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Exploração e Fetichismo da Mercadoria no Capitalismo

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Acumulação Capitalista e Questão Social
Leonardo Teixeira
Aula 4
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Objetivo da aula 
Identificar as formas de exploração do trabalho humano no modo de produção capitalista; 
Relacionar a exploração do trabalho no capitalismo com os conceitos marxianos sobre o modo de produção capitalista: luta de classes, mais-valia, fetiche da mercadoria, alienação e exército de reserva.
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Acumulação primitiva e Revolução Industrial
	Como vimos na última aula, a acumulação primitiva possibilitou a Revolução Industrial na Inglaterra. Esse processo transformou a vida dos europeus no século XIX.
	Nesta aula veremos como o modo de produção capitalista instalou-se no cotidiano da vido da classe trabalhadora. 
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Trabalho e produção no capitalismo
Imagine o que significou para os homens do século XIX passar a viver na cidade e não no campo, vender sua força de trabalho nas fábricas sob condições humilhantes e por um salário miserável, aceitar essas condições com medo do desemprego.
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http://goo.gl/qaqJjL
Quem controla o tempo ?
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Valor e utilidade das mercadorias
	Na teoria marxiana, a história de toda sociedade está regida pela forma como ela produz as condições materiais de sua existência. Na sociedade capitalista, a riqueza está alicerçada na acumulação de mercadorias.
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O valor-de-uso e o valor-de-troca das mercadorias
	
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Valor-de-uso é a utilidade própria de cada coisa
Valor-de-troca é expressão de quantidades de espécies diferentes de coisas úteis aos seres humanos.
Cada coisa possui uma utilidade, que pode ser dupla: conforme quantidade ou qualidade.
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Dinheiro como mercadoria
Tudo o que tem valor de troca é resultado do trabalho humano. Como realizaríamos trocas num mundo complexo como o nosso se não houvesse um elemento unificador? 
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Fórmula da circulação inicial
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Mercadoria – Dinheiro - Mercadoria
O trabalhador que produz sapatos, não mais precisa trocar o sapato por alimentos, ele o vende e com o dinheiro obtido nessa operação compra os alimentos necessários a sua subsistência.
dinheiro é a mercadoria que se constituiu no equivalente geral
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Valor da mercadoria
Para Karl Marx o tempo gasto na produção e manutenção de uma mercadoria é o que determina o valor dessa mercadoria. Portanto, no capitalismo força de trabalho, é uma mercadoria que não pode ser separada do trabalhador. Assim, além do tempo gasto na produção, também teríamos o valor gasto na subsistência do próprio trabalhador que precisa estar em condições de fazer o trabalho, ou seja, estar vivo.      
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O fetichismo da mercadoria
A humanidade transforma a natureza pelo seu trabalho, do couro cria-se um sapato. No interior do sistema capitalista, o fetichismo da mercadoria significa a ocultação do trabalho social explorado. Isso significa que as trocas acabam por coisificar as relações entre os homens. 
	
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Trocamos as mercadorias sem saber para quem e para que se destinam.
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Mais-valia e Alienação
Nas contradições do sistema capitalista, a teoria da mais-valia e da alienação são veículos para compreensão da exploração do trabalho e a crescente desigualdade social criada pela acumulação de capital.
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Mais-valia
O capitalista paga o salário do trabalhador pela força que esse emprega ao produzir as mercadorias. Para Marx, durante a jornada de trabalho o operário produz mais do que recebe de salário. Assim, a diferença entre o valor do trabalho e o salário que recebe é a mais-valia, ou seja, o lucro do capitalista. 
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Mais-Valia 
Mais-valia absoluta
Ganho a partir das horas de trabalho para produção de mercadorias.
Mais-valia relativa
Ganho a partir da introdução de máquinas na produção que aumentam o número de mercadorias por hora trabalhada.
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http://goo.gl/FMHpI9
http://goo.gl/4jct3W
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Alienação
Alienação para Marx está relacionada ao trabalho. Ele se pautou no conceito de alienação na religião de Ludwig Feuerbach, no qual o homem cria Deus e se torna subordinado a essa ideia, obedecendo mandamentos, dogmas etc. Já em Marx, o conceito de alienação se refere a ideia de que o trabalhador já não mais consciente de sua criação (produto) se separa dela e passa a ser por ela determinado, a ideia de alienar-se é separar-se. Por exemplo, o trabalhador da fábrica já não se identifica com o que produz. 
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Vídeo
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Referências
MARX, Karl. Manuscritos Econômicos de 1861 a 1863. 1863 Fonte: The Marxists Internet Archive . 
MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política: livro I, II, II – 24. Ed. – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira – 2006.
MÉSZÁROS, István. MARX: A teoria da Alienação, Rio de Janeiro, Editora Zahar, 1981.
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Acumulação Capitalista e Questão Social
Leonardo Teixeira
Atividade 4
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Exercícios
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1 – Em relação a tirinha de Bob Thaves discuta
organização do trabalho.
2 – Para Marx, qual o conceito de alienação?

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