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Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 1 ENGENHARIA CIVIL MATERIAL INSTRUCIONAL ESPECÍFICO DESENVOLVIMENTOS TEÓRICOS, QUESTÕES E TESTES ADICIONAIS 2º SEMESTRE DE 2016 E 1º SEMESTRE DE 2017 Antonio René Camargo Aranha de Paula Leite Christiane Mazur Doi Clovis Chiezzi Seriacopi Ferreira Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 2 ASSUNTOS E TEMAS DAS QUESTÕES Questão 1 Ciência dos materiais. Materiais de construção civil. Concreto: agressividade do ambiente, qualidade e durabilidade. Questão 2 Mecânica dos solos. Geotécnica. Contenção de maciços de terra. Questão 3 Hidráulica. Condutos livres e condutos forçados. Questão 4 Hidrologia. Hidráulica aplicada. Drenagem. Questão 5 Transportes, pavimentação, planejamento e gestão. Desenho técnico e escala de desenhos. Questão 6 Legislação, regulamentação do exercício da profissão, responsabilidade e direitos autorais. Questão 7 Topografia. Taqueometria. Teodolitos. Questão 8 Sistemas estruturais. Sistemas construtivos. Pontes e viadutos. Questão 9 Resistência dos materiais. Cálculo estrutural e de fundações. Questão 10 Mecânica dos Solos. Fundações. Capacidade de carga dos solos e prova de carga. Questão 11 Saneamento básico. Estações de tratamento de água. Questão 12 Ciência dos materiais. Módulo de elasticidade. Questão 13 Hidráulica aplicada. Condutos livres. Raio hidráulico. Questão 14 Mecânica dos solos. Permeabilidade. Redes de fluxo. Questão 15 Hidrologia. Hidráulica aplicada. Obras de terra. Topografia. Questão 16 Materiais de construção. Alvenaria estrutural. Questão 17 Topografia. Terraplenagem. Compensação de cortes e aterros. Questão 18 Sustentabilidade. Proteção ambiental. Gestão de resíduos na construção civil. Questão 19 Materiais de construção. Concreto. Controles na execução, na pega e na cura. Questão 20 Segurança no trabalho. Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Questão 21 Materiais de construção. Concreto. Controle de qualidade. Questão 22 Transportes rodoviários. Revestimento de pista. Patologias. Questão 23 Administração financeira. Fluxo de caixa. Remuneração do capital. Juros. Questão 24 Resistência dos materiais. Esquemas estruturais. Vínculos. Questão 25 Hidrologia. Hidráulica aplicada. Gestão de águas pluviais. Questão 26 Sustentabilidade. Proteção ambiental. Reuso de resíduos de construção civil na pavimentação de estradas. Questão 27 Instalações elétricas prediais. Questão 28 Materiais de construção. Controle de qualidade. Ensaios não destrutivos. Fotoelasticidade. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 3 Questão 29 Mecânica dos solos. Estabilidade de encostas. Obras de terra e estabilidade de maciços terrosos. Questão 30 Geologia. Sismologia. Interpretação de texto e de gráficos. Questão 31 Mecânica dos solos. Obras de terra. Adensamento e recalque de maciços terrosos. Questão 32 Mecânica dos solos. Geotecnia. Estabilidade de maciços terrosos. Estado de tensões no subsolo. Questão 33 Mecânica dos solos. Obras de terra. Contenção de maciços terrosos. Esforços atuantes e resistentes em um arrimo. Questão 34 Administração. Matemática financeira. Questão 35 Engenharia Financeira. Planejamento físico, financeiro e operacional de empreendimentos. Questão 36 Engenharia Financeira. Estudo de viabilidade econômico-financeira. Matemática financeira. Questão 37 Resistência dos materiais. Esforços atuantes e resistentes. Questão 38 Resistência dos materiais. Esforços atuantes e resistentes. Questão 39 Hidrologia. Precipitações intensas. Infiltração e escoamento superficial. Hidrograma triangular da onda de cheia. Coeficiente de Runoff. Questão 40 Hidráulica. Condutos forçados. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 4 Questão 1 Questão 1.1 De acordo com a ABNT NBR 6118 (2003), nos projetos das estruturas correntes, a agressividade ambiental deve ser classificada de acordo com o apresentado no Quadro I e pode ser avaliada, simplificadamente, segundo as condições de exposição da estrutura ou de suas partes. Quadro 1. Classes de agressividade ambiental. Associação Brasileira De Normas Técnicas. ABNT NBR 6118:2003. Projeto de estruturas de concreto – Procedimento. Disponível em <cct.uema.br/Normas/NBR6118_2003Corr%20-%20Projeto%20de%20estruturas%20de concreto- 20Procedimentos.pdf>. Acesso em 09 set. 2011. Tendo como referências as informações acima, é correto afirmar que a agressividade do meio ambiental nas estruturas de concreto ou de suas partes está relacionada A. somente às ações mecânicas, às variações volumétricas de origem térmica, à retração hidráulica e outras previstas no dimensionamento das estruturas de concreto. B. somente às ações físicas que atuam sobre as estruturas de concreto, independentemente das ações mecânicas, das variações volumétricas de origem térmica, da retração hidráulica e de outras previstas no dimensionamento das estruturas de concreto. C. às ações físicas e químicas que atuam sobre as estruturas de concreto, dependendo das ações mecânicas, das variações volumétricas de origem térmica, da retração hidráulica e de outras previstas no dimensionamento das estruturas de concreto. D. somente às ações químicas que atuam sobre as estruturas de concreto, independentemente das ações mecânicas, das variações volumétricas de origem térmica, da retração hidráulica e de outras previstas no dimensionamento das estruturas de concreto. E. às ações físicas e químicas que atuam sobre as estruturas de concreto, independentemente das ações mecânicas, das variações volumétricas de origem térmica, da retração hidráulica e de outras previstas no dimensionamento das estruturas de concreto. 1Questão 9 – Enade 2011. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 5 1. Introdução teórica 1.1. Ciência dos materiais. Materiais de construção civil. Agressividade do meio ambiente. O enunciado aborda um dos assuntos mais importantes para a engenharia na atualidade, já que a própria concepção do concreto, como um material de grande resistência e durabilidade, vem sendo questionada em função de uma série de acidentes recentes, causados por agressão do meio ambiente. Entre os efeitos dessa agressividade, um dos mais graves é a oxidação e a consequente corrosão da armadura de aço, que pode colocar em risco a integridade da estrutura ou, pelo menos, reduzir a sua vida útil. A solução dessa questão, aparentemente, é bastante simples. Porém, sem a devida atenção na leitura, tanto do enunciado quanto das alternativas de resposta, é possível ser induzido ao erro. A agressão do ambiente às estruturas deve ser encarada sob dois pontos de vista: um relativo aos fatores que determinam o grau de agressividade do meio em si e o outro, às condições da própria peça estrutural, que permitem maior ou menor agressão. Do ponto de vista do meio ambiente, a agressão pode ocorrer devido a ações físicas e a ações químicas. Ação física é, por exemplo, a erosão do concreto devido às águas pluviais, aos ventos e às marés. Ações químicas são eventuais reações de elementos presentes no meio com componentes do concreto ou do aço, dentreas quais as mais frequentes e significativas são a oxidação e a corrosão da armadura. Do ponto de vista das condições da peça estrutural, a agressão que efetivamente ocorrerá será proporcional ao grau de deformações da própria peça. As deformações sofridas podem ocorrer devido às cargas permanentes e acidentais, às variações climáticas, à retração hidráulica, por perda de água durante os processos de pega e cura do concreto e, também, devido a eventuais baixos teores de umidade do ar que a envolve, durante sua vida útil. O concreto armado, em regime normal de trabalho, sempre apresenta fissuras. Quanto mais elevadas são as deformações, maior é a ocorrência de fissuras, seja em quantidade, seja em amplitude de abertura. Quanto maior for a amplitude das fissuras, maior será a exposição da armadura de aço à agressão do meio. Por isso, ainda que o engenheiro, de projeto ou de manutenção, pouco possa fazer em relação às características de dado meio ambiente, ele tem a possibilidade de agir decisivamente nas características defensivas da estrutura que está concebendo. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 6 O quadro 1, apresentado no enunciado, trata apenas da agressividade do ambiente e, portanto, a análise das alternativas deve ser feita somente com base nesse enfoque, não importando as condições da peça estrutural. Esse quadro apresenta apenas as classes de agressividade que devem ser consideradas na concepção do projeto, no cálculo de cada peça estrutural e no programa de manutenção a ser estabelecido, para que os efeitos da agressão ambiental na estrutura sejam minimizados. 1.2. Comentários adicionais Conforme introduzido no item 1.1, a questão aborda um dos temas mais relevantes para a engenharia civil: a agressividade ambiental e suas interações com as obras civis. Sobre esse assunto, cumpre lembrar que, modernamente, a durabilidade das estruturas é um dos principais parâmetros do projeto de uma obra. Assim, cabe ao calculista de uma estrutura de concreto armado e protendido incorporar, na conceituação do projeto, os preceitos e as normas da ABNT referentes ao meio ambiente em que a obra se encontra. A principal medida a ser tomada para proteger a estrutura da agressividade ambiental é a denominada espessura de cobrimento da armadura, representada por uma camada de concreto que protege as barras de aço da agressividade do ambiente (sol, chuva, CO, CO2, NOx, sal marinho etc.). Esse cobrimento, detalhado pela NBR (Norma Brasileira) e por outras normas do exterior, depende da agressividade ambiental e do tipo de estrutura. Exemplificando: para as classes de agressividade ambiental I (fraca), II (moderada), III (forte) e IV (muito forte), as espessuras do cobrimento são, respectivamente, 20mm, 25mm, 35mm e 45mm para lajes de concreto armado. Já para vigas e pilares de concreto armado, esses valores passam a ser 25mm, 35mm, 40mm e 50mm, respectivamente. Vale ressaltar que o engenheiro deve estar consciente tanto da importância da agressividade ambiental nos projetos civis quanto das providências práticas a serem tomadas no projeto para assegurar a durabilidade das estruturas. 2. Análise das alternativas A – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. As ações mecânicas atuantes, as variações volumétricas de origem térmica e a retração hidráulica que ocorrem na estrutura possibilitam a agressão, mas não afetam a Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 7 agressividade do meio ambiente. A agressividade do meio é uma característica própria, independentemente de haver ou não a estrutura nele inserida. B – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A agressividade do meio ambiente é uma característica de cada meio, independentemente das ações físicas que atuam sobre as estruturas de concreto. C – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A agressividade do meio ambiental nas estruturas de concreto ou de suas partes está relacionada às ações físicas e químicas que atuam sobre as estruturas de concreto, mas não depende de ações mecânicas, de reações volumétricas de origem térmica e nem de retração hidráulica que ocorre em toda peça estrutural de concreto. D – Alternativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A agressividade do meio ambiental nas estruturas de concreto está relacionada não somente às ações químicas, mas também às ações físicas características nesse meio, como a erosão causada pela chuva e pelo vento. E – Alternativa correta. JUSTIFICATIVA. A agressividade do meio ambiente nas estruturas de concreto ou de suas partes está relacionada às ações físicas e químicas características desse meio, independentemente de qualquer característica das estruturas contidas no meio. O que depende dos esforços internos ou externos atuantes nas peças estruturais é o efeito da agressividade, ou seja, é o grau de agressão que tal estrutura sofrerá. 3. Indicações bibliográficas HELENE, P. L. Contribuição ao estudo da corrosão em armaduras de concreto armado – (Livre Docência). Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo, 1993. METHA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. Concreto: estrutura, propriedades e materiais. São Paulo: Pini, 1994. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 8 Questão 2 Questão 2.2 O muro de arrimo representado no desenho abaixo teve a sua seção transversal pré- dimensionada conforme indicado na figura. Suponha que o empuxo de terra ativo de magnitude 50kN atua perpendicularmente ao paramento do muro à 0,9m de sua base e que o muro de concreto ciclópico pesa 30kN, com resultante localizada a 0,5m do ponto A. Se o momento de tombamento (Mt) é aquele provocado apenas pelo empuxo de terra (E) e o momento resistente (Mr) é proveniente apenas do peso do muro (W), então A. Mt = 12kN.m e Mr = 15kN.m. B. Mt = 12kN.m e Mr = 30kN.m. C. Mt = 15kN.m e Mr = 12kN.m. D. Mt = 32kN.m e Mr = 12kN.m. E. Mt = 32kN.m e Mr = 15kN.m. 1. Introdução teórica Obras de terra. Estabilidade de encostas. Contenção de maciços terrosos. A contenção de maciços de terra é um dos assuntos mais importantes da engenharia civil. Na prática mais recente, porém, esse assunto tem sido negligenciado. A falta de cuidado com obras de terra causou acidentes de diversas proporções. Tais acidentes, desde os mais inofensivos até os mais graves, quase sempre eram evitáveis. 2 Questão 10 – Enade 2011. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 9 Toda edificação nova modifica o estado de tensões existente no terreno que a suporta. Para restaurar as condições de equilíbrio e de estabilidade, são necessárias as obras de contenção. A definição e o dimensionamento da solução mais adequada para cada caso dependem mais das características do solo, isto é, do seu comportamento e da sua resistência, do que propriamente das cargas atuantes sobre ele. A instabilidade de um maciço terroso ocorre com o surgimento de uma cunha de ruptura, ilustrada na figura 1, cuja forma depende da natureza e da constituição geológica dos solos que o compõem. Figura 1. Forma aproximada da cunha de ruptura conforme a constituição do solo. Em solos arenosos, nos quais há pouca coesão entre as suas partículas sólidas, tais cunhas formam-se a partir de uma superfície praticamente plana, que surge desde os primeiros centímetros de escavação ou de aterro.Já nos solos argilosos, nos quais é elevada a coesão entre as suas partículas sólidas, a cunha de ruptura apresenta uma superfície côncava, que demora mais para se formar. Um solo argiloso, por ser bastante coesivo, pode suportar elevados cortes verticais, com mais de 3m de altura, mantendo razoável estabilidade por semanas. Porém, quando se desprende do maciço, a cunha desliza de uma vez, sem aviso, como um bloco único. A conceituação popular afirma que o solo argiloso é um solo bom, por ser mais resistente, mas essa ideia é falsa. O solo arenoso mostra que, desde o princípio, o corte não permanecerá estável e não suportará a escavação. Dentre as muitas formas de restaurar a estabilidade do maciço resultante de um corte ou de um aterro, uma é o muro de arrimo proposto na questão. O seu equilíbrio, bem como o equilíbrio de outras contenções similares, como as cortinas “estaca-prancha” ou as paredes- diafragma, pode ser rompido pela ação, isolada ou combinada, de três fatores distintos, ilustrados na figura 2. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 10 Figura 2. Possíveis rupturas do equilíbrio de uma peça de contenção de maciços terrosos. Analisando a figura 2, temos o que segue. Tombamento ou rotação da peça de contenção é o que ocorre quando o momento atuante, devido ao empuxo do maciço em relação ao ponto mais desfavorável (A), torna-se maior do que o momento resistente, por causa do peso próprio ou do engaste da contenção. Escorregamento da contenção é o que ocorre quando o empuxo horizontal do maciço supera a força de atrito na interface horizontal solo-concreto, na sua base. Afundamento da contenção é o que ocorre quando o seu peso, somado ao componente vertical do empuxo do maciço, superam a capacidade de suporte do solo, ou seja, superam a Tensão Admissível à Compressão. A correta determinação da resistência de um solo ao cisalhamento é uma das tarefas mais complexas da Mecânica dos Solos (CAPUTO, 1996). Tampouco é fácil a determinação do fator de atrito entre o solo e o concreto do muro, bem como da máxima tensão de compressão que tal solo suporta, ou seja, a sua Tensão Admissível (σadmissível). A constituição do solo e o seu grau de saturação, ou quantidade de água presente nos espaços entre as suas partículas sólidas, também influenciam esses fatores. Com relação à definição das tensões atuantes, a tarefa é mais simples. Para o muro de arrimo por gravidade, como o tratado no enunciado, as cargas, representadas na figura 3, são: - os empuxos, ativo e passivo, decorrentes da pressão do maciço terroso. - a tensão de compressão no solo, decorrente do peso do muro de arrimo. - a tensão de cisalhamento no solo, decorrente do atrito entre o solo e a base do muro de arrimo. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 11 Figura 3. Esforços atuantes em um murro de arrimo por gravidade. Para verificar a estabilidade da contenção, uma vez determinados todos os esforços, atuantes e resistentes, basta fazer a sua verificação estática com relação aos três aspectos já mencionados: tombamento, escorregamento e afundamento. Contudo, restam ainda algumas dúvidas. Apesar da simplicidade da questão, o enunciado parece conter equívocos. Em primeiro lugar, no texto, afirma-se que o empuxo de terra ativo de magnitude 50kN atua perpendicularmente ao paramento do muro a 0,9m de sua base. Na figura, porém, a cota correspondente a essa situação é 0,80m, como ilustra a figura 4. Figura 4. Empuxo de terra ativo, segundo o enunciado. Em seguida, o texto informa que o muro de concreto ciclópico pesa 30kN, com resultante localizada a 0,5m do ponto A, mas a figura indica a resultante passando pelo centro geométrico da base da sua seção transversal (figura 5). Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 12 Figura 5. Linha de atuação da força peso, segundo o enunciado. O concreto ciclópico é constituído de pasta de cimento, areia, pedra britada e, principalmente, de agregados de grandes dimensões. É mais utilizado quando se pretende obter grandes massas em detrimento de resistência elevada. As peças estruturais executadas com esse material têm constituição relativamente homogênea: é razoável considerar que o seu peso específico seja praticamente igual em toda a peça. Para que a resultante da força Peso (W = 30kN) passe pelo centro geométrico da base da seção transversal do muro, é necessário que o material seja intencionalmente heterogêneo. A parte da peça à esquerda do eixo vertical, ilustrada na figura 6 como A1, deve ter peso específico bem maior do que o da parte A2, à direita do eixo, pois o seu volume é bem menor. Figura 6. Seção transversal do muro dividida em relação à força peso. Como o valor do volume A2 é cerca de 1,6 vezes maior do que o do volume A1, tal situação só seria possível se uma parte fosse de concreto ciclópico e a outra de concreto com agregados muito leves, tais como isopor ou argila expandida. Ainda que essa execução seja fácil, em condições de canteiro de obra, o ideal é que o maior peso fique na parte que está à direita, para que entre em contato direto com o maciço a ser contido, por ser a que mais contribui para o equilíbrio dos momentos. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 13 Em condições habituais de canteiro, o centro de massa do muro deveria ocorrer não no centro de sua base, mas bem próximo ao centro geométrico da sua seção transversal, ou seja, à direita do centro da sua base, como indica a figura 7. Figura 7. Peso passando pelo centro geométrico da seção transversal. Uma terceira informação do enunciado refere-se ao eixo de tombamento do muro. Em geral, tal eixo de rotação situa-se na aresta da base do muro oposta ao maciço, representada pelo ponto O na figura 8. Para que o eixo de rotação passe pelo ponto A, ele teria de permanecer estático, e toda a massa inferior do muro, com 1,00m de largura por 0,50m de altura, de concreto ciclópico, teria de elevar-se para girar em torno de A. Figura 8. Eixos de tombamento da seção transversal do muro. Para que isso aconteça, seria necessário que a aresta A fosse suportada por uma rocha sã e de elevadíssima resistência à compressão. 2. Resolução da questão A figura 9 apresenta a resultante do empuxo de terra ativo, E = 50kN, e as possibilidades do braço de alavanca, tanto em relação ao ponto A quanto em relação ao ponto O, que dão origem ao momento de tombamento. Apresenta, também, a força peso e o seu respectivo braço de alavanca, tanto em relação ao ponto A quanto ao ponto O, que dão origem ao momento resistente. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 14 Figura 9. Eixos de tombamento da seção transversal do muro. Seja qual for o eixo de tombamento considerado, A ou O, o valor do momento resistente será Mr = 30kNx0,50m = 15kNm Já o valor do momento de tombamento, em relação ao ponto A, seria Mt = 50kNx(0,90–0,50)m = 20kNm Ou Mt = 50kNx(0,80–0,50)m = 15kNm Considerando o ponto O, o valor do momento de tombamento poderia ser de Mt = 50kNx0,90m = 45kNm, ou Mt = 50kNx0,80m = 40kNm Não há, portanto, nenhuma alternativa de resposta que satisfaça ao enunciado e a questão foi anulada. 3. Indicações bibliográficas CAPUTO, H. P. Mecânica dos solos e suas aplicações. 6. ed. Riode Janeiro: LTC, 1996. HACHICH, W. Fundações: teoria e prática. São Paulo: Pini, 1998. PINTO, C. S. Curso básico de mecânica dos solos. São Paulo: Oficina de Textos, 2002. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 15 Questão 3 Questão 3.3 Os sistemas de transporte de água de abastecimento e de coleta de esgotos sanitários devem ser, respectivamente, projetados e calculados como A. condutos forçados e condutos livres. B. condutos livres e condutos forçados. C. condutos sob pressão igual à atmosférica. D. condutos por gravidade e condutos forçados. E. condutos sob pressão diferente da atmosférica. 1. Introdução teórica Hidráulica geral. Saneamento básico. A água, como qualquer outro líquido, escoa naturalmente dos pontos mais altos para os pontos mais baixos do relevo. Se depender apenas da natureza, é completamente verdadeiro o dito popular “fogo de morro acima, água de morro abaixo..., ninguém segura”. Para dirigir o escoamento, isto é, para conduzir a água para determinado lugar, é necessário utilizar condutos. Quando tais condutos apenas dirigem o escoamento, são abertos para a atmosfera, ou, pelo menos, mantêm uma linha da superfície do escoamento sob pressão atmosférica, empregando apenas a ação da força da gravidade, eles são denominados condutos livres. Quando se pretende contrariar a natureza e conduzir a água morro acima, torna-se necessário introduzir energia no sistema. Quando a água desce, mas queremos impedir o escoamento, mantendo-a no canal, à disposição, ele deve estar fechado. Dessa maneira, haverá pressão interna maior do que a atmosférica dentro do conduto, denominado conduto forçado. O estudo do escoamento de líquidos é dividido em duas formas distintas de tratamento: o escoamento em condutos livres e o escoamento em condutos forçados. A diferença entre ambos é, basicamente, a pressão interna atuante no conduto. A energia da água é constituída dos três componentes que seguem. Energia potencial ou de posição: é função de sua altura em relação ao nível do mar ou a qualquer outra referência adotada. Energia cinética: é função da sua velocidade de escoamento. Energia piezométrica: é função da pressão. Nos condutos livres, a energia piezométrica é nula, pois sempre há uma superfície ou uma linha do líquido livre em contato direto com a atmosfera, como ilustra a figura 1. Assim, a causa 3 Questão 11 – Enade 2011. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 16 do escoamento é apenas a ação da força da gravidade. São exemplos de condutos livres rios, represas, canais artificiais, calhas de coleta de águas pluviais de telhados, sarjetas e galerias, bem como toda a rede coletora de esgotos. Figura 1. Exemplos de seções transversais de condutos livres. Com relação aos tubos, tanto coletores de esgotos quanto de águas pluviais, pode ocorrer uma situação em que, eventualmente, o líquido escoando ocupe todo o espaço disponível. Enquanto houver pelo menos uma linha do líquido submetida apenas à pressão atmosférica, o escoamento continua sendo em conduto livre e, nesse caso extremo, é denominado escoamento em conduto livre à seção plena. Já no escoamento de líquidos em condutos forçados, além de ocupar toda a seção do conduto, o líquido está submetido a uma pressão interna maior do que a atmosférica. Nesse caso, a causa principal do escoamento é a diferença de pressão, ou seja, o líquido flui de um ponto de maior pressão para outro ponto de menor pressão. 2. Análise da questão Os sistemas de transporte de água de abastecimento, na rede pública ou na área interna dos domicílios, sempre estão submetidos à pressão interna maior do que a atmosférica. Devem, portanto, ser projetados e calculados como condutos forçados. Os sistemas de coleta de esgotos sanitários são condutos que devem funcionar, no máximo, com escoamento à seção plena, projetados e calculados como condutos livre. Alternativa correta: A. 3. Indicações bibliográficas AZEVEDO NETO, J. M. Manual de hidráulica. São Paulo: Edgard Blucher, 2008. BAPTISTA, M. B. Fundamentos de Engenharia. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008. GRIBBIN, J. E. Introdução à hidráulica, hidrologia e gestão de águas pluviais. Minas Gerais: Universidade Federal de Minas Gerais, 2003. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 17 Questão 4 Questão 4.4 Os critérios gerais seguidos em projeto, operação e manutenção de controle de drenagem urbana, no aspecto hidrológico, envolvem diretrizes, tais como: I. definição do volume de deflúvio. II. picos de vazão excedendo valores naturais. III. desvio dos primeiros instantes da chuva para um reservatório. IV. bacia de detenção capaz de armazenar deflúvio, determinando a altura de precipitação e a liberação em período de tempo predeterminado. É correto apenas o que se afirma em A. I e II. B. I e IV. C. II e III. D. I, III e IV. E. II, III e IV. 1. Introdução teórica Hidrologia. Hidráulica aplicada. Precipitações, escoamento superficial e drenagem urbana. Entende-se por drenagem urbana um conjunto de soluções de engenharia destinadas a coletar e a conduzir as águas pluviais até os cursos d’água naturais, causando o menor transtorno possível às regiões urbanas. O conceito de “menor transtorno possível” está intimamente ligado à questão dos recursos financeiros disponíveis, como em qualquer outro setor público. No setor da saúde, por exemplo, o menor transtorno possível seria o atendimento completo e imediato a qualquer cidadão que necessitasse desse suporte; no setor dos transportes, seria a condução rápida e confortável de e para qualquer lugar, em qualquer instante. Como os recursos financeiros são limitados e, geralmente, inferiores às necessidades, alguns parâmetros de atendimento devem ser definidos antes de se dimensionarem as referidas soluções de engenharia. No setor da drenagem urbana, uma das principais definições é a vazão de projeto. Definir uma vazão de projeto significa adotar uma vazão máxima de escoamento superficial para a qual o sistema de drenagem a ser projetado deve ser suficiente. Eventuais vazões superiores a essa não serão suportadas pelo sistema e provocarão enchentes. Por isso, devem ser eventuais e não frequentes. 4 Questão 12 – Enade 2011. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 18 Esse parâmetro é a função das quantidades e intensidades das precipitações em cada região e das características do terreno. Nas áreas pavimentadas, por exemplo, quase não há infiltração das águas pluviais no solo. Assim, quase todo o volume de dada precipitação transforma-se em volume escoado, ou volume de deflúvio. As características de uso e de ocupação do solo costumam modificar-se ao longo do tempo. Áreas de pasto ou de várzea transformam-se em áreas industriais ou residenciais, onde ruas de terra são pavimentadas, gerando volumes crescentes de deflúvio. Quando essa elevação atinge volumes que não podem ser conduzidos pelos canais de escoamento disponíveis, tornam- se necessários os reservatórios de retenção, que seguram parte do escoamento antes do momento da vazão de pico, para devolvê-la mais tarde à rede de drenagem. Na área urbana, são mais conhecidos os piscinões e os tanques de retenção de edifícios. Tais retenções também poderiamser feitas com mais eficiência por meio de pequenas represas de regularização de montante das regiões mais inundáveis. 2. Análise das afirmativas I – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Sem conhecer o volume que vai escoar, não seria possível dimensionar coletores nem eventuais tanques de retenção. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Uma das principais premissas de um projeto de drenagem é aceitar que ocorram vazões que excedam à vazão de projeto, provocando enchentes, desde que sejam eventuais para um período de recorrência assumido como tolerável. III – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. O volume retido antes do momento da vazão de pico contribui para reduzir essa vazão, critério para definição dos tanques de retenção já mencionados. IV – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Representa o mesmo princípio da afirmativa III, com menos clareza de definição. Alternativa correta: D. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 19 3. Indicações bibliográficas AZEVEDO NETO, J. M. Manual de hidráulica. São Paulo: Edgard Blucher, 2008. BAPTISTA, M. B.; LARA, M. Fundamentos de Engenharia. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008. GRIBBIN, J. E. Introdução à hidráulica, hidrologia e gestão de águas pluviais. Minas Gerais: Universidade Federal de Minas Gerais, 2003. TUCCI, M. E.; CARLOS, A. Hidrologia. Rio Grande do Sul: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2008. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 20 Questão 5 Questão 5.5 Deseja-se saber o custo total de um revestimento de um pavimento, em Tratamento Superficial Duplo (TSD), de uma rodovia que aparece com uma extensão de 10cm em uma escala de 1:200.000. A seção transversal desse pavimento mostra que a largura da plataforma da pista é 160mm e está desenhada em uma escala de 1:50. Considere que o custo para execução do TSD é de R$8,00/m2. Nessa situação, qual o custo da obra? A. R$25.600,00. B. R$128.000,00. C. R$160.000,00. D. R$1.280.000,00. E. R$2.560.000,00. 1. Introdução teórica Transportes, pavimentação, planejamento e gestão. Desenho técnico e escala de desenho. O Tratamento Superficial Duplo (TSD) é um método bastante utilizado para o revestimento do pavimento de rodovias, sobretudo por seu baixo custo e por sua facilidade de execução, tanto em estradas de tráfego leve quanto em estradas de tráfego pesado. Consiste, basicamente, na aplicação sucessiva de agregados, geralmente pedra britada, e material ligante betuminoso. O resultado é um pavimento com superfície antiderrapante impermeável, importante para a segurança dos usuários, que protege a infraestrutura da estrada contra a ação erosiva das águas pluviais, e flexível, evitando as rupturas decorrentes da dilatação e da contração, resultantes das variações de temperatura ambiental. O conhecimento dessa técnica, contudo, não é necessário para a resolução da questão. O enunciado refere-se apenas ao custo da obra: dados o custo unitário do serviço e os elementos necessários ao cálculo da sua quantidade total, basta saber o conceito de escalas de desenho técnico. A escala 1:N significa que N unidades de qualquer medida, na realidade física, são representadas, no desenho, por uma unidade da mesma medida. 5 Questão 13 – Enade 2011. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 21 Um campo de futebol, por exemplo, com 100 jardas de comprimento por 70 jardas de largura, em um desenho em escala 1:100, será representado por um retângulo de 1 jarda de comprimento por 0,7 jarda de largura. Já em escala 1:50, o seu comprimento seria representado por 2 jardas e a sua largura por 1,4 jardas. Se a escala for 1:200, o seu comprimento será 0,5 jarda e a sua largura 0,35 jarda. Para facilitar a elaboração de desenhos em escala, isto é, para não precisar fazer cada divisão antes de representar a grandeza física, existem os escalímetros, réguas cujas graduações mostram diretamente o comprimento da linha na escala a ser desenhada. Já para a leitura do desenho, o raciocínio é o inverso e mais simples. Uma extensão de 10cm, no desenho, em uma escala de 1:200.000, como a do enunciado, significa uma extensão 200.000 vezes maior na realidade física, ou seja, uma extensão de 10cmx200.000=2.000.000cm=20.000m. A largura da plataforma, de 160mm desenhada em escala 1:50, significa uma largura física de 160mmx50=8.000mm = 8,00m. Assim, a área a ser pavimentada será A = 20.000mx8m = 160.000m2. Se o seu custo unitário é R$ 8,00/m2, o seu custo total será de 160.000m2 x R$ 8,00/m2 = R$1.280.000,00. 2. Resolução da questão Como foi calculado na introdução teórica, o custo total do referido revestimento de Tratamento Superficial Duplo (TSD) será de R$1.280.000,00. Alternativa correta: D. 3. Indicações bibliográficas SENÇO, W. Manual de técnicas de pavimentação. São Paulo: Pini, 1997. SOUZA, M. L. Pavimentação rodoviária. Rio de Janeiro: LTC, 1980. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 22 Questão 6 Questão 6.6 O acervo técnico profissional é regulamentado pela Resolução CONFEA Nº 1.025, de 30 de outubro de 2009. A Certidão de Acervo Técnico (CAT) é o instrumento que certifica, para efeitos legais, que consta dos assentamentos do CREA, a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) pelas atividades consignadas no acervo técnico do profissional. Em relação à CAT, analise as afirmações. I. A CAT constituirá prova da capacidade técnico-profissional da pessoa jurídica somente se o responsável técnico indicado estiver a ela vinculado como integrante do seu quadro técnico. II. A CAT deve ser requerida ao CREA pelo profissional ou pela pessoa jurídica interessada por meio de formulário próprio, com indicação do período ou especificação do número das ARTs que constarão da certidão. III. A emissão da CAT é estritamente vedada ao profissional que possuir débito relativo à anuidade, a multas e preços de serviços junto ao Sistema CONFEA/CREA. IV. A CAT perderá a validade no caso de modificação dos dados técnicos qualitativos e quantitativos nela contidos, bem como de alteração da situação do registro da ART. É correto apenas o que afirma em A. I e IV. B. II e III. C. III e IV. D. I, II e III. E. I, II e IV. 1. Introdução teórica Regulamentação do exercício da profissão de engenheiro e direitos autorais. O Acervo Técnico é um dos temas fundamentais da regulamentação do exercício profissional da engenharia, pois se refere aos direitos de autoria sobre o conjunto de atividades efetivamente já exercidas pelo profissional, independentemente da empresa a quem ele preste serviço. Por exemplo, quem sabe como elaborar o projeto ou gerir a execução de determinado tipo de ponte é o engenheiro, a pessoa física, e não a empresa de engenharia, a pessoa jurídica. A questão pode ser respondida a partir de princípios básicos de Direito e da leitura atenta do texto da Resolução CONFEA Nº 1.025, apresentado no enunciado: a Certidão de Acervo Técnico (CAT) é o instrumento que certifica, para os efeitos legais, que consta dos assentamentos do CREA a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) pelas atividades consignadas no acervo técnico doprofissional. 6 Questão 14 - Enade 2011. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 23 O texto apresentado no portal do CONFEA é mais claro: a Certidão de Acervo Técnico (CAT) é o instrumento que certifica, para os efeitos legais, as atividades registradas no CREA, que constituem o acervo técnico do profissional. É facultado a este requerer a Certidão de Acervo Técnico (CAT) para fazer prova da sua capacidade técnico-profissional, com base nas atividades desenvolvidas e registradas na Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Em ambos os casos, fica evidente que o Acervo Técnico é pessoal do profissional e não de quaisquer empresas, empregadores ou instituições para quem ele tenha realizado o trabalho ou da instituição que se encarrega de manter os registros. 2. Análise das afirmativas I – Afirmativa correta. JUSTIFIVATIVA. A CAT refere-se ao acervo que pertence ao profissional e, portanto, só servirá para uma pessoa jurídica se o referido profissional fizer parte do corpo técnico dessa empresa. II – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. A CAT pode ser requerida somente pelo profissional. III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O acervo não pertence ao curador, pertence apenas ao profissional e, portanto, não lhe pode ser negado pelos motivos apresentados. IV – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Se os dados da ART não condizem com a realidade do projeto elaborado ou da obra executada, a CAT que contem essa ART perde a validade de fé pública. Alternativa correta: A. 3. Indicação bibliográfica BRASIL. Conselho Federal de Engenharia e Agronomia - CONFEA. Certidão de Acervo Técnico - CAT. Disponível em <http://www.confea.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=972>. Acesso em 29 jan. 2014. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 24 Questão 7 Questão 7.7 Um topógrafo está levantando as dimensões de um terreno irregular para fins de loteamento urbano. Com o teodolito instalado em um ponto A, ele lê a mira no ponto B, anotando os seguintes dados: Fio superior (fs) = 1.595mm; Fio médio (fm) = 800mm; Fio inferior (fi) = 96mm; Constantes do aparelho: f/i=100 e f+i=0; Ângulo zenital (Z) = 87º. BORGES, A. C. Topografia. São Paulo: Edgard Blüncher, 1977. Nessa situação, a distância inclinada que o topógrafo lê entre os pontos A e B é de A. 80,0m. B. 70,4m. C. 79,5m. D. 149,9m. E. 159,5m. 1. Introdução teórica Topografia, taqueometria e teodolitos. Teodolito é um aparelho topográfico que se destina fundamentalmente a medir ângulos horizontais, mas também possibilita determinar distâncias horizontais e verticais, por meio da taqueometria (BORGES, 1977). A figura 1 ilustra a imagem da mira situada em um ponto B, vista por meio da luneta do teodolito instalado em um ponto A. Figura 1. Imagem vista na lente ocular de um teodolito. 7 Questão 15 – Enade 2011. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 25 A geometria utilizada no procedimento fundamenta-se na semelhança de triângulos, como ilustra a figura 2. Nela, P é o ponto onde se situa a vista do observador. O eixo vertical do aparelho passa pelo ponto C. O-O é a lente ocular e O1-O1, a lente objetiva do teodolito. O ponto F é onde se situa o foco do aparelho e, no ponto B, está posicionada a mira. Figura 2. Geometria ótica do sistema. O triângulo O1-O1-F é semelhante ao triângulo A-B-F. Dessa semelhança de triângulos, é possível decorrer que S = A-B f O1-O1 A indicação A-B é a diferença entre a leitura no retículo taqueométrico superior (ls) e a leitura no retículo taqueométrico inferior (li). O segmento O1-O1 é igual a i. Assim, S=(ls – li).f/i e, portanto, D=(ls–li).(f/i)+(f+c). Os valores (f/i) e (f+c) são denominados constantes de Reichembach do aparelho: constante multiplicativa e constante aditiva, respectivamente. Se o terreno a ser medido é inclinado, a geometria do sistema mantém-se. No entanto, como a mira é colocada na posição vertical, o segmento A-B não coincide com a diferença das leituras ls e li, como mostra a figura 3. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 26 Figura 3. Sistema instalado em terreno inclinado. Nesse caso, empregando trigonometria e utilizando simplificações razoáveis, do ponto de vista da engenharia, Borges demonstra que D=(ls – li).(f/i).cos +(f+c). Alguns taqueômetros, sobretudo os de origem europeia, preferem usar o ângulo zenital (z) para definir a inclinação do terreno, em vez do ângulo formado com o plano horizontal, como o da questão. Assim, basta fazer a transformação: =90º-z. 2. Resolução da questão A solução da questão é dada pelos cálculos que seguem. =90º-z=90º-87º=3º cos =0,99999999=1 ls – li = 1.595mm–96mm=1.499mm f/i = 100 f+c=f+i=0 D=(ls – li).(f/i).cos +(f+c)=1.499.100.1+0=149.900mm=149,9m. Alternativa correta: D. 3. Indicação bibliográfica BORGES, A. C. Topografia. São Paulo: Edgard Blücher, 1977. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 27 Questão 8 Questão 8.8 Ponte da Normandia (vão central 856 m). Ponte do estreito de Akashi (vão central de 1991m). Disponível em <http://aleosp2010.wordpress.com>. Acesso em 18 ago. 2011. Considerando as fotos apresentadas acima, avalie as afirmações seguintes. I. A ponte pênsil de cabo retilíneo é mais eficiente do que a de cabo curvo. II. A ponte pênsil tem um cabo principal e outros secundários, pendurados nesse cabo, segurando o tabuleiro. III. O Brasil tem muitas pontes estaiadas e as que hoje estão sendo construídas são as de melhor técnica existentes em todo o mundo. 8 Questão 16 – Enade 2011. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 28 IV. O Brasil tem poucas pontes estaiadas, pois entrou um pouco tarde nessa tecnologia, mas, por esse fato, aproveitou os melhores exemplos, tecnologias e materiais. V. A ponte estaiada tem vários cabos ligados a um mastro sustentando o tabuleiro; esses cabos são todos semelhantes e de igual importância para apoiar o tabuleiro. É correto apenas o que se afirma em A. II e IV. B. I, II e III. C. I, III e V. D. I, IV e V. E. II, IV e V. 1. Introdução teórica Sistemas construtivos. Pontes. As pontes apresentadas no enunciado são exemplares de dois sistemas construtivos distintos. A primeira, na Normandia, é uma ponte pênsil e a segunda, no estreito de Akashi, é uma ponte estaiada. O esquema estrutural, tanto de uma ponte pênsil como o de uma estaiada, consiste em dividir o vão total da plataforma em pequenos vãos teóricos, criando suportes intermediários. Em uma ponte pênsil, ou ponte suspensa, cada pequeno vão teórico da plataforma é suportado por cabos verticais, que são sustentados por um cabo longitudinal ancorado nas margens do rio ou braço de mar, como ilustra a figura 1. Figura 1. Suportes da plataforma de uma ponte pênsil. Já em uma ponte estaiada, cada pequeno vão teórico da plataforma é suportado por cabos independentes uns dos outros, ancorados em um mastro ou no pequeno vão teóricosimétrico a ele em relação ao mastro, como representados na figura 2. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 29 Figura 2. Suportes da plataforma de uma ponte estaiada. 2. Análise das afirmativas I – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. Dada a composição dos esforços atuantes e resistentes, apenas pela catenária, devido ao seu peso próprio, já seria fisicamente impossível manter o cabo longitudinal em posição retilínea. II – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. O esquema estrutural de uma ponte pênsil consiste em criar uma série de apoios intermediários para o vão total do tabuleiro, obtido por meio de tirantes ou cabos secundários, sustentados por um cabo longitudinal, ou cabo principal, ancorado nas margens do curso d’água (rio, represa ou mar) que a ponte atravessa. III – Afirmativa incorreta. JUSTIFICATIVA. O Brasil não tem muitas pontes estaiadas, pois passou a empregar essa tecnologia recentemente, após a construção das grandes represas hidroelétricas nos principais rios da região sudeste, tais como o Rio Paraná e o Rio Tietê, entre outros. Graças à construção de eclusas nessas represas, esses rios tornaram-se navegáveis para grandes comboios de chatas. A possibilidade de se conseguirem vãos muito grandes, ou seja, a ausência de pilares sob o vão central, torna essa navegação significativamente mais segura, tanto para os comboios quanto para as próprias pontes. De fato, essas técnicas são as melhores e mais avançadas, porque começamos a pesquisar, a obter conhecimento e a empregá-las recentemente, em um momento em que os modos de executar, além do próprio conhecimento teórico, no panorama internacional, já se encontravam em estágio bastante desenvolvido. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 30 Essa afirmativa é parcialmente verdadeira e, portanto, incorreta. IV – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Conforme exposto na análise da afirmativa anterior. V – Afirmativa correta. JUSTIFICATIVA. Os cabos de uma ponte estaiada são independentes uns dos outros e todos têm igual importância, pois suportam as cargas de seções semelhantes as do tabuleiro. Esses cabos tanto podem estar presos a um mastro quanto podem estar presos à outra seção do tabuleiro, passando pelo mastro como que por um eixo de simetria. Alternativa correta: E. 3. Indicações bibliográficas O’CONNOR, C. Pontes - superestruturas. São Paulo: EDUSP, 1975. PFEIL, W. Pontes em concreto armado e protendido: princípios do projeto e cálculo. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1990. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 31 Questão 9 Questão 9.9 Considere uma construção em concreto armado com uma laje quadrada de 5 m de lado, quatro vigas, quatro pilares e quatro elementos de fundação. O volume de concreto usado foi de 2m³, 1m³ e 1m³ para cada viga, pilar e laje, respectivamente. Segundo a NBR 6113 (2007), o peso específico do concreto armado é 25kN/m³. A laje dessa construção suporta uma carga acidental de 4,00kN/m². Considerando o peso próprio dos elementos estruturais e a carga acidental na laje, conclui-se que a carga em cada fundação é de A. 25kN. B. 50kN. C. 70kN. D. 100kN. E. 200kN. 1. Introdução teórica Estruturas e fundações. As cargas de uma estrutura que devem ser suportadas pelas fundações da edificação dividem-se em dois grupos: cargas permanentes e cargas acidentais. As cargas permanentes são constituídas pela soma dos pesos de todos os componentes fixos da edificação. Em geral, tais pesos são calculados pelo produto dos pesos específicos dos materiais pelo respectivo volume de cada componente. As cargas acidentais são aquelas que, dependendo do uso, podem estar presentes em maior ou menor intensidade na edificação. Uma sala residencial, por exemplo, deve suportar uma carga acidental de 2,0kN/m2. Em situações práticas, tanto pode haver apenas duas pessoas conversando nessa sala quanto muitas pessoas participando de uma festa. O valor da carga acidental adotada, de acordo com a norma, sempre visa à situação mais desfavorável, para um determinado uso previsto. A carga acidental a ser adotada para um depósito de papel, por exemplo, é significativamente maior do que a adotada para um escritório ou para uma residência. As cargas acidentais, portanto, são adotadas para os espaços utilizáveis, ou seja, para as áreas de lajes das estruturas. Dessa maneira, o seu valor é obtido com a multiplicação da área da laje pelo valor de carga adotado, em kN/m2, em tf/m2 ou em qualquer outra unidade de peso por unidade de área. 9 Questão 17 – Enade 2011. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 32 Todas as lajes são suportadas por vigas, que são suportadas por pilares. Os pilares apoiam-se sobre as peças de fundação, que, por sua vez, transmitem todas essas cargas para o terreno. Poderiam ainda ter sido incluídas as cargas de alvenarias, de revestimentos, mas seriam acréscimos de outras cargas permanentes, que aumentariam os cálculos, mas não agregariam novos conceitos. A carga total sobre o terreno será, então, a soma das cargas permanentes com as cargas acidentais. Nessa questão, o valor da carga permanente é igual ao peso do volume total de concreto utilizado na edificação, ou seja, o volume total multiplicado pelo valor do peso específico do concreto: (4 vigas x 2m3 + 4 pilares x 1m3 + 1 laje x 1m3) x 25kN/m3, ou seja, (8+4+1)x25=325kN. A carga acidental total é igual ao valor da área da laje multiplicado pela carga acidental por m2: 5mx5mx4,00kN/m2=100kN. A carga total será a soma das cargas permanentes e das acidentais: 325kN+100kN=425kN Dada a sua estrutura simétrica, a carga total será distribuída igualmente sobre cada um dos 4 elementos de fundação: 425kN/4=106,25kN 2. Resolução da questão Nenhuma das afirmativas contém a resposta correta e a questão foi anulada. Para que a alternativa B seja a correta no gabarito, seria necessário que o enunciado, em vez de afirmar que o volume de concreto usado foi de 2m³, 1m³ e 1m³ para cada viga, pilar e laje, respectivamente, afirmasse que o volume de concreto usado foi de 2m³, 1m³ e 1m³ para as vigas, pilares e laje, respectivamente. Teríamos: Carga permanente = (2m3+1m3+1m3)x25kN/m3=100kN. Carga acidental = 5mx5mx4,00kN/m2=100kN. Carga total = 200kN. Carga por elemento de fundação = 200kN/4=50kN. 3. Indicações bibliográficas ALONSO, U. R. Exercícios de fundações. 2. ed. São Paulo: Edgar Blucher, 2010. LEONHARDT, F.; MONNIG, E. Construções de concreto: princípios básicos do dimensionamento de estruturas de concreto armado. Rio de Janeiro: Interciência, 1977. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 33 Questão 10 Questão 10.10 Foi executada uma prova de carga em placa (Ø = 0,8m) de acordo com a NBR 6489 (1984) em um terreno onde será executado um prédio em fundação direta (sapata). O resultado do ensaio é apresentado na figura abaixo. Curva tensão versus recalque de uma prova de carga direta. Analisando-se o resultado do ensaio apresentado na figura, qual é a área de uma sapata quadrada isolada cuja carga do pilar é de 1.000kN, considerando o peso próprio da sapatacomo 5% da carga do pilar? A. 4,67m². B. 4,20m². C. 2,63m². D. 2,33m². E. 2,10m². 1. Introdução teórica Fundações. Capacidade de suporte dos solos. A prova de carga em placa (Ø = 0,8m), de acordo com a NBR 6489, é um ensaio de campo que visa a reproduzir, em modelo reduzido, os efeitos da carga de compressão que será aplicada pela edificação no terreno. Esse ensaio é considerado por diversos autores, como Alonso (1991), Bowles (1997), Décourt e Quaresma Filho (1996), entre outros, como o melhor método para a determinação da capacidade de suporte do um terreno, para fundações superficiais. Essa prova de carga consiste na aplicação de diferentes cargas em uma placa padronizada, apoiada diretamente sobre uma camada de solo. As cargas aplicadas e as respectivas medições 10 Questão 19 – Enade 2011. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 34 das deformações sofridas pelo solo são os dados para elaborar a sua curva tensão-recalque, como aquela apresentada no enunciado. Para cada valor de carga aplicada, são efetuadas as medições do recalque após intervalos de tempo de 1, 2, 4, 8, 15, 30 minutos, bem como após 1, 2, 4, 8, 15, 30 horas, até que a deformação atinja razoável estabilidade, ou seja, até que o valor total da deformação atingida em um intervalo de tempo seja praticamente igual ao valor obtido no intervalo anterior. Em seguida, as cargas sobre a placa são aumentadas e o mesmo processo de medições repete-se até que ocorra uma das seguintes situações: ruptura do solo; recalque superior a 25mm ou carga aplicada superior ao dobro do valor presumido da capacidade de suporte desse solo. Depois, é realizado o descarregamento da placa, que também deve ser gradual, acompanhado das medições das reduções das deformações. A capacidade de suporte a ser adotada para essa camada de solo, ou seja, o valor da sua tensão admissível (σadm) é, então, definida a partir da curva tensão-recalque, traçada sobre o lançamento de todos os resultados obtidos. Adota-se o mais desfavorável dos valores a seguir. a) σadm = metade do valor da tensão de ruptura; b) σadm = metade do valor tensão máxima presumida para esse solo ou c) σadm = metade do valor da tensão para a qual o recalque atingiu 25mm. 2. Resolução da questão Analisando a curva tensão-recalque do enunciado, é possível verificar o que segue. A ruptura do solo ocorreu para tensão de 500kPa. Não é dada qualquer informação sobre a constituição do terreno e nada se pode concluir a respeito do valor da tensão máxima presumida para este solo. O recalque de 25mm foi atingido, na curva de carregamento da placa, para tensão de 450kPa. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 35 O valor mais desfavorável de tensão aplicada é aquele que corresponde ao recalque de 25 mm, isto é, σ=450 mm. O valor da tensão admissível a ser adotado será igual à metade desse valor, ou seja: σadm = 225kPa = 225kN/m². Se o valor da carga da estrutura é de 1000kN e o peso próprio da sapata é equivalente a 5% dessa carga, ou seja, 50kN, a força atuante sobre o solo terá intensidade F = 1050kN. A área de contato sapata-solo será de 1050kN/225kN/m2 = 4,67m2. Alternativa correta: A. 3. Indicações bibliográficas ALONSO, U. R. Exercícios de fundações. 2. ed. São Paulo: Edgar Blucher, 2010. CAPUTO, H. P. Mecânica dos solos e suas aplicações. Rio de Janeiro: LTC, 1994. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 36 Questão 11 Questão 11.11 A ilustração abaixo representa um esquema simplificado de um sistema de abastecimento de água. As figuras I, II, III e IV a seguir ilustram alguns dos processos do sistema acima esquematizado. Figura I. Floculação. Figura II. Captação. Figura III. Filtração. Figura IV. Decantação. Considerando as imagens, assinale a alternativa que apresenta a ordem correta de operações do sistema de abastecimento de água. A. I, II, III, IV. B. II, III, IV, I. C. II, I, IV, III. D. III, II, I, IV. E. IV, II, I, III. 11Questão 20 – Enade 2011. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 37 1. Introdução teórica Saneamento básico, tratamento e abastecimento de água Um sistema de abastecimento de água consiste, basicamente, em captar a água de um curso d’água natural, purificá-la e distribuí-la para uso nos domicílios. O processo de purificação descrito na questão resume-se em separar toda impureza sólida presente na água, por meio de decantação e filtração. Porém é importante salientar que também fazem parte do tratamento a desinfecção pela adição de cloro, a correção do seu pH e, quase sempre, a adição de flúor para prevenir cáries. A primeira fase consiste em separar as partículas sólidas presentes na água captada. Como muitas dessas partículas, por vezes, não permanecem em suspensão, o sulfato de alumínio é adicionado, para promover o seu aglutinamento, fazendo com que tais partículas juntem-se e formem novas partículas maiores e mais densas, capazes de afundar. Essa operação é chamada de floculação. Após a floculação, a água passa, em baixa velocidade, por tanques nos quais os flocos formados afundam e depositam-se. Essa operação recebe o nome de decantação. As partículas de menores densidades e dimensões, que continuam em suspensão após essas etapas, são separadas da água na operação seguinte, denominada filtração. Assim, após a captação, a floculação, a decantação e a filtração, a água pode receber cloro e flúor, ter seu pH corrigido e, então, estar pronta para ser distribuída para o consumo. Das estações de tratamento que utilizam bombas de recalque e adutoras, a água é enviada para os reservatórios regionais, em geral situados nos pontos mais elevados das áreas urbanas, como ilustra a figura 1. Figura 1. Reservatório de Vila Mariana, em São Paulo, SP, para abastecimento de água potável. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 38 A partir dos pontos mais altos, por gravidade, a água preenche toda a tubulação de distribuição da região, permanecendo disponível para uso nos domicílios. 2. Resolução da questão Conforme o exposto na introdução teórica, a ordem correta das operações do sistema de abastecimento de água é: captação (II), floculação (I); decantação (IV) e filtração (III). Alternativa correta: C. 3. Indicações bibliográficas AZEVEDO NETO, J. M. Manual de hidráulica. São Paulo: Edgard Blucher, 2008. GRIBBIN, J. E. Introdução à hidráulica, hidrologia e gestão de águas pluviais. Belo Horizonte: UFMG, 2003. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 39 Questão 12 Questão 12.12 Um cabo de aço segura um recipiente que contém cimento, como mostra a figura abaixo. A deformação específica normal medida na extremidade superior do aço é de 0,1% quando a tensão normal é de 200MPa, como mostra o diagrama tensão x deformação do cabo de aço. O módulo de elasticidade longitudinal desse aço é igual a A. 20MPa. B. 200MPa. C. 2.000MPa. D. 20.000MPa. E. 200.000MPa. 1. Introduçãoteórica Ciência dos materiais. Módulo de elasticidade. Todo material, ao ser submetido a qualquer tipo de esforço, sofre deformação nas mesmas direções da atuação do esforço. Se o esforço for de compressão, as dimensões do material sofrem redução; se o esforço for de tração, suas dimensões são aumentadas. Tais deformações podem ser temporárias ou permanentes, dependendo da intensidade do esforço. Até certo limite de tensão aplicada, que é diferente para cada tipo de material, retirando- se a tensão, a peça retorna às suas dimensões originais. Nesse caso, é dito que o material está trabalhando em regime elástico. Para tensões acima desse limite, as deformações sofridas tornam-se permanentes, as dimensões da peça não retornam aos valores anteriores e diz-se que o material sofre escoamento e passa a trabalhar em regime plástico. O diagrama tensão x deformação de um material, como aquele apresentado no enunciado da questão e repetido a seguir (figura 1), é a representação gráfica desse comportamento. Em condições de laboratório, o material é submetido a tensões crescentes e, a cada acréscimo, as respectivas deformações são medidas. 12Questão 21 – Enade 2011. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 40 Figura 1. Reprodução do diagrama tensão x deformação apresentado no enunciado. O primeiro trecho da curva formada com os valores das deformações correspondentes às tensões aplicadas é linear, indicando que tais deformações seguem a Lei de Hooke, ou seja, crescem linearmente com o incremento da tensão. O regime de resposta do material nessa faixa de valores é denominado regime elástico. No trecho seguinte, as deformações passam a crescer mais rapidamente do que os acréscimos da tensão aplicada, até que, para dado valor, a deformação passa a aumentar mesmo sem aumento da tensão aplicada. O Módulo de Elasticidade (E), ou Módulo de Young, definido apenas para a região denominada elástica, representa a relação entre os valores das tensões σ aplicadas e os valores das deformações ε sofridas pelo material, ou seja, E=σ/ε. 2. Resolução da questão Para a solução da questão, basta conhecer esta relação e fazer a divisão: E=σ/ε=200/0,001=200.000MPa. Alternativa correta: E. 3. Indicação bibliográfica SCHIEL, F. Introdução à resistência dos materiais. São Paulo: Harbra, 2003. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 41 Questão 13 Questão 13.13 O raio hidráulico é um parâmetro importante no dimensionamento de canais, tubos, dutos e outros componentes das obras hidráulicas. Ele é igual à razão entre a área da seção transversal molhada e o perímetro molhado. Para a seção de canal trapezoidal ilustrada na figura acima, qual é o valor do raio hidráulico? A. 0,92m. B. 0,83m. C. 0,78m. D. 0,65m. E. 0,50m. 1. Introdução teórica Hidráulica. Escoamento em condutos livres. Velocidade de escoamento. Capacidade hidráulica de canais regularizados. A capacidade hidráulica de um canal regularizado, como o representado na questão, significa a máxima vazão que pode escoar por esse conduto livre. O seu valor pode ser obtido pela multiplicação do valor da área da sua seção transversal pelo valor da velocidade média do fluxo, no seu trecho mais lento. A velocidade média do fluxo de água ao longo de um conduto livre é afetada apenas pela declividade do seu leito e pela resistência causada pelo atrito do escoamento com as paredes do canal. Porém, em dada seção transversal de um conduto, a velocidade das partículas líquidas também varia em função da sua distância até as paredes do conduto, pois a influência do atrito é proporcional à proximidade das paredes (quanto maior a proximidade, maior o atrito), como ilustra, esquematicamente, a figura 1. 13Questão 22 – Enade 2011. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 42 Figura 1. Variação de velocidades das partículas nas seções transversais de condutos livres. Um mesmo valor de área de seção transversal pode ser obtido por diferentes formas geométricas, que implicam diferentes linhas de contato entre as paredes e as linhas de escoamento. Para essas formas, quanto maior a proporção de partículas líquidas escoando próximas das paredes do duto, maior a resistência por atrito e, portanto, menor a velocidade média do fluxo. O raio hidráulico é o parâmetro que estabelece a proporção entre a quantidade de partículas de água que escoam livremente e a quantidade de partículas que estão em contato com as paredes do canal, sofrendo diretamente a ação das forças de atrito. O raio hidráulico estabelece a relação entre a área disponível para escoamento, denominada área molhada (Am), e o perímetro dessa área onde ocorrerá atrito (pm), ou seja, onde haverá contato da água com a parede do canal, denominado perímetro molhado. O valor do raio hidráulico (RH) de um canal é dado por RH = Am/pm. Dessa forma, para a mesma área disponível, quanto menor o perímetro molhado, maior o valor do raio hidráulico, maior a velocidade média e, portanto, maior a vazão que pode escoar por esse conduto, ou seja, maior a sua capacidade hidráulica. 2. Resolução da questão O valor do raio hidráulico (RH) de um canal é dado por RH = Am/pm. Na expressão, Am é área molhada (Am) e pm é o perímetro dessa área onde ocorrerá atrito. A área molhada é a área do trapézio, conforme mostrado a seguir. Para calcular o perímetro molhado, é necessário calcular antes a hipotenusa do triângulo retângulo, conforme segue. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 43 x2 = 0,752 + 1,002 »x = 1,25m pm = 1,25+3,00+1,25 = 5,50m O raio hidráulico será RH = 3,75/5,50 = 0,6818 Observação. Não há alternativa correta e a questão foi anulada. 3. Indicações bibliográficas AZEVEDO NETO, J. M. Manual de hidráulica. São Paulo: Edgard Blücher, 2008. GRIBBIN, J. E. Introdução à hidráulica, hidrologia e gestão de águas pluviais. Belo Horizonte: UFMG, 2003. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 44 Questão 14 Questão 14.14 A figura abaixo mostra uma rede de fluxo, solução gráfica do problema de fluxo permanente 2D, ao redor de uma cortina impermeável em uma camada de solo isotrópico e homogêneo. A rede é constituída por 5 linhas de fluxo e 10 linhas equipotenciais, com o nível de referência (NR) coincidindo com a posição da linha equipotencial mínima (nível d’água NA2). Fluxo confinado permanente ao redor de cortina impermeável. AZIZI, F. Applied Analyses in Geotechnics, Taylor & Francis, 2000 (com adaptações). Qual o valor da carga hidráulica h no ponto A situado na profundidade 1,40m abaixo do NR? A. 0,20m. B. 0,36m. C. 1,40m. D. 1,76m. E. 5,76m. 1. Introdução teórica Mecânica dos solos. Permeabilidade. Redes de fluxo. O solo é composto por três fases distintas: uma fase sólida, constituída de partículas sólidas, uma líquida, geralmente constituída apenas por água, e uma gasosa, mais frequentemente constituída por ar. Essas três fases reagem sempre em conjunto a quaisquer alterações das condições de equilíbrio do maciço terroso,transmitindo parte das suas características individuais ao comportamento do todo. Uma porção de solo é denominada homogênea quando apresenta as mesmas propriedades em todos os seus pontos e é denominada isotrópica quando apresenta as mesmas propriedades em todas as direções. 14Questão 23 – Enade 2011. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 45 O fluxo de um líquido, como a água do lençol freático, através dos vazios existentes entre as partículas sólidas de um solo homogêneo e isotrópico, em torno de uma cortina impermeável, é representado graficamente pelas redes de fluxo, compostas de dois conjuntos de linhas, como ilustra a figura 1. Figura 1. Linhas de fluxo e equipotenciais (adaptada do enunciado). As linhas de fluxo representam as trajetórias aproximadas das partículas líquidas, da região de maior carga hidráulica para a de menor carga. As linhas equipotenciais representam os conjuntos de pontos que estão submetidos à mesma carga hidráulica. Ao longo dessas linhas, a carga hidráulica mantém-se constante. O valor da carga hidráulica exercida sobre o fluxo, ou seja, da carga manométrica que causa esse fluxo, é equivalente à diferença de altura entre as superfícies livres do líquido, representadas na questão pelos níveis NA1 e NA2. O valor da diferença de carga atuante sobre duas linhas equipotenciais consecutivas é equivalente ao valor total da carga hidráulica sobre a linha de fluxo dividido pela quantidade de linhas equipotenciais, utilizadas no traçado de tal rede. Se a rede de fluxo é traçada com 10 linhas equipotenciais, a diferença de carga hidráulica entre duas linhas consecutivas é igual a 1/10 do total da diferença de carga entre as superfícies livres. Se a rede for traçada com 8 ou com 12 linhas equipotenciais, por exemplo, então, a diferença de carga entre duas equipotenciais consecutivas é igual a 1/8 ou a 1/12 do total da carga manométrica atuante sobre as linhas de fluxo. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 46 2. Resolução da questão Na rede apresentada pela questão, tendo-se como nível de referência (NR) o nível da superfície livre NA2, o valor da carga manométrica total (Δh) sobre o fluxo é igual à diferença de altura entre as superfícies livres Δh = NA1 - NA2 = 1,6m + 2,0m = 3,6m. No cálculo anterior, NA1 e NA2 são os níveis das superfícies livres do líquido, indicados na figura 1. Sendo a rede de fluxo constituída de 10 linhas equipotenciais, a diferença de carga hidráulica (ΔQ) entre 2 equipotenciais consecutivas é ΔQ = Δh/10 = 3,6/10 = 0,36m. Considerando que o ponto A situa-se na primeira linha equipotencial, a montante da referência de nível, que representa a carga hidráulica zero, é igual a 0,36m. Alternativa correta: B. 3. Indicações bibliográficas CAPUTO, H. P. Mecânica dos solos e suas aplicações. Rio de Janeiro: LTC, 2000. COSTA, J. V. B. Caracterização e constituição do solo. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1979. HACHICH, W. Fundações - teoria e prática. São Paulo: PINI, 2003. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 47 Questão 15 Questão 15.15 Uma solução plausível para drenar pequenas bacias, devido às chuvas de grande intensidade, é o uso de barragens. A altura da crista da barragem é igual à soma da altura da lâmina de água normal (Hn) com a altura da lâmina de água do ladrão (H1), acrescida da folga (F), como ilustrado na figura a seguir. O valor de H1 pode ser assumido igual a 1,0m e recomenda-se que F corresponda a, no mínimo, 0,5m. O gráfico abaixo apresenta o volume acumulado para as cotas da bacia em m³ (x106). Qual o valor da cota da barragem (H = Hn + H1 + f) para um volume máximo de cheia de 62x106m³? A. 3,5m. B. 5,5m. C. 7,5m. D. 9,5m. E. 12,5m. 15Questão 25 – Enade 2011. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 48 1. Introdução teórica Hidrologia. Hidráulica aplicada. Obras de terra. Topografia. A imagem do enunciado, reproduzida na figura 1, representa, esquematicamente, a seção longitudinal de um curso d’água interceptado por uma barragem. A montante da barragem, isto é, no lado de onde vem o escoamento, forma-se um lago onde fica represada uma parte da vazão desse curso d'água, antes de seguir para jusante, por meio do vertedor ou ladrão da barragem. Figura 1. Adaptação da figura do enunciado. Em princípio, uma barragem não altera a vazão do curso d'água, apenas represa parte do volume de sua água até que a superfície livre do fluxo atinja o vertedor. A partir de então, toda a vazão que chega à represa prossegue através e após a represa, a menos que alguma parte do fluxo seja retirada por outro meio, como, por exemplo, pela captação para abastecimento de água. As tomadas d'água da casa de força nas usinas hidrelétricas apenas desviam parte do fluxo para girar as turbinas, devolvendo-o ao leito normal logo a seguir. De modo geral, as barragens regularizam a vazão dos cursos d'água, reservando a água quando há excesso e devolvendo-a quando há escassez. Devido ao relevo do terreno às margens dos rios, geralmente em taludes inclinados, para cada profundidade, ou altura da lâmina d'água represada (Hn), há uma área inundada, que pode ser obtida acompanhando-se, em planta, a curva de nível do terreno (a montante da barragem) correspondente a tal altura. Quanto maior a altura da lâmina d'água, mais elevada é a cota de nível, maior a área inundada e, consequentemente, maior é o volume represado. O gráfico apresentado no enunciado da questão indica diretamente o volume represado para cada profundidade da lâmina d'água. Assim, fica fácil compreender, interpretar e utilizar esse gráfico. Quando a altura z da lâmina d’água é igual a 2m, por exemplo, o volume armazenado é de, aproximadamente, 8 x 106m3. Para uma altura z igual 4 m, o gráfico indica que o volume represado é entre 15 x106m3 e 16x106m3. Para z igual a 6m, tal volume será da ordem de 36x106m3, ou seja, 36 milhões de metros cúbicos. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 49 Da mesma forma, é possível determinar o inverso, ou seja, para um volume represado de 50 milhões de m3, a lâmina d'água tem cerca de 7m de altura no ponto mais profundo da represa. 2. Resolução da questão Observando o gráfico, verifica-se que a cota da lâmina de água, para um volume acumulado de 62x106m³, é z igual a 8,0m. A cota da barragem, como o enunciado explica, é dada pela soma da altura da lâmina de água normal (Hn) com a altura da lâmina de água do ladrão (H1), acrescida da folga (F), cujos valores são dados no enunciado: H1 = 1,0m e f = 0,5m. Assim, o valor da cota da barragem H é 9,5m, pois H = Hn + H1 + f = 8,0 + 1,0 + 0,5 = 9,5m. Alternativa correta: D. 3. Indicações bibliográficas AZEVEDO NETO, J. M. Manual de hidráulica. São Paulo: Edgard Blücher, 2008. GRIBBIN, J. E. Introdução à hidráulica, hidrologia e gestão de águas pluviais. Belo Horizonte: UFMG, 2003. Material Específico – Engenharia Civil – Consolidado - 2º semestre de 2016 e 1º semestre de 2017 - CQA/UNIP 50
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