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Filaríases h ttp ://w w w .m a rc u s p e rk in s .c o .u k /c a s e -s tu d y -ly m p h a tic -fila ria s is Culex quinquefasciatus Comprometimento na resposta imunológica e de reparo local Epidemiologia • Três espécies causam filaríase linfática. • Wuchereria bancrofti é a principal espécie • Brugia malayi e Brugia timori aparecem na Ásia •Transmissão pela picada do mosquito Culex. •São necessárias várias picadas para o estabelecimento da doença Epidemiologia 120 milhões de pessoas afetadas 73 países (região tropical e subtropical) Nas Américas: Haiti, República Dominicana, Guyana e Brasil Brasil limitados à Recife, de Belém e de Alagoas. http://www.cdc.gov/parasites/lymphaticfilariasis/epi.html Classificação: Filárias e filaríases •Ordem Spirurida e da família Onchocercidae •Gêneros: Wuchereria, Brugia, Onchocerca, Mansonella etc •Espécies de importância médica: •Wuchereria bancrofti ─ filaríase linfática •Onchocerca volvulus ─ tecido celular subcutâneo responsável pela oncocercose •Mansonella ozzardi não é patogênica ou o é muito pouco * diagnóstico diferencial com as de W. bancrofti, na Região Amazônica (ambas circulam no sangue dos pacientes) Espécies que podem parasitar o homem: •Wucheria. bancrofti* •Brugia malyi •Brugia timori •Onchocerca volvulus* •Mansonella ozzardi •Dipetalonema perstans •Dirofilaria immitis •Loa loa •Dracunculus medinensis •* Importância médica no Brasil Morfologia: Wuchereria bancrofti •Filiformes •compridos •translúcidos, •cutícula lisa •Boca simples Morfologia: Wuchereria bancrofti •Fêmeas • 8 a 10 cm de comprimento por 0,3 mm de largura. • Vulva -- próxima da extremidade anterior • vagina musculosa • Resto do aparelho genital duplo •Machos • 3,5 a 4 cm por 0,1 mm comprimento • Extremidade posterior curvada ventralmente ♀♂ Habitat •Adultos nos vasos linfáticos ou linfonodos: • entrelaçados (novelos): • 1macho +5 fêmeas. •Vermes alimentam-se da linfa •Microfilárias (embriões) • capilares sanguíneos pulmonares •Vasos linfáticos • Circulação periférica (noturna) Formas de vida •Vermes adultos •Machos •Fêmeas •Microfilárias (embrião) •Larvas (no inseto vetor) Wuchereria bancrofti Maturidade sexual dos adultos •~ um anomicrofilárias na circulação •Adultos: vasos e ganglios linfáticos • Microfilárias apresentam ciclo circadiano • Dia: capilares sanguíneos pulmonares • Noite: sangue periférico (pico na madrugada) • Microfilárias só se desenvolvem em larvas no mosquito Periodicidade noturna •atividade noturna transmitem a infecção para mosquitos • Região Neotropical, África e Ásia Culex quinquefasciatus Wuchereria bancrofti Longevidade 5-7 anos; mas pode ser bem mais longa Fêmea pare embrioes embainhados (microfilárias) circulam no sangue rápida movimentação, chicoteante e não direcional Bainha casca do ovo distende envolve a larva L1 distingue as microfilárias de W. bancrofti (A) das que não apresentam bainha microfilárias •possuem uma "bainha" envoltória •com uma membrana elástica. •Há espaço entre a extremidade caudal e cefálica. •A bainha ajuda na caracterização das espécies •Movimentam-se ativamente Figure 1 :Adult gravid female worm with numerous microfilariae (Giemsa, ×40) bainha estilete anterior células em- brionárias (tegumento do verme adulto) anel nervoso poro excretor célula excretora reservas nutritivas primórdio genital outras células embrionárias ânus núcleos caudais distingue as microfilárias de W. bancrofti das outras microfilárias eventualmente presentes no sangue Medem 250-300µm Microfilárias de W. bancrofti Extremidades anterior e posterior das filárias: A, Wuchereria bancrofti; B, Brugia malayi, C, Loa loa; D, Onchocerca volvulus; E, Dipetalonema perstans; F, D. streptocerca; G, Mansonella ozzardi. Microfilárias de outros filarídios Microfilárias de W. bancrofti Ciclo biológico do helminto Heteroxênico 15-20 dias Em geral leva-se muito tempo para desenvolver a patologia: 1.Infecção é naturalmente difícil 2.Desenvolvimento do verme é muito lento 3.Chance de encontro sexual é remota Patogênese •Ação mecânica obstrutiva e inflamatória •Vermes dentro dos vasos linfáticos • (dilatação e derramamento de linfa) • Edema •Ação irritativa • inflamação •O período de incubação da filariose é de 9 a 12 meses. Formas clínicas •Assintomática (ou subclínica) •Eosinofilia pulmonar tropical •Manifestações agudas •Manifestações crônicas Pneumopatia eosinófila tropical Tosse Episódios de asma Aumento do baço A: diffuse fine nodules. B: widespread, bilateral fine micronodular pattern. C, D: Patient 2 — low and high magnification (× 200 and × 400) views of a lung biopsy specimen showed eosinophilic infiltration of alveolar spaces (haematoxylin and eosin stain). A infecção humana 2.Microfilaremia • baixa ou nula produção de anticorpos específicos devido a fortes mecanismos repressores da resposta imunológica contra os parasitos (microfilárias) Forma assintomática Microfilarias no sangue e sem sintomas ◦Muitos possuem danos nos vasos linfáticos Manifestações Agudas Linfagite retrógrada ◦Membros inferiores Adenite ◦ Inguinal, axilar e epitrocleana Febre e mal-estar Manifestações crônicas Linfedema Hidrocelea mais frequente adenites, linfangites e edema linfático, acumulados sob o escroto, levando a distensão e espessamento da túnica vaginal Quilúria (comprometimento renal) Elefantíase Processo de inflamação e fibrose crônica do órgão Hipertrofia da derme Progressão: esclerose da derme e hipertrofia da epiderme Aumento exagerado do volume do órgão e queratinização da pele The groin node shows eosinophilic abscess containing female adults of Wuchereria bancrofti. Numerous microfilaria are seen in the uterine cavity, and the gut component is also recognized (HE) Figure 2: Morphology of parasites. (a) Gravid worm in dilated lymphatics. (b) Dead microfilaria adherent to lymphatic wall. (c) Cross-section of gravid worm showing internal organs. (d) Dead worm entrapped with fibrinous material attached to lymphatic wall (H and E, ×100) Cross-sectional view of a filarial nematode in the spermatic cord, with surrounding intense eosinophilic inflammatory infiltrate (magnification, × 400). U = uterine tubes. M = musculature. I = intestine. C = cuticle. Complicações da filaríase Infecções bacterianas associadas Simbionte associado aos vermes adultos e microfilárias ordem Rickettsiales (Wolbachia) produz toxina que age sobre os tecidos Anti-helminticos destroem microfilárias (mas não o simbionte) libera-as bactérias e seus produtos no sangue quadro clínico agrava-se temporariamente http://aif.org/2012/10/hope-for-lymphatic-filariasis-patients-in-india/ Hidrocele Hidrocele - presença de líquido em quantidades anormais dentro do escroto e envolvendo o testículo. Pode ser unilateral ou bilateral. desequilíbrio entre a formação e a absorção do líquido naturalmente existente ao redor do testículo. Diagnóstico e tratamento da hidrocele •Aumento não doloroso, desconfortável, do escroto uni ou bilateralmente •Aumento varia de dimensões •No adulto a abordagem cirúrgica é pelo saco escrotal e várias técnicas existem para sua correção •Escleroterapia • o conteúdo líquido da hidrocele éretirado e no seu lugar é colocado um líquido esclerosante visando causar o fechamento do espaço em torno do testículo por fibrose Sintomatologia e clínica Formas clínicas ─ número de larvas inoculadas e de adultos; ─ freqüência das reinfecções ─ número de acasalamento e localização ─ sensibilização do organismo -- infecções bacterianas Sintomatologia e clínica Fase crônica fenômenos obstrutivos agravados pelas reações inflamatórias fibrose difusa nas áreas de estase linfática: Brasil e África hidrocele manifestação mais característica Índia e Indonésia elefantíase Diagnóstico Principal método busca de microfilárias no sangue noturno (entre as 20 horas e as 4 da madrugada) Técnicas são: - pesquisa em gota espessa de sangue, fixado e corado pelo Giemsa -exame em câmara de contagem concentração por filtração do sangue -pesquisa pelo método de Knott (sangue com anti- coagulante é hemolisado e centrifugado: examinar o sedimento) Presença de microfilárias no sangue segundo a hora (Rachou & Deane). http://www.filariasis.org/diagnosis.html Diagnóstico Não sendo possível colher sangue à noite dose oral de dietilcarbamazina (provocará parasitemia diurna (2-8 mg/kg)) Exames de ultra-sonografia permitem detectar e acompanhar os vermes adultos no vaso linfático Testes imunológicos Baixa sensibilidade (assintomáticos anérgicos) Positividade em indivíduos já curados Reações cruzadas Tratamento Correções: higiene local da pele, exercício e massagem do membro afetado, meias elásticas, cirurgia, plástica reparativa Profilaxia Controle de insetos vetores Saneamento ambiental controle de vetores drenagem de águas pluviais Telas, mosquiteiros, inseticidas Filarioses humanas Wuchereria bancrofti (filariose linfática humana) Onchocerca volvulus filariose subcutânea humana Oncocercose "Mal do Garimpeiro". Onchocerca volvulus habita tecido subcutâneo Ocorrência em Roraima e Amazonas; Vermes enovelados provocam a formação dos nódulos fibrosos; Larvas responsáveis por lesões: pele e globo ocular Morfologia Os parasitos adultos tem de 2 a 4 cm (macho) e de 30 a 50 cm (fêmea). Transmissão É transmitida pelo mosquito borrachudo Simulium spp – vivem 3 a 4 semanas Simulídeos Microfilária •Ativas e dispersam no tecido conjuntivo da pele ; • Não ocorrem no sangue e abundantes na pele durante dia e noite; • Fêmeas apresentam 3 a 4 ciclos anuais e liberam 1 a 3 mil microfilárias por dia Ciclo de vida Patogênese Período de desenvolvimento da doença é de 2 meses a 1 ano. Pele ◦ oncocercomas (granulomas, nódulos); ◦ hiperceratose (espessamento estrato córneo); ◦ atrofia glandular cutânea. Nódulos Nódulos Lesões oculares Patogênese Lesões Linfáticas Microfilárias podem evoluir para fibrose dos nódulos linfáticos; Olho: larvas cercadas por linfócitos e eosinófilos forma o pannus (se caracteriza por um infiltrado de origem inflamatória da córnea pelos vasos neoformados); Alterações do globo ocular, com lesão da córnea, da íris, do nervo óptico e da retina. Diagnóstico ◦ biópsia de pele, oftalmoscopia, nodulectomia, teste de Mazzotti (dose medicamento e manifestãção cutânea) Prevenção ◦ eliminação dos focos do inseto e tratamento dos doentes. Tratamento ◦ Ivermectina mata microfilárias; ◦ Suramina – mata adulto (muito tóxico uso limitado). ◦ Nodulectomia – extirpação de oncocercoma.
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