Autorização de Trabalho para Prótese Parcial Removível

Prévia do material em texto

Autorização de Trabalho para Prótese Parcial Removível
Acadêmicos: Anderson Griebler, João Pedro Melz, João Carlos, Kendrique Enderle, Matheus Sachett.
Autorização de Trabalho:
Uma autorização de trabalho contém as instruções descritas dos procedimentos laboratoriais que serão executados nas restaurações odontológicas. 
A responsabilidade dos cirurgiões dentistas de garantir qualidade nos serviços prestados, em relação a profissão e aos pacientes, é controlada em grande parte, por autorizações de trabalho consistentes. 
Se forem bem elaboradas, proporcionam um meio para ampliar a qualidade e a satisfação profissional com um trabalho de prótese parcial removível. 
Confere autoridade para que outros atuem no interesse do dentista e prescreve especificamente o que está autorizado.
São canais efetivos de comunicação, aumentam a qualidade das peças finalizadas pelo fornecimento de instruções para próteses individualmente e cientificamente consideradas.
Conteúdo:
As informações devem incluir:
Nome e endereço do laboratório dentário;
Nome e endereço do dentista autor da autorização de trabalho;
Identificação do paciente;
Data da autorização; 
Data desejada do término do pedido;
Instruções específicas;
Assinatura do dentista;
Número de inscrição do dentista.
Formulário de autorização de trabalho, projetado especificamente para próteses parciais removíveis, com objetivo de fornecer informações detalhadas ao técnico de laboratório. Usado especificamente para desenhar a armação e para indicar as alterações bucais e reparos.
Função:
Fornecer instruções definidas para os procedimentos laboratoriais a serem executados e implicar uma expectativa de um nível de qualidade aceitável para os serviços prestados.
Fornecer um meio de proteger o público da pratica ilegal da odontologia.
Ser um documento legal de proteção tanto para o dentista quanto para o técnico do laboratório dentário.
Definir completamente as responsabilidades do dentista e do técnico do laboratório.
Características:
Uma A.T. deve ser legível, clara, concisa e facilmente compreendida. 
Informações suficientes devem ser incluídas para permitir ao técnico compreender e executar o pedido;
Deve acompanhar o material enviado ao laboratório para continuar o processo até que se conclua a prótese;
Nenhum formulário único de autorização de trabalho é adequado para fornecer instruções detalhadas para executar as fases laboratoriais necessárias a confecção das próteses parciais removíveis; 
Diferenças inerentes aos vários tipos de prótese em si, e diferenças nas fases laboratoriais necessárias a sua confecção estabelecem uma exigência de formulários de autorização de trabalho específicos.
Instruções Definitivas:
Os formulários podem ser projetados de forma que um mínimo de escrita seja necessário para fornecer instruções completas;
Pode conter listagens impressas de materiais e especificações;
Um espaço para lembrete é incluído para indicar a escolha do material a ser utilizado para a armação (ex: liga cromo-cobalto);
Outro espaço para informações sobre a escolha de dentes;
Manifestação de cortesia são indicados para um bom relacionamento com o técnico, ex (por favor, obrigado).
Uma boa A.T. assegura clareza e simplifica a execução. Podem ser desenhados esquemas para otimizar as instruções escritas se necessário;
Um índice com código em cores pode ser utilizado para explicar as marcações no modelo de trabalho;
Especificações para o enceramento dos componentes devem ser fornecidas ao técnico e são parte integrante da A.T.
As instruções fornecidas devem ser construídas de tal forma que sejam uma fonte constante de direção e supervisão para as fases laboratoriais. Não devem deixar dúvidas sobre as exigências. 
Formulários de autorização de trabalho devem estar disponíveis em bloco, de modo que uma cópia possa ser adequadamente feita e, assim, uma via fique com o dentista e outra seja enviada para o técnico. Para pronta identificação, o original pode ser de cor diferente da cópia.
Esta autorização acompanha um modelo de trabalho no qual o dentista projetou e desenhou um esboço da armação da PPR. É simples e não toma tempo para executar, fornece informações detalhadas de forma que o pedido seja adequadamente atendido.
Aspectos Legais:
Embora a Associação de Laboratórios Dentários (NADL) nos EUA, forneça diretrizes para regulamentação legal, é direito de cada Estado, implementar sua própria regulamentação. 
Muitos estados exigem que as autorizações de trabalho sejam em duplicata e que o dentista e o técnico recebam uma via por um período especificado a partir da data da autorização. 
Assim, documentos estão disponíveis para confirmar ou refutar alegações condizentes a prática ilegal da odontologia ou auxiliar nas divergências entre técnico e dentista.
Definição das Responsabilidades:
O dentista é responsável por todas as fases de um serviço de PPR, embora o técnico possa ser solicitado a executar certas fases técnicas do serviço. 
Porém, o técnico de laboratório é responsável apenas no que se refere ao dentista e nunca em relação ao paciente. 
O técnico de laboratório é membro de uma equipe cujos objetivos são a prevenção da doença oral e manutenção da saúde bucal como auxiliares do bem estar. 
Um bom técnico de laboratório é um membro de equipe valioso para manutenção da saúde bucal dos pacientes. O grau e qualidade do esforço da equipe são responsabilidade do dentista e dependem de seu conhecimento, experiência, habilidade técnica, integridade e capacidade de se comunicar efetivamente.
O exercício da prótese deve permanecer sob controle dos dentistas, cada membro da profissão deve evitar a delegação de responsabilidades àqueles que são menos qualificados para aceita-las.
Conclusão:
Com isso, podemos concluir que uma autorização de trabalho é parte fundamental para uma boa confecção de próteses parciais removíveis, pois nela constam todas as informações/instruções necessárias para confecção da mesma.
Devemos ter em mente que o TPD atua somente na parte laboratorial, sendo vetado à prestar assistência direta ao paciente, portanto, é responsabilidade do cirurgião dentista, planejar e acompanhar todos os passos para a confecção de uma PPR no seu início até a entrega ao paciente.
Referência:
Carr, A., B.; Brown, D., T. McCracken: Prótese Parcial Removível. Rio de Janeiro; Elsevier, 2011.