Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Direito Constitucional Prof. Fabio Tavares Matéria:Consequências Jurídicas das Súmulas/Controle de Constitucionalidade. 03/05/2011 Consequências Jurídicas das Súmulas: Temos duas espécies de súmulas: - Vinculante; - Tradicionais/Convencionadas. As Súmulas Tradicionais também denominadas de Convencionadas, não se submetem ao controle concentrado. Já as Súmulas Vinculantes se submetem ao controle concentrado. Com isso identificamos que as Súmulas Convencionais já tem efeitos entre as partes, não podendo se admitir que tais súmulas se submetam ao controle abstrato ou concentrado, que por si só já tem efeitos “erga omnes”. Em contrapartida as Súmulas Vinculantes poderão ser revisadas ou canceladas de ofício ou por provocação dos autoress da ADIN, ADECON ou da ADPF (são ações que se submetem ao controle de ação ou concentrado). Conforme, a Lei 8.038/90 todas as decisões provenientes do STF ou no sentido de preservar a competência do STF, nos 2 casos é possível o ajuizamento da reclamação no STF. Espécies de Controle: a) Controle Preventivo: É denominado de controle “a priori” – somente irá recair sobre projetos de leis em sentido amplo (todos os atos legislativos do Art. 59, da CF). Regra: Quem pode atuar no controle preventivo – o Legislativo e o Executivo. O Legislativo somente atua quando as Comissões de Constituição e Justiça/CCJ (de cada casa no Congresso Nacional atuarem). O Executivo atua através do veto jurídico. As Comissões de Constituição e Justiça/CCJ são comissões permanentes que cada casa no Congresso Nacional tem o dever de emitirem um parecer terminativo sobre a constitucionalidade ou inconstitucionalidade no projeto, ora proposto (controle preventivo). O Poder Executivo irá atuar no controle preventivo, mas somente em duas situações: - Quando os projetos de leis complementares ou ordinárias que forem aprovados pelo Legislativo e o Presidente entende que são constitucionais, se manifestando então pelo veto jurídico. Exceção: O Poder Judiciário só poderá atuar no controle preventivo quando determinado parlamentar impetrar um Mandado de Segurança. Se a ordem for concedida é porque o Poder Judiciário preventivamente está declarando inconstitucionalidade, determinado projeto de lei em sentindo amplo. Motivo: Isto ocorre, porque como regra é inadmissível o Mandado de Segurança em desfavor de leis, salvo quando elas tiverem efeitos concretos como ocorre na exceção, ora citada. b) Controle Repressivo: É denominado de controle “a posteriori”, recai sobre leis em sentido amplo (todos os atos do Art. 59, da CF). Quem atua no controle repressivo? Regra: o Poder Judiciário. Ferramentas de atuação do Poder Judiciário para exercer o controle represssivo: 1ª Via Difuso; 2ª Via Concentrado. Exeções: Os demais poderes excepcionalmente irão atuar no controle repressivo: b.1) Tribunais de Contas: Trata-se de um orgão auxiliar do Poder Legislativo, que visa fiscalizar as contas do Executivo, mas “no exercício de suas atribuições pode apreciar a constitucionalidade de leis ou atos normativos do Poder Público”, conforme a Súmula 347/STF. STF Súmula nº 347 - Tribunal de Contas - Apreciação da Constitucionalidade das Leis e dos Atos do Poder Público “O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do poder público.” b.2) Poder Executivo: O Chefe do Poder Executivo no exercício de suas atribuições pode apreciar a constitucionalidade de leis ou atos normativos do Poder Público. A regra supracitada só se aplica para os Chefes do Executivo Federal e Estadual. b.3) Poder Legislativo: Somente em duas situações: - Quando o Congresso Nacional sustar os atos normativos exorbitantes da Delegação na lei delegada, conforme o Art. 68, p.2º combinado com Art. 49, V, ambos da CF e quando a Medida Provisória for rejeitada pela inconstitucionalidade. Art. 68 § 2º - “A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.” Art. 49 – “É da Competência exclusiva do Congresso Nacional: V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.” Controle Difuso: É chamado de exceção, incidental e defesa. O controle difuso é um controle concreto. As expressões exceção, incidental e defesa – significa à Arguição de Inconstitucionalidade (tecnicamente é o incidente). A Arguição é correspondente a causa de pedir. A expressão concreto – significa caso concreto (matéria/mérito = é o bem da vida). O mérito é correspondente ao pedido. Preliminarmente o controle difuso será apreciado por qualquer um dos orgão do Poder Judiciário, contudo o sujeito tem que materializar sua pretensão da seguinte forma: os fatos e os fundamentos que é a causa de pedir será materializada pela Arguição de Inconstitucionalidade, que deverá ser apreciada em primeiro lugar, pois trata-se de uma matéria incidental que irá prejudicar a matéria principal que é o caso concreto jurisdicional que vem na forma do pedido. O juiz por ser um orgão singular, pode fazer o controle difuso, desde que se depare com a matéria de mérito (pedido) + incidente (causa de pedir). - Primeiro julgará a matéria incidental e após a matéria de mérito. O controle difuso é indireto, exatamente por determinar lei ou ato normativo de inconstitucionalidade que impedi o jurisdicionado de atingir o seu bem da vida (mérito). Sem sombra de dúvida o incidente que é à Arguição da Inconstitucionalidade será colocada na causa de pedir para que o magistrado declare inconstitucionalidade à lei, somente entre as partes envolvidas na relação jurídica e que ela seja declara inconstitucional, desde o seu nascimento, mas somente entre as partes. E os Tribunais como devem agir no controle difuso? *Cláusula de Reserva de Plenário (próxima aula).
Compartilhar