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Internacional 5 - Damásio

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Direito Internacional 
Prof. Emerson Malheiro 
Matéria: Nacionalidade - Saída Compulsória de Estrangeiro/ Contratos Internacionais – 
Particularidades, Componentes de Formação/ Ordem Pública, Fraude à Lei e Questão 
Prévia 
 
09/06/2011 
 
Nacionalidade - Saída Compulsória de Estrangeiro: 
Pode se proceder: 
- Por iniciativa alienígena: extradição. 
Extradição: Entrega de refugiado criminoso ou acusado, a pedido de outro Estado, para 
naquele território ou lá cumpra pena. 
 
- Por iniciativa do próprio Estado: expulsão ou deportação. 
Expulsão: É a entrega coativa de estrangeiro ao território de origem ou outro que o receba 
em face da prática de conduta atentatória aos interesses nacionais. Esta conduta pode ser: 
uma prática de um crime em território brasileiro ou uma conduta fronteiriça a 
marginalidade (sem ser um crime). 
 
O estrangeiro não poderá se expulso em 2 casos: 
1º Se o estrangeiro for casado com brasileira a + de 5 anos. 
2º Ter filho brasileiro sobre sua guarda ou dependência. 
 
Obs.: A união estável não basta para que o estrangeiro deixe de ser expulso, uma vez que 
o Código Civil permite a conversão da união estável em casamento. 
 
Obs.: Ter filho brasileiro sobre sua guarda ou dependência – estende-se ao filho adotivo. 
Quando o estrangeiro estiver em um processo de adoção (em curso) – ele será expulso, 
salvo se já tiver ocorrido o trânsito em julgado da sentença e já estiver sobre sua guarda 
ou dependência. 
 
Obs.: Caso a esposa do estrangeiro esteja grávida – se a criança nascer com vida, o 
estrangeiro (pai) permanece no território nacional. 
 
Deportação: É a entrega coercitiva de estrangeiro ao território de origem ou outro que o 
receba em face de se encontrar irregular em território nacional. 
 
Obs.: As duas hipóteses de não extradição (são exclusivas) – não sendo aplicadas no 
instituto da extradição ou deportação. 
 
 
 
 
Contratos Internacionais: 
1º Particularidades: 
- Alcance: O contrato internacional alcança mais de uma jurisdição, porque ele é 
necessariamente extraterritorial. 
 
- Submissão: É uma consequência do alcance. Na submissão o contrato internacional se 
rege por mais de uma legislação e igualmente a mais de uma jurisdição. 
 
- Arbitragem: Não existe nenhuma norma que exija a presença da arbitragem em um 
contrato internacional, porém o costume vincula as partes (como uma norma não escrita) 
para a sua existência. 
 
- Idioma: É livremente escolhido pelas partes, inclusive podendo ser escolhido mais de 
um idioma (nesta circunstância, as partes deverão optar qual dos idiomas prevalecerá em 
caso de dúvida, mediante a presença de uma cláusula modelo). 
 
- Registro para validade? 
Para ter validade entre as partes, não se faz necessário que o contrato seja registrado. 
Porém para ter validade entre terceiros, exige-se o registro. 
 
2º Componentes de Formação do Contrato Internacional: 
Quanto maior a presença destes componentes, maior será a segurança jurídica das partes. 
Os componentes devem ser elaborados na forma escrita. 
Não raro instrumentos autonômos. 
 
- Proposta: Qualquer das partes pode realizar a proposta. Sendo que, a proposta vincula o 
proponente à relação jurídica contratual. 
 
- Memorando de entendimentos (MOU – Memory of Understanding): Descreve 
(estabelece) os documentos que deverão ser apresentados para a figuração do contrato 
internacional. 
 
- Aceitação: Apartir da aceitação as 2 partes estão vinculadas à relação jurídica 
contratual. 
Neste momento, inicia-se a redação do contrato internacional. 
 
- Due Diligence/Diligência de Apuração: Todos os documentos (anteriormente 
convencionados) serão apresentados. 
Obs.: Se o documento for fundamental – será exigido a sua apresentação, mesmo que não 
tenha sido apresentado nos memorandos, caso contrário – não será exigida a sua 
apresentação 
 
- Parecer dos advogados/ Legal Opinion. 
 
- Assinatura do contrato plenamente redigido. 
 
 
 
Direito Constitucional Internacional: 
A CF brasileira traz uma série de regras ao Direito Constitucional Internacional, através 
de princípios. 
 
Princípios de Regimento das Relações Jurídicas Internacionais do Brasil (Art. 4º, da 
CF): 
1º Independência Nacional: O Brasil afirma a sua soberania aos demais Estados. 
Soberania/Conceito: É a qualidade que caracteriza o poder político supremo de um 
Estado, como afirmação de sua personalidade independente, autoridade plena e governo 
próprio, dentro do território nacional e em suas relações exteriores. 
 
2º Prevalência dos Direitos Humanos: O Brasil manifesta a sua adesão à Declaração 
Universal de Direitos Humanos, bem como o emprego destes direitos em território 
nacional. 
 
3º Autodeterminação dos Povos: O brasil respeita a soberania dos demais Estados. 
 
4º Não Intervenção: O Brasil se compromete a não intervir nos assuntos internos dos 
Estados. 
Obs.: A autuação do Brasil no Haiti – não configura uma intervenção, pois o Brasil atuou 
em nome de uma Organização, bem como o Haiti é quem pediu a cooperação 
internacional. 
 
5º Igualdade entre Estados: O Brasil manifesta a sua obediência ao princípio da 
horizontalidade. 
 
6º Defesa da Paz 
7º Solução Pacífica de Conflitos 
 
Estes dois princípios serão analisados conjuntamente: O Brasil pretende solucionar 
requestas, por meio de Tratados e Convenções Internacionais, evitando à todo custo o 
conflito armado. 
 
8º Repúdio ao Terrorismo e ao Racismo: 
Repúdio ao Racismo – Se configura pelo impedimento do exercício de direitos inerentes 
à pessoa em virtude de suas característica – raça, cor etnia, religião e outras do mesmo 
gênero. 
 
9º Cooperação entre povos para o progesso da humanidade. 
 
10º Concessão de Asilo Político. 
 
Ordem Pública, Fraude à Lei e Questão Prévia 
1. Ordem Pública: Não é a legislação de um determinado Estado. 
 
 
 
 
Ordem Pública/Conceito: É o reflexo da filosofia sócio-político-jurídica de toda uma 
legislação e que reflete à moral básica de uma nação, protegendo as necessidades básicas 
de um Estado, constituindo um princípio que não pode ser desrespeitado pela aplicação 
de lei estrangeira. 
 
É possível à aplicação da lei estrangeira no Brasil? 
Sim é possível. 
Lei = fonte do Direito, logo pode ser uma lei do próprio país ou alienígena (estrangeira), 
devendo ser respeitada à ordem pública, os bons constumes e a soberania nacional. 
 
Características da Ordem Pública: 
- Relatividade e Instabilidade: Porque ela se altera no tempo e no espaço. 
- Atualidade: Também denominada de contemporaniedade. Deve ser aplicada a ordem 
pública atual. 
- Fator Exógeno: Elementos externos que contribuem para a ordem pública brasileira. 
 
2. Fraude à Lei: Existe fraude a lei quando um agente altera artificiosamente o 
fundamento de um elemento de conexão, para se beneficiar ou para beneficiar terceiros. 
 
3. Questão Prévia: É o instituto em que o juiz, diante do exame de uma questão jurídica 
principal deve se expressar antecipadamento sobre outra proemial.

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