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FACULDADE ANHANGUERA DE ANAPOLIS
PEDRO HENRIQUE MACHADO OLIVEIRA
DIREITO PENAL
Territorialidade e extraterritorialidade da lei penal brasileira, eficácia de sentença
estrangeira e lugar do crime
ANÁPOLIS
2017
SUMÁRIO
TEMPO DO CRIME................................................................................................................................................3
TERRITORIALIDADE............................................................................................................................................ 3
INTRATERRITORIALIDADE................................................................................................................................ 4
EXTRATERRITORIALIDADE...............................................................................................................................5
EXTRADIÇÃO.........................................................................................................................................................6
LUGAR DO CRIME................................................................................................................................................7
TEMPO DO CRIME
Tempo do crime, Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou
omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Em que momento
considera-se praticado o delito? Existem 3 teorias que explicam que são:
Teoria da Atividade: considera-se praticado o crime no momento da ação ou
omissão.
Teoria do Resultado (do evento ou efeito): considera-se praticado o crime no
momento do resultado.
Teoria Mista ou da Ubiquidade (mista ou eclética): considera-se praticado o crime
tanto no momento da ação ou omissão, quanto no momento do resultado.
O código penal Brasileiro adotou a Teoria da Atividade, de modo que não importa o
momento em que ocorreu o resultado, mas sim o momento da ação ou omissão
praticada pelo agente.
TERRITORIALIDADE
Conceito: princípios que regem a aplicação da lei penal no espaço:
Territorialidade: Aplica-se a lei penal do local em que ocorreu o crime. É adotada no
Brasil como regra.
Nacionalidade ativa: Aplica-se a lei penal da nacionalidade do sujeito ativo.
Nacionalidade passiva: Aplica-se a lei penal da nacionalidade do sujeito ativo,
desde que tenha sido atingida vítima ou bem jurídico de mesma nacionalidade.
Defesa (ou real): Leva-se em consideração a nacionalidade do bem jurídico atingido.
Justiça penal universal (ou Justiça cosmopolita): Sendo o crime um mal universal,
aplica-se a lei do local em que o agente for encontrado.
Representação (ou bandeira): Aplica-se a lei nacional quando o crime for praticado
em aeronaves e embarcações privadas e o país em que foi praticado o crime
demonstrar desinteresse em puni-lo.
INTRATERRITORIALIDADE
Intraterritorialidade: É o fenômeno de aplicação da lei estrangeira no território
nacional denomina-se intraterritorialidade. (exceção da territorialidade)
Composição do território: Espaço geográfico + Jurídico.
Composição geográfica:
Solo ocupado pela corporação política.
Rios, lagos, mares interiores, golfos, baías e portos.
O mar territorial se estende por 12 milhas marítimas de largura e altura a partir do
nível do mar.
Composição jurídica:
Os navios e as aeronaves, quando públicos, são considerados como extensão do
território nacional, mas quando privados, só serão considerados extensão do
território nacional quando estiverem em mar territorial brasileiro, em alto-mar ou no
espaço aéreo correspondente a um ou outro.
Importante: O alto-mar e o espaço aéreo correspondente não estão sujeitos à
soberania de qualquer Estado. Portanto, os crimes praticados a bordo dos navios e
aeronaves privados nessas condições serão de responsabilidade do país de origem
da embarcação, ou seja, do país em que o navio ou aeronave estiver registrado ou
matriculado
A competência para processar e julgar os crimes comuns praticados a bordo de
navios e aeronaves com autorização para viagens internacionais é da Justiça Federal
de primeiro grau, conforme dispõe o art. 109, inciso IX, da CF, ressalvada a
competência da Justiça Militar.
Importante: A zona contígua ao território nacional, compreende uma faixa que se
estende das 12 milhas às 24 milhas marítimas. Embora a zona não configure
território nacional, o Brasil poderá exercer dentro de seu espaço medidas de
fiscalização, a fim de evitar a ocorrência de infrações às leis e aos regulamentos
aduaneiros, fiscais, de imigração ou sanitários, no seu território ou mar territorial.
Hipóteses de não aplicação da lei penal brasileira a fatos cometidos no
território nacional:
Imunidade Diplomática: as sedes diplomáticas (embaixadas) são invioláveis, não
podendo ser objeto de busca, requisição, embargo ou medida de execução. Portanto,
as autoridades nacionais não podem adentrar nas sedes diplomáticas sem
autorização, salvo se o crime tenha sido praticado em seu interior por alguém que
não faça parte do corpo diplomático, ou seja, um comum. Também são dotados de
imunidade os agentes diplomáticos, embaixadores, secretários da embaixada,
pessoal técnico e administrativo das representações, seus familiares, funcionários da
ONU, OEA e demais organizações internacionais (quando em serviço), o Chefe de
Estado estrangeiro que visita o país e, inclusive, os membros da sua comitiva. O
agente diplomático só será obrigado a prestar depoimento na qualidade de
testemunha sobre fatos que envolvam o exercício de sua função.
Exemplo: A embaixada Alemã no Brasil constitui território brasileiro.
//* O individuo será julgado no Brasil, mas o cumprimento da pena será no pais de
origem.
//*Embaixada não é extensão do pais que representa.
Imunidade Parlamentar: decorre do art. 53 da Constituição Federal
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer
de suas opiniões, palavras e votos.(leia o Art. 53 da CF/88 completo)
Inviolabilidade do Advogado: prevê a Constituição, no art. 133, que “o advogado é
indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e
manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei”.
EXTRATERRITORIALIDADE
Extraterritorialidade: São exceções ao princípio geral da territorialidade, ou seja
quando a lei Brasileira vale fora do territorio nacional. Art 7° do CP.
Extraterritorialidade incondicionada: O inciso I do Art 7° do CP refere-se aos
casos de extraterritorialidade incondicionada, uma vez que é obrigatória a aplicação
da lei brasileira ao crime cometido fora do território brasileiro.
(Alinhas: A, B e C são dotadas do principio de Defesa ou real)
(Alinha D é dotada do principio da Justiça universal (Ou cosmopolita).)
Obs: Contém exceção para o “ne bis in idem”.
Extraterritorialidade condicionada: O inciso II, do art. 7º, prevê 3 hipóteses de
aplicação da lei brasileira a autores de crimes cometidos no estrangeiro. São os
casos de extraterritorialidade condicionada, pois dependem de determinadas
condições. Estas ficam subordinadas as alinhas A, B e C dispostas no § 2º do Art. 7º
do CP.
(A, Justiça Universal\Cosmopolita; B, Principio da nacionalidade ativa; C, Principio da
representação).
Hipercondicionada: Hipercondicionadas referem-se a casos mais especificos. Estes
casos estao expressos no Art 7° § 3° do CP.
EXTRADIÇÃO
Extradição: É o processo que pede ao Brasil para entregar um indivíduo a outro
Estado (país), para que lá seja processado e julgado por crime que tenha cometido.A
concessão de extradição baseia-se em convenções internacionais, por meio das
quais os países acordam extraditar pessoas em condições equivalentes. A extradição
submete - se a alguns princípios:
Princípio da legalidade: não haverá extradição se o crime imputado ao extraditando
não estiver especificado em tratado ou convenção internacional. Esse princípio pode
ser mitigado caso os dois países envolvidos na extradição assumamo compromisso
de tratamento igualitário em casos semelhantes.
Princípio da Especialidade: o extraditado não poderá ser julgado por fato diverso
daquele que motivou a extradição. Existe, no entanto, a possibilidade de pedido de
extensão dos fundamentos da extradição para inclusão de outras infrações.
Princípio da Identidade da Norma: o fato criminoso que origina a extradição deve
ser considerado crime também no país ao qual a extradição foi solicitada.
Princípio da Comutação: a extradição concedida pelo Brasil condiciona-se à não
aplicação de pena de morte, prisão perpétua ou pena corporal pelo país requerente.
Princípio da Jurisdicionalidade: visa impedir que o extraditando seja julgado no
país de origem por Tribunal de exceção.
Princípio do Non Bis in Idem: em caso de conflito positivo de competência, o país
requerente deverá assumir a obrigação de comutar o tempo de prisão cumprido pelo
extraditando em relação ao mesmo fato.
Princípio da Reciprocidade: a extradição envolve dois aspectos convenientes e
recíprocos a ambos os Estados envolvidos. Por um lado, o delito será punido no local
de origem, e por outro, afasta-se do território nacional um delinquente.
Requisitos para que possa pedir uma extradição:
a) Exame prévio pelo STF.
b) Existência de convenção ou tratado firmado com o Brasil, ou, na sua falta, o
oferecimento de reciprocidade.
c) Ser o extraditando estrangeiro.
d) Existência de sentença final condenatória ou decreto de prisão cautelar. e) O fato
imputado deve constituir crime perante o Estado brasileiro e o Estado requerente.
Lugar do crime:
LUGAR DO CRIME
Para a adoção do princípio da territorialidade é preciso identificar o lugar do crime.
teorias que tratam do lugar do crime:
Teoria da Atividade: considera-se lugar do crime aquele em que ocorreu a ação ou
omissão, ainda que em outro tenha se produzido o resultado.
Teoria do Resultado: considera-se lugar do crime aquele em que se produziu o
resultado, ainda que outro seja o local da conduta.
Teoria da Ubiquidade ou Mista: considera-se lugar da infração tanto aquele em que
ocorreu a ação ou omissão quanto o do resultado.
Depreende-se do art. 6° do CP que o Brasil adota a Teoria da Ubiquidade.
L: Lugar do crime
U: Ubiquidade
T: Tempo do crime
A: Atividade
//*Crimes á distancia: Acontece em 2 paises diferentes.
//*Crimes em transito: Acontece entre mais de 2 paises.
//*Crimes plurilocais: Acontecem dentro do Brasil.
Obs: Não se aplica a teoria da ubiquidade em:
Crimes conexos: Que são aqueles que de algum modo estão relacionados entre si.
Não se aplica a teoria da ubiquidade pois não constituem unidade jurídica.
Crimes plurilocais: Neste caso aplica-se a teoria da atividade.
Infração penal de menor potencial: Neste caso aplica-se a teoria da atividade.
Crimes falimentares: (lei das falencias) Art. 183° do CP

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