Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Direito Constitucional Prof. Fabio Tavares Matéria: Resoluções/ Medidas Provisórias 23/03/2011 Das Resoluções: As competencias são classificadas em: exclusivas (que jamais serão delegadas) e as privativas (que também não serão delegáveis, salvo se a própria CF autorizar). - Exclusiva: Impossibilidade de delegar (regra absoluta). - Privativa: Da delegabilidade (regra relativa – CF pode autorizar a delegabilidade). As resoluções são atos privativos da Câmara dos Deputados Federais e do Senado Federal. Exceção: O Congresso Nacional nos termos do Art. 68, p.2º,da CF poderá editar resoluções – somente quando for autorizar o Presidente a Lei Delegada. Art. 68. § 2º - “A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.” Quórum de aprovação das resoluções: As resoluções serão aprovadas pelo quórum da maioria simples ou relativa. E o procedimento será regulamentado pelo regimento interno da Câmara ou Senado. Iniciativa: Câmara ou Senado. Exceção: Congresso Nacional (Art. 68, p.2º, do CPC). Deliberação: Está no regimento interno da Câmara, Senado ou Congresso Nacional. Quórum de aprovação: Maioria simples. Fase complementar/promulgaçao: -Câmara = Mesa da Câmara; -Senado = Mesa do Senado; *- Congresso Nacional = Presidente do Senado, porque ele é o Presidente do Congresso. Após publica no D.O.U (Diário Oficial da União). Decretos Legislativos Iniciativa: Congresso Nacional (titular de uma competência exclusiva / Art. 49, da CF). Deliberação: Regimento interno do Congresso Nacional, aprovado pelo quórum da maioria simples/relativa. Fase complementar/ Promulgação : Presidente do Senado (publica no D.O.U – Diário Oficial da União). Obs.: Os Decretos Legislativos mais importantes são: - Os que resolvem Tratados Internacionais; - O que regulamenta o período em que a Medida Provisória permaneceu em vigor; - E nos casos da intervenção federal – estado de sítio e estado de defesa. Resoluções: - As que fixam alíquotas do ICMS; - Suspender a executoriedade de norma declarada inconstitucional definitivamente pelo STF; - E no caso das Leis Delegas. Medidas Provisórias: Obs.: Princípio da Simetria / Princípio do Paralelismo: Significa harmonia entre os diplomas e as instituições. Iniciativa: Chefe do Executivo – temos nas 3 esferas: - Federal: O Chefe do Executivo = Presidente da República. Por excelência quem cria Medida Provisória é o Presidente da República (Art. 62, “caput”, da CF). Art. 62 – “Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.” - Estadual: Chefe do Executivo = Governadores. O Governador pode cria Medida Provisória, por força do Art. 25, p.2º, da CF + autorização expressa na Constituição Estadual. Art. 25. § 2º - “Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.” - Municipal: Chefe do Executivo = Prefeito. A Constituição Federal se omiti sobre os prefeitos. Portanto, o Prefeito vai elaborar por força da omissão da CF, porém a previsão tem que estar expressa na Constituição Estadual (Estado) + previsão na Lei Orçamentaria. As Medidas Provisórias são atos legislativos previstos no Art. 59, VII combinado com Art. 62 e seus paragrafos, são atos desprovidos de supremacia que estarão pautados nos princípios explícitos na CF e principalmente no princípio da simetria, na exata medida que os Governadores poderão editar Medidas Provisórias com a observância dos termos exigidos pelo Art. 62, da CF. A matéria não poderá ser sobre gás canalizado e a sua autorização tem que estar expressamente na Constituição Estadual. a) Iniciativa: Como regra – Presidente da República. b) Requisitos da Medida Provisória: - Matéria tem que ser relevante e urgente (são requisitos ou critério subjetivos). A questão subjetiva que traz a noção da discricionariedade não pode ofender o princípio intrínseco da proporcionalidade. A doutrina denomina também de princípio implícito (fora da CF). c) Natureza jurídica da Medida Provisória: Força de lei. d) Edição da Medida Provisória: O Presidente da República ao editar a Medida Provisória deve comunicar imediatamente o Congresso Nacional. e) Prazo da Medida Provisória: 60 dias prorrogáveis por mais 60 dias, chegando ao prazo máximo de 120 dias. Obs.: Só existe uma única situação em que o prazo máximo poderá ser extendido por até 180 dias – quando o Congresso estiver de recesso. f) Vedações: O Presidente da República não poderá editar Medidas Provisorias sobre as seguintes matérias: - Direito Penal; - Direito Processual Penal; - Direito Processual Civil; - Nacionalidade; - Cidadania; - Patidos Políticos; - Direito Eleitoral; - Matérias reservadas às Leis Complementares; - Planos Plurianuais; - Diretrizes Orçamentarias; - Orçamentos; - Matérias já aprovadas pelo Congresso Nacional, mas pendentes de sanção e veto; - Organização do Poder Judiciário e do Ministério Público; - Sequestro de poupança ou de qualquer ativo financeiro. g) Congresso Nacional: Como sabemos o Presidente irá comunicar imediatamente o Congresso Nacional que deverá apreciar a Medida Provisória no prazo máximo de 45 dias, sob pena da suspensão dos trabalhos no Congresso Nacional (trancamento da pauta). h) Apreciação da Medida Provisória: Presidenta da República editou a Medida Provisória, porque a matéria é relevante e urgente. Sendo que, ao editar irá comunicar imediatamente o Congresso Nacional – para assinar a Medida Provisória no prazo de 45 dias (pode rejeitar a Medida Provisória ou convertê-la em uma lei). Se for convertida qual é a única lei que a Medida Provisória pode ser? Resp. Lei Ordinária. Se rejeitar a Medida Provisória – será em sessão conjunta por decisão da maioria absoluta. Obs.: Como sabemos a Medida Provisória poderá ser rejeitada pelo Congresso Nacional por decisão da maioria absoluta, contudo o período em que a Medida Provisória permaneceu em vigor deverá ser regulamentado por um Decreto Legislativos elaborado pelo Congresso Nacional. Inteligência dos Arts.: 59 até 69; 47; 51 – I; 52 – I; 68 – p.3º, da CF.
Compartilhar