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Aula 1 - DEMOCRACIA

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FORMAS DE GOVERNO SEGUNDO MAQUIAVEL
MONARQUIA
GOVERNO DE UM MONARCA OU DE UMA SÓ PESSOA, HEREDITÁRIO E VITALÍCIO, autoridade unipessoal, poder ilimitado, mando indivisível, irresponsabilidade legal.(ABSOLUTISMO)
Nicolau Maquiavel (em italiano: Niccolò di Bernardo dei Machiavelli; Florença, 3 de maio de 1469 — Florença, 21 de junho de 1527) foi um historiador, poeta, diplomata e músico italiano do Renascimento. É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna, pelo fato de ter escrito sobre o Estado e o governo como realmente são e não como deveriam ser. Os recentes estudos do autor e da sua obra admitem que seu pensamento foi mal interpretado historicamente.
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Monarquia é a mais antiga forma de governo ainda em vigor. Nela, o chefe de Estado se mantém no cargo até à sua morte ou à sua abdicação, sendo normalmente um regime hereditário. O chefe de Estado dessa forma de governação recebe o nome de monarca (normalmente com o título de Rei ou Rainha) e pode também muitas vezes ser o chefe do governo. A ele, o ofício real de governo, é sobretudo o de reger e coordenar a administração da nação, em vista do bem comum em harmonia social.
O monarca quase nunca deteve poderes ilimitados, como muitas vezes é pensado. Foi num período muito curto que houve monarquias absolutas. Hoje em dia a grande maioria da monarquias são monarquias constitucionais, que lhes dá quase nenhum poder de governação do seu país, que é exercido por um primeiro-ministro.
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FORMAS DE GOVERNO SEGUNDO MAQUIAVEL
REPÚBLICA
GOVERNO DA MINORIA OU DA MAIORIA, QUE SE RENOVA POR ELEIÇÃO PERIODICAMENTE.
O conceito de república não é isento de ambiguidades, confundindo-se às vezes com democracia, às vezes com liberalismo, às vezes tomado simplesmente no seu sentido etimológico de "bem comum". Hoje em dia, o termo república refere-se, regra geral, a um sistema de governo cujo poder emana do povo, ao invés de outra origem, como a hereditariedade ou o direito divino. Ou seja, é a designação do regime que se opõe à monarquia.
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O direito contemporâneo reconhece duas 
formas de governo.
Monárquico 
 Republicano
 
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MONARQUIA, que pode ser:
1-Absoluta,
O monarca exerce o poder supremo, sem se
subordinar a nenhuma ordem constitucional.
2-Constitucional, 
submete a uma ordem jurídica (Constituição)
com divisão de poderes, (PORTANTO 
REPUBLICANA) 
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3-Parlamentar, 
o poder é exercido através
de ministros, que são responsáveis perante
 o Parlamento (ELEITO PELO POVO)
4- Parlamentar e Presidencialista, 
admite a eleição de um presidente e de um parlamento, sendo o monarca mera figura decorativa.
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Maquiavel
“A forma Monárquica pode degenerar em Tirania , esta é destituída pelos homens bons, que não toleram o governo de um só, e se transforma em Aristocracia; esta pode se considerar melhor que o povo e surge Oligarquia; contra esta surgem reações, criando a Republica.”
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Para Aristóteles, a aristocracia era o governo de poucos, dos melhores cidadãos no sentido de possuírem melhor formação moral e intelectual para atender aos interesses do povo. A aristocracia seria uma constituição original do governo, que poderia ser transformada em oligarquia, caso os governantes atendessem a interesses privados. A aristocracia teve origem na necessidade de um novo governo que combatesse a tirania, forma de governo em que o poder se concentrava em uma pessoa. Tal como a oligarquia, a tirania era uma forma de governo perversa, desviada da originária monarquia.
Aristóteles – (384 a.C. — 322 a.C.) foi um filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande. Seus escritos abrangem diversos assuntos, como a física, a metafísica, as leis da poesia e do drama, a música, a lógica, a retórica, o governo, a ética, a biologia e a zoologia. Juntamente com Platão e Sócrates (professor de Platão), Aristóteles é visto como um dos fundadores da filosofia ocidental. Em 343 a.C. torna-se tutor de Alexandre da Macedónia, na época com 13 anos de idade, que será o mais célebre conquistador do mundo antigo. Em 335 a.C. Alexandre assume o trono e Aristóteles volta para Atenas, onde funda o Liceu.
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Na República o poder estatal pode ser atribuído a um grupo seleto de pessoas 
(Aristocracia) 
ou a todo povo, 
(Democracia).
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“República é o regime político em que os exercentes de funções políticas (executivas e legislativas) representam o povo e decidem em seu nome, fazendo-o com responsabilidade, eletivamente e mediante mandatos renováveis periodicamente”. (Ataliba)
José Geraldo de Ataliba Nogueira foi um jurista formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Foi Professor titular da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Foi Reitor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo durante a Ditadura Militar que assolou o Brasil. Faleceu, precocemente, em 1995.
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 PRESIDENCIALISMO
 DIRETA
REPÚBLICA DEMOCRACIA
 REPRESENTATIVA 
 PARLAMENTARISMO
 . PARTIDOS POLÍTICOS
 DIRETO
 SUFRÁGIO
 INDIRETO
 
 UNIVERSAL
 
 LEGISLATIVO 
 EXECUTIVO
 JUDICIÁRIO
REPÚBLICA
ELEIÇÃO POR 
TEMPO DEFINIDO
FUNÇÃO DEFINIDA
SEPARAÇÃO DOS PODERES
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 DEMOCRACIA 
A palavra democracia tem origem no grego demokratía que é composta por demos (que significa povo) e kratos (que significa poder). 
SIGNIFICA GOVERNO DO POVO.
TODO PODER EMANA DO POVO, 
DA NAÇÃO.
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 DEMOCRACIA ANTIGA 
Em Atenas os direitos políticos não eram reconhecidos aos escravos, mulheres e às crianças.
As decisões importantes deviam ser tomadas pelo povo, mas nem todos indivíduos compareciam às assembleias populares.
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 NAS ASSEMBLEIAS POPULARES 
“Todo homem podia falar, sem distinção de fortuna, profissão, mas precisava estar em gozo dos seus direitos políticos, não ser devedor do Estado, ser de costumes puros, estar legitimamente casado, possuir bens de raíz na Ática, haver cumprido todos os deveres com seus pais, ter feito todas as expedições militares quando convocado e não ter deixado o seu escudo no campo de batalha (desertor).”
Ática é o nome de uma região geográfica da Grécia central, onde se situa a capital: Atenas
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Em Atenas, a vida pública ou política era de certo modo um luxo que estava reservado aos que podiam gozar de uma subsistência garantida. Mulheres, metecos e escravos não tinham uma vida política. 
E aqui coloca-se a questão sobre a abrangência da democracia ateniense. Com efeito, apenas 10% da população eram cidadãos. 
A democracia ateniense era de algum modo uma aristocracia alargada.
Metecos (em grego: Μέτοικος) eram os estrangeiros residentes nas poleis (sing. polis) gregas, particularmente Atenas
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O que era apresentado ao povo, já tinha sido discutido e estudado pelo senado. 
O povo não tinha direito de iniciativa,
apenas aceitava ou rejeitava aquilo que era apresentado pelo senado.
Em relação a liberdade, os atenienses se consideravam livres porque somente obedeciam as leis por eles próprios votadas e executadas por autoridades eleitas por eles próprios.
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Porém, estas leis impunham uma religião, um culto obrigatório a deuses determinados e a preceitos que envolviam e regulavam integralmente o homem, a política, o social, o moral e o intelectual.
A desigualdade econômica foi uma das causas da decadência e morte da democracia grega.
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DEMOCRACIA CLÁSSICA 
E NA ATUALIADADE
Ao final do século XVIII, o ideal de liberdade política e civil, derrotou o absolutismo, estabelecendo a Democracia Clássica
 
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 DEMOCRACIA CLÁSSICA
 CARACATERIZADA POR:
1 - SOBERANIA POPULAR,
2 - EXERCÍCIO DO PODER POLÍTICO POR ORGÃOS DISTINTOS. 
 (SEPARAÇÃO DOS PODERES)
 3 - LIMITAÇÃO DAS PRERROGATIVAS DOS GOVERNANTES.
 4 - GARANTIAS DOS DIREITOS INDIVIDUAIS.
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A Democracia Clássica era essencialmente política caracterizada pela princípio da liberdade.
Após a primeira Guerra Mundial, a ideia democrática passou a ter uma concepção não somente política mas também social.
A Democracia Social introduziu princípios de amparo aos trabalhadores, às crianças, idosos, combate ao abuso do poder econômico e limitação de propriedade.
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A Democracia Moderna reconhece a dignidade da pessoa humana, o pleno desenvolvimento do homem em uma sociedade livre, justa e solidária.
Segundo Canotilho, Democracia é um processo dinâmico inerente a uma sociedade aberta e ativa, oferecendo aos cidadãos a possibilidade de desenvolvimento integral, liberdade de participação crítica no processo político, condições de igualdade econômica, política e social.
José Joaquim Gomes Canotilho (Pinhel, 15 de Agosto de 1941) é um jurista português. Professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, e professor visitante da Faculdade de Direito da Universidade de Macau.
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Para Kildare Gonçalves, 
A democracia é sobretudo um regime político, pois, sendo o governo do povo, pelo povo e para o povo, que o exerce direta ou indiretamente, expressa o estilo de vida que se institucionaliza politicamente no Estado como forma de convivência social.
Kildare Gonçalves Carvalho ( Bom Sucesso, Minas Gerais, 13 de dezembro de 1950) é Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, investido em uma das vagas do quinto constitucional. Foi presidente do Tribunal Regional Eleitoral daquele estado (2010-2012).
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Para efetividade a Democracia necessita de:
1. Participação.
 E para se sustentar e desenvolver deve haver 
2. Compromisso entre o povo e os eleitos. 
3. Igualdade, permanente garantia dos direitos de todos 
4. Liberdade, autonomia para o cidadão participar da vida política e preservar os direitos individuais contra o poder político.
A democracia deve conciliar os direitos da pessoa e os direitos da sociedade , a liberdade e a soberania.
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 DEMOCRACIA CLÁSSICA 
O Estado Democrático, surgiu contra o absolutismo, sobretudo através da afirmação dos direitos naturais da pessoa humana.
De três grandes movimentos políticos sociais, surgem os princípios que iriam conduzir ao Estado Democrático.
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1- Revolução Inglesa,1689
 influenciada por Locke, 
a) Estabelecia limites ao poder absoluto do monarca.
b) Influência do protestantismo, com afirmação dos direitos naturais dos indivíduos, nascidos livres e iguais.
c)Governo da maioria, que deveria exercer o poder legislativo assegurando liberdade dos cidadãos.
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d) O legislativo poderia ser exercidos por vários órgãos, mas sempre sujeito ao povo.
e) Quem detiver o poder legislativo obriga-se a governar mediante leis estabelecidas, promulgadas e de conhecimento do povo.
f) O povo conserva o poder supremo de se salvaguardar dos propósitos e atentados de quem quer que seja, mesmo dos legisladores.
John Locke (Wrington, 29 de agosto de 1632 — Harlow, 28 de outubro de 1704) foi um filósofo inglês e ideólogo do liberalismo, sendo considerado o principal representante do empirismo britânico e um dos principais teóricos do contrato social.
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Bill of Rights, 1689, documento que ratificou a Declaração Inglesa dos Direitos, cujo principio básico era garantir o direito e liberdade dos súditos.
A Declaração de direito de 1689 (em inglês Bill of Rights of 1689) é um documento feito na Inglaterra pelo Parlamento que determinou, entre outras coisas, a liberdade, a vida e a propriedade privada, assegurando o poder do Parlamento na Inglaterra.
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 2- Revolução Americana 
A independência das colônias inglesas na América do Norte, com inspiração anti Absolutista.
De nada adiantava livrarem se de um poder absoluto inglês e se submeterem outro, igualmente absoluto ainda que fosse americano.
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Como resultado, a Declaração de Independência dos Estados Unidos de 1776, assim proclamava:
“Todos os homens são iguais, dotados de direitos inalienáveis, entre os quais a vida, a liberdade e a procura da felicidade; e que para proteger estes direitos são instituídos os governos entre os homens, emanando seus justos poderes, do consentimento dos governados. Que sempre que uma forma de governo se torna destrutiva, é Direito do Povo alterá-la ou aboli-la e instituir um novo governo, fundamentado em princípios e organizando seus poderes de forma que lhe parece mais capaz de proporcionar segurança e felicidade.”
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Mais tarde este documento, procurou garantir a supremacia da vontade popular, a liberdade de associação e a possibilidade do povo manter um permanente controle sobre o governo.
A vontade da sociedade é enunciada pela maioria, ainda que de um único voto, tão sagrada como se fosse unânime.
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 3 - Revolução Francesa 
Consagrou a aspiração democrática e proclama a Declaração dos Direitos dos Homens e do Cidadão, 1789
“declara que os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos”
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Em síntese, os princípios que norteiam o Estado Democrático:
1 - Supremacia da vontade popular
2 - Preservação da liberdade
3 - Igualdade de direitos
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Elementos mínimos necessários 
à Democracia:
1 – Liberdade para constituir e integrar-se em organizações;
2 – Liberdade de expressão;
3 – Direito de voto;
4 – Acesso a cargos públicos;
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5 – Possibilidade de os líderes políticos competirem através da votação;
6 – Fontes alternativas de informação;
7 – Eleições livres e isentas;
8 – Existência de Instituições capazes de viabilizar a política do governo e legitimadas pelo voto ou outras manifestações da vontade popular.
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PARA DISCUSSÃO
Alguns dizem que nunca existiu ou existirá uma democracia na acepção mais pura do conceito, devido à impossibilidade de o povo se autogovernar.
O ideal democrático não significa apenas circunscrever o tema à realidade política, como também não corresponde integralmente à democracia a singela eleição de representantes do povo.
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CONCEITOS QUE NORMALMENTE SERVEM COMO INSTRUMENTO DE MANIPULAÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA INTERNA E EXTERNA
Não corresponde a identificação da democracia com a economia de mercado, pois o bom desempenho econômico, ou mesmo a livre fixação de preços não indica que naquele Estado o processo econômico seja aberto e participativo.
A queda de um regime ditatorial não indica necessariamente a ascensão de um regime democrático, mesmo que tenha sido vitorioso apoiado pela população, pois será preciso verificar se as minorias e a oposição não foram destruídas ou sufocadas.

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