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Direito Constitucional 
Prof. Fabio Tavares 
Matéria: Regime Democrático Semi-Direto/ Plebiscito/ Referendo/ Iniciativa Popular/ 
Ação Popular/ Sufrágio – Alistabilidade e Elegibilidade; Espécies de Sufrágio e de Voto. 
02/06/2011 
 
Regime Democrático Direito + Regime Democrático Indireto = Regime Democrático 
Semi-Direto. 
O regime democrático semi-direto é a soma dos dois primeiros regimes, logo a CF adota 
o regime democrático semi-direto, conforme o Art. 1º, p.ú., da CF. 
Art. 1º Parágrafo único – “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” 
 
Obs.: Abade Emanoel J. Siéys, escreveu uma obra chamada - “O que é o 3º Estado?”. 
Sendo, ele quem criou a Teoria do Poder Constituinte. 
Siéys, via a França e concluiu que ela era formada por estamentos (=níveis). 
1º Nível = Coroa; 
2º Nível = Nobreza e Clero; 
3º Nível = Patuleia (coletividade), também pode se chamada de povo ou trabalhadores. 
 
Saiu da vertical e desenhou o mesmo nível na horizontal. 
Coroa – Nobreza/Clero – Povo. 
 
Conclusão: Todos estão no mesmo pé de igualdade, fraternidade e liberdade. Este nível é 
denominado de nação. 
Para Siéys a França deve eloborar uma Constituição, baseada na nação (nos três níveis). 
Já para Rosseau a Constituição é baseada no povo. 
 
O paragrafo único, do Art. 1º - adotou o pensamento de Rosseau, autor da obra “O 
Contrato Social”, que determina todo o poder emanado do povo, logo uma Constituição 
que é criada pelo poder constituinte se materializa dentro dos anseios e da vontade do 
povo. 
Esta linha de raciocínio está amparada pelo autor da autoria do poder constituinte – 
Abade Emanuel J. Siéys, também autor da obra “O que é o 3º Estado?”, que questiona a 
injustiça cometida em desfavor do 3º nível, que literalmente mantinha os privilégios do 
clero, da nobreza e da coroa, eram os famosos estamentos, que, quer dizer níveis. 
A obra de Siéys, deflagrou a Revolução Francesa, na exata medida que o 1º, 2º e 3º nível 
= formaram um único corpo, denominado de nação. 
Para Siéys a titularidade do poder constuinte é da nação. 
 
 
 
Plebiscito: Consulta prévia. 
Referendo: Consulta posterior. 
 
Quem autoriza e aprova o plebiscito e o referendo é o Congresso Nacional, mas a 
iniciativa para falar com o Congresso Nacional será de – 1/3 da Câmara ou 1/3 do 
Senado. 
 
Obs.: Em 07 de setembro de 1993, o povo brasileiro foi convocado para decidir 
previamente sobre o sistema de governo e a forma de governo, conforme o Art.2º, do 
ADCT - Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (plebiscito). 
 
Art. 2º - “No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, através de plebiscito, a 
forma (república ou monarquia constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo 
ou presidencialismo) que devem vigorar no País.” 
 
Inciativa Popular: 
-Federal (Art. 61, p.2º, da CF): Exige 1% de todo o eleitorado (somente dos que tiverem 
título de eleitor, e não de toda a população) dividido em 5 Estados. Não podem ter menos 
que três décimos de representatividade. 
 
Art. 61 § 2º - “A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos 
Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado 
nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por 
cento dos eleitores de cada um deles.” 
 
- Estadual (Art. 27, p.4º, da CF): Não define o procedimento, porque ela é uma norma de 
eficácia limitada. Isto, quer dizer, que quem irá definir o procedimento é a Constituição 
dos Estados. 
 
Art. 27 § 4º - “A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.” 
 
- Municipal (Art. 29, XIII, da CF): Exige 5% do eleitorado municipal. 
 
Art. 29 XIII – “iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, 
da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do 
eleitorado.” 
 
Obs.: A iniciativa popular federal denuncia à possibilidade de cidadãos criarem projetos 
de leis ordinárias e projetos de leis complementares, sendo certo que a casa iniciadora 
será Câmara dos Deputados. 
 
Ação Popular: 
a) Legitimidade: Qualquer cidadão. 
 
b) Objeto da Ação Popular: Anular ato lesivo do patrimônio público, cultural, histórico 
ou meio ambiente (qualquer interesse coletivo). 
 
 
c) Princípios violados: Todos da Administração Pública, mas principalmente o da 
moralidade, pois o agente político tem que ter probidade e honestidade. Ao praticar um 
ato de improbidade, o agente político passou a ser um imoral, corrupto e desonesto. 
 
d) Efeitos da Ação Popular: O ato de improbidade configura na perda do cargo, 
suspensão dos direitos políticos, indisponibilidade dos bens, ressarcimento do erário 
público, sem prejuízo da propositura de ações penais, conforme o Art. 37, p.4º, da CF. 
 
Art. 37 § 4º - “Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos 
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o 
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação 
penal cabível.” 
 
e) Sufrágio: É um direito subjetivo político, que o agente tem de votar e ser votado. 
O sufrágio tecnicamente quer dizer – alistabilidade e elegibilidade. 
- Alistabilidade: É a capacidade eleitoral de votar (ativa = votar). Eleger alguém. 
- Elegibilidade: É a capacidade eleitoral passiva (= ser votado). Ser eleito. 
 
Requisitos/Condições de Alistabilidade: 
1º Nacionalidade brasileira (nato ou naturalizado); 
2º Idade mínima (16 anos); 
 
Se o agente for estrangeiro ou menor de 16 anos ou não preencher as condições da 
alistabilidade – será ele um inelegível ou inalistável (incapacidade eleitoral). 
 
Requisitos (cumulativos)/Condições para Elegibilidade: 
1º Nacionalidade brasileira (os naturalizados jamais serão eleitos para os cargos 
privativos de brasileiros natos para Presidente da República e para Vice Presidente da 
República); 
2º Pleno exercício dos direitos políticos (sem perda e sem suspensão); 
3º Alistabilidade eleitoral; 
4º Domicílio eleitoral; 
5º Filiação partidária; 
6º Idade de: 
- 35 anos para: Presidente da República; Vice Presidente e Senador Federal; 
- 30 anos para: Governadores; 
- 21 anos para: Juiz de Paz; Deputados Federais e Estaduais e os Prefeitos; 
- 18 anos para: Vereadores. 
 
A ausência de qualquer uma das condições torna o cidadão ou agente inelegível. 
 
Espécies de Sufrágio: 
a) Restrito: Temos duas modalidades: 
a.1) Capacitário: Somente, com capacidade intelectual (analfabeto não vota) 
a.2) Censitário: Somente, com condições financeiras. 
 
 
 
b) Universal: O sufrágio universal é aquele que um homem vale por um voto (sistema 
americano), adotado pela CF/88, no “caput”, do Art. 14. 
 
Art. 14 – “A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e 
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante..” 
 
Obs.: O sufrágio universal autoriza o exercício do voto por todos, independentemente das 
condições financeiras ou intelectuais. 
 
Espécies de Voto: 
a) Voto Obrigatório: Não é cláusula pétrea e pertence aos maiores de 18 anos 
(capacidade eleitoral, civil e penal). 
 
b) Voto Facultativo: Maiores de 70 anos, analfabetos e os menores de 18 anos, mas 
maiores de 16 anos. 
 
Proibições/Vedações ao Voto: 
Estrangeiros e conscritos (inalistáveis e inelegíveis). 
Os conscritos são aqueles que estão no serviço militar obrigatório (1 ano). Não podemos 
confundir com os militares de carreira, pois estes são obrigados à se alistarem na Justiça 
Eleitoral. 
Obs.: Idade – os conscritos devem se alistar na Justiça Eleitoral até os 19 anos. 
 
Naturalizados: O brasileiro natural é obrigado a se alistarna Justiça Eleitoral até 1 ano, 
depois da sua naturalização.

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