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Direito Constitucional 
Prof. Fabio Tavares 
Matéria: Cláusula de Reserva de Plenário/ Controle Concentrado. 
17/05/2011 
 
 
Cláusula de Reserva de Plenário: 
Todo Tribunal é formado por 2 orgãos – fracionados e de cúpula. 
Nos orgão fracionados teremos: as Câmaras (TJs) ou Turmas (STF) – mérito. 
Já os orgão de cúlpula teremos: o Orgão Especial (TJs) ou Pleno (STF) – incidente. 
 
Conforme, o mencionado acima, a cláusula de reserva de plenário nos termos do Art. 97, 
da CF combinado com os Arts. 480 até 482, do CPC - denuncia que se a matéria for 
inconstitucional, somente o Tribunal pelo voto da maioria absoluta de seus membros, do 
orgão especial ou do pleno poderão declarar a matéria inconstitucional, em homenagem a 
cláusula de reserva do plenário. 
 
Art. 97 – “Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do 
respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou 
ato normativo do Poder Público.” 
 
Art. 480 – “Argüida a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder público, 
o relator, ouvido o Ministério Público, submeterá a questão à turma ou câmara, a que 
tocar o conhecimento do processo.” 
 
Art. 481 – “Se a alegação for rejeitada, prosseguirá o julgamento; se for acolhida, será 
lavrado o acórdão, a fim de ser submetida a questão ao tribunal pleno. 
Parágrafo único - Os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário, ou 
ao órgão especial, a arguição de inconstitucionalidade, quando já houver 
pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão.” 
 
Art. 482 – “Remetida a cópia do acórdão a todos os juízes, o presidente do tribunal 
designará a sessão de julgamento. 
§ 1º O Mistério Público e as pessoas jurídicas responsáveis pela edição do ato 
questionado, se assim o requererem, poderão manifestar-se no incidente de 
inconstitucionalidade, observados os prazos e condições fixados no Regimento interno 
do Tribunal. 
§ 2º Os titulares do direito de propositura referidos no Art. 103 da Constituição poderão 
manifestar-se, por escrito, sobre a questão constitucional objeto de apreciação pelo 
órgão especial ou pelo Pleno do Tribunal, no prazo fixado em Regimento, sendo-lhes 
assegurado o direito de apresentar memoriais ou de pedir a juntada de documentos. 
§ 3º O Relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos 
postulantes, poderá admitur, por despacho irrecorrível, a manifestação de outros órgãos 
ou entidade.” 
 
Procedimento: 
a) Todas as matéria dirigidas aos Tribunais serão de plano submetidas a um dos orgãos 
fracionados, que são às Câmaras ou às Turnas, que só podem julgar mérito; 
 
b) O relator do orgão fracionado irá questionar os demais membros se há arguição da 
inconstitucionalidade, ou seja, o incidente é ou não incostitucional (não é declarar, é 
apenas apreciar); 
 
c) O orgão fracionado ao apreciar o incidente – e entender que a matéria é 
inconstitucional, deve lavrar um acórdão obrigando a remessa dos autos para o orgão de 
cúpula do próprio tribunal, que só poderá julgar o incidente; 
 
d) O orgão fracionado ao receber os autos irá declarar ou não o incidente 
inconstitucional. Se declarar a inconstitucionalidade só poderá ser por decisão da maioria 
absoluta de seus membros. O ato continua devendo ser lavrado por um novo acórdão, 
devolvendo a matéria para o orgão fracionado, que agora poderá resolver o mérito; 
 
e) Ao solucionar o mérito será publicado um 3º acórdão, que após a publicação será um 
marco para a contagem do seu lapso temporal. 
 
Obs.: Se o orgão fracionado – for entendido de plano, ou seja, que à arguição não procede 
é porque a matéria é constitucional, não tendo que encaminhar os autos para o orgão de 
cúpula, mas ao lavrar o acórdão não pode esquecer de dizer os motivos que justificam a 
não remessa dos autos e principalmente porque o incidente é constitucional. 
Caso o acórdão se omita em relação ao incidente prejudicado, poderá opor embargos de 
declaração para que esta omissão seja sanada. 
A finalidade dos embargos de declaração é para pré-questionar a matéria constitucional 
para uma eventual interposição de recurso extraordinário no STF. 
 
O STF tem duas competências: 
- Originária (Art. 102, I, da CF) - Só ocorrer em ADIN e ADPF – controle concentrado. 
- Recursal (Art. 102, II e III, da CF) – Recurso extraordinário e recurso ordinário. 
 
Art. 102 – “Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da 
Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a 
ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; 
II - julgar, em recurso ordinário... 
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última 
instância, quando a decisão recorrida...” 
 
STF no Controle Difuso: 
O STF, pela via do controle difuso – só poderá atuar, excepcionalmente, pela via recursal, 
por excelência – recurso extraordinário e ordinário. 
O STF tem uma competência originária (Art. 102, I, da CF), mas esta via só será utilizada 
pelo controle concentrado, e nunca pela via incidental. 
 
 
Ação Civil Pública pode ser sucessora da ADIN? 
Resp.: Não, pois ambas tem pedidos distintos. 
ADIN – tem o pedido para declarar a inconstitucionalidade. 
Ação Civil Pública – tem como pedido a obrigação de fazer ou na condenação de um 
determinado ato. 
Sendo que, à Ação Civil Pública no máximo irá tramitar pela via do controle difuso, se 
apresentar algum incidente. 
 
O jurisdicionado, que tanto almeja o mérito não logrou êxito nas instâncias inferiores, 
mas teve a cautela de pré-questionar a matéria em todas as instâncias por onde passou, 
pois sabia ele, que o STF na posição de guardião da CF, poderia dar à ele o bem da vida 
tão esperado e para isso irá se utilizar como regra o recurso extraordinário. 
 
Recurso Extraordinário: 
Só será conhecido se comprovar o pré-questionamento e a repercursão geral (requisito 
cumulativo). 
Se o recurso for conhecido, ou seja, deu provimento (procedente) ou negado provimento 
(improcedente) – neste instante já estará sendo julgado o mérito. 
 
Preliminar do Recurso Extraordinário: 
Ao interpor o recurso extraordinário no STF, o interessado deverá em sede de preliminar 
comprovar o pré-questionamento que é o debate da matéria incidental, constitucional nas 
instâncias inferiores, mas deverá também comprovar se o seu caso concreto tem 
repercursão na vida de terceiros. Com isso, a repercursão geral será liminarmente 
rejeitada pelo STF, por decisão de 2/3 dos membros do STF, logo o recurso não será nem 
conhecido. 
Em contrapartida o recurso extraordinário poderá ser conhecido e dado o provimento, o 
que abre um precedente, mesmo sabendo que o recurso extraordinário tem efeitos entre as 
partes, e, é “ex tunc”. Com isso, milhares de outras pessoas, diante do acórdão do STF 
começam a pré-questionar a matéria em todas as instâncias e têm êxito apenas no STF e 
mesmo assim os efeitos serão entre as partes e “ex nunc”. 
 
Senado Federal: 
Em virtude dos inúmeros recursos extraordinários julgados à decisão de mérito passou a 
ser definitiva em sede de recurso extraordinário, o que possibilita o STF a comunicar o 
Senado Federal – poderá ou não, suspender no todo ou em parte a executoriedade da lei 
declarada inconstitucional em recurso extraordinário. 
O Senado Federal se quiser, através de seu poder discricionário, poderá suspender a 
executoriedade da norma – por uma resolução, conforme o Art. 52, X, da CF. Publicada a 
resolução os seus efeitos serão “erga omnes” e “ex nunc”. 
 
Art. 52 – “Compete privativamente ao Senado Federal: 
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucionalpor 
decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal.” 
 
 
 
Obs.: Ainda que, o STF, não comunique o Senado Federal – pode o mesmo agir de ofício 
(suspender no todo ou em parte a lei declarada inconstitucional). 
 
Controle Concentrado: 
a) O controle concentrado é um controle de: ação, direto e abstrato. 
- Ação: Porque não há recurso (irrecorríveis as decisões). 
- Abstrato: Não há caso concentro. 
- Direto: A causa de pedir é o pedido automaticamente. 
 
O controle concentrado é por ação, razão pela qual é exigida suas condições, sob pena de 
serem extintas. 
 
Condições da Ação: (próxima aula).

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