
1 §§ 1º, 2º, 3º e 4º alterados pela Lei nº 10.667/2003 
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públicos, aplicando-se os procedimentos de cobrança e execução dos 
tributos federais quando não recolhidas na data de vencimento. 
 
Em virtude da variedade de vínculos que ligam os servidores à Administração 
Pública, encontramos diferentes regimes jurídicos que refletem, também, na 
situação previdenciária de cada um deles. 
 
Os servidores públicos ocupantes de cargos públicos efetivos possuem um 
regime específico para sua categoria (institucional ou estatutária). Os demais 
(empregados públicos, ocupantes exclusivos de cargos em comissão e os 
ocupantes de cargos/funções temporárias) estão sujeitos ao regime 
previdenciário previsto na CLT. 
 
Os §§ do art. 183 trazem disposições acerca da situação de servidores: 
� Ocupante exclusivo de cargo em comissão: que não terá direito aos 
benefícios do Plano de Seguridade Social, com exceção da assistência à 
saúde; 
� Afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem remuneração: que terá 
suspenso o seu vínculo com o regime do Plano de Seguridade Social do 
Servidor Público enquanto durar o afastamento ou a licença, não lhes 
assistindo, neste período, os benefícios do mencionado regime de 
previdência. 
 
Está assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem remuneração a 
manutenção da vinculação ao regime do Plano de Seguridade Social do 
Servidor Público. Para isto o servidor deverá providenciar: 
� Recolhimento mensal da respectiva contribuição; 
� Recolhimento até o 2º dia útil após a data do pagamento das 
remunerações dos servidores públicos. 
 
A tais recolhimentos serão aplicados os procedimentos de cobrança e execução 
dos tributos federais, quando não recolhidas na data de vencimento. 
 
Art. 184. O Plano de Seguridade Social visa a dar cobertura aos riscos a 
que estão sujeitos o servidor e sua família, e compreende um conjunto de 
benefícios e ações que atendam às seguintes finalidades: 
I - garantir meios de subsistência nos eventos de doença, invalidez, 
velhice, acidente em serviço, inatividade, falecimento e reclusão; 
II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade; 
III - assistência à saúde. 
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Parágrafo único. Os benefícios serão concedidos nos termos e condições 
definidos em regulamento, observadas as disposições desta Lei. 
 
Aqui encontramos as principais finalidades a serem alcançadas pelo Plano de 
Seguridade Social desta Lei. 
 
Infelizmente, até ontem, não tinha sido editado o regulamento previsto e 
comandado no parágrafo único deste artigo. 
 
Art. 185. Os benefícios do Plano de Seguridade Social do servidor 
compreendem: 
I - quanto ao servidor: 
a) aposentadoria; 
b) auxílio-natalidade; 
c) salário-família; 
d) licença para tratamento de saúde; 
e) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade; 
f) licença por acidente em serviço; 
g) assistência à saúde; 
h) garantia de condições individuais e ambientais de trabalho satisfatórias; 
II - quanto ao dependente: 
a) pensão vitalícia e temporária; 
b) auxílio-funeral; 
c) auxílio-reclusão; 
d) assistência à saúde. 
§ 1º As aposentadorias e pensões serão concedidas e mantidas pelos 
órgãos ou entidades aos quais se encontram vinculados os servidores, 
observado o disposto nos arts. 189 e 224. 
§ 2º O recebimento indevido de benefícios havidos por fraude, dolo ou má-
fé, implicará devolução ao erário do total auferido, sem prejuízo da ação 
penal cabível. 
 
Vamos trazer mais um quadro-resumo, fazendo um comparativo sobre os 
destinatários dos benefícios previstos no art. 185 da Lei 8.112/1990: 
 
BENEFÍCIOS DO PLANO DE SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR 
Para o Servidor Para seus Dependentes 
Aposentadoria 
Pensãovitalícia e temporária 
Auxílio-natalidade 
Salário-família 
Auxílio-funeral 
Licença para tratamento de saúde 
Licença à gestante, à adotante e paternidade 
Auxílio-reclusão 
Licença por acidente em serviço 
Assistência à saúde 
Assistência à saúde 
Garantia de condições de trabalho satisfatórias 
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Como não poderia deixar de ser, caso ocorra fraude, dolo ou má-fé na 
obtenção de tais benefícios, estes autores deverão devolver ao erário o total 
auferido e, ainda, assim, poderão responder criminalmente por seus atos. 
 
Agora, a Lei trará disposições acerca de cada benefício. Vamos analisá-los: 
 
Dos Benefícios 
� Da Aposentadoria 
Art. 186. O servidor será aposentado: (Vide art. 40 da Constituição) 
I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando 
decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, 
contagiosa ou incurável, especificada em lei, e proporcionais nos demais 
casos; 
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos 
proporcionais ao tempo de serviço; 
III - voluntariamente: 
a) aos 35 anos de serviço, se homem, e aos 30 se mulher, com proventos 
integrais; 
b) aos 30 anos de efetivo exercício em funções de magistério se 
professor, e 25 se professora, com proventos integrais; 
c) aos 30 anos de serviço, se homem, e aos 25 se mulher, com proventos 
proporcionais a esse tempo; 
d) aos 65 anos de idade, se homem, e aos 60 se mulher, com proventos 
proporcionais ao tempo de serviço. 
§ 1º Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se 
refere o inciso I deste artigo, tuberculose ativa, alienação mental, 
esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no 
serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson, 
paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, 
nefropatia grave, estados avançados do mal de Paget (osteíte 
deformante), Síndrome de Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e outras que 
a lei indicar, com base na medicina especializada. 
§ 2º Nos casos de exercício de atividades consideradas insalubres ou 
perigosas, bem como nas hipóteses previstas no art. 71, a aposentadoria 
de que trata o inciso III, "a" e "c", observará o disposto em lei específica. 
§ 3º Na hipótese do inciso I o servidor será submetido à junta médica 
oficial, que atestará a invalidez quando caracterizada a incapacidade para 
o desempenho das atribuições do cargo ou a impossibilidade de se aplicar 
o disposto no art. 24.2 
 
Primeiro precisamos memorizar que a aposentadoria poderá ser: 
� Compulsória; 
� Voluntária; 
� Por invalidez permanente; 
 
 
2 Incluído pela Lei nº 9.527/1997 
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Há doutrinadores que citam também as aposentadorias especiais ou 
diferenciadas, referentes à atividade pedagógica (professores), àqueles 
serviços prestados em condições insalubre, perigosas ou penosas, dentre 
outros. 
 
Entendamos um pouco mais de cada uma delas: 
 
Comecemos pela aposentadoria por invalidez permanente ou por incapacidade 
real (ambas as denominações são utilizadas para caracterizar esta espécie de 
aposentadoria): 
� Proventos integrais – se decorrente de: 
• acidente em serviço, 
• moléstia profissional ou 
• pelas seguintes doenças graves, contagiosas ou incuráveis, além de 
outras que a lei indicar, com base na medicina especializada: 
� tuberculose ativa, 
� alienação mental, 
� esclerose múltipla, 
� neoplasia maligna, 
� cegueira posterior ao ingresso no serviço público, 
� hanseníase, 
� cardiopatia grave, 
� doença de Parkinson, 
� paralisia irreversível e incapacitante, 
� espondiloartrose anquilosante, 
� nefropatia grave, 
� estados avançados do mal de Paget (osteíte deformante) e 
� Síndrome de Imunodeficiência Adquirida – AIDS. 
� Proventos proporcionais nos demais casos; 
� Servidor deverá ser submetido à junta médica oficial, que atestará a 
invalidez quando caracterizada a incapacidade para o desempenho das 
atribuições do cargo; 
� O atestado da junta médica oficial também deverá avaliar a 
impossibilidade do servidor ser readaptado (art. 24 da Lei 8.112/1990); 
� Será precedida de licença para tratamento de saúde, por período não 
excedente a 24 meses. 
 
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Art. 187. A aposentadoria compulsória será automática, e declarada por 
ato, com vigência a partir do dia imediato àquele em que o servidor atingir 
a idade-limite de permanência no serviço ativo. 
 
Características importantes da aposentadoria compulsória: 
� Idade-limite não diferencia os servidores quanto ao sexo; 
� Compulsória; 
� Automática; 
� Declarada por ato. 
 
Não serão levados em consideração outros fatores ou requisitos, como, por 
exemplo, tempo mínimo de serviço público ou tempo, para a determinação 
desta aposentadoria. Tais situações poderão afetar o valor do provento da 
aposentadoria, mas não interferirão na idade-limite legalmente estabelecida. 
 
Este limite é muito questionado, uma vez que, atualmente, em decorrência da 
melhoria das condições sociais de nosso país, diversos servidores públicos são 
aposentados compulsoriamente estando em plena capacidade mental para 
desenvolver suas atividades no serviço público. E suas saídas da vida ativa do 
órgão ocasionam perdas de conhecimento, experiência e memória institucional. 
 
Lembrem-se que para se alterar este limite é necessário a aprovação de 
Emenda Constitucional, uma vez que ele foi determinado em nossa Magna 
Carta (inciso II do §1º do art. 40). 
 
 
Início Da Vigência Da Aposentadoria Compulsória 
Dia imediatamente posterior àquele em que o servidor 
completar 70 anos. 
 
Art. 188. A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da 
data da publicação do respectivo ato. 
§ 1º A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para 
tratamento de saúde, por período não excedente a 24 meses. 
§ 2º Expirado o período de licença e não estando em condições de 
reassumir o cargo ou de ser readaptado, o servidor será aposentado. 
§ 3º O lapso de tempo compreendido entre o término da licença e a 
publicação do ato da aposentadoria será considerado como de prorrogação 
da licença. 
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§ 4º Para os fins do disposto no § 1º deste artigo, serão consideradas 
apenas as licenças motivadas pela enfermidade ensejadora da invalidez ou 
doenças correlacionadas.3 
§ 5º A critério da Administração, o servidor em licença para tratamento de 
saúde ou aposentado por invalidez poderá ser convocado a qualquer 
momento, para avaliação das condições que ensejaram o afastamento ou a 
aposentadoria. 
 
 
Início Das Vigências Das Aposentadorias Voluntária 
e por Invalidez 
Início das aposentadorias voluntária ou por invalidez: a 
partir da data de publicação do respectivo ato. 
 
Importante também lembrarmos que, apesar da aposentadoria ser um ato 
perfeito que se revestede eficácia após sua publicação, ela se sujeita à 
apreciação do TCU, conforme previsto no inciso III do art. 71 da CF/88. 
 
Confiram comigo: 
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o 
auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: 
... 
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de 
pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações 
instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de 
provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, 
reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o 
fundamento legal do ato concessório; (grifos meus) 
 
O artigo 188 traz mais alguns dispositivos referentes às licenças de servidores 
que antecedem a concessão de aposentadoria por invalidez. 
 
Art. 189. O provento da aposentadoria será calculado com observância do 
disposto no § 3º do art. 41, e revisto na mesma data e proporção, sempre 
que se modificar a remuneração dos servidores em atividade. 
Parágrafo único. São estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou 
vantagens posteriormente concedidas aos servidores em atividade, 
inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo 
ou função em que se deu a aposentadoria. 
 
Sobre os proventos da aposentadoria, podemos dizer que: 
 
� Não poderão exceder a remuneração dos servidores ativos; 
 
 
3 §§ 4º e 5º incluídos pela Lei nº 11.907/2009 
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� É vedada percepção de mais de uma aposentadoria estatutária. 
Exceção: aposentadorias decorrentes de cargos acumuláveis na 
atividade; 
 
� É vedada percepção de aposentadoria com remuneração de cargo. 
Exceção: cargos acumuláveis, em comissão e eletivos, salvo anterior 
emenda, por concurso público; 
 
� Extensão de quaisquer vantagens ou benefícios posteriormente 
concedidos (incluindo transformação ou reclassificação do cargo); 
 
� Não poderão exceder o limite do teto remuneratório. 
 
Atualmente, a obtenção de aposentadoria integral e com paridade só é possível 
para os servidores que ingressaram no serviço público até 31/12/2003, quando 
atendidos os requisitos constantes na EC 41/2003 (art. 6º). 
 
Art. 190. O servidor aposentado com provento proporcional ao tempo de 
serviço se acometido de qualquer das moléstias especificadas no § 1º do 
art. 186 desta Lei e, por esse motivo, for considerado inválido por junta 
médica oficial passará a perceber provento integral, calculado com base no 
fundamento legal de concessão da aposentadoria.4 
 
Regra de transição do tipo de aposentadoria, no decorrer do gozo do benefício, 
transformando a aposentadoria com provento proporcional em integral. 
 
Art. 191. Quando proporcional ao tempo de serviço, o provento não será 
inferior a 1/3 (um terço) da remuneração da atividade. 
 
A regra geral para cálculo do valor do benefício da aposentadoria leve em 
consideração o tempo de contribuição para o regime previdenciário. 
 
A Lei 10.887/2004 determina que tal benefício deverá ser calculado com base 
na média dos salários de contribuição do servidor, além de outros fatores que 
servirão para estabelecer este valor. 
 
 
4 Redação dada pela Lei nº 11.907/2009 
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O que o art. 191 determina é que, após a conclusão dos cálculos para 
determinação do benefício previdenciário, o valor do provento não poderá ser 
inferior a 1/3 da remuneração normal do último cargo ocupado pelo servidor. 
 
Artigos192 e 193 (revogados) 
Art. 194. Ao servidor aposentado será paga a gratificação natalina, até o 
dia vinte do mês de dezembro, em valor equivalente ao respectivo 
provento, deduzido o adiantamento recebido. 
 
Garantia de recebimento, pelos aposentados, da gratificação popularmente 
conhecida como “13º Salário”. 
 
Art. 195. Ao ex-combatente que tenha efetivamente participado de 
operações bélicas, durante a Segunda Guerra Mundial, nos termos da Lei 
nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, será concedida aposentadoria com 
provento integral, aos 25 anos de serviço efetivo. 
 
Direito assegurado aos ex-combatentes da 2º Grande Guerra (ordenamentos 
jurídicos costumam proteger e recompensar os cidadãos que defenderam o 
país em conflitos armados mundiais). 
 
Os requisitos que devem aqui ser observados e atendidos, para concessão de 
aposentadoria com provento integral, são: 
� Ex-combatente que tenha efetivamente participado de operações bélicas, 
durante a Segunda Guerra Mundial; 
� Ter 25 anos de serviço efetivo; 
 
A norma ainda manda observar os dispositivos da Lei nº 5.315, de 12.09.1967, 
porque ela “regulamenta o art. 178 da Constituição do Brasil, que dispõe sôbre 
os ex-combatentes da 2ª Guerra Mundial”5. 
 
� Do Auxílio-Natalidade 
 
Art. 196. O auxílio-natalidade é devido à servidora por motivo de 
nascimento de filho, em quantia equivalente ao menor vencimento do 
serviço público, inclusive no caso de natimorto. 
§ 1º Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido de 50%, por 
nascituro. 
§ 2º O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro servidor público, 
quando a parturiente não for servidora. 
 
5 Ementa da Lei nº 5.315/1967 
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Aqui a Lei dispõe sobre o auxílio-natalidade: 
� Estendendo o benefício ao caso de natimorto (aquele que nasceu morto); 
� Acrescendo-o nas situações de partos múltiplos: 50% por nascituro 
(aquele que há de nascer); 
� Limitando-o ao menor vencimento do serviço público; 
� Estendendo-o aos servidores públicos cônjuges ou companheiros de 
parturiente não servidora; 
� Pagamento em parcela única. 
 
Em razão deste §2º, a Doutrina reconhece que no caso de ambos pais do 
nascituro sejam servidores, o benefício será concedido apenas à servidora. 
 
� Do Salário-Família 
 
Vamos analisar os próximos 5 artigos, que tratam do salário-família, 
conjuntamente. Antes, porém, sugiro mais uma leitura dos dispositivos legais: 
 
Art. 197. O salário-família é devido ao servidor ativo ou ao inativo, por 
dependente econômico. 
Parágrafo único. Consideram-se dependentes econômicos para efeito de 
percepção do salário-família: 
I - o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os enteados até 21 
(vinte e um) anos de idade ou, se estudante, até 24 (vinte e quatro) anos 
ou, se inválido, de qualquer idade; 
II - o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante autorização judicial, 
viver na companhia e às expensas do servidor, ou do inativo; 
III - a mãe e o pai sem economia própria. 
 
Art. 198. Não se configura a dependência econômica quando o beneficiário 
do salário-família perceber rendimento do trabalho ou de qualquer outra 
fonte, inclusive pensão ou provento da aposentadoria, em valor igual ou 
superior ao salário-mínimo. 
 
Art. 199. Quando o pai e mãe forem servidores públicos e viverem em 
comum, o salário-família será pago a um deles; quando separados, será 
pago a um e outro, de acordo com a distribuição dos dependentes.Parágrafo único. Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto, a madrasta e, 
na falta destes, os representantes legais dos incapazes. 
 
Art. 200. O salário-família não está sujeito a qualquer tributo, nem servirá 
de base para qualquer contribuição, inclusive para a Previdência Social. 
 
Art. 201. O afastamento do cargo efetivo, sem remuneração, não acarreta 
a suspensão do pagamento do salário-família. 
 
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Salário-família: benefício relacionado ao tamanho do agrupamento familiar 
(dependentes econômicos); 
 
Dependentes econômicos (conceito muito próximo daquela utilizado na 
caracterização dos dependentes na Declaração de Ajuste Anual do Imposto de 
Renda por nós, pessoas físicas): 
� Cônjuge ou companheiro; 
� Filhos, inclusive os enteados, até 21 anos de idade; 
� Filhos estudantes, até 24 anos; 
� Filhos inválidos, de qualquer idade; 
� Menor de 21 anos que, mediante autorização judicial, viver na 
companhia e às expensas do servidor ou do inativo; 
� Mãe sem economia própria; 
� Pai sem economia própria. 
 
 
Exclusão de dependentes: se alguma das pessoas acima listadas perceberem 
rendimento (de qualquer fonte, inclusive pensão ou aposentadoria), em valor 
igual ou superior ao salário-mínimo. 
 
 
Extinção do benefício: este aqui é bem tranquilo, por ser lógico. Vejam: 
� Por falecimento do dependente; 
� Quando os dependentes completarem as idades máximas: 21 ou 24 
anos, conforme o caso; 
� Com a cessação da invalidez do filho; 
� Caso a renda do segurado ultrapasse o limite estabelecido para 
concessão do benefício; 
� Caso os dependentes comecem a receber renda superior a um salário 
mínimo. 
 
Vedação de mais de um pagamento por dependente: Vejam as hipóteses: 
� pai e mãe servidores públicos vivendo em comum: apenas 1 receberá o 
benefício; 
� pai e mãe servidores públicos vivendo separado: cada um receberá o 
benefício em relação aos dependentes sob sua responsabilidade; 
 
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Equiparação dos responsáveis pelos incapazes: São equiparados, para efeito 
do recebimento do salário-família: 
� Pai; 
� Mãe; 
� Padrasto; 
� Madrasta e 
� Representantes legais. 
 
Isenção tributária: as cotas do salário-família não são incorporáveis aos 
salários do servidor. Desta forma, não estão sujeitas a tributação e nem 
servirão de base para contribuições, inclusive para a Previdência Social. 
 
 
� Da Licença para Tratamento de Saúde 
 
Novamente vou agrupar os dispositivos referentes a este benefício e tecer os 
comentários em seguida. Sempre vou lhes pedir mais uma leitura do texto 
normativo: 
 
Art. 202. Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a 
pedido ou de ofício, com base em perícia médica, sem prejuízo da 
remuneração a que fizer jus. 
 
Art. 203. A licença de que trata o art. 202 desta Lei será concedida com 
base em perícia oficial.6 
§ 1º Sempre que necessário, a inspeção médica será realizada na 
residência do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar 
internado. 
§ 2º Inexistindo médico no órgão ou entidade no local onde se encontra ou 
tenha exercício em caráter permanente o servidor, e não se configurando 
as hipóteses previstas nos parágrafos do art. 230, será aceito atestado 
passado por médico particular.7 
§ 3º No caso do § 2º deste artigo, o atestado somente produzirá efeitos 
depois de recepcionado pela unidade de recursos humanos do órgão ou 
entidade.8 
§ 4º A licença que exceder o prazo de 120 (cento e vinte) dias no período 
de 12 (doze) meses a contar do primeiro dia de afastamento será 
concedida mediante avaliação por junta médica oficial. 
§ 5º A perícia oficial para concessão da licença de que trata o caput deste 
artigo, bem como nos demais casos de perícia oficial previstos nesta Lei, 
 
6 Redação dada pela Lei nº 11.907/2009 
7 Redação dada pela Lei nº 9.527/1997 
8 §§ 3º, 4º e 5º alterados pela Lei nº 11.907/2009 
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será efetuada por cirurgiões-dentistas, nas hipóteses em que abranger o 
campo de atuação da odontologia. 
 
Art. 204. A licença para tratamento de saúde inferior a 15 dias, dentro de 
1 (um) ano, poderá ser dispensada de perícia oficial, na forma definida em 
regulamento.9 
 
Art. 205. O atestado e o laudo da junta médica não se referirão ao nome 
ou natureza da doença, salvo quando se tratar de lesões produzidas por 
acidente em serviço, doença profissional ou qualquer das doenças 
especificadas no art. 186, § 1º. 
 
Art. 206. O servidor que apresentar indícios de lesões orgânicas ou 
funcionais será submetido a inspeção médica. 
 
Art. 206-A. O servidor será submetido a exames médicos periódicos, nos 
termos e condições definidos em regulamento.10 
 
Licença para tratamento de saúde: características: 
� Concedida a pedido ou de ofício; 
� Sem prejuízo da remuneração a que fizer jus; 
� Concedida por prazo determinado; 
� Com base em perícia médica: 
• Oficial – médica ou odontológica; 
• Realizada na residência do servidor ou em estabelecimento hospitalar; 
• Pode ser dispensada p/licenças inferiores a 15 dias, dentro de 1 ano; 
• Possibilidade de aceitação de atestado passado por médico particular. 
Hipótese em que o atestado só produzirá efeitos após ser recepcionado 
pela unidade de recursos humanos do órgão ou entidade; 
• Submissão a exames clínicos poderá ser imposta ao servidor, caso a 
situação possa ocasionar riscos de contágio ou de piora de seu estado 
de saúde. 
 
� Da Licença à Gestante, à Adotante e da Licença-Paternidade 
Art. 207. Será concedida licença à servidora gestante por 120 (cento e 
vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração. (Vide Decreto nº 
6.690, de 2008) 
§ 1º A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, 
salvo antecipação por prescrição médica. 
§ 2º No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do 
parto. 
§ 3º No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a 
servidora será submetida a exame médico, e se julgada apta, reassumirá o 
exercício. 
 
9 Redação dada pela Lei nº 11.907/2009 
10 Incluído pela Lei nº 11.907/2009 
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§ 4º No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito 
a 30 (trinta) dias de repouso remunerado. 
 
Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à 
licença-paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos. 
 
Art. 209. Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a 
servidora lactante terá direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora 
de descanso, que poderá ser parcelada em dois períodos de meia hora. 
 
Art. 210. À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança até 
1 (um) ano de idade, serão concedidos 90 (noventa) dias de licença 
remunerada. (Vide Decreto nº 6.691, de 2008) 
Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicialde criança com 
mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de que trata este artigo será de 30 
(trinta) dias. 
 
Licença-Paternidade, à Gestante, à Adotante - CARACTERÍSTICAS 
Características 
Licença à Servidora 
Gestante 
Licença à Adotante 
Licença-
Paternidade 
Prazo 
120 dias consecutivos 90 dias: adoção/guarda judicial 
- criança até 1 ano de idade 
5 dias 
consecutivos 
(nascimento ou 
adoção de filhos) 
30 dias: aborto 
30 dias: natimorto, para 
avaliação médica 
30 dias: adoção/guarda judicial 
- criança com mais de 1 ano 
Início 
Até 1º dia do 9º mês gestação 
Da adoção 
Do nascimento ou 
da adoção 
Por prescrição médica 
Do parto prematuro 
Remuneração Sem prejuízo da remuneração 
 
 
Também é importante memorizarmos o benefício dispensado às servidoras 
lactantes, durante os primeiros 6 meses de vida da(s) criança(s), de tempo (1 
hora ou 2 períodos de 30”), destinados à amamentação de seu(s) filho(s). 
 
Coloquei as opções de filho/criança no singular e plural, pois poderá haver 
parto múltiplo. E percebam que aqui não há qualquer previsão de acréscimo do 
prazo da licença para este tipo de gestação (como estudamos no auxílio, 
natalidade). 
 
� Da Licença por Acidente em Serviço 
 
Art. 211. Será licenciado, com remuneração integral, o servidor acidentado 
em serviço. 
 
Art. 212. Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido 
pelo servidor, que se relacione, mediata ou imediatamente, com as 
atribuições do cargo exercido. 
Parágrafo único. Equipara-se ao acidente em serviço o dano: 
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I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no 
exercício do cargo; 
II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa. 
 
Art. 213. O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamento 
especializado poderá ser tratado em instituição privada, à conta de 
recursos públicos. 
Parágrafo único. O tratamento recomendado por junta médica oficial 
constitui medida de exceção e somente será admissível quando inexistirem 
meios e recursos adequados em instituição pública. 
 
Art. 214. A prova do acidente será feita no prazo de 10 dias, prorrogável 
quando as circunstâncias o exigirem. 
 
Gostaria de saber por que o legislador incluiu o artigo 211 nesta Lei. E explico 
o motivo da minha dúvida. 
 
Para efeitos de cálculo de aposentadoria, se a invalidez for proveniente de 
acidente em serviço, conforme já estudamos aqui, os referidos proventos serão 
integrais. 
 
Contudo, acabamos de estudar que nas licenças para tratamento de saúde não 
há prejuízo da remuneração a que o servidor fizer jus. 
 
Portanto, vejam o que diz o artigo 212 e me digam: o tratamento aos danos ali 
listados também não podem ser enquadrados como “licença para tratamento 
de saúde”? mas tudo bem, isto foi só um desabafo, que, inclusive, poderá 
ajudá-los a memorizar este dispositivo, para relembrá-lo na hora da prova. 
 
Seguindo neste benefício, encontramos importantes disposições no art. 212, 
que auxiliam a caracterização de um acidente em serviço: 
� Dano sofrido pelo servidor relacionado com as atribuições de seu cargo; 
� Relação mediata ou imediata; 
� Dano físico (incluindo agressão sofrida e não provocada pelo servidor no 
exercício do cargo) ou mental; 
� Dano sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa. 
 
Percebam que a relação não é com o local do acidente, mas com sua relação 
com as atribuições do cargo exercido pelo servidor. 
 
Importante, também, não deixarmos passar em branco a expressão “não 
provocada pelo servidor” (inciso I do art. 212). Desta forma, caso o servidor 
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seja agredido em resposta ou revide a sua provocação, este acidente estará 
descaracterizado. 
 
O art. 213 traz aquela máxima que o empregador é responsável por seus 
empregados, durante o exercício de suas atribuições. 
 
Assim, ficará a Administração Pública responsável financeiramente pelo 
tratamento do servidor acidentado em serviço, caso o servidor necessite ser 
submetido a cuidados médicos em instituições de saúde privadas. 
 
Esta disposição é uma EXCEÇÃO à regra geral, que dispões sobre o tratamento 
em instituições da rede pública de saúde. 
 
Quanto ao art. 214, precisamos nos atentar para o prazo legal de 10 dias, 
prorrogáveis em função das circunstâncias do caso concreto, para realização 
da prova do acidente. 
 
 
� Da Pensão 
 
Em virtude da extensão dos dispositivos deste benefício, evitando submetê-los 
a uma maçante leitura e deixar os comentários distantes do texto legal, vamos 
analisar este capítulo artigo por artigo. 
 
Art. 215. Por morte do servidor, os dependentes fazem jus a uma pensão 
mensal de valor correspondente ao da respectiva remuneração ou 
provento, a partir da data do óbito, observado o limite estabelecido no art. 
42. 
 
Para clarear este dispositivo, precisamos trazer novamente a transcrição do 
citado art. 42 da Lei 8.112/1990, que trata do famoso “teto salarial máximo”: 
Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, 
importância superior à soma dos valores percebidos como remuneração, em 
espécie, a qualquer título, no âmbito dos respectivos Poderes, pelos Ministros de 
Estado, por membros do Congresso Nacional e Ministros do Supremo Tribunal 
Federal. 
Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as vantagens previstas nos 
incisos II a VII do art. 61. 
 
Art. 216. As pensões distinguem-se, quanto à natureza, em vitalícias e 
temporárias. 
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§ 1º A pensão vitalícia é composta de cota ou cotas permanentes, que 
somente se extinguem ou revertem com a morte de seus beneficiários. 
§ 2º A pensão temporária é composta de cota ou cotas que podem se 
extinguir ou reverter por motivo de morte, cessação de invalidez ou 
maioridade do beneficiário. 
 
Dispositivo de fácil compreensão. Precisamos gravar que a distinção das 
pensões em vitalícias e temporárias é uma classificação quanto à natureza: 
 
� Pensão vitalícia: extinção ou reversão apenas com a morte dos 
beneficiários; 
 
� Pensão temporária: poderá haver a extinção ou reversão por cessão da 
invalidez ou maioridade do beneficiário, além de sua morte. 
 
Logo, independente da natureza da pensão, a morte do beneficiário extinguirá 
o benefício. 
 
Art. 217. São beneficiários das pensões: 
I - vitalícia: 
a) o cônjuge; 
b) a pessoa desquitada, separada judicialmente ou divorciada, com 
percepção de pensão alimentícia; 
c) o companheiro ou companheira designado que comprove união estável 
como entidade familiar; 
d) a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do servidor; 
e) a pessoa designada, maior de 60 (sessenta) anos e a pessoa portadora 
de deficiência, que vivam sob a dependência econômica do servidor; 
II - temporária: 
a) os filhos, ou enteados, até 21 (vinte e um) anos de idade, ou, se 
inválidos, enquanto durar a invalidez; 
b) o menor sob guarda ou tutela até 21 anos de idade; 
c) o irmão órfão, até 21 (vinte e um) anos, e o inválido, enquanto durar a 
invalidez, que comprovemdependência econômica do servidor; 
d) a pessoa designada que viva na dependência econômica do servidor, até 
21 (vinte e um) anos, ou, se inválida, enquanto durar a invalidez. 
 
§ 1º A concessão de pensão vitalícia aos beneficiários de que tratam as 
alíneas "a" e "c" do inciso I deste artigo exclui desse direito os demais 
beneficiários referidos nas alíneas "d" e "e". 
 
§ 2º A concessão da pensão temporária aos beneficiários de que tratam as 
alíneas "a" e "b" do inciso II deste artigo exclui desse direito os demais 
beneficiários referidos nas alíneas "c" e "d". 
 
Vamos trazer mais quadros com informações compiladas, para facilitar a 
memorização das situações e características das pensões: 
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BENEFICIÁRIOS DAS PENSÕES 
Pensão vitalícia Pensão temporária 
Cônjuge Filhos e enteados, até 21 anos de idade 
Companheiro(a) com união estável 
comprovada 
Filhos e enteados inválidos, enquanto 
durar a invalidez 
Companheiro (a) separado, com 
percepção de pensão alimentícia 
Menor sob guarda ou tutela até 21 anos 
de idade 
 
 
DEMAIS BENEFICIÁRIOS DAS PENSÕES (“não automáticos”) 
Condição necessária Comprovada dependência econômica do servidor 
Pensão vitalícia Pensão temporária 
Mãe Irmão órfão, até 21 anos 
Pai Inválido 
Pessoa designada, maior de 60 anos 
Pessoa designada (21 anos ou inválido) 
Pessoa portadora de deficiência 
Condições para concessão destas pensões: 
Não haver: 
� Cônjuge ou 
� Companheiro(a) com união estável. 
Não haver: 
� Filhos/enteados (21 anos ou inválidos) ou 
� Menores (21 anos) sob guarda ou tutela 
 
 
Art. 218. A pensão será concedida integralmente ao titular da pensão 
vitalícia, exceto se existirem beneficiários da pensão temporária. 
§ 1º Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão vitalícia, o seu 
valor será distribuído em partes iguais entre os beneficiários habilitados. 
§ 2º Ocorrendo habilitação às pensões vitalícia e temporária, metade do 
valor caberá ao titular ou titulares da pensão vitalícia, sendo a outra 
metade rateada em partes iguais, entre os titulares da pensão temporária. 
§ 3º Ocorrendo habilitação somente à pensão temporária, o valor integral 
da pensão será rateado, em partes iguais, entre os que se habilitarem. 
 
O art. 218 traz as regras de rateio da pensão, nos casos onde existam mais de 
um beneficiário. Interessante gravarmos: 
� Pensão poderá ser rateada (quando existirem mais de um dependentes, 
ela deverá ser rateada); 
� O rateio será realizado em partes iguais entre os beneficiários 
pertencentes a um mesmo conjunto (vitalícios e temporários); 
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� Rateio inicial de “meio-a-meio” (50%) quando houver beneficiários 
vitalícios e temporários. Esta divisão inicial será destinada a cada 
conjunto de dependentes, ficando o posterior rateio vinculado ao item 
anterior (cotas iguais entre aqueles pertencentes a um mesmo 
conjunto); 
� Sempre que cessar o direito a um beneficiário, estes cálculos deverão ser 
refeitos (veremos isto no art. 223). 
 
Art. 219. A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo 
tão-somente as prestações exigíveis há mais de 5 (cinco) anos. 
 
Parágrafo único. Concedida a pensão, qualquer prova posterior ou 
habilitação tardia que implique exclusão de beneficiário ou redução de 
pensão só produzirá efeitos a partir da data em que for oferecida. 
 
Prescrição das prestações de pensão não requeridas: sabemos que quando se 
trata de matéria previdenciária, o direito às prestações não se submete à 
prescrição. 
 
Mas o que o art. 219 diz é que, por se tratar de pensão por morte, que possui 
também a natureza alimentar, as prestações vão prescrevendo relativas ao 
tempo superior ao quinquênio anterior à propositura da reclamação. 
 
Ou seja, apenas as parcelas vencidas a mais de 5 (cinco) anos sofrerão os 
efeitos da prescrição, quando não reclamadas/requeridas por seus 
beneficiários. 
 
Vejam o que diz a Súmula nº 85 do STJ, publicada em 02/07/1993, acerca 
desta matéria: 
“Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a Fazenda 
Publica figure como devedora, quando não tiver sido negado 
o próprio direito reclamado, a prescrição atinge apenas as 
prestações vencidas antes do quinquênio anterior a propositura 
da ação.” 
 
 
Habilitação tardia: aqui a legislação visa atingir alguns objetivos. Vejamos: 
� Tornar célere a prestação previdenciária, principalmente em função do 
difícil e frágil momento psicológico, emocional e financeiro, o qual os 
dependentes poderão estar vivendo; 
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� Evitar que a concessão da pensão seja retardada ou morosa em função 
de falta de habilitação de prováveis dependentes; 
� Garantir a segurança jurídica da situação já consolidada anteriormente, 
antes desta tardia habilitação. 
 
Art. 220. Não faz jus à pensão o beneficiário condenado pela prática de 
crime doloso de que tenha resultado a morte do servidor. 
 
Dispositivo lógico, não acham? Afinal uma pessoa não poderá se beneficiar de 
alguma ação dolosa. 
 
Desta forma, tais condutas tornarão seus autores indignos de se habilitarem à 
sucessão. 
 
Art. 221. Será concedida pensão provisória por morte presumida do 
servidor, nos seguintes casos: 
I - declaração de ausência, pela autoridade judiciária competente; 
II - desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou acidente 
não caracterizado como em serviço; 
III - desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo ou em 
missão de segurança. 
Parágrafo único. A pensão provisória será transformada em vitalícia ou 
temporária, conforme o caso, decorridos 5 (cinco) anos de sua vigência, 
ressalvado o eventual reaparecimento do servidor, hipótese em que o 
benefício será automaticamente cancelado. 
 
Morte presumida: refere-se aos casos onde não há certeza da ocorrência da 
morte da pessoa, seja pela dificuldade em se encontrar o corpo (ex: 
afogamento no oceano) ou em se identificar o cadáver (ex: corpo carbonizado 
em incêndio), ou em outra circunstância que ensejar a presunção do óbito. 
 
Pensão provisória por morte presumida: o benefício aqui visa eliminar ou 
minimizar os efeitos que a falta de rendimentos do servidor causará no 
agrupamento familiar. 
 
Hipóteses de morte presumida (Lei 8.112/90): 
� Declaração de ausência, pela autoridade judiciária competente. A 
ausência consiste no desaparecimento da pessoa, sem qualquer notícia 
ou vestígio de seu paradeiro. É o que diz o art. 22 do nosso Código Civil: 
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não 
houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, 
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o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará 
a ausência, e nomear-lhe-á curador. (grifo meu) 
 
� Desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou acidente não 
caracterizado como em serviço; 
 
� Desaparecimento no desempenhodas atribuições do cargo ou em missão 
de segurança. 
 
Transformação da pensão por morte presumida: decorridos 5 anos do 
desaparecimento/ausência do servidor, a pensão provisória será transformada 
em vitalícia ou temporária, conforme o caso do(s) beneficiário(s) 
 
Reaparecimento do servidor: o eventual aparecimento do servidor ensejará o 
cancelamento automático do benefício. Entendo que a devolução dos valores 
percebidos pelos beneficiários só deverá acontecer no caso de comprovada 
má-fé ou dolo dos mesmos. 
 
Art. 222. Acarreta perda da qualidade de beneficiário: 
I - o seu falecimento; 
II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a concessão 
da pensão ao cônjuge; 
III - a cessação de invalidez, em se tratando de beneficiário inválido; 
IV - a maioridade de filho, irmão órfão ou pessoa designada, aos 21 (vinte 
e um) anos de idade; 
V - a acumulação de pensão na forma do art. 225; 
VI - a renúncia expressa. 
Parágrafo único. A critério da Administração, o beneficiário de pensão 
temporária motivada por invalidez poderá ser convocado a qualquer 
momento para avaliação das condições que ensejaram a concessão do 
benefício.11 
 
Este artigo traz as hipóteses de perda da qualidade de beneficiário bastante 
lógicas e, com nossos estudos até aqui, acho que ficam nítidas as motivações 
de cada caso: 
� Falecimento; 
� Anulação do casamento: anulação do vínculo que ocasionava o benefício; 
� Cessação da invalidez: já que é a invalidez que enseja a dependência, 
quando atingida os limites de idade determinadas na lei; 
� Atingimento das idades-limites; 
 
11 Incluído pela Lei nº 11.907/2009 
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� Renúncia expressa: opção relacionada à autonomia da vontade da 
pessoa; 
� Acumulação de pensões: apenas esta hipótese ainda será aborada por 
nós (art. 225). 
 
Art. 223. Por morte ou perda da qualidade de beneficiário, a respectiva 
cota reverterá: 
I - da pensão vitalícia para os remanescentes desta pensão ou para os 
titulares da pensão temporária, se não houver pensionista remanescente 
da pensão vitalícia; 
II - da pensão temporária para os co-beneficiários ou, na falta destes, para 
o beneficiário da pensão vitalícia. 
 
Conforme já falamos, a “retirada de cena” de algum beneficiário (morte ou 
perda da qualidade de recebedor do benefício) ensejará recálculo das cotas da 
pensão. 
 
Assim, o art. 223 traz estas hipóteses e as regras a serem observadas em cada 
caso. 
 
Art. 224. As pensões serão automaticamente atualizadas na mesma data e 
na mesma proporção dos reajustes dos vencimentos dos servidores, 
aplicando-se o disposto no parágrafo único do art. 189. 
 
Aqui a lei traz regra para reajustamento das pensões. 
 
Art. 225. Ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção cumulativa 
de mais de duas pensões. 
 
Memorizem que a Lei 8.112/1990 veda a percepção cumulativa de MAIS DE 2 
pensões (talvez por entender que o filho menor, para manutenção de suas 
condições econômicas, em casos de falecimento de seus pais, necessitará dos 
valores das 2 pensões cumulativamente). 
 
 
� Do Auxílio-Funeral 
Art. 226. O auxílio-funeral é devido à família do servidor falecido na 
atividade ou aposentado, em valor equivalente a um mês da remuneração 
ou provento. 
§ 1º No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será pago somente 
em razão do cargo de maior remuneração. 
§ 2º (VETADO). 
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§ 3º O auxílio será pago no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, por meio 
de procedimento sumaríssimo, à pessoa da família que houver custeado o 
funeral. 
 
Art. 227. Se o funeral for custeado por terceiro, este será indenizado, 
observado o disposto no artigo anterior. 
 
Art. 228. Em caso de falecimento de servidor em serviço fora do local de 
trabalho, inclusive no exterior, as despesas de transporte do corpo 
correrão à conta de recursos da União, autarquia ou fundação pública. 
 
AUXÍLIO-FUNERAL – Características 
Situação Procedimento 
Valor 
� Servidor ativo: 1 mês da remuneração; 
� Servidor aposentado: 1 mês do provento; 
� Cumulação legal de cargos: 1 mês da maior remuneração. 
Prazo 48 horas, por meio de procedimento sumaríssimo. 
Beneficiário � Pessoa da família que houver custeado o funeral. 
Indenização � Se terceiro tiver custeado o funeral, observado o art. 226. 
Transporte 
do corpo 
� Correrão por conta da respectiva Administração, caso o 
óbito tenha ocorrido durante o serviço, fora do local de 
trabalho (inclusive no exterior) 
 
Outras considerações acerca do auxílio-funeral: 
� Apesar de ter caráter indenizatório, o auxílio-funeral não possui, em 
regra geral, relação direta com os gastos do procedimento fúnebre. 
Desta forma, se os familiares quiserem economizar no funeral, poderão, 
em proveito próprio, se apoderar do saldo; 
� Se os familiares gastaram um montante superior ao valor do auxílio-
funeral, não há que se falar em complemento do benefício ou 
indenização da diferença, em regra geral. 
Exceção: No caso de morte com responsabilidade atribuída ao Estado, já 
existiram julgados a favor do pagamento aos familiares, a título 
indenizatório, da diferença entre o valor comprovadamente 
gasto com o funeral e o valor do auxílio-funeral. 
 
� Do Auxílio-Reclusão 
Art. 229. À família do servidor ativo é devido o auxílio-reclusão, nos 
seguintes valores: 
I - dois terços da remuneração, quando afastado por motivo de prisão, em 
flagrante ou preventiva, determinada pela autoridade competente, 
enquanto perdurar a prisão; 
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II - metade da remuneração, durante o afastamento, em virtude de 
condenação, por sentença definitiva, a pena que não determine a perda de 
cargo. 
§ 1º Nos casos previstos no inciso I deste artigo, o servidor terá direito à 
integralização da remuneração, desde que absolvido. 
§ 2º O pagamento do auxílio-reclusão cessará a partir do dia imediato 
àquele em que o servidor for posto em liberdade, ainda que condicional. 
 
Objetivo do auxílio-reclusão: amparar os dependentes de servidor que vier a 
ser detido por motivos criminais. 
 
Destinatários do benefício: família do servidor ativo que estiver detido. 
 
Hipóteses de prisão: 
� Em flagrante; 
� Preventiva; 
� Definitiva, se a pena não determinar a perda do cargo. 
 
Valor do benefício: 
� 2/3 da remuneração: prisão em flagrante ou preventiva; 
� 1/2 da remuneração: prisão definitiva. 
 
Início do pagamento do benefício: apesar de não estar expresso na lei, 
devemos considerar a data da prisão. Tal entendimento busca analogia com as 
disposições da pensão por morte. 
 
Cessação do benefício: Servidor posto em liberdade > retorno ao exercício do 
cargo > cessação do benefício. Tal lógica decorre do simultâneo direito que o 
servidor terá em voltar a receber sua remuneração. 
 
“Servido posto em liberdade”: Significa liberdade propriamente dita, liberdade 
condicional ou regime aberto de cumprimento de pena. 
 
Suspensão do pagamento do benefício: A fuga além de não se enquadrar nas 
hipóteses acima (“servidor posto em liberdade”),ensejará a suspensão do 
benefício, conforme prevê o Regulamento da Previdência Social (Decreto 
3.048/99). 
 
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Conversão do auxílio-reclusão em pensão por morte: ocorrerá quando o 
servidor detido vier a falecer. 
 
� Da Assistência à Saúde 
Art. 230. A assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo, e de sua 
família compreende assistência médica, hospitalar, odontológica, 
psicológica e farmacêutica, terá como diretriz básica o implemento de 
ações preventivas voltadas para a promoção da saúde e será prestada pelo 
Sistema Único de Saúde – SUS, diretamente pelo órgão ou entidade ao qual 
estiver vinculado o servidor, ou mediante convênio ou contrato, ou ainda 
na forma de auxílio, mediante ressarcimento parcial do valor despendido 
pelo servidor, ativo ou inativo, e seus dependentes ou pensionistas com 
planos ou seguros privados de assistência à saúde, na forma estabelecida 
em regulamento.12 
§ 1º Nas hipóteses previstas nesta Lei em que seja exigida perícia, 
avaliação ou inspeção médica, na ausência de médico ou junta médica 
oficial, para a sua realização o órgão ou entidade celebrará, 
preferencialmente, convênio com unidades de atendimento do sistema 
público de saúde, entidades sem fins lucrativos declaradas de utilidade 
pública, ou com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS.13 
§ 2º Na impossibilidade, devidamente justificada, da aplicação do disposto 
no parágrafo anterior, o órgão ou entidade promoverá a contratação da 
prestação de serviços por pessoa jurídica, que constituirá junta médica 
especificamente para esses fins, indicando os nomes e especialidades dos 
seus integrantes, com a comprovação de suas habilitações e de que não 
estejam respondendo a processo disciplinar junto à entidade fiscalizadora 
da profissão. 
§ 3º Para os fins do disposto no caput deste artigo, ficam a União e suas 
entidades autárquicas e fundacionais autorizadas a:14 
I - celebrar convênios exclusivamente para a prestação de serviços de 
assistência à saúde para os seus servidores ou empregados ativos, 
aposentados, pensionistas, bem como para seus respectivos grupos 
familiares definidos, com entidades de autogestão por elas patrocinadas 
por meio de instrumentos jurídicos efetivamente celebrados e publicados 
até 12 de fevereiro de 2006 e que possuam autorização de funcionamento 
do órgão regulador, sendo certo que os convênios celebrados depois dessa 
data somente poderão sê-lo na forma da regulamentação específica sobre 
patrocínio de autogestões, a ser publicada pelo mesmo órgão regulador, no 
prazo de 180 (cento e oitenta) dias da vigência desta Lei, normas essas 
também aplicáveis aos convênios existentes até 12 de fevereiro de 2006; 
II - contratar, mediante licitação, na forma da Lei nº 8.666, de 21 de junho 
de 1993, operadoras de planos e seguros privados de assistência à saúde 
que possuam autorização de funcionamento do órgão regulador; 
III - (Vetado) 
§ 4º (Vetado) 
§ 5º O valor do ressarcimento fica limitado ao total despendido pelo 
servidor ou pensionista civil com plano ou seguro privado de assistência à 
saúde. 
 
 
12 Redação dada pela Lei nº 11.302/2006 
13 Redação dada pela Lei nº 9.527/1997 - §§ 1º e 2º 
14 Incluído pela Lei nº 11.302/2006 - §3º com seus incisos e §5º 
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Antes de entrarmos nas disposições do artigo 230, vale relembrarmos que o 
direito à saúde é constitucionalmente classificado como direito fundamental 
(pertence ao Título II da Magna Carta:Dos Direitos e Garantias Fundamentais) 
na “sub-categoria” dos Direitos Sociais - o art. 6º da CF/88, que diz: 
 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a 
moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à 
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (grifo meu) 
 
Vamos memorizar que a assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo, e de 
sua família compreende as seguintes assistências prestada pelo SUS: 
� Médica, 
� Hospitalar, 
� Odontológica, 
� Psicológica e 
� Farmacêutica. 
 
Ausência de médico oficial ou junta médica oficial: o órgão/entidade deverá, 
nos casos onde é exigida perícia, avaliação ou inspeção médica e não haja 
médicos oficiais: 
� (Providência preferencial e obrigatória) Celebrar convênio com unidades 
de atendimento do sistema público de saúde, entidades sem fins 
lucrativos declaradas de utilidade pública, ou com o Instituto Nacional 
do Seguro Social – INSS; 
� (Providência suplementar, nos casos de impossibilidade de adoção da 
preferencial) Contratar prestador de serviços (PJ) que não esteja 
respondendo a processo disciplinar junto à entidade fiscalizadora da 
profissão. 
 
 
� Do Custeio (revogado) 
 
 
 
2.8. Título VII – Da Contratação Temporária de Excepcional Interesse 
Público - REVOGADO 
 
 
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2.9. Título VIII – Das Disposições Gerais 
 
Este Título traz algumas disposições pontuais, com aplicações gerais. Vamos 
aos artigos: 
 
Art. 236. O Dia do Servidor Público será comemorado a vinte e oito de 
outubro. 
 
Dispositivo simples, com aplicação direta. 
 
Curiosidade: 
Pergunta: Por que o dia 28 de outubro? 
Resposta: em 1938, neste dia, o então Presidente da República, Getúlio 
Vargas, visando melhorar a atividade dos servidores públicos, 
criou o DASP – Departamento Administrativo do Serviço Público. 
 
Art. 237. Poderão ser instituídos, no âmbito dos Poderes Executivo, 
Legislativo e Judiciário, os seguintes incentivos funcionais, além daqueles 
já previstos nos respectivos planos de carreira: 
I - prêmios pela apresentação de idéias, inventos ou trabalhos que 
favoreçam o aumento de produtividade e a redução dos custos 
operacionais; 
II - concessão de medalhas, diplomas de honra ao mérito, condecoração e 
elogio. 
 
Previsão legal que possibilita aos órgãos e entidades dos Poderes da União 
instituir incentivos funcionais. 
 
Art. 238. Os prazos previstos nesta Lei serão contados em dias corridos, 
excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do vencimento, ficando 
prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em dia em 
que não haja expediente. 
 
Regra para contagem dos prazos que estudamos nesta Lei. Memorizem: 
� Contados em dias corridos; 
� Exclui-se o dia do começo; 
� Inclui-se o dia do vencimento; 
� O primeiro dia deverá ser útil 
� O prazo vencido em dia sem expediente ficará, automaticamente, 
prorrogado para o primeiro dia útil subsequente. 
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Para os mais atentos, acredito que perceberam que tratam-se das mesmas 
regras dos prazos processuais. 
 
Art. 239. Por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou 
política, o servidor não poderá ser privado de quaisquer dos seus direitos, 
sofrer discriminação em sua vida funcional, nem eximir-se do cumprimento 
de seus deveres. 
 
Aqui a Lei 8.112/1990 traz um dispositivo em harmoniacom os incisos VI, VII 
e VIII (em especial com este último) do art. 5º da CF/88. Confiram comigo: 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes: 
... 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre 
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de 
culto e a suas liturgias; 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas 
entidades civis e militares de internação coletiva; 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação 
legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 
 
Art. 240. Ao servidor público civil é assegurado, nos termos da 
Constituição Federal, o direito à livre associação sindical e os seguintes 
direitos, entre outros, dela decorrentes: 
a) de ser representado pelo sindicato, inclusive como substituto 
processual; 
b) de inamovibilidade do dirigente sindical, até um ano após o final do 
mandato, exceto se a pedido; 
c) de descontar em folha, sem ônus para a entidade sindical a que for 
filiado, o valor das mensalidades e contribuições definidas em assembléia 
geral da categoria. 
 
Outra disposição embasada em comando constitucional. Agora é a vez do 
inciso VI do art. 37 da CF/88. 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao 
seguinte: 
... 
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; 
 
Art. 241. Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, 
quaisquer pessoas que vivam às suas expensas e constem do seu 
assentamento individual. 
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Parágrafo único. Equipara-se ao cônjuge a companheira ou companheiro, 
que comprove união estável como entidade familiar. 
 
Família do servidor: 
� Cônjuge, 
� Companheiro(a) em comprovada união estável como entidade familiar, 
� Filhos, 
� Pessoas que vivem às expensas do servidor e constem do seu 
assentamento individual,. 
 
Art. 242. Para os fins desta Lei, considera-se sede o município onde a 
repartição estiver instalada e onde o servidor tiver exercício, em caráter 
permanente. 
 
Sede do servidor: 
� Município de instalação da repartição onde o servidor tiver exercício em 
caráter permanente. 
 
 
2.10. Título IX – Das Disposições Transitórias e Finais 
 
As disposições transitórias tiveram sua importância à época de entrada em 
vigor da nova legislação. Em virtude disto, passaremos mais superficialmente 
por estes últimos 7 artigos da Lei 8.112/1990. 
 
Vejam o art. 243 que exemplifica bem este caráter transitório: 
 
Art. 243. Ficam submetidos ao regime jurídico instituído por esta Lei, na 
qualidade de servidores públicos, os servidores dos Poderes da União, dos 
ex-Territórios, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das 
fundações públicas, regidos pela Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952 -
 Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União, ou pela Consolidação 
das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1o de maio 
de 1943, exceto os contratados por prazo determinado, cujos contratos 
não poderão ser prorrogados após o vencimento do prazo de prorrogação. 
§ 1º Os empregos ocupados pelos servidores incluídos no regime instituído 
por esta Lei ficam transformados em cargos, na data de sua publicação. 
§ 2º As funções de confiança exercidas por pessoas não integrantes de 
tabela permanente do órgão ou entidade onde têm exercício ficam 
transformadas em cargos em comissão, e mantidas enquanto não for 
implantado o plano de cargos dos órgãos ou entidades na forma da lei. 
§ 3º As Funções de Assessoramento Superior - FAS, exercidas por servidor 
integrante de quadro ou tabela de pessoal, ficam extintas na data da 
vigência desta Lei. 
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§ 4º (VETADO). 
§ 5º O regime jurídico desta Lei é extensivo aos serventuários da Justiça, 
remunerados com recursos da União, no que couber. 
§ 6º Os empregos dos servidores estrangeiros com estabilidade no serviço 
público, enquanto não adquirirem a nacionalidade brasileira, passarão a 
integrar tabela em extinção, do respectivo órgão ou entidade, sem prejuízo 
dos direitos inerentes aos planos de carreira aos quais se encontrem 
vinculados os empregos. 
§ 7º Os servidores públicos de que trata o caput deste artigo, não 
amparados pelo art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias, poderão, no interesse da Administração e conforme critérios 
estabelecidos em regulamento, ser exonerados mediante indenização de 
um mês de remuneração por ano de efetivo exercício no serviço público 
federal.15 
§ 8º Para fins de incidência do imposto de renda na fonte e na declaração 
de rendimentos, serão considerados como indenizações isentas os 
pagamentos efetuados a título de indenização prevista no parágrafo 
anterior. 
§ 9º Os cargos vagos em decorrência da aplicação do disposto no § 7o 
poderão ser extintos pelo Poder Executivo quando considerados 
desnecessários. 
 
Aqui a Lei 8.112/1990 trata das regras de transição dos funcionários públicos 
celetistas para o regime estatutário. 
 
Art. 244. Os adicionais por tempo de serviço, já concedidos aos servidores 
abrangidos por esta Lei, ficam transformados em anuênio. 
 
Transformação de adicionais por tempo de serviço em anuênio. 
 
Art. 245. A licença especial disciplinada pelo art. 116 da Lei nº 1.711, de 
1952, ou por outro diploma legal, fica transformada em licença-prêmio por 
assiduidade, na forma prevista nos arts. 87 a 90. 
 
Transformação da licença especial em licença-prêmio, que, hoje, está extinta. 
 
Foi criada, nesta área, a licença para capacitação (art. 87 desta Lei). 
 
Art. 246. (VETADO). 
Art. 247. Para efeito do disposto no Título VI desta Lei, haverá ajuste de 
contas com a Previdência Social, correspondente ao período de 
contribuição por parte dos servidores celetistas abrangidos pelo art. 243.16 
 
Regras de transição para as contribuições para regimes previdenciários 
diferentes (do celetista para o estatutário). 
 
15 Incluído pela Lei nº 9.527/1997 - §§ 7º, 8º e 9º 
16 Redação dada pela Lei nº 8.162/1991 
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Art. 248. As pensões estatutárias, concedidas até a vigência desta Lei, 
passam a ser mantidas pelo órgão ou entidade de origem do servidor. 
 
Manutenção das pensões estatutárias existentes à época. 
 
Art. 249. Até a edição da lei prevista no § 1º do art. 231, os servidores 
abrangidos por esta Lei contribuirão na forma e nos percentuais 
atualmente estabelecidos para o servidor civil da União conforme 
regulamento próprio. 
 
Regra para evitar a descontinuidade e/ou dívida do servidor em relação às 
contribuições.Art. 250. O servidor que já tiver satisfeito ou vier a satisfazer, dentro de 1 
(um) ano, as condições necessárias para a aposentadoria nos termos do 
inciso II do art. 184 do antigo Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da 
União, Lei n° 1.711, de 28 de outubro de 1952, aposentar-se-á com a 
vantagem prevista naquele dispositivo. (Mantido pelo Congresso Nacional) 
 
Regra transitória referente à situação dos servidores em condições de se 
aposentar, estendido até 1 ano após o início da vigência da Lei aqui estudada. 
 
Art. 251. (Revogado) 
Art. 252. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos 
financeiros a partir do primeiro dia do mês subseqüente. 
Art. 253. Ficam revogadas a Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952, e 
respectiva legislação complementar, bem como as demais disposições em 
contrário. 
 
O Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis da União revogou o 
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União. 
 
------------------------------------x------------------------------------ 
 
Futuro Servidor Concursado do INSS! 
Finalizamos, aqui, nossos estudos sobre a Lei nº 8.112/1990. 
Na próxima aula (5), iniciaremos os estudos sobre a Ética no Serviço 
Público. 
Até lá. Um abraço e bons estudos! 
Henrique Campolina 
Março/2013 
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BIBLIOGRAFIA 
 
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 33ª ed. São Paulo: 
Malheiros Editores, 2007. 
 
MEIRELLES, Hely Lopes. Licitação e Contrato Administrativo. 15ª ed. São 
Paulo: Malheiros Editores, 2010. 
 
ROCHA, Daniel Machado da (Coordenador); LUCARELLI, Fábio Dutra e 
MACHADO, Guilherme Pinho. Comentários à Lei do Regime Jurídico Único dos 
Servidores Públicos Civis da União. 2ª ed. Florianópolis: Conceito Editorial, 
2012. 
 
CRETELLA NETO, José. Dicionário de Processo Civil. 1ª ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 1999. 
 
MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 27ª ed. 
São Paulo: Malheiros, 2010. 
 
ROCHA, Carmem Lúcia Antunes. Princípios Constitucionais dos Servidores 
Públicos. São Paulo: Saraiva, 1999. 
 
CRETELLA JÚNIOR, José. Tratado de direito administrativo: o pessoal da 
administração pública. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005. 
 
SANTOS, Washington dos. Dicionário Jurídico Brasileiro. Belo Horizonte: Del 
Rey, 2001. 
 
PONTES DE MIRANDA, Francisco Cavalcanti. Comentários ao Código de 
Processo Civil. Rio de Janeiro: Forense, 1997, v. 15. 
 
Wikipédia – Enciclopédia Livre (www.wikipedia.com.br) 
 
Sítio oficial do Supremo Tribunal Federal (www.stf.jus.br) 
 
Sítio oficial do Superior Tribunal de Justiça (www.stj.jus.br) 
 
Sítio oficial do MPOG (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão): 
Gestão Pública (www.gespublica.gov.br)

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