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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO-UFOP
Centro de Educação à Distância-CEAD
Curso: Administração Pública
Pólo: Araguari-MG
Alunos: Wellington Colenghi Galdino 12.1.9135
 
	
 
	
	EaD 372: Seminário Temático: Poder Local e Municipalidades no Brasil
Professor : Antonio Marcelo Jackson F. da Silva.
Trabalho final como exigência para obtenção de créditos da disciplina.
Tutores: 
Luiz Renato Siqueira Pereira
Vanessa Morena Gonçalves Dias
Data: 27/08/2014
Uma Descrição do Coronelismo e Sua Influência na Administração Municipal
Tentar entender o funcionamento da estrutura da administração municipal no Brasil leva-nos obrigatoriamente ao estudo de fenômenos como o Coronelismo, o Mandonismo e o Clientelismo que balizam a compreensão de processos como a ingerência tão comum na vida pública da máquina administrativa dos municípios. Processos que culminam na má administração e ineficiente atendimento ao cidadão e que foram historicamente construídos ao longo da formação de nosso país. Fundamental distinguir os três conceitos, evidenciando que cada um correspondeu a períodos propícios e que no caso do Coronelismo, foi substituído por versões mais adaptadas como o Mandonismo e o Clientelismo, ainda vigentes nas relações políticas de nossa sociedade.
Discutiremos Coronelismo, já que este é o termo sempre mais utilizado e conhecido e tentaremos elucidar seu conceito de forma mais adequada, já que dos três fenômenos, este ainda é utilizado largamente como crítica a administradores municipais sem considerar o real significado e sua formação histórica e extinção, gerando de certa forma anacronismos, pois se considerarmos a evolução dos municípios durantes as décadas pós 1930, o termo Clientelismo é mais acertado. 
Argumentamos que o fenômeno Coronelismo é estritamente ligado à posse da terra, portanto o fato de que sua estrutura foi corroída pela industrialização do país após a década de 1930 nos parece satisfatória. Entretanto, não dizimou o processo em sua totalidade, pois, observamos que em algumas localidades ele continuou subsistindo, mascarado e disfarçado, numa relação de simbiose com a nova realidade política e econômica.
Com a crise mundial da década de 20 e o advento do movimento denominado de Revolução de 30, esta formação sofreu um forte abalo em seus alicerces. Porém ainda hoje é possível constatar-se muito das práticas e características políticas inerentes ao coronelismo. As persistências ainda hoje estão presentes, não oficialmente, mas com roupagens um pouco diferentes. Isto é perceptível ao observamos as relações político-sociais nos diversos municípios brasileiros.(
Percebe-se que o Coronelismo ainda persiste diferenciam-se em cada região do país, vestindo-se de ritos diferentes.
 O Coronelismo surge da decadência dos senhores de terra a partir da Proclamação da República, tornando-se uma adaptação do poder privado que passa a coexistir com um regime de extensa base representativa. É uma troca de favores e vantagens entre o poder público que se fortalece e a decadente influência dos senhores locais, notoriamente os grandes latifundiários. O governo, sem o controle do eleitorado rural, barganha com os chefes locais que tem o domínio sobre os eleitores de sua comunidade.
“Paradoxalmente, entretanto, esses remanescentes de privatismo são alimentados pelo poder público, e isso se explica justa mente em função do regime representativo, com sufrágio amplo, pois o governo não pode rescindir do eleitorado rural, cuja situação de dependência ainda é incontestável.” ((
Uma simbiose necessária já que o chefe local controla discricionariamente grandes “lotes” do voto de cabresto. Sua posição financeira lhe coroa com influência sobre sua gente. “Ser gente do “Coronel” é antes de tudo compartilhar dos mesmos interesses do mandatário que possui “jurisdição” sobre seu pessoal, decidindo, inclusive, rixas e desavenças. São objetivos compartilhados, mas com interligação buscando benefícios em troca da fidelidade para com o mandatário. Os compromissos são de caráter recíproco entre coronel e eleitorado e entre o coronel e oligarquias estaduais.
Essa troca entre governo e a figura do coronel é estabelecida sobre e estrutura hierarquizada predominante em nossa sociedade. Ora, se já foi dito anteriormente que o Coronelismo se dá a partir da perda do poderio econômico dos latifundiários, como a figura do mandão consegue dominar sua gente, já que sua condição financeira não é satisfatória? Para elucidar tal questionamento é fundamental lembrar que o auge do Coronelismo ocorre em um período que o eleitorado rural predominava sobre os eleitores urbanos. Havia despesas para votar, desde a roupa e até o transporte do eleitor e quem bancava era o mandatário local. Mesmo não sendo rico, ou muito abastado, o coronel, às vezes, possuía certa vantagem sobre os demais trabalhadores pobres e demais pequenos proprietários circunvizinhos. Em sua fazenda ele possui água encanada, instalações sanitárias, luz elétrica, e uma alimentação farta. Por isso, os pobres, também chamados de roceiros, o vêem como um proprietário rico, comparando sua pobreza, pois tem recursos limitados em demasia.
Mas essa obediência por parte da “gente do coronel” não se originava apenas das despesas eleitorais. A condição de miséria e falta de informação do trabalhador rural impede que ele tenha acesso a qualquer tipo de informação. A situação de pobreza do camponês muitas das vezes era remediada pelo próprio latifundiário. Era o coronel quem vendia “fiado” em seu armazém, situado ás vezes dentro de sua própria terra, e era ele também que poderia ceder empréstimos aos seus. A situação de pobreza da gente do coronel, com sua mentalidade limitada, fazia-os ver no “mandão” alguém economicamente superior e com condições de socorrê-los. Por isso no plano político o trabalhador rural luta com o chefe local e pelo chefe local, o que deixava o mandatário em uma posição favorável frente ao governo obtendo condições de barganha.
Apesar o misticismo que envolve a figura do Coronel, possibilitando até mesmo a criação de romances envolvendo mandatários dos sertões brasileiros, este era apenas parte de um processo político- econômico que perdurou de1889 até 1830. Segundo José Murilo de Carvalho:
 A conjuntura econômica, segundo Leal, era a decadência econômica dos fazendeiros. Esta decadência acarretava enfraquecimento do poder político dos coronéis em face de seus dependentes e rivais. A manutenção desse poder passava, então, a exigir a presença do Estado, que expandia sua influência na proporção em que diminuía a dos donos de terra. O coronelismo era fruto de alteração na relação de forças entre os proprietários rurais e o governo e significava o fortalecimento do poder do Estado antes que o predomínio do coronel. (((
Vitor Nunes Leal, citado por José Murilo de Carvalho, em seu clássico “Coronelismo, Enxada e Voto” considera a decadência econômica dos grandes proprietários de terras como o principal fomento ao Coronelismo. Certamente o mandatário era quem detinha os votos e na relação de barganha com o Estado, o “mandão” vê a possibilidade de manter um mínimo de condições para sua subsistência. A doação de cargos por parte do Estado é um vantajoso negócio para o chefe local, que pode nomear desde a professora primária até o delegado de polícia. Ter “gente sua” nos cargos é controlar a coisa pública obtendo benefícios em seu favor e prejudicando a oposição tendo a seu lado o governo, que graças ao pacto do sistema do coronelismo, fará “vista grossa” as ações do aliado local.
Nessa concepção, o coronelismo é, então, um sistema político nacional, baseado em barganhas entre o governo e os coronéis. O governo estadual garante, para baixo, o poder do coronel sobre seus dependentes e seus rivais, sobretudo cedendo-lhe o controle dos cargos públicos, desde o delegado de polícia até a professora primária. O coronelhipoteca seu apoio ao governo, sobretudo na forma de votos. Para cima, os governadores dão seu apoio ao presidente da República em troca do reconhecimento deste de seu domínio no estado. O coronelismo é fase de processo mais longo de relacionamento entre os fazendeiros e o governo.((((
Fica óbvio que o intuito principal do coronel é beneficiar-se do controle que a posição de aliado do governo lhe proporciona. Mas, tal controle político se dá através de acordos, inclusive com a considerada oposição. Nesse meio ser considerado como grupo opositor ao governo é não ser assistido de forma alguma pelos serviços públicos. Dessa forma, o mandatário local barganha inclusive com seus opositores, buscando um mínimo de atrito possível e recorrendo à violência somente em último caso.
Nesse viés de raciocínio discordamos com Francisco José de Araújo quando este escreve sobre mandonismo e o compara ao coronelismo:
Estes novos mandões, ao invés de pautarem–se se basicamente na força dos jagunços e na inobservância declarada à lei, como muitos faziam na época do coronelismo, vão sempre buscar dar uma aparência de legalidade e legitimidade aos seus atos para firmar a imagem de um indivíduo de um novo tempo.(((((
Não era interessante para os coronéis resolver suas pelejas de modo violento, mas sim tentar alargar sempre que possível seus laços com outros, mesmo que sejam ditos de oposição. Estar alinhado ao governo quer dizer que somente até certo ponto o Estado fará vista grossa aos atos do coronel.
Ainda não adentramos aqui a definição do termo coronel, preferimos passar primeiramente pela descrição do fenômeno onde o mandatário figura como parte do processo e não figura central. È uma rede complexa de atribuições e reciprocidade que o próprio termo coronelismo detém, mas não se explica somente através da figura solitária do coronel.
Segundo Janotti sobre o coronel: “esse individuo era visto como alguém que tinha reconhecida autoridade e prestigio.” (((((
Apesar de estudos vincularem o termo coronel á formação da Guarda Nacional que foi posta sob o domínio dos latifundiários, onde era a patente mais alta, há argumentos que vinculem o uso do termo para distinguir chefes políticos demonstrando o autoritarismo e a não tolerância à insubordinação, assim como no exército ou nas forças policiais e caso ocorra a rebelião o individuo é tratado com rigor, com a intenção não de rever o erro, mas de mostrar o poder do seu superior na hierarquia, e acima de tudo servir de exemplo para os demais. Dada a justificativa nada mais correta que empregar a palavra Coronel, considerando o tratamento que era dado aos eleitores das terras do chefe local.
Seja qual for a definição debatida sobre o termo é importante reforçar que o individuo Coronel é apenas uma parte integrante do sistema que tem complexidades peculiares a cada região de sua ocorrência. Em nosso país de proporções continentais, certamente o fenômeno não se desenrolou uniformemente e menos ainda, no mesmo interregno.
O Coronelismo como fora apresentado até aqui, pode ser considerando extinto. Um dos motivos mais óbvios é que na atualidade o eleitorado urbano supera em muito o eleitor que reside na zona rural. Também deve-se considerar que os meios de comunicação trouxeram grande influência para o fim do fenômeno. Com o advento do rádio, a informação passou a circular. A própria industrialização do país a partir de 1930 vai colaborar com o fim do fenômeno e citemos ainda, que a própria revolução de 1930 perseguiu os “senhores de anéis nos dedos”.
 O que não se finda é o sistema de barganhas que nossa sociedade ainda extremamente hierarquizada apresenta. O Coronelismo se inicia com a decadência econômica dos senhores de terra, notoriamente, após a Proclamação da República, mas perdurou até 1930, quando ainda podemos considerar o fenômeno. Notório que anterior a 1889, os mandatários locais tinham seu poder ligado estritamente à posse da terra e não à troca de favores com o governo. Segundo Barbosa Lima Sobrinho, no Prefácio à segunda edição de Coronelismo, Enxada e Voto:
 A presença e a influência do potentado local já estavam registradas em Antonil, sua justamente famosa Cultura e Opulência do Brasil , quando dizia que “o senhor de engenho é título, a que muitos aspiram, porque traz consigo o ser servido, obedecido e respeitado de muitos”. O próprio Antonil o aproximava da posição de fidalgos, no reino de Portugal. Mas levando as vantagens de apoiar-se a uma base sólida, que era a propriedade territorial, mais do que o favor e as benesses da autoridade régia, numa fase em que não poucos eram nobres que decaíam por força da dilapidação de fortunas hereditárias.((((((
A situação econômica nada favorável aos senhores de terra após 1889, obriga-os ao novo tipo de mando. A simples posse da terra já não lhe gera capital para manter seu poder, quiçá, um mínimo para sua subsistência em alguns casos. O mandatário irá impor sua figura que ainda não foi carcomida para conseguir continuar existindo. O latifundiário havia perdido o poder econômico, mas não o prestígio. O Estado no interesse de manter município sobre seu domínio e menos preocupado com questões de ordem administrativa aceitou a simbiose tirando proveitos eleitorais e manteve cidades sob seu domínio político graças ao pacto com os Coronéis:
O interesse maior da situação estadual não era de ordem administrativa e sim eleitoral. A “política dos coronéis” consistia precisamente nessa reciprocidade: carta branca, no município, ao chefe local, em troca de seu apoio eleitoral aos candidatos bafejados pelo governo do estado.(((((((
Percebemos claramente que as situações de mando no país sofrem alterações e mudam a vestimenta conforme as necessidades dos poderosos desde tempos da colônia, passando pelo Império e Proclamação da República. As velhas oligarquias foram capazes de manter-se numa posição favorável, transferindo para sua guarda benesses do serviço público que foram utilizados para manter seu “status quo” garantindo o prestígio de sua figura entre “sua gente”.
Pode-se dizer que a administração municipal, mesmo na atualidade, em municípios pequenos e até mesmo médios, tem suas políticas públicas dilapidadas por práticas que tem sua raiz no fenômeno do Coronelismo. Entretanto, evitando anacronismos e erros de conceitualização, deve-se verificar a evolução do fenômeno onde alguns autores utilizam a terminologia clientelismo e em casos mais raros mandonismo. Já citamos anteriormente que o aumento do eleitorado urbano em relação ao eleitor rural foi uma dos fatores da queda do Coronelismo. Se o mandatário não tem votos a controlar ele não é mais uma parceria eficiente para o Estado.
De algum modo, como o mandonismo, o clientelismo perpassa toda a história política do país. Sua trajetória, no entanto, é diferente da do primeiro. Na medida em que o clientelismo pode mudar de parceiros, ele pode aumentar e diminuir ao longo da história, em vez de percorrer uma trajetória sistematicamente decrescente como o mandonismo. Os autores que vêem coronelismo no meio urbano e em fases recentes da história do país estão falando simplesmente de clientelismo. As relações clientelísticas, nesse caso, dispensam a presença do coronel, pois ela se dá entre o governo, ou políticos, e setores pobres da população. Deputados trocam votos por empregos e serviços públicos que conseguem graças à sua capacidade de influir sobre o Poder Executivo. Nesse sentido, é possível mesmo dizer que o clientelismo se ampliou com o fim do coronelismo e que ele aumenta com o decréscimo do mandonismo. À medida que os chefes políticos locais perdem a capacidade de controlar os votos da população, eles deixam de ser parceiros interessantes para o governo, que passa a tratar com os eleitores, transferindo para estes a relação clientelística.((((((((
Novos conceitos, velhas práticas que se enraizaram. Na cidade de Araguari, ainda é possível ouvir de pessoas mais velhas questionamentos como: “quem é sua família?”. Tal arcaísmo remete ao tempo dosbarões do café, onde não somente laços de sangue conduziam as relações do mandatário para com os seus. Certamente em épocas passadas, a resposta ao questionamento seria: “sou gente do coronel fulano de tal”. Ser gente do Coronel era ser parte de um sistema complexo, que envolvia desde proteção à obtenção de cargos, empregos e empréstimos. Hoje candidatos procuram lideranças que consideram capazes de abocanhar número significativo de votos promovendo a prática do Clientelismo.
Exemplo claro dessa situação é o da cidade que na década de 60 era dominada por duas famílias, cujo poder se baseava simplesmente na capacidade de barganhar empregos e benefícios públicos em troca de votos (Carvalho, 1966). As famílias não tinham recursos próprios, como os coronéis, e o fenômeno não era sistêmico, embora houvesse vínculos estaduais e federais. Por vários anos as duas famílias mantiveram o controle político da cidade, alternando-se no poder. Os resultados eleitorais eram previstos de antemão com precisão quase matemática. Os votos tinham dono, eram de uma ou de outra família. Tratava-se de um caso exacerbado de clientelismo político exercido num meio predominantemente urbano. Não se tratava de coronelismo.*********
Atualmente observamos uma diferenciação no discurso, onde a resposta obtida seria: “sou gente do vereador fulano de tal”. O conceito mudou, mas a prática de se obter vantagens através do prestígio pessoal continua, talvez até em maior medida. As políticas públicas só atingem quem é “gente de alguém”. Também acusamos que a situação é ainda um tanto mais complexa na atualidade. Nos tempos dos mandatários a influência do Coronel é quem ditava as regras, cabe dizer que hoje, há a questão da submissão do Legislativo ao Executivo, ou seja, uma troca de favores entre os poderes para a realização do Clientelismo. Esse fato ocorre, pois, é o Executivo que detém o poder econômico. Resquícios do Coronelismo ainda permeiam nossas instituições, mascaradas e com diferentes roupagens e adaptadas à nova conjuntura. Os “mandões” conseguiram evoluir para continuar existindo como na seleção natural de Darwin. Agora seus métodos são mais sutis e embasados na lei e “sua gente”, seus assessores assim agora chamados, oneram a máquina administrativa, enquanto a maioria da população continua desassistida. A urna é eletrônica, mas o voto ainda é de cabresto.
Referências Bibliográficas:
AMORIM, E. M. D. Morrinhos: Coronelismo e Modernização 1889-1930. Dissertação de Mestrado apresentado ao Programa de mestrado em História das Sociedades Agrárias da Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia da Universidade Federal de Goiás., Goiânia, 1998. 
ARAUJO, F. J. OS SENHORES DOS ANÉIS E DOS DEDOS: estudo sobre o mandonismo na sociedade brasileira. XI CONGRESSO BRASILEIRO DE SOCIOLOGIA, Campinas, 1 a 5 Setembro 2003. 
CARVALHO, J. M. D. Mandonismo, Coronelismo, Clientelismo: Uma Discussão Conceitual. Nation-Building in Latin America: Conflict Between, Leiden, 20-21 abril 1995.
JANOTTI, M. D. L. M. O coronelismo: uma política de compromissos. São Paulo: Brasiliense, 1986.
LEAL, V. N. Coronelismo, Enxada e Voto: o município e o regime representativo no Brasil. 7. ed. São Paulo: Companhia das letras, 2012.
SOBRINHO, B. L. Prefácio à Segunda Edição. In: Coronelismo, Enxada e Voto: O Município e o regime Representativo no Brasil. 7. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
( Amorim, Eron Meneses de. MORRINHOS: CORONELISMO E MODERNIZAÇÃO 1889 – 1930. Dissertação de Mestrado apresentado ao Programa de Mestrado em História das Sociedades Agrárias, da Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia da Universidade Federal de Goiás. Goiânia, 1998. p, 39.
(( LEAL, V. N. Coronelismo, Enxada e Voto: o município e o regime representativo no Brasil.p. 7. ed. São Paulo: Companhia das letras, 2012. p 44.
(((CARVALHO, J. M. D. Mandonismo, Coronelismo, Clientelismo: Uma Discussão Conceitual. Nation-Building in Latin America: Conflict Between, Leiden, 20-21 abril 1995.p, 2.
(((( CARVALHO, J. M. D. Mandonismo, Coronelismo, Clientelismo: Uma Discussão Conceitual. Nation-Building in Latin America: Conflict Between, Leiden, 20-21 abril 1995.p, 2.
((((( ARAUJO, F. J. OS SENHORES DOS ANÉIS E DOS DEDOS: estudo sobre o mandonismo na sociedade brasileira. XI CONGRESSO BRASILEIRO DE SOCIOLOGIA, Campinas, 1 a 5 Setembro 2003.p, 5.
((((( JANOTTI, M. D. L. M. O coronelismo: uma política de compromissos. São Paulo: Brasiliense, 1986. p .7.
(((((( SOBRINHO, B. L. Prefácio à Segunda Edição. In: Coronelismo, Enxada e Voto: O Município e o regime Representativo no Brasil. 7. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.p, 38.
((((((( LEAL, V. N. Coronelismo, Enxada e Voto: o município e o regime representativo no Brasil. 7. ed. São Paulo: Companhia das letras, 2012. p,97.
 
(((((((( CARVALHO, J. M. D. Mandonismo, Coronelismo, Clientelismo: Uma Discussão Conceitual. Nation-Building in Latin America: Conflict Between, Leiden, 20-21 abril 1995. p, 4.
********* Idem.

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