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PRIMEIRA
PARTE
Prof° Daniela Sabino
A ESCOLA FRENTE ÀS NOVAS DEMANDAS SOCIAIS: EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA E FORMAÇÃO PARA A CIDADANIA
Este artigo propõe uma reflexão sobre o papel da escola na sociedade contemporânea, reconhecendo na Educação Comunitária uma possibilidade educacional comprometida com a formação para a cidadania. O trabalho articulado entre escola e comunidade fundamenta-se na importância de projetos pedagógicos desenvolvidos a partir da problematização da realidade dos discentes, favorecendo a construção de significados e da consciência crítica por parte dos mesmos. Palavras-chave: Educação comunitária, função social da escola, formação em valores, cidadania, comunidade
A importância da escola em nossa sociedade pode ser medida pelo tempo que nossas crianças e jovens passam em seu interior. A educação escolar em sua dimensão cognitiva busca transmitir conhecimentos acumulados historicamente pela humanidade; em sua dimensão socializadora permite que os sujeitos se integrem ao coletivo. Estas duas dimensões da escola nem sempre, em sua história, caminharam juntas; os objetivos e a extensão desta instituição sofreram mudanças ao longo do tempo desencadeadas por processos de transformações sociais. Desde a segunda metade do século XX temos observado mudanças sociais profundas fruto das tecnologias da informação e comunicação; a sociedade do conhecimento, a internet, a rede de recursos e serviços educativos disponíveis contribuem para desconstruir a escola e romper com seu monopólio formativo e informativo (VILLA, 2007). Este cenário mundial cobra da escola um novo tipo de atuação; no entanto, observamos que a organização e a estrutura curricular da escola pouco se alteraram, os paradigmas que orientam suas práticas têm como referência uma atuação excludente e elitista, voltada para fins propedêuticos. O acesso à escola foi democratizado, mas o acesso aos conhecimentos por ela veiculados ainda é restrito, uma vez que muitos alunos e alunas não conseguem aprender, e parecem não encontrar sentido nos conteúdos ensinados. Assim, podemos nos questionar: até que ponto a escola tem se mostrado sensível à realidade, à cultura, aos problemas e conflitos de seus alunos e alunas? Em quais momentos nós, professores, preocupamo-nos em trazer a vida para dentro de nossas salas de aula? Propomo-nos, neste artigo à reflexão sobre os novos desafios que a escola enfrenta numa sociedade caracterizada pela transformação, entendendo que a Educação Comunitária pode ser um caminho que contempla a diversidade e a complexidade social visando à formação crítica dos cidadãos. Da escola elitizada à escola democratizada em seu acesso A relação entre escola e sociedade, ao longo de sua história, passou por algumas transformações, refletir sobre as funções desta instituição em diferentes contextos torna-se importante na medida em que buscamos novos caminhos para a educação escolar, caminhos estes, articulados com a complexidade que caracteriza a atual sociedade. Vila (2007) destaca através do trabalho de Enguita três momentos de mudança nestas relações, a saber: suprageracional, intergeracional e intrageracional. A primeira, característica de sociedades antigas, onde o saber era transmitido à maior parte da população através da vida cotidiana, pelos pais e adultos; nesta fase, a escola destinava-se a poucos: apenas àqueles que desempenhavam funções prestigiadas socialmente. A segunda mudança advém da revolução industrial e das transformações sociais impulsionadas pela mesma. Neste novo contexto, a família e a comunidade perdem parte de suas funções educativas que passam a ser atribuídas à escola. E finalmente a terceira mudança relaciona-se à aceleração das transformações que
Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira crítica.
Vemos que no livro “Cuidado escola! Desigualdade, domesticação e algumas saídas” que faz uma crítica á educação por meio de charges, quadros e textos, o leitor é levado a entender melhor a educação como de fato ela é, trás uma série de crítica sobre os problemas que apontam na escola. Os mecanismos da escola são entendidos no contexto da sociedade contemporânea e a partir do seu modo de produção: O capitalismo.
“É preciso considerar que o livro foi escrito na década de 1980 e nele os próprios autores dizem que: “A escola – como fábrica, como a família, como o hospital, como a sociedade toda – não existe como uma coisa fixa, parada, imutável. A escola de hoje, apesar de todos os seus efeitos e deformações, não é mais a mesma de 10, 20 ou 30 anos atrás. Ela não é estática, nem intocável.” ( p. 107)
“Imediatamente depois do Maternal, a criança de seis anos é “parafusada” numa cadeira dura para estudar palavratório por horas e horas.” (HARPER et. al., 1987)
Este trecho me chamou atenção, pois faz uma crítica à educação escolar depois da educação infantil, que muito nos interessa. A criança de seis anos inserida na escola  de Ensino Fundamental passa a não ter mais o tempo do brincar que tinha na fase escolar anterior, já que nesta fase deve aprender a ler e a escrever para posteriormente ser escolarizada. A organização da sala que antes era com as mesas coletivas, passa a ser em fileiras onde a criança deve se sentar e olhar diretamente para a professora, e não mais ter contato visual com os colegas, também perde o espaço para explorar o ambiente, se mover e brincar na sala de aula.
“Se observarmos as imagens no livro, percebemos que muitas vezes elas traduzem e explicam com mais clareza a realidade passada por professores e alunos.” O espaço escolar não é nada mais que um espaço. O importante são as relações sociais, pessoais e cognitivas que são estabelecidas neste espaço. Não necessariamente há de existir um espaço específico para a consolidação dessas relações. A escola precisa ser um lugar de troca, troca de experiência, de vivências e aprendizagens. Ela é um espaço em construção, nunca acabado pois é recheado a cada momento de novas pessoas, novas culturas, diferentes realidades e formas de ver o mundo.” (ATOS. Revista. Janeiro e Fevereiro. 9.ed. Ano 2, 2013)
É importante notar que a proposta do livro e as reflexões que ele traz são muito vivenciadas atualmente. O livro a descreve com muita clareza e é possível notar que os problemas que geravam insatisfação em professores, pais e alunos, bem como o temido “fracasso escolar” , são os mesmos até hoje. Percebe-se que a maior parte deles ocorre com a dificuldade de considerar a escola como parte da vida dos alunos que deve se integrar e se relacionar com os outros aspectos da vida do estudante. O professor precisa discriminar o que é interessante para a classe, quais formas de transmissão do conteúdo, explicações e até mesmo de linguagens diversas ajudam na atenção dos alunos, e tentar trabalhar com isso de uma forma na qual não se perca a autoridade. É importante também transmitir o foco do ato de ensinar para o de aprender, o objetivo essencial de qualquer professor, muitos não o exercitam na prática, julgando seu desempenho apenas pelo modo de dos ensinamentos e não considerando o quanto os alunos compreendem dessa explicação. Enfim, é muito fácil transferir a culpa pelas dificuldades de aprendizado exclusivamente aos alunos.
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.” (MESQUITA, Júlio. Editora Abril)
Penso que é fundamental que a escola comece a relativizar o sucesso e o fracasso escolar. É preciso entender que os alunos jamais apresentariam níveis exatamente iguais de compreensão e aprendizagem. Esses “níveis” variam muito em diferentes matérias, diferentes contextos, ou de acordo com a forma de demonstrá-los. Cada estudante tem dificuldade em algum ponto e facilidade em outro. Principalmente, cada estudante tem um ritmo diferente de aprendizagem e cada um deles temuma forma só sua de estudar que promove o melhor aprendizado possível, que nem sempre é a utilizada pela maioria ou a que os professores entendem como a melhor. Acredito que a escola dará um salto enorme em seus objetivos quando essas diferenças forem respeitadas.

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