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DIREITO ADMINISTRATIVO 2
 (Este material destina-se EXCLUSIVAMENTE ao acompanhamento em sala de aula, para melhor compreensão é necessária a utilização do texto constitucional, a legislação em vigor, além da doutrina indicada e da jurisprudência.)
RESUMO – PLANO DE AULA 8/12
Parte - B
CRIAÇÃO E EXTINÇÂO DE CARGOS E EMPREGOS PÚBLICOS:
 - Regra Geral: - Criação por Lei. Art. 61, II da C.F./88.
 - Iniciativa: Depende do Poder de Estado. Ex.: Executivo – Presidente da República (Art. 61, II da C.F./88); Judiciário – ver o Art. 96, II, b da CF/88.
 *ATENÇÃO: 
 1. Possibilidade de criação de cargos públicos sem Lei. Cargos de serviços internos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal podem ser criados por “Resoluções”, conforme os Art. 51, II e 52, XIII da CF/88 (ver também o Art. 48, XV da CF/88).
 2. Em regra, a extinção de cargos e empregos públicos se dará por Lei. Entretanto, a Emenda Constitucional 32/2001 estabeleceu a possibilidade do Presidente da República, através do “Decreto Autônomo” extinguir funções ou cargos públicos vagos (Art. 84, VI, b da CF/88).
 3. A Constituição Federal manteve a possibilidade de o Congresso Nacional exercer o controle político repressivo sobre atos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar. (Art. 49, V da CF/88 – Decreto Legislativo – “veto do poder legislativo”).
 4. Aplica-se o “Princípio da Simetria”, no que tange, as regras sobre a criação dos cargos, empregos e funções públicas.
 5. A remuneração dos cargos públicos será fixada em lei, em regra, salvo quanto aos subsídios de Deputados Federais e Senadores; Presidente e Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado, que serão fixados por Decreto Legislativo do Congresso Nacional (Art. 49, VII e VIII da CF/88).
 6. As Leis que fixam a remuneração de Servidores Públicos devem obedecer a “Reserva de Iniciativa” – por exemplo Art. 61, II, alínea “A” da CF/88.
- CLASSIFICAÇÃO DOS CARGOS PÚBLICOS:
a) cargos isolados – nestes casos não temos a progressão funcional. Estes cargos possuem natureza extraordinária, haja vista, que a organização administrativa requer, em regra, o escalonamento em carreira.
b) cargos de carreira – são aqueles agrupados em classes e admitem a progressão funcional na carreira, através de promoção.
 
	Atenção: 
1. Classe: Reunião de cargos da mesma categoria funcional.
2. Carreira: É o agrupamento de servidores da mesma categoria funcional de forma hierárquica.
3. Quadro: É a expressão genérica usada para designar o conjunto de carreiras, cargos e funções da mesma estrutura administrativa.
c) cargos efetivos: são aqueles preenchidos exclusivamente por concursos públicos e produzem estabilidade aos seus ocupantes.
d) cargos em comissão: são os cargos ocupados de forma livre, ou seja, sem concursos públicos, não produzem estabilidade e admitem exoneração “ad nutum”.
 - Os cargos em comissão e as funções de confiança são exclusivas para as atribuições de direção, chefia e assessoramento (Art. 37, V da CF/88).
 - As funções de confiança são exclusivas de servidores ocupantes de cargos efetivos. Todavia, os cargos em comissão poderão ser preenchidos por servidores ou não, obedecidos os limites mínimos estabelecidos em lei.
	Atenção:
* Art. 37, V da CF/88:
“as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;”
* Ver também a Súmula Vinculante 13 que proíbe o nepotismo cruzado e direto.
e) cargos vitalícios: são aqueles que garantem aos seus ocupantes o direito a demissão apenas após a sentença judicial transitada em julgado. Podem ser preenchidos por concursos públicos ou não.
 Ex. Juiz de Direito Substituto, cargo inicial da carreira da magistratura, requer concurso público (Art. 93, I da CF/88); Ministros do S.T.F. independem de concurso público, nomeação na forma do Art. 84, XIV da CF/88.
 
REGIME ESTATUTÁRIO (LEI 8112/90)
 - A Lei 8112/90 institui o Regime Estatutário do Servidor Público Federal. 
 - PROVIMENTO: É o ato administrativo de preenchimento do cargo público. A Lei considera Servidor Público toda pessoa física, legalmente investida em cargo público (art. 2º da lei 8112/90).]
 
 - Espécies de Provimento: 
 1. Quanto à estabilidade: 
 A) de caráter efetivo: o cargo produz estabilidade ou vitaliciedade.
 B) em comissão: não produz estabilidade ou vitaliciedade, admite exoneração “ad nutum”.
 2. Quanto à origem:
 A) originário: nomeação – não houve vínculo anterior.
 B) derivado: promoção, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração e recondução – existência de vínculo anterior.
   FORMAS DE PROVIMENTO NA LEI 8112/90 (ART. 8º)
        I - nomeação;
        II - promoção;
        III - readaptação;
        IV - reversão;
        V - aproveitamento;
        VI - reintegração;
        VII - recondução.
I – NOMEAÇÃO: (Art. 9º e 10 da Lei 8112/90)
 - A nomeação far-se-á:
        I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira;
  II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos.
        - O servidor ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade. 
       - A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade.
II – Promoção: (Art. 10, parágrafo-único da Lei 8112/90)
 - É o provimento derivado previsto em lei, aplicável apenas aos servidores públicos efetivos, ocupantes de cargos em carreira. 
 - A Lei estabelecerá o sistema de carreira na Administração Pública. 
 *CONCURSO PÚBLICO, POSSE, EXERCÍCIO: 
 * Ver os art. 11 ao 22 da Lei 8112/90
 CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES:
 1. A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da publicação do ato de provimento.
 2. A posse poderá dar-se mediante procuração específica.
 3. No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.
 4. A posse em cargo público dependerá de prévia inspeção médica oficial. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.
 5. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança. 
 6. É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse. Há exceções a este prazo para entrar em exercício, conforme o art. 18 da Lei 8112/90.
 7. Jornada de trabalho de 40 horas semanais. 
 *Atenção: Servidor ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço.
 - O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, declarada pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos.(art. 120 Lei 8112/90)
READAPTAÇÃO:
 É a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitaçãoque tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.
        Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.
        A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. 
REVERSÃO:
Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:  
        I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; ou 
        II - no interesse da administração, desde que:         
 a) tenha solicitado a reversão;  
        b) a aposentadoria tenha sido voluntária; 
        c) estável quando na atividade;         
 d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;  
        e) haja cargo vago.  
 A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação. 
 O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para concessão da aposentadoria.  
 No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. 
 O servidor que retornar à atividade por interesse da administração perceberá, em substituição aos proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria. 
 O servidor de que trata o inciso II somente terá os proventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo. 
 O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo.  
     ATENÇÃO:
 Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade.
REINTEGRAÇÃO:
A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.
       Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31 da Lei 8112/90.
        Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.
RECONDUÇÃO:
Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:
        I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;
        II - reintegração do anterior ocupante.
        - Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30 da Lei 8112/90
VACÂNCIA:
A vacância do cargo público decorrerá de:
        I - exoneração;
        II - demissão;
        III - promoção;
         IV - readaptação;
        V - aposentadoria;
        VI - posse em outro cargo inacumulável;
        VII - falecimento.
A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor, ou de ofício.
       - A exoneração de ofício dar-se-á:
        I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;
        II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido.
       - A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de função de confiança dar-se-á:
        I - a juízo da autoridade competente;
        II - a pedido do próprio servidor.
ESTÁGIO PROBATÓRIO:
 - Art. 20 da Lei 8112/90
 - Corresponde ao período de 24 (vinte e quatro) meses. 
 *ATENÇÃO: Segundo a jurisprudência o prazo do estágio probatório é de 36 meses, conforme a alteração do prazo para a estabilidade (Art. 41 da CF/88).
 - OBJETO DE AVALIAÇÃO:
 I) aptidão;
 II) capacidade.
 - FATORES:
        I - assiduidade;
        II - disciplina;
        III - capacidade de iniciativa;
        IV - produtividade;
        V- responsabilidade.
 CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES:
1. Quatro meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores do estágio probatório.
2.  O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado. 
ESTABILIDADE: 
- Art. 41 da CF/88 c/c Art. 21 e 22 da Lei 8112/90.
- Prazo: Três anos.
DEMISSÃO DOS SERVIDORES ESTÁVEIS:
 Ver os Art. 41 e Art. 169, §3º da CF/88.
Art. 41 da CF/88
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:  
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;  
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;  
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. 
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. 
 § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.  
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. 
Art. 169 da CF/88
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências:  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança;  
II - exoneração dos servidores não estáveis.  
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal.  
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.  
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos. 
BIBLIOGRAFIA:
1. Alexandre Maza - Manual de Direito Administrativo – Ed. Saraiva.
2. José dos Santos Carvalho Filho - Manual de Direito Administrativo 
3. Gustavo Mello Knoplock – Manual de Direito Administrativo – Ed. Campus Elsevier.
4. Fernanda Marinela – Direito Administrativo – Ed. Impetus.
5. Hely Lopes Meirelles - Ed. Malheiros.
6. Rafael Carvalho Rezende Oliveira- Curso de Direito Administrativo – Ed. Método/GEN
7. Internet: www.planalto.gov.br
 www.stf.jus.br
 
Bom Estudo.

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