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Direito Administrativo 
Prof. Celso 
Matéria: Função Social (continuação)/ Meios de Intervenção na Propriedade/ Servidores 
Públicos/ Estabilidade 
08/06/2011 
 
1. Função Social: 
a) Urbana: A função social será cumprida (Art. 182, p.2º, da CF), quando ela atender as 
diretrizes fixadas no plano diretor. 
 
Art. 182 § 2º - “A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às 
exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.” 
 
Plano Direitor (Art. 182, p.1º, da CF): É um instrumento básico da política de 
desenvolvimento e de expansão urbana. 
Obs.: É o diploma legal que estabelece regras para que uma cidade possa crescer, de 
forma organizada, tendo por finalidade evitar o caos urbano. 
O plano diretor como regra principal – estabelece o zoneamento. 
 
Art. 182 § 1º - “O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para 
cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de 
desenvolvimento e de expansão urbana.” 
 
A propriedade urbana quando não cumpri a função social, será passível de sanções (Art. 
182, p.4º, da CF): 
1º O proprietário pode ser obrigado a construir ou parcelar o seu bem. 
2º Incidêndia de IPTU progressivo, ou seja, o IPTU será dobrado ano após ano. 
3º Desapropriação – perde a propriedade compulsoriamente. Obs.: Terá direito a 
indenização, porém esta indenização não será prévia, nem justa e nem em dinheiro – 
sendo paga em títulos da dívida pública, resgatáveis em até 10 anos. 
 
Art. 182 § 4º - “É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para 
área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo 
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado 
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: 
I - parcelamento ou edificação compulsórios; 
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; 
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão 
previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em 
parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros 
legais.” 
 
 
b) Rural: Cumpre a função social - quando realizar as 4 exigências relacionadas no Art. 
186, da CF. 
1º Uso racional e adequado. 
2º Exploração que preserve os recuros naturais e o meio ambiente. Obs.: O uso adequado 
é subjetivo. 
3º Observância das relações de emprego. 
São 2 situações – trabalho escravo (não obedece as relações de trabalho), bem como os 
trabalhadores com menor de 14 anos. 
4º Exploração que favoreça o bem estar do proprietário e dos trabalhadores. 
 
Art. 186 – “A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, 
simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos 
seguintes requisitos: 
I - aproveitamento racional e adequado; 
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio 
ambiente; 
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho; 
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.” 
 
Se não for atendida uma das 4 exigências, acarretará em uma sanção única: 
A propriedade será incluida na reforma agrária. O proprietário terá o direito de perceber a 
indenização, porém em título de moeda agrágria, resgatáveis em até 20 anos. 
 
Obs.: A CF decidiu excluir 2 tipos de propriedade de se submeter a reforma agrágria (Art. 
185, da CF): 
- A pequena e a média propriedade, desde que o proprietário não tenha outra propriedade. 
- A propriedade produtiva. 
 
Art. 185 – “São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária: 
I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu 
proprietário não possua outra; 
II - a propriedade produtiva. 
Parágrafo único - A lei garantirá tratamento especial à propriedade produtiva e fixará 
normas para o cumprimento dos requisitos relativos a sua função social.” 
 
2. Meios de Intervenção na Propriedade: 
 
1º Despapropriação; 
2º Confisco; 
3º Requisiçao; 
4º Ocupação; 
5º Limitação; 
6º Servidão; 
7º Tombamento. 
 
Desapropriação e o Confisco = implicam na transferência compulsória da propriedade. 
Requisição e a Ocupação = implicam na transferência compulsória da posse. 
 
Limitação, Servidão e o Tombamento = Implicam em restrições quanto ao uso da 
propriedade (não usará o bem como quiser). 
 
Desapropriação: É um meio de intervenção na propriedade, em que ela é transferida 
compulsoriamente para o patrimônio público, por razões de interesse público ou de 
inconstitucionalidade, mediante o pagamento de indenização, nos termos fixados pela 
CF. 
A desapropriação é um ato unilateral, ou seja, não precisa da concordância de ninguém 
para a sua realização. 
 
Existem 2 fatos geradores para desapropriar: 
1º Interesse público (o proprietário não fez absolutamente nada de errado, razão pela terá 
direito a indenização prévia, justa e em dinheiro – Art. 5º, XXIV, da CF). 
 
Art. 5º XXIV – “a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade 
ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em 
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição.” 
 
- Inconstitucionalidade (o proprietário fez algo de errado, porém terá o direito a 
indenização – urbana/Art. 182, p.4º III e rural/Art. 184). 
 
Art. 182 § 4º III – “desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública 
de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez 
anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e 
os juros legais.” 
 
Art. 184 – “Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma 
agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e 
justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor 
real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e 
cuja utilização será definida em lei.” 
 
Confisco: É um meio de intervenção da propriedade, em que ela é transferida 
compulsoriamente para o patrimônio público, por descumprimento do Art. 243, da CF – 
sem direito a indenização. 
Existe apenas um fato gerador: 
- Descumprir o disposto no Art. 243, da CF, inclusive podendo configurar crime. 
 
Art. 243 – “As glebas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais 
de plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadas e especificamente destinadas 
ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos, 
sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em 
lei.” 
 
Requisição: É um meio de intervenção na propriedade, em que se transfere compulsória 
e temporariamente a posse, por força do Art. 5º XXV, da CF (iminente perigo público). 
 
 
Art. 5º XXV – “no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá 
usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se 
houver dano.” 
 
Ocupação: É um meio de intervenção na propriedade, em que se transfere compulsória e 
temporariamente a posse, por razões de interesse público. 
Ex.: A propriedade será ocupada para eleição, vacinação etc. O proprietário terá o direito 
a indenização, se for comprovado/evidenciado prejuízos ao bem. 
 
Limitação: É um meio de intervenção na propriedade que traz restrições quanto ao uso 
de caráter geral e gratuito. 
Geral = Porque essa restrição não atinge uma pessoa apenas, mas todos. Sendo que, 
aquele que for atingido, não terá direito a indenização. Ex.: Recuo mínimo da calçada 
para construção da propriedade ou limitação quanto à altura na construçãoetc. 
 
Servidão: É um meio de intervenção na propriedade que traz restrições quanto ao uso de 
caráter específico e oneroso. 
Específico = Porque atinge apenas um ou alguns proprietários. 
Oneroso = A servidão dá direito a indenização. 
Ex.: Passagem de redes elétricas em uma propriedade. 
 
Obs.: Existe uma única situação de servidão que não dá direito a indenização: 
Colocação de placas informativas de rua em paredes externas de imóveis de esquina – o 
proprietário não poderá pleitear a indenização. 
 
Tombamento: É um meio de intervenção na propriedade que traz restrições quanto ao 
uso específico e oneroso, por razões históricas, artísticas ou culturais. 
Essa restrição quanto ao uso tem que ser registrada, para dar ciência a terceiros da sua 
existência. Obs.: Nada impede que o imóvel tombado seja vendido, porém o adquirente 
deverá ter ciência do tombamento, via registro, bem como não poderá alterar a aparência 
do bem tombado. 
Obs.: Estas restrições também incidem em propriedades vizinhas, pois elas não poderão 
construir nada que tire a visualização do bem tombado. 
 
Servidores Públicos 
 
1. Titularização de cargos/ Ingresso na estrutura da Administração. 
a) Quem pode? (Art. 37, I, da CF) 
Brasileiros (nato e o naturalizado) ou estrangeiros, desde que, preencha os requisitos do 
cargo. 
 
Art. 37 I – “os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que 
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da 
lei.” 
 
b) Como? (Art. 37, II, da CF) 
Investidura = É sinônimo de titulariuzação. 
 
Para ingressar seguirá as seguintes etapas: 
1ª Etapa – Aprovação em concurso; 
2ª Etapa – Nomeação; 
3ª Etapa – Posse. 
 
Art. 37 II – “a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia 
em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a 
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações 
para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.” 
 
O servidor aprovado em concurso tem o direito a nomeação, desde que, se tiver sido 
aprovado dentro do número de vagas abertas no edital. 
 
c) Prazo de validade do concurso? (Art. 37, III, da CF) 
É de até 2 anos. 
Podendo ser prorrogável uma vez, por igual período. 
Esta prorrogação é um ato discricionário da Administração Pública (ela prorroga se 
quiser). 
 
Art. 37 III – “o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, 
prorrogável uma vez, por igual período.” 
 
d) Exceções ao concurso. 
- Cargos em comissão (Art. 37, II, “parte final”, da CF). 
- Contratações temporárias (Art. 37, IX, da CF) – são autorizadas em situações 
excepcionais de interesse público. 
 
Art. 37 II. “......ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de 
livre nomeação e exoneração.” 
 
Art. 37 IX – “a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para 
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público.” 
 
2. Prazo do Estágio Probatório. 
É o período em que se apura a eficiência do servidor em relação a itens práticos, que não 
poderam ser apurados durante o concurso, tais como assiduidade, produtividade, 
disciplina. 
Diante, deste período, o servidor não poderá ser demitido ou exonerado, sem um processo 
administrativo, que ofereça à ele o contraditório e ampla defesa. 
 
Ao término do estágio probatório, se aprovado, adquire estabilidade ou vitaliciedade. 
Estabilidade – Assegura permanência no serviço. 
Vitaliciedade – Assegura permanência no cargo. Ex.: Magistratura e MP. 
 
A vitaliciedade é assegurada por prazo de 2 anos (Art. 95, I, da CF) e a estabilidade é 
assegurada por prazo de 3 anos (Art. 41, “caput”, da CF). 
 
 
Art. 95 – “Os juízes gozam das seguintes garantias: 
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, 
dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz 
estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado.” 
 
Art. 41 – “São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para 
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.” 
 
Estabilidade 
1. Definição: Assegura permanência no serviço (e não no cargo). 
 
2. Aquisição: Art. 41, “caput”, da CF. 
- Titular de um cargo; 
- Resultante de aprovação em concurso; 
- Em caráter permanente; 
- Já ter ultrapassado o estágio probatório de 3 anos; 
- Aprovação em avaliação de desempenho (Art. 41, p.4º, da CF). 
 
Art. 41 § 4º - “Como condição para a aquisição da estabilidade, obrigatória a avaliação 
especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.” 
 
3. Hipóteses de perda (Art. 41, p.1º, da CF) 
- Por sentença judicial com trânsito em julgado; 
- Por processo administrativo, assegurado à ampla defesa; 
- Por insuficiência de desemprenho; 
- Quando à Administração estiver gastando com o pagamento de folha – além daquilo 
que podia (Art. 169, p.3º e 4º, da CF). 
 
Art. 41 § 1º - “O servidor público estável só perderá o cargo: 
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei 
complementar, assegurada ampla defesa.” 
 
Art. 169 § 3º - “Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, 
durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências: 
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e 
funções de confiança; 
II - exoneração dos servidores não estáveis.” 
 
Art. 169 § 4º - “Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem 
suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida 
neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo 
motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade 
administrativa objeto da redução de pessoal.” 
 
 
Acumulação remunerada de cargo ou empregos – pelo servidor: 
Regra Geral: A CF proibe à acumulação remunerada de cargos, conforme o Art. 37, XVI, 
da CF. 
 
Art. 37 XVI – “vedada a acumulação remunerada de cargos públicos,....” 
 
A CF estendeu a proibição para o servidor que titulariza empregos ou funções (Art. 37, 
XVII, da CF). 
 
Art. 37 XVII – “a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange 
autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas 
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.” 
 
Excepcionalmente, permite que à acumulação ocorra, desde que, algumas satisfações 
sejam feitas, são elas: 
- Compatibilidade de horários; 
- Resultado desta acumulação, não pode ultrapassar o teto dentro da Administração (é o 
que ganha os Ministros do STF). 
 
Vencidas as 2 hipóteses citadas – poderão recair nas seguintes hipóteses (admite a 
acumulação remunerada de cargos ou empregos): 
- 2 cargos de professores; 
- 1 cargo de professor com outro técnico científico; 
- 2 cargos ou empregos privativos de profissionais da área da saúde, com profissões 
regulamentadas.

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