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Revista Paulista de Pediatria ISSN: 0103-0582 rpp@spsp.org.br Sociedade de Pediatria de São Paulo Brasil Marques Nicolau, Carla; Cícero Falcão, Mário Efeitos da fisioterapia respiratória em recém-nascidos: análise crítica da literatura Revista Paulista de Pediatria, vol. 25, núm. 1, marzo, 2007, pp. 72-75 Sociedade de Pediatria de São Paulo São Paulo, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=406038920013 Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto 72 Rev Paul Pediatria 2007;25(1):72-5. Artigo de Revisão Efeitos da fi sioterapia respiratória em recém-nascidos: análise crítica da literatura Effects of chest physiotherapy in newborns: a critical review of the literature Carla Marques Nicolau1, Mário Cícero Falcão2 1Mestre em Ciências da Saúde pelo Departamento de Pediatria da Facul- dade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e fi sioterapeuta do berçário anexo à Maternidade do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP 2Doutor em Pediatria pela FMUSP, professor colaborador da disciplina de Neonatologia do Departamento de Pediatria da FMUSP, médico encarrega- do da Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP e docente do curso de Nutrição da Universidade Anhembi Morumbi Laureate (UAM) RESUMO Objetivo: Analisar criticamente a literatura a respeito dos efeitos da fi sioterapia respiratória em recém-nascidos. Fontes de dados: Bases de dados Medline, Cochrane Library, Lilacs e SciELO, no período de 1970 até 2005. Síntese dos dados: Os efeitos da fi sioterapia respirató- ria foram distribuídos em categorias de função pulmonar e outros efeitos. A análise dos trabalhos mostra que a fi sioterapia tem efeitos benéfi cos na remoção de secreção das vias aéreas; contudo, as evidências dos efeitos sobre a oxigenação, função pulmonar e atelectasias são restritas, já que os estudos são escassos e apresentam amostras pequenas e desenhos experimentais díspares. Conclusões: Estudos com delineamento adequado e amostras representativas são necessários para avaliar o risco- benefício da fi sioterapia respiratória em recém-nascidos. Palavras-chave: terapia respiratória; recém-nascido; prematuro; terapia intensiva neonatal. Endereço para correspondência: Carla Marques Nicolau Rua Fidalga, 764 – Vila Madalena CEP 05432-000 – São Paulo/SP E-mail: carlamn@icr.hcnet.usp.br Recebido em: 4/8/2006 Aprovado em: 10/11/2006 ABSTRACT Objective: The aim of this review is to assess the effects of chest physiotherapy in newborn infants. Data sources: National and international data were ob- tained from Medline, Lilacs, Cochrane Library and SciELO, from 1970 to 2005. Data synthesis: The effects of chest physiotherapy were distributed according to categories of cardiopulmonary function, and others effects. Some studies do suggest be- nefi cial effects of chest physiotherapy in terms of secretion clearance of the airway and arterial oxygenation, but the results are not reliable across trials and are based on studies with small numbers of participants. Conclusions: There are not enough data to assess the safety of chest physiotherapy in newborn infants. Prospective randomized trials with large patient populations are needed to prove the risk-benefi t of neonatal chest physiotherapy. Key-words: respiratory therapy; infants, newborn; infant, premature; intensive care, neonatal. RPP 25 (1).indb 72RPP 25 (1).indb 72 12/3/2007 15:32:1012/3/2007 15:32:10 73Rev Paul Pediatria 2007;25(1):72-5. Carla Marques Nicolau et al Introdução O aumento da sobrevida de recém-nascidos com peso de nascimento e idade gestacional cada vez mais baixos fez com que houvesse uma elevação signifi cativa do período de hospitalização destes, devido principalmente à imaturidade pulmonar. Apesar de todos os avanços, as afecções respiratórias ainda são uma das principais causas da morbi-mortalidade no período ne- onatal, especialmente nos recém-nascidos pré-termo (RNPT), os quais, devido à imaturidade pulmonar, permanecem por períodos prolongados sob suporte ventilatório e/ou oxigenoterapia, tornan- do-se suscetíveis às complicações da própria ventilação mecânica, o que acaba por limitar o prognóstico destas crianças(1,2). A fi sioterapia é uma especialidade relativamente recente, e mais recente ainda é a sua atuação nas unidades de terapia intensiva neonatal. Apesar disso, especifi camente nos grandes centros, a fi sioterapia tem obtido grande sucesso na prevenção e no tratamento das complicações respiratórias, resultando no reconhecimento deste profi ssional como membro impres- cindível da equipe multiprofi ssional. O desenvolvimento contínuo da fi sioterapia respiratória, juntamente com a medicina neonatal, faz com que os recursos fi sioterapêuticos sejam otimizados, respeitando-se as peculia- ridades do RNPT e tornando possível atingir um alto padrão de efi cácia do tratamento intensivo, com o objetivo de reduzir a morbidade neonatal e, consequentemente, o tempo de hospi- talização e os custos hospitalares, favorecendo o prognóstico e a qualidade de vida futura destas crianças. Para tanto, é indispen- sável que o fi sioterapeuta tenha fundamentação teórico-prática para a correta avaliação e aplicação dos recursos fi sioterapêuticos disponíveis, aprimorando assim a assistência neonatal. Neste contexto, este trabalho propôs-se a realizar uma revisão de literatura com o objetivo de avaliar os efeitos da fi sioterapia respiratória sobre a função pulmonar de em recém-nascidos. Fontes de dados Procedeu-se a uma busca sistemática da literatura, por meio da consulta aos indexadores de pesquisa nas bases de dados ele- trônicos (Medline, ISI Web, Lilacs e SciELO). O levantamento foi realizado com as seguintes palavras-chave: newborn (or neonate)/ recém-nascido (ou neonato) and/ e infants (or children)/ crianças and/ e respiratory therapy/ fi sioterapia respiratória and/ e intensive care unit, neonatal (unidade de terapia intensiva neonatal). Defi niram-se como critérios de inclusão: artigos de revisão, editoriais, artigos originais e artigos experimentais de língua inglesa, portuguesa ou espanhola realizados com seres humanos no período neonatal, publicados de 1970 a 2005 em periódicos especializados e indexados nas bases de dados consultadas. Foram encontrados 63 artigos, dos quais 32 foram excluí- dos da análise. Dos artigos excluídos, 15 o foram porque en- volviam pesquisa com animais, 11 eram relativos à pesquisa realizada com lactentes e crianças mais velhas e cinco eram sobre fi sioterapia neurológica/ motora. Todos os 31 artigos restantes foram localizados e incluídos no estudo. Síntese dos dados Após leitura detalhada e análise criteriosa dos artigos levantados, foram identifi cadas duas categorias em relação aos efeitos da fi sioterapia respiratória em recém-nascidos: 1) efeitos na função pulmonar, e 2) outros efeitos. Efeitos na função pulmonar As bases para a aplicação das manobras de higiene brônquica são fundamentadas na suposição de que a retenção do excesso de secreção na árvore respiratória, de forma aguda ou crônica, predispõe ao aparecimento de alterações na função pulmonar. Três estudos(3-5) investigaram as modifi cações que ocorrem na função pulmonar após as manobras de higiene brônquica. Fox et al(3), em 1978, avaliaram, em 13 recém-nascidos, a mecânica respiratória após fi sioterapia e aspiração, após a hi- perventilação e duas horas depois da aspiração. A fi sioterapia consistiu de drenagempostural na posição supina, vibração mecânica com aparelho elétrico durante 30 segundos, segui- da de aspiração. Os autores observaram queda nos níveis de oxigenação arterial e aumento da freqüência cardíaca durante e após a aspiração das vias aéreas, que foram revertidas so- mente depois do período de hiperventilação. Além disso, evidenciaram uma diminuição da resistência pulmonar e não encontraram alterações com relação às outras variáveis, como a capacidade residual funcional, a complacência dinâmica, o volume corrente e os níveis de PaCO2. Raval et al(4), em 1987, estudaram 20 recém-nascidos pré- termo randomizados em dois grupos: Grupo 1 – recebia as manobras de fi sioterapia e o procedimento de aspiração; Grupo 2 – recebia apenas o procedimento de aspiração. Os pacientes foram estudados durante as primeiras 24 horas de vida e os autores não verifi caram diferenças signifi cativas nos parâmetros de função pulmonar avaliados nos dois grupos. Os efeitos da duração das manobras fi sioterapêuticas foram pesquisados por Duara et al(5), em 1983, em seis recém-nascidos pré-termo. Os autores avaliaram em seqüência os efeitos do tempo de tapotagem de 0,5; 1,5 e 2,5 minutos, com intervalos de duas horas. O estudo demonstrou piora dos níveis de oxigenação arterial em todos os grupos, exceto naquele que recebeu a tapotagem por 2,5 minutos, no qual ocorreu aumento nos valores da PaO2. RPP 25 (1).indb 73RPP 25 (1).indb 73 12/3/2007 15:32:1012/3/2007 15:32:10 74 Rev Paul Pediatria 2007;25(1):72-5. Efeitos da fi sioterapia respiratória em recém-nascidos: análise crítica da literatura Cinco estudos(6-10) avaliaram os efeitos da fi sioterapia respi- ratória nas trocas gasosas e mostraram resultados variáveis. Ao compararem as alterações na oxigenação arterial entre a drenagem postural exclusiva e a associada à tapotagem, Finer e Boyd(6), em 1978, observaram 20 recém-nascidos com insufi ciência respira- tória de várias etiologias. Houve aumento nos níveis de PaO2 somente no grupo de pacientes que recebeu as duas manobras. Os efeitos específi cos das diferentes técnicas adotadas para aplicar as manobras de higiene brônquica foram avaliados por vários estu- dos. Crane et al(7), em 1978, compararam a tapotagem e a vibração em duas posições de drenagem postural em 24 recém-nascidos pré-termo com síndrome do desconforto respiratório e em oxige- noterapia, dos quais 16 se encontravam em ventilação mecânica. Os autores demonstraram uma tendência ao aumento dos valores de PaO2 somente no grupo que recebeu a tapotagem. No entanto, em todos os grupos houve um aumento das freqüências cardíaca e respiratória e da pressão arterial sistólica, que só retornou aos níveis basais cerca de uma hora após o término do procedimento. Em um grupo de seis neonatos, Curran e Kachoyeanos(8), em 1979, compararam a vibração com escova de dente elétrica e a tapotagem com bico de mamadeira acolchoado. Os autores demonstraram maior efi cácia da vibração com escova de dente elétrica quanto à melhora dos parâmetros de oxigenação arterial, ausculta pulmonar e perfusão periférica. No entanto, todos os pacientes apresentaram taquicardia, taquipnéia e agitação durante e logo depois dos procedimentos. Tudehope e Bagley(9), em 1980, conduziram estudo pros- pectivo comparando três técnicas fi sioterapêuticas: tapotagem com punhos em contato, tapotagem com máscara de ventilação com pressão positiva e vibração com escova de dente elétrica. As manobras foram realizadas em quatro posições de drenagem pos- tural, seguida de aspiração traqueal. A amostra foi constituída por 15 recém-nascidos com síndrome do desconforto respiratório em ventilação mecânica. O estudo revelou melhor tolerância às manobras de tapotagem do que às de vibração. Além disso, os níveis de oxigenação foram instáveis em todos os grupos após a aspiração de vias aéreas. Resultados semelhantes foram encon- trados por Main et al(10) ao analisarem a função pulmonar de recém-nascidos pré-termo e termo sob ventilação mecânica. O papel da fi sioterapia respiratória no período periextubação no sentido de diminuir os episódios de atelectasia e a necessidade de reintubação foi avaliado por meio de duas metanálises(11,12). Somente três estudos(13-15) alcançaram os critérios para inclusão nas análises, ou seja, tratavam-se de ensaios clínicos prospectivos e randomizados ou quase-randomizados, testando as manobras fi - sioterapêuticas (vibração ou tapotagem seguida de aspiração) versus a drenagem postural, seguida de aspiração ou sem intervenção, em recém-nascidos sob ventilação mecânica em fase de extubação tra- queal. Apesar de atingirem os critérios metodológicos, os trabalhos mostraram grande variabilidade das características dos pacientes pesquisados e das técnicas e estratégias de fi sioterapia utilizadas. Entretanto, a análise conjunta dos estudos demonstrou que as manobras de higiene brônquica diminuíram a necessidade de rein- tubações. Além disso, observou-se uma tendência da fi sioterapia na redução dos episódios de atelectasia pós-extubação. Portanto, tais manobras parecem ser benéfi cas no período periextubação. No entanto, os autores recomendam cautela quanto à aplicação desses resultados na prática clínica, já que a amostra total de pacientes foi pequena, constituindo-se de 138 neonatos. Além disso, a maioria dos estudos incluídos foi realizada há cerca de 20 anos, quando as características dos pacientes eram distintas das atuais. Associado a isso, dois estudos retrospectivos com controles históricos não demonstraram efeito benéfi co das manobras de higiene brônquica na diminuição dos episódios de atelectasia pós-extubação(16,17). Cinco pesquisas(18-22) estudaram a efi cácia da aspiração de vias aéreas para remover a secreção pulmonar. A aspiração pulmonar obteve maior sucesso no grupo de pacientes que recebeu a tapo- tagem seguida de vibração do que naquele submetido somente à drenagem postural. No entanto, a população analisada nestes estudos foi pequena e, além disso, o efeito só foi perceptível nos portadores de quadro pulmonar hipersecretivo. A análise dos estudos mostra que a fi sioterapia respiratória está indicada e tem efi cácia comprovada nos casos de hiper- secreção brônquica, situação na qual as manobras de higiene brônquica parecem auxiliar a depuração de secreção das vias aéreas, reduzindo também os episódios de atelectasia pós-ex- tubação. Além desta, a indicação da fi sioterapia é controversa e novos estudos são necessários para comprovar os benefícios e o pequeno risco associados às manobras empregadas. Outros efeitos Cinco publicações(23-28) associam as manobras de fi sioterapia respiratória em recém-nascidos a lesões orgânicas, como o aumento do consumo de oxigênio(23,24), fraturas de costelas(25), hemorragia subperiostal(26), hemorragia peri-intraventricu- lar(27) e porencefalia encefaloclástica(28). Um estudo retrospectivo(28) verifi cou a associação da fi sioterapia respiratória e de lesão neurológica, especifi camente a porencefalia encefaloclástica, afi rmando que a fi sioterapia no primeiro mês de vida de RNPT extremos está associada à lesão cerebral. No entanto, o mesmo grupo de autores desenvolveu, em 2001, outro estudo retrospectivo(29), avaliando um maior número de pacientes, com o objetivo de relacionar a lesão neurológica à fi sioterapia respiratória. Observaram que a incidência da porencefalia ence- faloclástica foi semelhante com ou sem o atendimento fi siotera- pêutico, concluindo que o dano cerebral devia-se aos movimentos abruptos da cabeça do recém-nascido durante os procedimentos fi sioterapêuticos, além da associação com outros fatores clínicos. Além disso, três estudos(30-32) não verifi caram qualquer efeito RPP 25 (1).indb 74RPP 25 (1).indb 74 12/3/2007 15:32:1012/3/2007 15:32:1075Rev Paul Pediatria 2007;25(1):72-5. Carla Marques Nicolau et al adverso dos procedimentos de fi sioterapia respiratória em relação ao seguimento neurológico de prematuros. As investigações nesta área mostram grande variabilidade tanto nas características dos pacientes pesquisados, como nas técnicas e estratégias de fi sioterapia utilizadas. A análise conjunta dos dados demonstra que a fi sioterapia respiratória pode ser tanto benéfi ca quanto maléfi ca e que, para minimizar ou abolir os malefícios, precisa ser realizada por profi ssional especializado e capacitado na área neonatal, que analise a real necessidade da intervenção.Um programa de tratamento fi sioterapêutico bem elaborado, respei- tando a fi siologia do recém-nascido pré-termo e a fi siopatologias das doenças que o acometem, pode prevenir ou tratar complicações pulmonares, contribuindo, assim, para diminuir a morbidade neonatal e as seqüelas posteriores. Por outro lado, a utilização de técnicas fi sioterapêuticas inadequadas e a sua conseqüente infl u- ência na estabilidade clínica podem aumentar a vulnerabilidade do neonato de alto risco a condições adversas. Conclusões Como muitas outras práticas na área da neonatologia, a fi siote- rapia respiratória foi introduzida nas unidades baseada em experi- ências e em resultados obtidos em pacientes pediátricos e adultos, sem evidências científi cas concretas da sua efi cácia. A análise dos trabalhos realizados em recém-nascidos mostra que as manobras de higiene brônquica parecem auxiliar a depuração de secreção das vias aéreas. No entanto, o ganho real do uso desses procedimentos deve ser cuidadosamente avaliado, já que as evidências são restritas, pois os estudos analisados, além de apresentarem uma amostra pequena, mostraram-se pouco controlados com relação à idade gestacional, idade pós-natal, tipo de doença de base e as intercorrências na fase aguda. Além disso, os desenhos experimentais foram díspares com relação às técnicas fi sioterapêuticas aplicadas, aos parâmetros utili- zados para avaliar a efi cácia e a segurança dos procedimentos. Esta análise de literatura também revelou, além da hetero- geneidade dos estudos, a escassez de pesquisas mais recentes sobre os efeitos da fi sioterapia respiratória no período neonatal. Baseado nessas considerações, estudos com delineamento ade- quado e amostras representativas devem ser realizados, prin- cipalmente para avaliar o risco-benefício dos procedimentos, ou seja, efeitos benéfi cos versus deletérios da fi sioterapia sobre a função respiratória de recém-nascidos, em especial naqueles mais imaturos e com menor peso ao nascer. Referências bibliográfi cas 1. Hussey J. Effects of chest physiotherapy for children in intensive care after surgery. Physiotherapy 1992;78:109-13. 2. Lewis JA, Lacey JL, Henderson-Smart DJ. 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