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Crescimento de em função da temperatura, pH, pressão osmótica e concentração de oxigênio. 
INTRODUÇÃO
Os microorganismos são cultivados em meios que contêm muitos nutrientes. Porém, é necessários levar em conta que as condições físico-químicas também são extremamente importantes e devem ser fornecidas para que haja um crescimento ótimo. Os microorganismos apresentam grandes diferenças com relação às condições físicas requeridas para o crescimento. Algumas espécies crescem em temperaturas próximas ao ponto de congelamento da água; outras crescem à temperaturas acima dos 100ºC. O oxigênio é um gás que para algumas espécies é essencial, e para outras é tóxico. Para algumas espécies o pH neutro é o ideal, entretanto, existem espécies que toleram valores que variam do alcalino ao ácido. Desse modo, é de suma importância que os microbiologistas conheçam as condições físico-químicas requeridas por uma determinada espécie bacteriana que está sendo objeto de estudo e que tais condições sejam ajustadas em laboratório para satisfazer as necessidades especiais de crescimento dessa espécie em questão.
Existem basicamente quatro condições principais que influenciam o meio físico de um microorganismo, e portanto, podem alterar o ritmo do crescimento bacteriano, intensificando-o ou até mesmo bloqueando-o e são eles: temperatura, pH, concentração de oxigênio e pressão osmótica. 
O cultivo bem sucedido dos vários tipos de microorganismos requer uma combinação de nutrientes apropriados e de uma condição física apropriada. É necessário que o microbiologista conheça quais são as necessidades específicas, satisfazer tais necessidades e checar as culturas para averiguar se os microorganismos estão se desenvolvendo.
Segundo Pelczar, Chan & Krieg (1997) a temperatura tem um grande influência sobre o crescimento dos microorganismos, isto porque todos os processos de crescimento são dependentes de reações químicas que por sua vez são afetadas pela variação da temperatura. Há microorganismos que toleram uma faixa maior de variação de temperatura; outros, entretanto, não são tolerantes. Por exemplo, a variação par a Bacillus subtilis é de 8 a 53ºC, uma variação de 45ºC; para Neisseria gonorrhoeae é de 30 a 40ºC, uma variação de apenas 10ºC. Geralmente, em temperaturas mais favoráveis para o crescimento, o número de divisões celulares por hora, chamado de taxa de crescimento, dobra para cada aumento de temperatura a 10ºC. Esse tipo de comportamento do crescimento bacteriano é similar ao da maioria das reações catalisadas por enzimas, evidenciando que o crescimento é resultado de uma série de reações enzimáticas, que tem o auge de sua atividade dentro de um valor de temperatura específico. A temperatura na qual uma espécie de microorganismo cresce mais rapidamente é a temperatura ótima de crescimento. 
As temperaturas de crescimento mais importantes para qualquer microorganismo são a mínima, a ótima e a máxima. A temperatura ótima não é a temperatura mediana entre as temperaturas máxima e mínima. A temperatura ótima é a que fica mais próxima do limite superior da variação de temperatura, isto porque a velocidade das reações enzimáticas aumentam de acordo com o aumento da temperatura até alcançar um ponto em que as enzimas são danificadas pelo calor e as células param de crescer. Os microorganismos, geralmente, são divididos em três grupos, de acordo com a variação de temperatura na qual crescem melhor e são:
Psicrófilos: microorganismos que crescem em baixas temperaturas (15 a 20ºC ou inferiores), sendo que alguns morrem quando expostos a temperatura ambiente em torno de 25ºC. Provavelmente, a maior taxa de crescimento se deve a existência de um arsenal enzimático mais eficiente nas reações que ocorrem em temperaturas mais baixas. Tais microorganismos são, geralmente, encontrados em águas frias, oceanos e regiões polares. 
Mesófilos: são a maioria, crescendo melhor em temperaturas que variam de 25 a 40ºC. São representantes desse grupo algas, bactérias saprófitas, fungos, microorganismos parasitários de humanos e animais e os microorganismos patogênicos para o homem que crescem melhor em torno da temperatura corporal, que é 37ºC. 
Termófilos: são os microorganismos que crescem em torno de 40 a 85º, mas o melhor crescimento se dá entre 50 e 60ºC. Podem ser encontrados em áreas vulcânicas, mistura de fertilizantes e em nascentes quentes. Neste grupo é composto restritamente por organismos procarióticos, não havendo células eucarióticas que cresçam em uma temperatura tão elevada. O que explica tal fenômeno é que as enzimas dos termófilos são produzidas mais rapidamente do que as enzimas dos mesófilos, por isso aquelas que são danificadas pelas altas temperaturas são rapidamente substituídas. 
O oxigênio é um gás presente no ar atmosférico e também é um fator muito importante para o crescimento bacteriano, pois de acordo com a espécie microbiana pode atuar impedindo ou intensificando o seu crescimento. Além do gás oxigênio, um outro gás que pode ser utilizado pelo microorganismo é o dióxido de carbono. 
Para algumas espécies o gás oxigênio é necessário devido a sua relação a determinadas reações químicas, que se fazem essenciais a vida. Porém, para alguns microorganismos uma elevada concentração de gás oxigênio não se faz necessária, ou até sendo absolutamente dispensável, devido a toxicidade do oxigênio a esses microorganismos.
De acordo com a resposta ao oxigênio gasoso, os microrganismos são divididos em quatro grupos fisiológicos: microrganismos aeróbios, facultativos, anaeróbios e microaerófilos. 
Microrganismos aeróbios. Os microrganismos que normalmente requerem oxigênio para o crescimento e podem crescer em uma atmosfera padrão de 21% de oxigênio são classificados como aeróbios. Os aeróbios adquirem mais energia dos nutrientes disponíveis do que os microrganismos que não utilizam oxigênio. Alguns aeróbios podem crescer mais lentamente quando o oxigênio é limitado, então cuidados devem ser tomados para fornecer o suprimento adequado de gás. Quando os microrganismos crescem na superfície de um meio solidificado, isto geralmente não é um problema. Entretanto, os microrganismos crescendo em meio líquido podem rapidamente utilizar o oxigênio dissolvido na camada superficial do meio. Para prevenir este problema, as culturas líquidas de microrganismos aeróbios são algumas vezes agitadas para aumentar o suprimento de oxigênio dissolvido e produzir um estoque celular maior num tempo de incubação menor. 
Microrganismos facultativos. Os microrganismos facultativos são aqueles que crescem na presença do ar atmosférico e podem também crescer em anaerobiose. Eles não requerem oxigênio par ao crescimento embora possam utilizá-lo para a produção de energia em reações químicas. Sob condições anaeróbias, eles obtêm energia por um processo metabólico chamado fermentação. Os membros da família bacteriana Enterobacteriaceae, tais como Escherichia coli, são facultativos, assim como muitas leveduras. Um exemplo é a Saccharomyces cerevisiae, que é uma levedura comum dos pães. 
Microrganismos anaeróbios. Os microrganismos anaeróbios são aqueles que podem ser mortos pelo oxigênio, não podem crescer em presença do ar e não utilizam oxigênio para as reações de produção de energia. Alguns anaeróbios podem tolerar baixas concentrações de oxigênio, mas os anaeróbios estritos são mortos por uma breve exposição ao gás. É evidente a grande variedade de níveis de tolerância ao oxigênio entre os microrganismos anaeróbios. O Clostridium perfringesn é altamente tolerante ao oxigênio, o Clostridium tetani é moderamente tolerante ao oxigênio e o Methanobacterium e o Methanospirillum são anaeróbios estritos. O cultivo de bactérias anaeróbias, o oxigênio deve ser eliminado da atmosfera e para isso pode ser utilizada a câmara de anaerobiose ou através da jarra de anaerobiose. 
Microorganismos microaerófilos. São os microorganismos que podem utilizar o oxigênio nas reações química paraa produção de energia. Porém, são organismos que não toleram níveis de oxigênio (21%) presentes na atmosfera e normalmente crescem melhor em níveis de oxigênio variando de 1 a 15%. Um exemplo de microorganismo microaerófilo é Campylobacter jejuni, uma bactéria que causa diarréia em humanos e se localiza no intestino onde a concentração do gás oxigênio é mais baixa. 
Como foi possível observar até o presente momento, a temperatura e a concentração de gás oxigênio são fatores determinantes no controle das condições físicas adequadas, porém o pH e a pressão osmótica são condições que também devem ser consideradas quando é analisado o crescimento bacteriano. 
O pH ótimo encontra-se no valor mediano da variação de pH sobre a qual o crescimento acontecerá. O pH ótimo normalmente é bem definido para cada espécie e diferentes espécies toleram diferentes valores de pH. A presença de microorganismos em águas de escoamentos de solos vulcânicos e de minas que podem atingir valores de pH entre 1 e 3, em águas de nascentes que o pH podem ter valores próximos a 10 e em oceanos que o pH que é em torno de 8 demonstra a adaptabilidade das diferentes espécies aos diferentes valores de pH encontrados na natureza. Porém, para crescer bem em um meio ácido ou básico, um microorganismo deve ser capaz de manter o seu pH intracelular em torno de 7,5, independentemente do valor do pH do meio externo. 
Para contornar esse problema de grande variação de pH, fazendo com a célula tenha que enfrentar um ambiente muito ácido ou muito alcalino é necessário que a célula possua a propriedade expulsar ou absorver íons hidrogênio, para que dessa forma possa ter maior controle do pH externo, evitando a sua morte. Assim, o pH normalmente é drasticamente alterado antes mesmo que o pH interno da célula seja afetado. 
Quando os microorganismos em crescimento ativo são cultivados em um meio de cultura, o pH do meio sofrerá alteração à medida que os compostos ácidos ou alcalinos são produzidos. Esta mudança no pH pode ser tão grande que o crescimento posterior é inibido; tais variações são prevenidas pela adição de um tampão ao meio.
A pressão osmótica é a força com a qual se move através da membrana citoplasmática de uma solução contendo uma baixa concentração de substâncias dissolvidas (solutos) para outra contendo uma alta concentração de solutos. Quando as células microbianas estão em meio aquoso, não devem existir grandes diferenças na concentração de solução dentro e fora da célula, ou as células poderiam desidratar-se ou romper-se, levando-a, obviamente, à morte celular. Em uma solução isotônica, o fluxo de água está em equílibrio e a célula cresce normalmente. Entretanto, quando o meio externo é hipertônico, com uma concentração de solutos mais alta do que no citoplasma da célula, a célula perde água e seu crescimento é inibido. O contrário também pode ocorrer, ou seja, em meio hipotônico, com uma concentração de solutos muito mais baixa do que na célula, a água flui para o interior da célula e a rompe, inviabilizando o crescimento bacteriano. 
Estes que serão as condições fisicos-químicas levadas em consideração, e de acordo com a variação desses fatores será possível avaliar o crescimento bacteriano, estabelecendo assim as curvas de crescimento para cada espécie bacteriana analisada. Tal determinação tem importância considerável, pois é de posse desses conhecimentos que o microbiologista pode ter um maior controle sobre a intensidade do crescimento bacteriano e nos casos que o crescimento apresentou-se pequeno ou nulo o microbiologista estará apto a descobrir a condição física que não foi suprida adequadamente. 
OBJETIVOS
Através da realização desses estudos tem-se como objetivos: 
Avaliar o crescimento de E. coli, Klebsiella sp. e Staphylococcus aureus sob diferentes condições físicas como: diferentes faixas de pH, concentrações de NaCl e sacarose, valores de temperatura e concentrações do gás oxigênio;
Classificar as bactérias de acordo com suas exigências atmosféricas e de temperatura;
Determinar as exigências físicas e relacionar os dados obtidos com o hábitat dos diferentes microorganismos utilizados. 
MATERIAIS E MÉTODOS
Para realizar o experimento utilizou-se a bactéria Shigella flexneri, que foi submetida a três baterias de meio TSB distintas. Uma com o objetivo de avaliar a influência do pH, e outras duas para determinar a influência da concentração de sacarose e da concentração de NaCl no crescimento bacteriano. 
A bateria para verificar a influência do pH era composta por nove tubos contendo meio TSB, omde submeteu-se a bactéria a um valor diferente de pH: 2.0; 3.6; 4.4; 5.2; 6.0; 6.8; 7.6; 8.4 e 9.2 ; a segunda bateria, formada por sete tubos contendo meio TSB com concentrações diferentes de NaCl: 0.0%; 0.5%; 5.0%; 10.0%; 20.0%; 40.0% e 60.0%; a terceira bateria era composta por sete tubos contendo meio TSB, cada com concentrações diferentes de sacarose: 0.0%; 0.5%; 5.0%; 10.0%; 20.0%; 40.0% e 60.0%.
A cada tubo das baterias inseriu-se 0,1 mL da cultura de Shigella flexneri., com auxílio de uma pipeta esterilizada. Tomuo-se o cuidado de etiquetar todos os tubos e os mesmos foram incubados por 48 horas à temperatura de 37ºC. 
Numa etapa seguinte, utilizou-se quatro tubos contendo 2,5 mL de meio TSB cada um identificados como 4ºC, 24ºC, 37ºC e 55ºC, que são as temperaturas as quais os tubos foram, posteriormente, incubados. Em cada tubo, foi pipetado 0,1 mL da cultura.
Por fim, pegou-se um tubo contendo meio TSA liqüefeito e transferi-se 0,1 mL da cultura. O tubo foi incubado a 37ºC. 
Em todos os experimentos observou-se o crescimento bacteriano, anotando os fenômenos ocorridos após 24 e 48 horas de incubação. 
RESULTADOS
Os resultados obtidos estão relacionados nas tabelas abaixo:
Tab. 1 - Intensidade do crescimento em relação a variação do pH. 
Variação do pH 
Leitura
2,0
3,6
4,4
5,2
6,0
6,8
7,6
8,4
9,2
10,0
24 h
++
+
+++
+++
+++
+++
+
+
+
+
48 h
++
+++
+++
+++
+++
++
+
+
+
+
Legenda: 
(-) = ausência de crescimento
(+) = crescimento discreto 
(++)= crescimento moderado 
(+++)= crescimento intenso 
Com base nesses resultados pode-se observar que em E. coli a faixa de pH que evidenciou um crescimento intenso foi a estava entre 4,4 e 6,8. Em pH inferiores a 4,4 o crescimento foi moderado e em pH acima de 7,0 o crescimento foi discreto. Tais resultados foram basicamente os mesmos quando observados 24 e 48 horas após a incubação, não apresentando diferenças significativas. 
Em relação a cultura de S. aureus foi observado que ocorreu ausência de crescimento da cultura, nem após 24 horas de incubação nem após 48 horas de incubação. 
Quanto à cultura de Klebsiella sp. foi observado que o crescimento mais intenso se deu entre a faixa de pH que varia entre o valor 5,0 e 7,0. Em valores de pH acima de 8,0 a cultura, após 24 de incubação estabilizou o crescimento, apresentando apenas um crescimento discreto. Após 48 de incubação, ao observar a cultura foi possível observar que o crescimento, em meio alcalino, ou seja, com valores de pH acima de 7,0, houve um pequeno aumento na intensidade do crescimento, caracterizando-o como moderado. 
Tab. 2 - Intensidade do crescimento de E. coli, S. aureus e Klebsiella sp de acordo com a variação da concentração de NaCl adicionada.
Concentração de NaCl adicionada – E. coli
Leitura
0,0%
0,5%
5,0%
10,0%
20,0%
40,0%
60,0%
24 h
++
++
+++
-
-
-
-
48 h
++
++
+++
-
-
-
-
Concentração de NaCl adicionada – S. aureus
Leitura
0,0%
0,5%
5,0%
10,0%
20,0%
40,0%
60,0%
24 h
-
++
++
++
+
-
-
48 h
-
++
++
++
++
-
-
Concentração de NaCl adicionada – Klebsiella sp.
Leitura
0,0%
0,5%
5,0%
10,0%
20,0%
40,0%
60,0%
24 h
+++
++
++
-
-
-
-
48 h
+++
+++
++
-
-
-
-
Através desses dados foi possível observar que as culturas deE. coli e de Klebsiella sp. tiveram crescimento intenso entre as concentrações de 0,0% e 5,0% de NaCl, decaindo gradativamente quando submetidas em concentrações superiores a 10,0%, estabilizando num crescimento do tipo discreto, tanto quando observadas após 24 e 48 horas de incubação . 
Quanto à cultura de S. aureus o crescimento foi moderado entre as concentrações de 5,0 a 20% de NaCl. Com relação aos valores extremos, ou seja, abaixo de 0,5% e acima de 40,0% observou-se ausência do crescimento da cultura, tanto após 24 horas de incubação quanto após 48 horas. 
Tab. 3 - Intensidade do crescimento de E. coli, S. aureus e Klebsiella sp de acordo com a variação da concentração de sacarose adicionada.
Concentração de sacarose adicionada – E. coli
Leitura
0,0%
0,5%
5,0%
10,0%
20,0%
40,0%
60,0%
24 h
++
++
++
++
++
+
-
48 h
+++
++
++
++
++
+
+
Concentração de sacarose adicionada – S. aureus
Leitura
0,0%
0,5%
5,0%
10,0%
20,0%
40,0%
60,0%
24 h
-
+++
+++
++
++
+
-
48 h
-
++
++
++
++
+++
+
Concentração de sacarose adicionada – Klebsiella sp.
Leitura
0,0%
0,5%
5,0%
10,0%
20,0%
40,0%
60,0%
24 h
++
+++
+
+
+
+
+
48 h
+++
+++
++
++
+
+
+
Com base nos dados obtidos, verifica-se que a cultura de E. coli teve um crescimento moderado numa grande faixa de variação de concentração de sacarose, que varia de 0,0% até 20,0%, após 24 e 48 horas. Acima da concentração de 40,0% verificou-se que após 24 e 48 horas de incubação houve crescimento discreto da cultura. Em concentração de 60,0% foi verificado que após 24 horas de incubação, o crescimento foi ausente e após 48 horas de incubação o crescimento foi discreto. 
Em relação a cultura de S. aureus o crescimento foi mais intenso nas concentrações entre 0,5 e 10,0% de sacarose, apresentando um pequeno declínio após 48 horas de incubação, apresentando um crescimento moderado. 
A cultura de Klebsiella sp. teve um crescimento intenso na variação entre 0,0 e 0,5% e apresentou crescimento discreto na faixa de concentração que varia entre 5,0 e 60,0% de sacarose, observadas após 24 horas de incubação. Após de 48 horas de incubação, nas concentrações de 0,0% e 0,5% de sacarose o crescimento foi intenso, em concentrações de 5,0 a 10,0% o crescimento foi moderado e nas concentrações entre 20,0 e 60,0% o crescimento foi discreto. 
Tab. 4 - Intensidade do crescimento de E. coli, S. aureus e Klebsiella sp. de acordo com a variação da temperatura.
Variação de temperatura –E.coli
Leitura
4ºC
24ºC
37ºC
55ºC
24 h
+
++
++
-
48 h
+
+++
++
-
Variação de temperatura- S. aureus
Leitura
4ºC
24ºC
37ºC
55ºC
24 h
-
+
-
-
48 h
-
++
++
-
Variação de temperatura – Klebsiella sp.
Leitura
4ºC
24ºC
37ºC
55ºC
24 h
-
+++
++
+
48 h
+
+++
++
+
Observando a tabela acima, podemos notar que nas observações realizadas após 24 e 48 horas de incubação, as culturas de E.coli apresentaram um crescimento mais intenso numa faixa de variação de temperatura entre 24ºC e 37ºC. A 4ºC o crescimento foi discreto e a temperatura de 55ºC o crescimento foi ausente. 
Nas culturas de S. aureus foi observado crescimento discreto apenas na cultura que foi incubada a temperatura de 24ºC (temperatura ambiente). As demais culturas submetidas as temperaturas de 4ºC, 37ºC e 55ºC apresentaram ausência de crescimento. Após 48 horas de incubação, ocorreu moderado crescimento às temperaturas de 24ºC e 37ºC. Sob temperaturas extremas, o crescimento foi nulo. 
Em cultura de Klebsiella sp. o crescimento mais intenso se deu a temperatura de 24ºC (ambiente). A temperatura de 4ºC, após 24 horas de incubação o crescimento foi ausente e após 48 horas, o crescimento foi discreto. O crescimento também foi discreto sob a temperatura de 55ºC. 
Tab. 5 Crescimento bacteriano de acordo com as exigências atmosféricas.
Influência da concentração de oxigênio - E. coli
Através da realização do procedimento já descrito, foi possível observar um crescimento intenso na superfície do meio solidificado TSA , caracterizado pela presença de colônias isoladas com coloração branca. Houve um crescimento moderado no meio, e na base houve ausência de crescimento.
Influência da concentração de oxigênio - S. aureus
Ocorreu um crescimento intenso na superfície do meio solidificado TSA , caracterizado pela presença de colônias isoladas com coloração branca. Houve um crescimento moderado no meio, e na base houve ausência de crescimento.
Influência da concentração de oxigênio - Klebsiella sp.
Houve um crescimento moderado no meio, havendo a presença de colônias de coloração branca. Na base houve ausência de crescimento.
DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
Primeiramente, devemos analisar os valores obtidos sobre o pH. Em culturas de E. coli e Klebsiella sp. observou-se que houve uma faixa de maior intensidade no crescimento com relação ao valor do pH que variou entre 5,0 e 7,5.Possivelmente, entre esses valores encontra-se o pH ótimo, onde é observado o maior crescimento populacional num menor espaço de tempo. Segundo Pelczar, Chan & Krieg as diferentes espécies são adaptadas ao crescimento em vários valores de pH. E essa adaptação inclui possuir um aparato gênico e metabólico capaz de fazer com o pH interno se mantenha constante independentemente do pH externo. Em condições mais extremas de pH, os microorganismos devem possuir tal aparato para que possam sobreviver nos mais diversos ambientes, por isso deve haver esse tipo de adaptação. Com relação, a cultura de S. aureus não ocorreu crescimento em nenhum dos valores de pH e esse fato deve estar associado a algum erro de inoculação da cultura, incubação ou outros, sendo necessária uma análise mais detalhada dessa cultura, o que não foi possível. 
Com relação a concentração de NaCl adicionada observado que tanto as culturas de E. coli quanto Klebsiella sp. suportam uma concentração de até 5,0%, acima esse valor o meio tornou-se hipertônico, fazendo com as células, provavelmente, desidratassem e o crescimento foi inibido. Em cultura de S. aureus, suportou até a concentração de 20,0%, acima desse valor o crescimento foi inibido, devido a desidratação. 
Com relação a concentração de sacarose, pode-se dizer que a sacarose é um dos açucares que amplamente utilizado pelos microorganismos como fonte de carbono. Dessa forma, o crescimento ocorreu moderadamente em quase todas as concentrações. Em S. aureus o crescimento ausente em 0,0% evidencia a necessidade de sacarose para as reações metabólicas que conduzem ao crescimento. Porém, em concentrações muito elevadas pode causar inibição do crescimento, devido a diferença de pressão osmótica, ocasionando uma elevada saída de água nas células. 
A temperatura é um fator que tem grande influência sobre o crescimento bacteriano. Na verdade, a temperatura é um fator que está associado diretamente a velocidade das reações químicas do microorganismo. Isso se deve ao fato de que tais reações são catalisadas por enzimas específicas, que tem a sua atividade aumentada ou diminuída de acordo com a temperatura. Porém, a temperatura não deve exceder ao valor de temperatura ótima (To), pois a partir daí as enzimas são danificadas pelo calor, perdem sua atividade e as células param de crescer. As culturas de E. coli e Klebsiella sp. tiveram um melhor crescimento numa faixa de temperatura que varia entre 24ºC (temperatura ambiente) até 37ºC, aproximadamente. Segundo Pelczar, Chan e Krieg (1997), a Klebsiella sp. possui temperatura ótima por volta de 35 a 37ºC e esse dado confere com aquilo que obtivemos através do experimento. A cultura de S. aureus revelou melhor crescimento em temperatura de 24ºC, contrariando a literatura que diz que seu crescimento ótimo está entre 35 e 40ºC. É importante ressaltar que, E. coli, S. aureus e Klebsiella sp. são bactérias que geralmente estão associadas a órgãos de animais de sangue quente como intestino,pele e mucosas.
 Os resultados indicaram que, quanto as exigências atmosféricas, nenhuma das bactérias apresentou ausência de crescimento em toda a extensão do tubo. Segundo Pelczar, Chan & Krieg a E. coli é um microorganismo facultativo. Podemos verificar, através do experimento, que tanto E. coli, S. aureus e como Klebsiella sp. cresceram intensamente na superfície do meio, onde o teor de oxigênio era grande, mas também em áreas mais profundas do tubo, onde a concentração de era extremamente pequena ou até nula. Dessa forma, podemos confirmar que E. coli, e Klebsiella sp. são microorganismos facultativos, ou seja, são aqueles que crescem na presença do ar atmosférico e também podem crescer em anaerobiose. Segundo Pelczar, Chan e Krieg (1997) microorganismos S. aureus são considerados como anaeróbios facultativos e isso indica que são microorganismos que preferencialmente vivem em ambientes anaeróbios, mas toleram baixas concentrações de oxigênio. Isso provavelmente se deve ao fato de que tais organismos desenvolveram mecanismos protetores contra as formas tóxicas de oxigênio, que são: radical superóxido e radical hidroxila. Desenvolveram a produção da enzima superóxido dismutase, que elimina os radicais superóxidos convertendo-os rapidamente em peróxido de hidrogênio. Tal substância, que é tóxica, pode ser metabolizado por catalase ou por peroxidase. 
Portanto, através da análise dos resultados obtidos, foi possível concluir que existem inúmeros fatores físicos que influenciam o crescimento bacteriano, podendo essa influência ser negativa ou positiva. Alguns fatores, como temperatura, pH, pressão osmótica e concentração de oxigênio, são de grande influência sobre o meio e devem ser considerados quando se lida com manutenção de culturas de microorganismos. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIEBER, S. R., 1999. Roteiro de aula prática nº5 – Efeito da temperatura, pH, pressão 
 osmótica e concentração de oxigênio. Fac. Ciências Biológicas, Exatas e 
 Experimentais – Universidade Mackenzie.
PELCZAR, M.; REID,R. & CHAN, E.C.S., 1997. Microbiologia: Conceitos e 
 Aplicações. – Volume I. Edta. Makron Books do Brasil. 2ª edição. 
PELCZAR, M.; REID,R. & CHAN, E.C.S., 1997. Microbiologia: Conceitos e 
 Aplicações. – Volume II. Edta. Makron Books do Brasil. 2ª edição. 
�PAGE �6�
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