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INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO

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INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
Introdução.
A expressão invalidade em sentido amplo é empregada para designar o negócio que não produz os efeitos desejados pelas partes envolvidas.
Esta nulidade, porém sofre gradações, de acordo com o tipo de elemento violado, podendo ser absoluta ou relativa, como a seguir veremos.
Ato nulo (nulidade absoluta) – VIOLA NORMA DE ORDEM PÚBLICA + NATUREZA COGENTE (deve ser obrigatoriamente cumprida pelas partes) + VÍCIO GRAVE.
Ato anulável (nulidade relativa) – VIOLA NORMA DE INTERESSE PRIVADO + MENOS GRAVE.
Da Nulidade Absoluta.
A nulidade é a sanção imposta por lei que determina a privação de efeitos do ato negocial praticado em desobediência ao que a norma jurídica prescreve.
O art. 166 e 167 do CC preveem as hipóteses de nulidade, a saber:
a) Quando for celebrado por absolutamente incapaz (art. 3º, CC);
b) For ilícito, impossível, ou indeterminável o objeto;
c) O motivo determinante comum a ambas as partes for ilícito – ex: venda de um automóvel para ser utilizado em um sequestro;
d) Não revestir a forma prescrita em lei;
e) Preterir alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade – ex: publicidade do casamento;
f) Tiver por objeto fraudar a lei imperativa. Ex.: fornecer energia mediante doação da rede;
g) A lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção. Doar todos os bens a 1 só descendente;
h) Tiver havido simulação.
SIMULAÇÃO
A simulação é um vício social.
Conceito: É uma declaração falsa, enganosa, da vontade, visando aparentar negócio diverso do efetivamente desejado. Negócio jurídico simulado, assim, é o que tem aparência contrária à realidade. A simulação é o produto de um conluio entre contratantes, para lesar terceiro ou obter efeito diferente que a lei estabelece, ou ainda, a simulação pode ser real, onde não há efetivamente o conluio entre as partes, mas o tempo, demonstram que uma realidade fática, que foi o sustentáculo do negocio jurídico nunca se concretizou (ex. adoção efetuada em juízo, mas que nunca se concretizou de maneira factual, pois o adotado e adotante nunca mantiveram uma relação familiar, ou seja, não há relação de affectio familiares).
Características da simulação
a) É, em regra, negócio jurídico bilateral, sendo os contratos o seu campo natural. Resulta do acordo entre duas partes, para lesar terceiro ou fraudar a lei. Todavia, pode ocorrer também, embora a hipótese seja rara, nos negócios unilaterais, desde que se verifique ajuste simulatório entre o declarante e a pessoa que suporta os efeitos do negócio, como destinatária da declaração. De modo geral, podem ser objeto de simulação todos os negócios jurídicos bilaterais e unilaterais em que exista declaração receptícia de vontade, isto é, a que se dirige a determinadas pessoas, produzindo efeitos a partir de sua ciência.
b) É sempre acordada com a outra parte, ou com as pessoas a quem ela se destina. Difere do dolo, porque neste a vítima participa da avença, sendo, porém, induzida em erro. Na simulação, a vítima lhe é estranha. É chamada de vício social, como foi dito, porque objetiva iludir terceiros ou violar a lei.
c ) É uma declaração deliberadamente desconforme com a intenção. As partes, maliciosamente, disfarçam seu pensamento, apresentado sob aparência irreal ou fictícia.
d) É realizada com o intuito de enganar terceiros ou fraudar a lei.
Classificação
a) Absoluta: é uma situação jurídica irreal e lesiva a direito de terceiro, formada por ato jurídico perfeito, porém ineficaz. Por exemplo, o sujeito que simula com outro a locação de um bem, sem que de fato o contrato exista; da pessoa que emite títulos de crédito em seu desfavor para demonstrar à determinado credor que existem outras dívidas a serem pagas. Nulo, devendo ser anulado todo o ato.
b) Relativa: É uma declaração de vontade ou confissão falsa, com o objetivo de encobrir ato de natureza diversa. As partes pretendem atingir efeitos jurídicos concretos, embora vedados por lei. Assim, existem dois atos distintos: um real, que efetivamente se pretende praticar e outro simulado, cujas características servirão única e exclusivamente para iludir. Podendo esta simulação ser dividida em objetiva ou subjetiva conforme o ato praticado.
b.1) objetiva: Quando a simulação diz respeito à natureza do negocio jurídico, a seu objeto ou algumas características. No caso, por exemplo, do sujeito que realiza uma doação, simulando uma compra e venda; vende um bem simulando a venda de outro; faz constar cláusulas não verdadeiras, tais como o preço mais baixo, com objetivo de burlar o fisco, menciona datas diferentes ou realiza outras mudanças, tudo para lesar terceiro.
b.2) Subjetiva: Verifica-se quando a pessoa declarada no negócio não é real parte ou beneficiaria do mesmo. Trata-se do que a doutrina chama de interposta pessoa. É o caso, por exemplo, do sujeito que desejando fazer uma doação à sua amante, transfere o bem a uma amigo que, por sua vez, o transmite à real destinatária da liberalidade, com o objetivo de fugir da aplicação do art. 550, do CC.
Simulação legal (art. 167 CC
a) simulação por interposta pessoa (relativa subjetiva): para a realização de fins ilegais é comum o agente valer-se de conluio com outra pessoa, utilizando o negocio jurídico simulado.
b) simulação por declaração não verdadeira (relativa objetiva): Tal modalidade pode dizer à própria natureza do contrato ou apenas a alguns de seus itens.
c) simulação por data fictícia (relativa objetiva): visando fraudar a lei ou terceiro a aposição de data em documento particular, seja ante-datado ou pos-datando.
Efeitos da simulação
Dispõe, com efeito, expressamente, o art. 167 do Código de 2002 que “é nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma”.
Desse modo, a simulação, acarreta a nulidade do negócio simulado. Mas, em caso de simulação relativa, o negócio dissimulado poderá subsistir se for válido na substância e na forma.
Nulidade Relativa (Anulabilidade).
Conforme já mencionamos, o ato anulável (nulidade relativa) padece de vício menos grave, por violar interesses meramente particulares.
O CC em seu art. 171 determina que é anulável o negócio jurídico, além de outros casos expressamente previstos em lei:
a) Por incapacidade relativa do agente;
b) Por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão fraude contra credores.
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
(Arts. 233 a 420).
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO CONCEITO DE OBRIGAÇÃO.
Na evolução histórica, podemos perceber 03 etapas: Pré Romana (primitiva), Romana e após a Noção Moderna.
Primitivamente, surgiu a Noção de Obrigação com o caráter coletivo. Na época em que se apreendeu o comércio (escambo), passando da obrigação coletiva para a individual, sempre com caráter punitivo no caso de descumprimento.
No Conceito Romano (Vontade), diferencia uma vez que valorava a vontade das partes, como no período anterior, o não cumprimento da obrigação implicava em pagamento forçado, com o próprio corpo, ou seja, servidão e até mesmo a morte.
Mantinha ainda o conceito da denominada “Obligatio”. Vínculo de caráter rigorosamente absoluto, rigorosamente “pessoalidade”. O conceito que vigorava até o ano de 428 a.C, com o surgimento da “Lex Poetilia Papiria”- 326, em que aboliu-se a execução com o próprio corpo, prescrevendo o seguinte: Passagem de Paulus, jurista romano séc. III, digesta 44,7,3 
“A essência das obrigações não consiste em que alguém nos faça proprietário de alguma coisa ou de uma servidão, mas em obrigar alguém a dar-nos alguma coisa, a fazer ou a não fazer”. 
E assim sedimentou-se até os tempos atuais, levando o crivo deste conceito, no entanto com novas regras limitadoras em que o Estado intervém. 
Devemos observar, que decorrente da Revolução Industrial bem como o Capitalismo, o século XIX e inicio do atual foi regido pelo Contrato-Lei entre aspartes, o que ganhou grande relevância e importância, não afastando o atual controle do Estado que visa proteger algumas classes da população e os princípios de Direito. Ex: Lei do Inquilinato, Código de Defesa do Consumidor, Boa fé, Equidade.
Assim, não podemos deixar de citar a definição de obrigação pelo Instituto Justiniano, ou seja, a Máxima Latina.
“Obligatio est vinculum júris quae necessitade adstringimur, aleicujus solvendae rei, secundum nostrae civilitatis júris”.
(Obrigação de vínculo de direito, que obriga a alguém a fornecer uma prestação, segundo a Lei de seu país).
Podemos, da máxima latina, extrair os Elementos constituintes da Obrigação, que são: 
Vínculo Jurídico;
 Partes da Relação;
Prestação.
A - VÍNCULO JURÍDICO
Elemento abstrato que liga o credor (sujeito ativo), ao devedor (sujeito passivo), a ponto de possibilitar a exigência da Prestação. 
Assim temos dois (02) lados da relação:
um de Sujeição;
direito subjetivo de exigir a obrigação .
B - AS PARTES NA RELAÇÃO OBRIGACIONAL.
Existem duas partes na relação obrigacional que são determinadas ou pelo menos determináveis.
Sujeito Ativo é o credor, tem a expectativa de receber ou beneficiar-se da obrigação.
Sujeito Passivo é o devedor, cumpre a este facilitar ao credor a forma de recebimento.
O sujeito Passivo deve dar, fazer, ou não fazer em favor de outro, pelo vinculo que surge ou pela vontade das partes, por força de lei, ou por atos ilícitos, (art. 186, CC.)
 
C - PRESTAÇÃO
Prestação: é o objeto da obrigação e se trata de uma conduta ou omissão humana, ou seja, sempre é dar uma coisa, fazer um serviço ou se abster de alguma conduta. Dar, fazer e não-fazer
FONTES DAS OBRIGAÇÕES.
a)	Fonte Mediata, derivada da vontade humana (Contratos).
-	Bilateral (Venda e compra), Unilateral (promessa de recompensa, titulo de crédito, gestão de negócios – quase contrato).
b)	Ato ilícito: emana de comportamento humano que infringe o dever legal ou social. Gera dever de reparação
c)	Fonte Imediata: obrigações que decorrem imediatamente da própria lei que é a maior fonte de obrigações.
Ex: Responsabilidade Informada pelo Risco (art 37, §6, CF). 
DA CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES.
Classificação geral
a) Quanto ao objeto:
 
1) Positivas – Obrigação (De dar e Fazer)
2) Negativa – (Não Fazer). 
b) Quanto aos Elementos/ Modalidades das Obrigações 
1 - Simples: (um devedor, um credor e um objeto).
I - Facultativas: “Falcultate solutions” (substituição do objeto principal por outro previamente determinado pelas partes).
II - Pura: não sujeita a condição.
III - A termo: sujeita a evento futuro e certo (art. 136, CC).
IV - Condicionais: estão sujeitas a evento futuro e incerto (art. 121 a 130, CC).
V – modal impõe-se um ônus ao devedor beneficiado com a liberalidade
2 - Composta ou complexa (vários objetos ou sujeitos).
I - Divisível: Sacas de milho a tantos credores.
II - Indivisível: (entrega de um carro), “Concursu partes friunt”.
3 - Cumulativas: (realizar vários objetos, todos deverão ser prestadas).
4 – Diferidas no futuro e periódica: compra a prazo.
I – Periódica: futura, mas uma só vez.
II – Instantânea: no momento uma só vez.
5 - Alternativas: O sujeito passivo realizará umas das obrigações estipuladas e estará livre das obrigações.
6 - Solidárias – Vários credores e devedores.
7– Dívidas Líquidas e Ilíquidas: O nosso código contempla a mora e exceção de obrigação líquida. Ex.: arts. 397; 407; 363; 352, todas de dívida líquida.
 
Classificação de várias espécies.
I-) Cláusula Penal – Obrigação com garantia acessória.
II-) Classificando quanto ao Meio e Resultado.
a) Meio – Advogado – é a promessa de desenvolver o trabalho (obrigatório) no melhor termo e talento que souber, sem promessa de obter o ganho “de causa”. Ônus da prova é do sujeito ativo.
b) Resultado: impõe-se pelo resultado final: Ex: mecânico, cirurgião plástico: Ônus da prova é do sujeito passivo .
III-) Civis e Naturais.
a) Civis são aquelas previstas pela lei com força de exigibilidade – é reconhecida pela ordem jurídica, artigo 882/883, CC.
b) Naturais: apesar de compor os elementos que possam ser consideradas a verdadeira relação creditória, no entanto sem a conferência do poder de exigibilidade. (Ex.: Art. 882, CC/ Dívida prescrita e dívida de jogo)
- Não se trata de obrigação moral.
- Acarreta inexigibilidade da prestação.
- Irretratabilidade do pagamento feito.
- Se cumprida de forma espontânea será válido o pagamento.
- Depende de previsão Normativa.
IV-) Obrigações “Propter Rem”
Obriga o indivíduo decorrente do direito real. Ex: vizinho deve construir muro pela metade, cerca de sítio, etc; não importa a pessoa, mas o detentor de propriedade daquele Bem. 
DAS OBRIGAÇÕES DE DAR
Em linhas gerais a obrigação de dar tem como conteúdo à entrega de alguma coisa: dar, fazer ou não fazer. 
No entanto, em nosso sistema, a obrigação de dar, não se constitui especificamente na “entrega” efetiva de algo, mas no compromisso de entregar a coisa ou obrigação, (gera um direito a coisa, mas não o direito real).
Bens Imóveis: Pela transcrição no Cartório de Registro de Imóveis.
Bens Móveis: pela tradição Art. 1.297, 237, CC.
Assim, pelo sistema da (Unidade Formal), Código Francês segundo Idatiane, a obrigação de dar e transferência da coisa não estão incluídas em um só ato, criando, por si só, um direito real, é direito pessoal. Se não entregar o bem o indivíduo deverá acioná-lo para cobrar perdas e danos (art. 481 e 389, CC).
Devemos então concluir, que nem sempre as obrigações se apresentarão de forma pura, de (dar, fazer, não fazer.) Por vezes as três modalidades se interpenetram e se completam.
Quanto aos acessórios, estes acompanham a principal (art. 233, CC).
Da Obrigação de entregar a Coisa Certa e Dar Coisa Incerta.
Inicialmente deve-se distinguir que a obrigação de Dar poderá consistir em duas:
a) A Obrigação de Dar propriamente dita – compromisso original de dar, fazer algo.
b) Obrigação de Restituir – Devolução de Gestão, etc.
DA OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA
É referente a bem especial, individual, indicativo, Ex: cavalo de corrida, determinado carro. Não pode ser obrigado a receber outro quando não escolhida, mesmo que mais valiosa, conforme determina o art. 313, CC. Salvo os termos do artigo 356, CC. 
DA OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA
Conceituado no art. 243 do CC, é uma espécie do gênero e quantidade. Ex: Marca; automóvel novo. A determinação se dá após a escolha, então a obrigação passa a ser de coisa certa (art. 245, CC).
O direito de escolha é do devedor, (caso não haja outra forma pactuada), art. 244, CC.
Falar sobre o artigo 313 do CC. 
Dos Principais Problemas Relativos a Obrigação de Dar
Do destino da Obrigação em face ao Perecimento ou Deterioração da Coisa.
Distinção entre Perecimento e Deterioração:
a) Perecimento = Morte, destruição total, (perda), desaparecimento dos bens.
b) Deterioração = Estrago, danificação parcial, perda de parte.
Inicialmente, devemos observar se o perecimento ou deterioração decorreu de culpa ou não do Devedor:
I - Por culpa do Devedor:
 
a) Perecendo, a coisa, por culpa do devedor - responderá pelo equivalente por perdas e danos, (art. 239, CC).
b) Deteriorando a coisa, por culpa do Devedor, poderá o credor, considerar resolvido o contrato, cobrando por perdas e danos, ou receber a coisa deteriorada e reclamar a diferença, sobrevivendo à relação jurídica.
II - Perecimento ou deterioração por fato estranho ao comportamento do devedor - Sem culpa do devedor.
a) Perecendo (sem culpa do devedor), a obrigação se desfaz, sofrendo o credor pelo prejuízo, art. 238, CC.
b) Deteriorando, sem culpa do Devedor:
 
I) Se a Obrigação era de Dar: o credor pode considerar desfeito, resolvido a relação ao estado anterior, ou aceitar o bem abatido o valor (mudando a relação jurídica), perda parcial (art. 235, CC).
II) Se era deRestituir: a obrigação original se altera – podendo o credor somente reclamar a coisa deteriorada, art. 240, CC, sem direito a perdas e danos.
Obs: Após a Tradição, a obrigação do devedor cessa, se a coisa perecer após a entrega, será por risco do comprador.
Dos Acessórios da Coisa:
Os acessórios, (frutos), são de propriedade (de direito) do dono.
Art. 237, CC. (cabe ao Credor o fruto pendente e ao devedor os percebidos).
Obs: Deve ser observado a posse, pois se houver posse injusta não terá direito aos frutos, se for posse justa os frutos ficam ao possuidor.Art. 1.214 a 1.216; 1.219 a 1.222, CC.
Da execução da Obrigação de Dar Coisa Certa.
O Credor pode exigir a entrega, fazem busca e apreensão da coisa, fazendo somente por perdas e danos, caso o bem já não tenha possibilidade de ser entregue “In Natura”.
Busca realizar a Obrigação na forma mais fiel da avençada.
DA OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA
Deve especificar a quantidade e Gênero (art. 243, CC).
Não há que discutir o perecimento de coisa genérica. Não se livra da responsabilidade “Genus Non Perit”
No ato da escolha a coisa indeterminada passa a ser Obrigação de coisa determinada, surgindo então a questão de quem escolhe.
a)	As partes devem estipular, e no silêncio é o devedor quem escolhe a obrigação;
b)	Estipula a escolha mediana, sendo que presume-se a relação da boa-fé, bem como a intenção da relação e não o simples literal.
Obrigações Pecuniárias
Diz se pecuniário, pois antigamente o vocábulo “pecus” refere-se a gado, eram considerados de grande liquidez e troca (moeda).
É uma modalidade de “dar”, o qual o CC, não se ocupou.
Em 27/11/1933 pelo Decreto 23.501, proibiu-se a estipulação em qualquer outra moeda, surgindo à regra do Nominalismo.
Lei 6.205/75 proibiu o ajuste do valor corrigido através do salário mínimo, salvo nas relações de Trabalho.
Correção Monetária ou Escala Móvel
 
É o remédio que surgiu para evitar o enriquecimento ilícito, remédio este que se muito aplicado, mata o paciente.
OBRIGAÇÃO DE FAZER OU NÃO FAZER
Obrigação Positiva:
-	Vincula o devedor em atividade física ou intelectual;
-	De certo modo a obrigação de fazer tem implicitamente a obrigação de dar, no entanto; quando a obrigação exigir a confecção, feitura da coisa, mesmo devendo dar, estaremos pela ótica jurídica ante a uma obrigação de fazer. 
Na obrigação de dar, vincula-se a coisa (bens), na obrigação de fazer, o objeto é o ato (prestação de fato).
Portanto é fácil concluir-se que a Obrigação de dar pode ser cumprida judicialmente, podendo buscar, apreender, penhorar, seqüestrar os bens. Já a obrigação de fazer tem suas peculiariedades, pois como obrigar o um cantor fazer uma apresentação, se este não realiza: “Nemo praticae potest cogi ad factum”.
Na ótica moderna já podemos incluir na obrigação de fazer a declaração de vontade, que pode ser:
Quanto a espécie da Obrigação de fazer:
A) Obrigação Infungível:
Obrigação instituída no princípio, “Intuit personae” personalíssimo.
Não só nas qualidades dons e talentos do devedor, mas pode também ser considerada “ïntuit personae” de outro relacionamento. Ex: Locador firma o contrato com a pessoa comercial, pois o fiador é especial. (Pelé, Xuxa)
B) Obrigação Fungível:
Não importa a qualificação especifica, qual oficial poderá realizar, mas a obrigação de fazer; Lavar carro, fazer um galinheiro, costureira comum. Se for pactuada a personalidade em contrato, deve a esta se aplicar o art. 247, CC.
Pode pela circunstancia também ser reconhecido sem contrato, pela própria situação do negócio. 
Conseqüências do descumprimento das Obrigações de Fazer.
I - Caso a obrigação não se realiza sem culpa do devedor a obrigação se resolve.
II - Se culpado o devedor deverá responder por perdas e danos. Inadimplemento Voluntário.
É considerado culpa se a obrigação não se tornou impossível. Art. 248, CC.
II - Quando a obrigação descumprida for infungível – Perdas e Danos.
Fungível, pode existir alternativas ao credor:
a) responder por perdas e danos,
b) determinar que um terceiro o faça. 
Proibido o credor sem formalidades encomendar a terceiros a realização da obra. 
Em caso de urgência poderá o credor determinar a realização, cobrar do devedor o valor, mais perdas e danos materiais.
Ação Cominatória
Conceito: É o remédio legal que o jurídico encontra para forçar o devedor a fazer algo, cominando em “multa diária ao devedor enquanto este não a cumprir”.
Da Execução de Declaração de Vontade.
Compra e Venda (Não transfere em tempo o vendedor o imóvel).
O juiz pode suprir/através do processo judicial reconhecer a declaração.
Transitada em julgado, produzirá a sentença força em relação a todos os atos, como se a declaração já tivesse sido realizada.
É a promessa não cumprida.
Da Obrigação de Não Fazer.
A obrigação de não fazer tem seus limites não valendo aos casos que vinculem direitos individuais; casar, passear, trabalhos em geral.
Terreno não erguer muro, venda do comércio.
Do Inadimplemento das Obrigações de não fazer.
Caso ocorra o inadimplemento da obrigação de não fazer sem intenção do Devedor esta se resolve.
Caso haja culpa do devedor que pratica ato que devem abster resta dois caminhos:
Voltar a situação anterior com os gastos suportados pelo devedor, que se negado, poderá ser feito pelo credor e cobrado do devedor.
Perdas e danos, essa regra geral : “Non facere” arts. 642, 643 CPC.
DAS OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS.
A obrigação pode ser singular ou ter objeto composto ou plural. Portanto devemos observar quanto ao Objeto da relação. 
Objeto Composto - a obrigação é ligada a partícula gramatical “e”. Trata-se de uma obrigação conjuntiva ou cumulativa. Ex: Devo um coelho e uma gaiola.
Objeto da obrigação chamada Alternativa ou Disjuntiva – é ligado pela partícula “ou”. Ex: pago o coelho ou a gaiola.
 
Assim quando se trata das obrigações composta/cumulativa, o devedor somente se livrara da obrigação ao cumprir todas as obrigações, sendo a obrigação alternativa com o cumprimento de uma só obrigação, dentre várias, gera a quitação e livra o devedor da obrigação. 
Não obstando ser alternativa, terá um momento que acontecerá a escolha; escolha esta que torna a obrigação certa. Não podendo o devedor obrigar o credor a receber parte de uma e parte de outra. (art. 252, §1º). 
Caso não exista acordo pré determinado, a escolha fica a cargo do Devedor. 
Art. 571 CPC “caput”, §1º. O devedor deverá ser citado para efetuar a escolha em 10 dias sob pena de voltar o direto ao credor. Art. 342, CC.
Com a escolha a obrigação passa de complexa para simples. 
Quando trata-se de obrigações anuais a cada ano renovará o direito de escolha do devedor.
Concentração e Cumprimento da Obrigação Alternativa. 
São várias as obrigações, no entanto, um só vínculo jurídico. Após escolhida a obrigação, é como se esta fosse a única, liberando-se as demais. 
Da Impossibilidade (ou Inexequibilidade) de uma prestação:
a)	Neste caso, não importa se houve culpa ou não do devedor, aplicando-se o art. 253, CC. Subsistirá o débito quanto á outra.
b)	Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexequíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos. 
Da Impossibilidade de cumprir todas as obrigações.
c)	Art. 256. Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a obrigação.
d)	Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar.
DA OBRIGAÇÃO FACULTATIVA.
Existiráuma só obrigação principal, sendo que reserva-se o devedor em livrar- se da obrigação, cumprindo outra subsidiariamente.
Não podemos confundir com a dação em pagamento, pois esta depende do consentimento do credor e a obrigação alternativa é prerrogativa do devedor. 
Assim são características: 
a)	Objeto plural/ composto;
b)	Tem o objeto relação de dependência correspondente a principal e acessório;
c)	Direito é opção do devedor.
Obs: Obrigação Substitutiva.
OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS. 
Obrigação divisível 
Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam.
Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes.
Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores.
Exemplo: dois devedores devem juntos, por contrato, dez mil reais ao credor. O credor pode cobrar cinco mil reais de cada um dos devedores.
Entretanto, ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou.
Obrigação indivisível
A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante de negócio jurídico.
Exemplo: um quadro, um carro, ou um animal, são objetos indivisíveis por que seu fracionamento altera a substância da coisa. 
Se havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda.
O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados.
Pluralidade
Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando:
· A todos conjuntamente;
· A um, dando este caução de ratificação dos outros credores.
Credores
Se um dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos outros assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total.
Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação, compensação ou confusão.
Perda da indivisibilidade
Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos.
Se houver culpa de todos os devedores, responderão todos por partes iguais.
Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas perdas e danos.
Base: Código Civil - artigos 257 a 263.
DAS OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS.
Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.
A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro.
Solidariedade Ativa
Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro. 
Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar. 
O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago.
Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível.
Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade.
O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que lhes caiba.
A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos outros.
O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha direito de invocar em relação a qualquer deles. 
Renúncia
O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores.
Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais.
Solidariedade Passiva
O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.
Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores.
Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores.
O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada.
Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem consentimento destes.
Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado.
O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro co-devedor.
O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores.
No caso de rateio entre os co-devedores, contribuirão também os exonerados da solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente.
Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, responderá este por toda ela para com aquele que pagar.
Juros de Mora
Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela obrigação acrescida.
Base: artigos 264 a 285 do Código Civil..
Execução da Obrigação por um dos Devedores Solidários. 
O devedor que paga integralmente a divida fica sub-rogado pelo direito de cobrar os demais devedores. 
Caso haja um devedor insolvente os demais suportarão a sua parcela. Art. 283, CC.
-No caso de pagamento parcial de um devedor saldar parte da obrigação resta ao credor exigir o remanescente dos demais devedores.
-	O mesmo aplica-se na Remissão art. 284, CC. 
Inadimplemento da Obrigação e solidário surgem dois casos:
a)	Se a obrigação sem culpa do devedor, ficou impossibilitado por caso fortuito a obrigação se desfez. 
b)	Caso haja culpa de um dos devedores solidários, todos responderão pela obrigação que não pode cumprir-se, mais as perdas e danos, somente fica a cargo do devedor art. 279, CC.
9.4 No caso de Morte de um dos devedores solidários, Vide art. 276, CC.
(responde o herdeiro a cota do quinhão recebido).
DA CLÁUSULA PENAL
Cláusula Penal é uma obrigação de natureza acessória
Pode se firmar no mesmo momento da Obrigação principal ou posteriormente a esta/ Finalidade: é utilizada para garantir a execução de uma obrigação principal e aumento de liquidez, que caso for violada terá que arcar também com a cláusula penal, que pode ser:
a)	Cláusula Penal Compensatória: pré-fixação por perdas e danos, referindo-se ao inadimplemento principal.b)	 Cláusula Moratória: refere-se ao atraso “mora”, cumprimento parcial da divida. 
Obs: 1-Jamais cobra cumulativamente as compensatórias e moratórias. 
1-	Existe uma forma que buscam embutir valor compensatório ou moratório, é o caso da concessão inversa. Ex: Bônus por pontualidade.
Da exigibilidade da cláusula penal. 
Define o art. 416, CC que não necessita o credor de alegar o prejuízo, mas a simples violação de cláusula ou mora do requerido, que não poderá alegar escusa, pois ele próprio avençou.
Devemos observar que o primeiro objetivo não é instituir a cláusula alternativamente, mas caso haja inadimplemento total assim acontecerá, tornar-se a cláusula Penal obrigatória alternativa, art. 410, CC. 
Dos efeitos decorrentes da distinção entre cláusula penal e moratória. 
Pela origem de cada uma, somente a moratória é que posso exigir a obrigação principal além das cláusulas penais. 
Ex: aluguel mais 1º juros.
Obs: Cabe pedido pena cominatória. Art. 411, CC.
Compensatórias: somente caberá o pedido fixo e nominal.
Se for interpretação ambígua ou obscura será interpretada como compensatória.
Do valor da cláusula penal 
Art. 412. É uma restrição, “Não pode a obrigação da cláusula penal ser maior que a obrigação”. Cláusula penal é acessório.
O ARBÍTRIO PARCIAL 
O art. 413, CC, concede ao juiz a possibilidade de redução, proporcionando, caso não haja renúncia do referido direito. As penas devem ser diferentes no caso de inadimplência parcial ou total.
Da Lei da Usura.
DA OBRIGAÇÃO PROPTER REM 
A referida obrigação é decorrente do suj. em relação a um bem real, não importa quem seja o sujeito.
É tão pura a referida situação que se houver a renuncia do direito sobre o bem real, se livra o possuidor da Obrigação que decorre daquele.
A referida obrigação comporta algumas características básicas sendo elas: 
a)	Prende o titular de um direito real, seja ele quem for, a uma obrigação em virtude de ser proprietário ou possuidor;
b)	O devedor se livra da Obrigação se abandonar o bem;
c)	A obrigação se transmite a sucessores a titulo singular do devedor;
d)	É regido pelo principio da Obrigação passiva universal, que ninguém deve opor-se ao direito “Propter rem”. Sendo que todos podem ser titular da obrigação com exceção ao titular do direito. 
Da natureza jurídica. 
Existe uma derivação da obrigação real para a obrigação pessoal, portanto surgem discussão sobre sua natureza. O que podemos observar a que tudo versa em busca que a solução/ a situação de um bem real, não obstante que sua aplicação, de maneira inegável será através de obrigação pessoal. 
Assim certo é afirmar que trata-se de uma obrigação mista com origem na obrigação real.
Alguns exemplos de Obrigação “Propter Rem”
a)	Art. 1.297, CC - Confere o direito de demarcação.
b)	Art. 1.297, CC - demarcação de tapumes / Divisórios. 
c)	Art. 1.315, CC. O condômino é obrigado a concorrer, na proporção se sua parte, para as despesas de conservação ou divisão da coisa e suportar na mesma razão os ônus, a que estiver sujeita.
INTRODUÇÃO DOS EFEITOS DAS OBRIGAÇÕES.
a)	Formas de Extinção;
1. Direta: pagamento espontâneo/ cumprimento voluntário da obrigação;
2. Indiretas: compensação, consignação em pagamento, novação, transação, dação em pagamento, remissão, por execução forçada, condição resolutiva ou de termo, por força maior e caso fortuito.
b) Consequências do Inadimplemento.
Não devemos usar a palavra Pagamento, pois deverá ser usada em formas que acomodam várias interpretações.
I) Trata-se também do pagamento indevido, ou melhor dizendo do Recebimento indevido. Art. 876, CC.
II) Das Pessoas Vinculadas as Obrigações.
A Obrigação vincula as partes, bem como seus herdeiros. Tal regra tem sua limitação prevista no artigo 1.792 do CC, que restringe a obrigação até a força da Herança.
Devemos observar que a Obrigação Personalíssima não se transmite em vista de existir decorrente da situação da “pessoa”.
III) Promessa de Fato de Terceiros - O promitente jamais poderá incumbir um 3º na obrigação a não ser pela concordância daquele. Assim, se o individuo promete e não realiza algo que vincula a “Vontade de Terceiros”, este responderá por perdas e danos, jamais podendo exigir a obrigação prometida eis que dependerá da vontade do titular. 
DO PAGAMENTO
Em busca de cumprir o que as partes avençam, é o objetivo primeiro da relação sendo certo que o chamado é uma das formas de pagamento, é o adimplemento da obrigação pactuada e consequentemente extinção da relação.
Partindo da premissa que “pagamento” é uma espécie do Gênero Adimplemento, ou seja, pagamento e a forma do devedor cumprir a obrigação a obrigação Voluntariamente.
Quando falamos em pagamento devemos lembrar de 03 elementos:
I) A presença de uma pessoa que paga – cumpre a obrigação chamado de “solvens”.
II) A pessoa que se beneficia recebe a obrigação “accipiens”
ÏII) Um vínculo jurídico obrigacional que justifica a obrigação: Essa matéria é de grande importância pois a partir dela é que podemos perceber:
Se houve o pagamento indireto, a quem deve pagar? Quem é parte interessada ou não, pagamento efetuado pela Transmição de propriedade , pagamento pelo incapaz, representante do credor, representante do devedor, quanto o devedor e credor putativo , etc. (arts. 304, 305, 308).
Requisitos de Validade:
a)	existência de vínculo obrigacional;
b)	intenção de solve-los (solvendi);
c)	cumprimento da obrigação/prestação;
d)	partes: (accipiens: recebe);
e)	Solvens (quem paga).
 
VEJAMOS ALGUNS CASOS IMPORTANTES.
a)	Pagamento efetuado por pessoa interessada, (art. 304, CC):
Fiador/ Caso o pagamento ocorra em nome do devedor Sublocatário/ A Obrigação se resolve, o Liame se desfez/ surge nova relação.
No caso do credor recusar-se em receber, aplica-se a consignação em juízo do valor devido.
Após o pagamento ocorre sub-rogação do solvens em todos direitos do accipiens. (art. 346, CC).
A relação continua (se ainda não foi completamente cumprida).
b) Pagamento Efetuado Por Pessoa Não Interessada.
O Terceiro paga em nome do devedor, solvens, extinguindo a relação.
No entanto, mesmo não existindo o “animus donandi” (intenção de doar), (art. 305, CC) o solvens da relação originária não fica sub-rogado dos direitos do accipiens, pois pagou em nome do devedor, restando somente o pedido de reembolso do pagamento, o que é conhecido por Lei, fundamentado no enriquecimento injusto do 1º devedor.
Nestes casos pode acontecer de o devedor se opor ao pagamento do devedor pelo 3º, podendo alegar-se que a divida não é legal, valores, ou mesmo dispositivos que levar a extinção da cobrança. Caso aconteça o pagamento o 3º pagador, não poderá pedir o reembolso ao devedor, senão até parte realmente utilizada pelo mesmo.
Obs: Devo observar na oposição a capacidade, o valor, ou qualquer meio impeditivo do pagamento.
c) Do Pagamento Efetuado pela Transmissão de Propriedade. (art. 307, CC).
Consiste basicamente na entrega de bens, devemos observar as partes em relação aos bens.
O solvens deve ser e ter legitimidade para a entrega e o bem deve ser desimpedido, sendo necessário que o mesmo seja idôneo ao fim que se destina. 
A entrega será reconhecida como válida e intocável, caso haja as condições do artigo 307 CC, ou seja: 
a)	Pagamento através de coisa fungível.
b)	Boa- fé por parte do “accipiens”.
c)	O consumo da coisa entregue pelo mesmo “accipiens”.
Exceção: entrega de coisa fungível, por quem não pode aliená-la, resta o dono cobra quem entrega indevida + perdas e danos. 
DAQUELES A QUEM SE DEVE PAGAR. 
Para que tenha valor liberatório, o pagamento deve ser feito ao credor.
Ocorre, portanto que em vários casos podem ocorrer Mudança do credor, tais como: por morte do individuo que pactuou a obrigação, passando a ser o credor, seus herdeiros. No caso de incapacidade, no caso de cessão de crédito, ou mesmo por determinação judicial– Inventariante, Administrador judicial, Feitor, Sindico de Falência.
Enfim, o pagamento deve ser feito ao credor ou pessoa habilitada para tanto, eis que feito o pagamento sem as devidas observações cautelas, pagou-se mal, e “quem paga mal, paga duas vezes”.
Quanto à regra acima, existem exceções:
a)	Mesmo a lei desprezando o pagamento feito ao incapaz, caso o “solvens” prove que o ato reverteu a proveito do “accipiens” estará quitada. A lei protege o incapaz, mas não contempla o enriquecimento sem causa.
b)	Caso 3º recebam, mas haja a confirmação do credor, trata-se de credor putativo ou tentam provar que o credor aproveitou-se do pagamento também será eficaz e livre o “solvens”.
Do Pagamento ao credor Incapaz
Art. 310, CC. – Não vale muitos comentários dispersos eis que toda a doutrina guia em torno da letra do artigo, sendo o mais importante a palavra.
“Cientemente”, uma vez que, conforme o desfecho da situação, o artigo comportará interpretações (julgamentos) diversos e contrários. 
Devemos observar a proteção em que a Lei se dispõe, ou seja, proteger o INCAPAZ. 
Do Pagamento ao Credor cujo o Crédito foi Penhorado. 
Após a intimação do “solvens”, este não mais deverá pagar ao credor originário, e se assim o fizer, o pagamento não valerá aos credores que o notificaram deverá pagar novamente. 
Obs: após a intimação o devedor passa a ser mero depositário, não devendo dispor do crédito art. 672, CPC. Depositando a quantia devedora, livra-se da obrigação.
O artigo 867 CPC, é o meio mais correto de cientificar o “solvens” das reservas. 
PAGAMENTO EFETUADO AO REPRESENTANTE DO CREDOR.
O representante pode ser legal ou convencional, sendo eles:
- Legais - pais, tutores, credores.
- Judiciais - nomeados pelo juízo, Depositário, Interventores, Oficial Justiça.
- Convencionais – São os que figuram em Mandato.
“Adjectus Solutionis Causae” 
“Quando na relação entre ‘solvens’ e ‘acipiens’ surge uma terceira pessoa, o ‘adjectus’”.
Assim, devo observar se a relação contratual deu-se por obrigação, a ser paga a favor do 3º, ou se para o 3º em nome do credor surgindo então duas situações. 
a) Do pagamento feito a favor do 3º, aí a relação se aproxima mais da cessão de direito e tem as características de ser irrevogável, o seu direito não se desfez com a morte do credor/obrigação, não tem característica de mandatário.
b) Caso o pagamento seja feito a 3º, mas a favor e em nome do credor, a relação pode ser desfeita, excluindo –se o “adjectus” uma vez que a relação se aproxima do Mandato e com anuência do accipiens e do solvens, poderão alterá-la a qualquer momento até a data do pagamento. 
VALIDADE DO PAGAMENTO FEITO A TERCEIROS QUE NÃO AO CREDOR (Casos Especiais).
Pode ocorrer do pagamento ser feito a pessoa estranha da relação, que não o credor ou seu representante, surgindo assim três situações; que a lei reconhecerá como válida a quitação, sendo elas:
a) Quando o credor a ratifica. Com a ratificação do credor retroage-se ao dia do pagamento tornando quem receber gestor mandatário e eficaz a relação inclusive o pagamento.
b) Quando o pagamento é aproveitado pelo credor, direto ou indiretamente.:
1 - Pago o filho incapaz, absoluta ou relativamente incapaz, devo observar que a lei protege o incapaz assim, caso este venha aproveitar o valor pago, considera-se quitada a relação. Ex: Pai que deve pensão ao filho e pagou a criança que quitou a escola. 
Caso gaste com passeios, bebidas, mulheres, o pagamento não valerá, pois fez mal uso do dinheiro. 
2 - Caso o devedor entregue o valor, ou bem a 3ª pessoa que mantem relação com o credor, em que este é devedor da 3ª pessoa. O Pagamento direto ao 3º é válido, (com autorização). 
c) Pagamento feito a credor Putativo: É aquele credor, que aos olhos de todos é o credor/herdeiro, embora não seja. Muitas vezes, se apresente como, age como se fosse e todos assim o tratam.
Situações mais comuns: herdeiros, afilhados, sucessor decorrente de testamento que perde a qualidade por anulação do Testamento ou romper-se, herdeiros excluído da sucessão por indignidade (tenta matar o parente).
A regra exige:
 
a)	Boa-fé do devedor;
b)	 A escusabilidade de seu procedimento.
 
DO OBJETO DO PAGAMENTO:
 
As dívidas em dinheiro “deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subsequentes” (art. 315), que preveem a possibilidade de corrigi-lo monetariamente. O CC adotou, assim, o princípio do nominalismo, pelo qual se considera como valor da moeda o valor nominal que lhe atribui o Estado, no ato da emissão ou cunhagem;
DA PROVA DO PAGAMENTO.
 
Prova é a transformação dos atos em demonstração material, palpável de um fato, ato ou negócio jurídico. É uma evidência, como se fala o direito anglo-saxão.
Quem paga deve o fazer sempre contra-recibo, ou seja, é direito de quem paga receber a prova do pagamento, podendo reter o pagamento enquanto não lhe for dada esta “garantia”, (art. 76, CC).
Não obstante o preceito acima o estatuto processual admite a prova testemunhal cumulada com outras provas documentais (inicio), parte da prova, e em documentos emanados da parte contrária, nos casos em que o devedor moral ou Materialmente, não tenha condições de obter a quitação. (artigo 402 do CPC). Vide art. 472, CC.
Enfim, quitação é o documento idôneo para comprovar o pagamento, o termo em latim significa “quitare” que significa acalmar, deixar tranquilo o devedor.
É direito do devedor e obrigação do credor, sendo que na lei do inquilinato, exige como crime a recusa do credor em emitir recibo de aluguel, art. 44, I, da Lei 8.245/1991.
Em casos de recusa pode o devedor citá-lo (credor) para expedir o recibo ou devolver o titulo. Art. 321, CC. Nos casos em que a quitação consiste na devolução do titulo a entrega deste se resolve, mas na recusa, qualquer outra “declaração” que a inutilize será valida como quitação Deve ressaltar o art.352, 354, CC.
Obs: A presunção de pagamento é relativa, pois pode ocorrer a entrega mediante violência ou engano.
Sempre as despesas ocorrerão por conta do devedor, mas, no caso de restar o pagamento aos herdeiros, que em vários lugares estão, ficam as despesas a cargo do credor, 946 CC.
DO LUGAR DO PAGAMENTO - DIVIDAS “QUERABLES” E “PORTABLES”. 
Onde se deve pagar o aluguel?
Via de regra, caso nada seja avançado, a obrigação deve ser cumprida no domicilio do devedor, regra geral do art. 327, CC, a qual chamamos “quérable”
Quando o devedor tiver que procurar o credor para o pagamento, é chamado de “portables”, sendo que deve a obrigação ser expressa pelas partes. 
É uma norma supletiva que somente entra em vigor no silencio das partes.
Toda esta matéria visa sobre a mora, pois alguns casos podem surgir, e a doutrina assim estabelece. 
Quem paga em lugar errado, paga mal.
1 - No caso de mudança do domicilio do Devedor. 
Partindo do preceito do art. 328 do Código Civil, referido artigo veremos que alguns pagamentos somente poderiam acontecer em determinados lugares: entrega de imóvel, entrega de cestas básicas, pelo empregador, venda á supermercados, vendas de produtos material de construção, entrega na obra (arts. 329, 330, CC).
 
QUANTO AO TEMPO.
Quando falo em pagamento devo inicialmente analisar a natureza da relação, que podem ser.
Se for obrigação pura, art. 134, CC. Aqueles que não tem prazo determinado para o vencimento, pode ser exigível a qualquer momento.
Se for obrigação ajustada a termo.
Certo é a data do vencimento, no entanto, silente o contrato, a lei determina que o prazo é a favor do devedor, art. 134, 133, CC, podendo este abrir mão do prazo, pois foi instituído a seu favor.
DA ANTECIPAÇÀO DOS PAGAMENTOS. 
Em casos de parcelas periódicas podem convencionar as partes que vencida, uma vencem automaticamente as demais, aí não está instaurado qualquer discussão eis que as parcelas de forma bilateral, estipulam o vencimento. 
O problemasurgiu quando o vencimento decorre da previsão legal, contida no art. 333, CC, que considera exequível antecipadamente a obrigação nos seguintes casos:
Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no contrato ou marcado neste Código:
I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores;
II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor;
III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las.
DO ENRIQUECIMENTO INDEVIDO.
Mesmo com exemplos de vários ordenamentos que regem normas gerais repudiando o Enriquecimento Injusto, tais como Princípios Romanos, Justiça, Portuguesa Leg. México, e demais normas. Nosso Ordenamento limita-se a regulamentar o trato do pagamento indevido. 
Mesmo não acolhido pela Norma Pátria o princípio que é Universal, é aplicado através da Analogia e também se fortalece em nosso sistema, pois é princípio básico que rege as linhas gerais do direito.
Dos Pressupostos da Actio de in rem verso
Ação destinada a recuperar o que obtido à sua custa com locupletamento alheio, ação de locupletamento indevido contra que o obteve. Ação de repetição de indébito.
I) Enriquecimento por parte do réu.
II) Empobrecimento por parte do Autor.
III) Relação de causalidade dos fatos 
IV) Ausência de causa que o justifique 
V) Inexistência de outra ação que socorra a vitima.

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