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Plano de Aula: Estado Governo e Administração Pública - Parte II CONTABILIDADE PÚBLICA - GST0088 Título Estado Governo e Administração Pública - Parte II Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 3 Tema Estrutura do setor público brasileiro Objetivos Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: Reconhecer a estrutura e o funcionamento do governo. Reconhecer a estrutura e o funcionamento da Administração Pública. Estrutura do Conteúdo Estrutura e funcionamento do Governo A forma de Governo refere-se a relação do governo com o povo. Existem dois tipos: a) Monarquia - o governo é exercido por um monarca que governa e transmite o poder por hereditariedade; e, b) República - o princípio republicano relaciona as ideias de soberania popular com a responsabilidade dos governantes que representam o povo e são escolhidos em intervalos regulares através de eleições. Na teoria clássica da tripartição dos poderes, conhecida como teoria de Montesquieu, o governo é organizado em três poderes harmônicos entre si, e com suas funções reciprocamente indelegáveis (CF/88 art. 2º). Poder Legislativo - Função normativa (elaboração de leis). Poder Executivo - Função administrativa (cumprimento das leis). Poder Judiciário - Função judicial (aplicação forçada das leis) Cada Poder exerce a sua função de modo preferencial, mas não exclusivo, porque todos os poderes praticam atos que, a rigor, seriam de outro poder, como por exemplo: O Poder Executivo exerce a função legislativa quando edita medidas provisórias; O Poder Legislativo exerce a função administrativa quando regula seus serviços internos e a função judicial quando julga o Presidente da República por crime de responsabilidade; O Poder Judiciário exerce a função administrativa quando regula seus serviços internos e a função legislativa quando edita súmulas vinculantes e declarações de inconstitucionalidade. Estrutura e funcionamento da Administração Pública O termo "Administração Pública" refere-se ao conjunto de órgãos que têm por finalidade cumprir os objetivos do Estado através da execução dos serviços públicos. A palavra "Governo" refere-se à autoridade política que dirige o Estado através dos órgãos constitucionais que integram os três Poderes. A Administração Pública pode ser exercida de forma centralizada ou descentralizada. A centralizada ocorre quando o Estado executa suas atividades de forma direta, prestando os serviços através dos órgãos do próprio Estado. A descentralizada ocorre quando o Estado executa suas funções de forma indireta, através de outras pessoas jurídicas. Administração direta: é composta pelo conjunto de órgãos diretamente ligados a estrutura central de cada uma das esferas de governo, com capacidade política para executar os serviços públicos por intermédio dos seus órgãos. A Administração Direta é constituída pelos órgãos máximos dos três poderes: Poder Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário. Administração Indireta: tem por base a descentralização da estrutura administrativa com vistas a ampliar o alcance dos serviços prestados pelo Estado. É constituída por um conjunto de órgãos vinculados à Administração Direta. a) Autarquias: são entidades da Administração Indireta, autônomas, com personalidade jurídica de direito público interno, sem fins lucrativos, destinadas à realização de atividades tipicamente públicas que requeiram, para o seu melhor funcionamento, gestão financeira e administrativa descentralizada. Podem ser classificadas em três categorias básicas: Autarquias corporativas: são entidades incumbidas de exercer a fiscalização sobre o exercício de certas profissões. Exemplo: OAB, CRM, CRA, CRC, etc. Autarquias institucionais: são entidades criadas pelo Estado para executar tarefas que lhe foram destinadas por lei. São meros entes administrativos, sem delegação político estatal, que procuram apenas atingir os objetivos que lhes foram atribuídos. Autarquias especiais (ou de regime especial): são entidades regidas por normativas legais específicas, que lhes conferem prerrogativas especiais e diferenciadas. b) Fundações Públicas: são entidades da Administração Indireta, com autonomia administrativa, caracterizadas pela atribuição da personalidade jurídica, de direito público ou privado, a um patrimônio, que exercem atividades de caráter social, como assistência médica, educação, assistência social, pesquisa, etc. c) Empresas Públicas: são entidades da Administração Indireta, dotadas de personalidade jurídica de direito privado, com capital exclusivo do Estado, criadas para exploração de atividade econômica que o Poder Público exerce por força de contingência ou conveniência administrativa. d) Sociedades de Economia Mista: são entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, criadas para exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, que o Estado, ou uma entidade da Administração indireta, detenha a maioria das ações com direito. e) Agências Executivas: são autarquias ou fundações públicas que exercem atividades exclusivas do Estado, com maior autonomia, objetivando aprimorar a gestão pública através da administração gerencial, com ações orientadas para resultados e foco nas demandas dos clientes e usuários da instituição. f) Agências Reguladoras: criadas para propiciar a segurança e o controle dos serviços de interesse coletivo que são de responsabilidade do Estado, por serem considerados essenciais para promoção do bem comum. As agências reguladoras têm a função de estabelecer as normas que regulam o relacionamento entre os agentes envolvidos: o Poder Público, os prestadores dos serviços e os usuários. g) Parcerias Público-privadas (PPP): visam à captação de recursos da iniciativa privada, na forma de investimentos, com o objetivo de suprir a insuficiência de investimentos em infraestrutura derivada das limitações encontradas pelo Estado para investir e da impossibilidade de que as empresas privadas arrecadem tributos que remunerem o capital investido. Segundo o art. 2º da Lei nº 11.079/2004, PPP é o contrato administrativo de concessão na modalidade patrocinada ou administrativa. As concessões que não envolvem contraprestação pecuniária do ente público ao parceiro privado é uma concessão comum e não é uma PPP. Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei nº 8.987/1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços no qual a Administração Pública é usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. h) Organizações Sociais (OS): é a qualificação dada a pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, instituída por iniciativa de particulares, que recebe incentivo do Poder Público para desempenhar serviço público de natureza social, nas áreas de ensino, cultura, saúde, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico e preservação do meio ambiente. As OS não exercem atividades públicas em nome do Estado (como as concessionárias e as permissionárias). Elas exercem atividade privada em seu próprio nome, incentivadas pelo Estado. As OS podem receber recursos orçamentários e bens públicos necessários ao cumprimento do contrato de gestão, inclusive receber servidores públicos, por cessão especial, com ônus para o órgão de origem do servidor. i) Organizações da Sociedade Civil de interesse Público (OSCIP): são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, criadaspor particulares para a execução de serviços sociais que não são exclusivos do Estado, mediante termo de parceria. Administração Auxiliar: alguns importantes serviços públicos, como por exemplo: telefonia (fixa e móvel), geração e distribuição de energia elétrica, manutenção de rodovias e acesso a Internet, dentre outros, demandam um elevado nível de descentralização na sua prestação, por serem caracterizados como serviços essenciais que têm como usuários quase que a totalidade da população, o que faz com que o Estado, reconhecendo a sua incapacidade de provê-los dentro de padrões minimamente aceitáveis de qualidade, chame os particulares a lhe auxiliar, permitindo, concedendo ou autorizando que estes os explorem dentro de determinadas regras. Concessão: são concessionários os que, através de contrato, recebem delegação para prestação de serviços públicos. Exemplos: telefonia (fixa e móvel), geração e distribuição de energia elétrica, manutenção de rodovias, etc. Permissão: São permissionários os que recebem, em caráter precário, permissão para execução de serviços de interesse coletivo. Outras Modalidades Administrativas Aplicação Prática Teórica Exercício 01 As entidades da Administração Indireta, com autonomia administrativa, caracterizadas pela atribuição da personalidade jurídica, de direito público ou privado, a um patrimônio, que exercem atividades de caráter social, como assistência médica, educação, assistência social, pesquisa, etc. são denominadas: a) Agência Executiva b) Agência Reguladora c) Fundação Pública d) Empresa Pública e) Sociedades de Economia Mista Exercício 02 Alguns importantes serviços públicos, como por exemplo: telefonia (fixa e móvel), geração e distribuição de energia elétrica, manutenção de rodovias e acesso à Internet, dentre outros, demandam um elevado nível de descentralização na sua prestação, por terem como usuários quase que a totalidade da população. As entidades que, através de contrato, recebem delegação para prestação desses serviços públicos, são denominadas: a) Auxiliares b) Concessionárias c) Permissionárias d) Terceirizadas e) Entidades de Parceria Público Privadas
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