Buscar

Aula Filaríases linfatica e subcutanea

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 71 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 71 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 71 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Filaríases
h
ttp
://w
w
w
.m
a
rc
u
s
p
e
rk
in
s
.c
o
.u
k
/c
a
s
e
-s
tu
d
y
-ly
m
p
h
a
tic
-fila
ria
s
is
Culex quinquefasciatus
Comprometimento na resposta imunológica e de reparo local
Epidemiologia
• Três espécies causam filaríase linfática. 
• Wuchereria bancrofti é a principal espécie
• Brugia malayi e Brugia timori aparecem na Ásia
•Transmissão pela picada do mosquito Culex. 
•São necessárias várias picadas para o estabelecimento da doença
Epidemiologia
120 milhões de pessoas afetadas
73 países (região tropical e subtropical)
Nas Américas: Haiti, República Dominicana, Guyana e Brasil
Brasil  limitados à Recife, de Belém e de Alagoas.
http://www.cdc.gov/parasites/lymphaticfilariasis/epi.html
Classificação: Filárias e filaríases
•Ordem Spirurida e da família Onchocercidae
•Gêneros: Wuchereria, Brugia, Onchocerca, Mansonella etc
•Espécies de importância médica:
•Wuchereria bancrofti ─ filaríase linfática
•Onchocerca volvulus ─ tecido celular subcutâneo  responsável pela
oncocercose
•Mansonella ozzardi não é patogênica ou o é muito pouco
* diagnóstico diferencial com as de W. bancrofti, na Região
Amazônica (ambas circulam no sangue dos pacientes)
Espécies que podem parasitar o homem: 
•Wucheria. bancrofti*
•Brugia malyi
•Brugia timori
•Onchocerca volvulus*
•Mansonella ozzardi
•Dipetalonema perstans
•Dirofilaria immitis
•Loa loa
•Dracunculus medinensis
•* Importância médica no Brasil 
Morfologia: Wuchereria bancrofti
•Filiformes
•compridos
•translúcidos,
•cutícula lisa
•Boca simples
Morfologia: Wuchereria bancrofti
•Fêmeas
• 8 a 10 cm de comprimento por 0,3 mm
de largura.
• Vulva -- próxima da extremidade
anterior
• vagina musculosa
• Resto do aparelho genital duplo
•Machos
• 3,5 a 4 cm por 0,1 mm comprimento
• Extremidade posterior curvada
ventralmente
♀♂
Habitat
•Adultos nos vasos linfáticos ou 
linfonodos:
• entrelaçados (novelos): 
• 1macho +5 fêmeas.
•Vermes  alimentam-se da linfa
•Microfilárias (embriões)
• capilares sanguíneos pulmonares
•Vasos linfáticos
• Circulação periférica (noturna)
Formas de vida
•Vermes adultos
•Machos
•Fêmeas
•Microfilárias (embrião)
•Larvas (no inseto vetor)
Wuchereria bancrofti
Maturidade sexual dos adultos
•~ um anomicrofilárias na circulação
•Adultos: vasos e ganglios linfáticos
• Microfilárias apresentam ciclo circadiano
• Dia: capilares sanguíneos pulmonares
• Noite: sangue periférico (pico na
madrugada)
• Microfilárias só se desenvolvem em larvas
no mosquito
Periodicidade noturna
•atividade noturna  transmitem a infecção para mosquitos
• Região Neotropical, África e Ásia  Culex quinquefasciatus
Wuchereria bancrofti
Longevidade 5-7 anos; mas pode ser bem mais longa
Fêmea  pare embrioes embainhados (microfilárias) 
circulam no sangue  rápida movimentação, chicoteante e
não direcional
Bainha  casca do ovo  distende  envolve a larva L1 
 distingue as microfilárias de W. bancrofti (A) das que não 
apresentam bainha
microfilárias
•possuem uma "bainha" envoltória
•com uma membrana elástica. 
•Há espaço entre a extremidade 
caudal e cefálica. 
•A bainha ajuda na caracterização 
das espécies 
•Movimentam-se ativamente
Figure 1 :Adult gravid female worm with 
numerous microfilariae (Giemsa, ×40)
bainha
estilete 
anterior
células em-
brionárias 
(tegumento 
do verme 
adulto)
anel 
nervoso
poro 
excretor
célula 
excretora
reservas 
nutritivas
primórdio 
genital
outras células 
embrionárias
ânus
núcleos caudais 
distingue as 
microfilárias de W. 
bancrofti das outras 
microfilárias 
eventualmente 
presentes no sangue
Medem 250-300µm
Microfilárias de W. bancrofti
Extremidades anterior e posterior das filárias: A, Wuchereria bancrofti; B, Brugia malayi, C, Loa loa; D, 
Onchocerca volvulus; E, Dipetalonema perstans; F, D. streptocerca; G, Mansonella ozzardi.
Microfilárias de outros filarídios
Microfilárias de W. bancrofti
Ciclo biológico 
do helminto
Heteroxênico
15-20 dias
Em geral
leva-se muito tempo para desenvolver a 
patologia:
1.Infecção é naturalmente difícil
2.Desenvolvimento do verme é muito lento
3.Chance de encontro sexual é remota
Patogênese
•Ação mecânica obstrutiva e 
inflamatória
•Vermes dentro dos vasos linfáticos
• (dilatação e derramamento de linfa)
• Edema
•Ação irritativa
• inflamação
•O período de incubação da filariose
é de 9 a 12 meses.
Formas clínicas
•Assintomática (ou subclínica)
•Eosinofilia pulmonar tropical
•Manifestações agudas
•Manifestações crônicas
Pneumopatia eosinófila tropical
Tosse
Episódios de asma
Aumento do baço
A: diffuse fine nodules.
B: widespread, bilateral 
fine micronodular pattern.
C, D: Patient 2 — low and
high magnification
(× 200 and × 400) views
of a lung biopsy specimen
showed eosinophilic
infiltration of alveolar 
spaces (haematoxylin and
eosin stain).
A infecção humana
2.Microfilaremia
• baixa ou nula produção de
anticorpos específicos
devido a fortes mecanismos
repressores da resposta imunológica
contra os parasitos (microfilárias)
Forma assintomática
Microfilarias no sangue e sem sintomas
◦Muitos possuem danos nos vasos linfáticos
Manifestações Agudas
Linfagite retrógrada
◦Membros inferiores
Adenite
◦ Inguinal, axilar e epitrocleana
Febre e mal-estar
Manifestações crônicas
Linfedema
Hidrocelea mais frequente
adenites, linfangites e edema linfático, 
acumulados sob o escroto, levando a distensão 
e espessamento da túnica vaginal
Quilúria (comprometimento renal)
Elefantíase
Processo de inflamação e fibrose crônica do 
órgão
Hipertrofia da derme
Progressão: esclerose da derme e hipertrofia da 
epiderme
Aumento exagerado do volume do órgão e 
queratinização da pele
The groin node shows eosinophilic abscess containing female adults of Wuchereria
bancrofti. Numerous microfilaria are seen in the uterine cavity, and the gut component is 
also recognized (HE)
Figure 2: Morphology of parasites. (a) Gravid worm in dilated lymphatics. (b) Dead
microfilaria adherent to lymphatic wall. (c) Cross-section of gravid worm showing
internal organs. (d) Dead worm entrapped with fibrinous material attached to lymphatic
wall (H and E, ×100)
Cross-sectional view of a filarial nematode in the spermatic cord, with
surrounding intense eosinophilic inflammatory infiltrate (magnification, ×
400). U = uterine tubes. M = musculature. I = intestine. C = cuticle.
Complicações da filaríase
Infecções bacterianas associadas
Simbionte associado aos vermes adultos e 
microfilárias ordem Rickettsiales (Wolbachia) 
produz toxina que age sobre os tecidos
Anti-helminticos destroem microfilárias (mas 
não o simbionte)  libera-as bactérias e seus 
produtos no sangue  quadro clínico agrava-se 
temporariamente
http://aif.org/2012/10/hope-for-lymphatic-filariasis-patients-in-india/
Hidrocele
Hidrocele - presença de líquido em quantidades anormais dentro do 
escroto e envolvendo o testículo. Pode ser unilateral ou bilateral.
desequilíbrio entre a formação e a absorção do líquido naturalmente 
existente ao redor do testículo. 
Diagnóstico e tratamento da 
hidrocele
•Aumento não doloroso, desconfortável,
do escroto uni ou bilateralmente
•Aumento varia de dimensões
•No adulto a abordagem cirúrgica é pelo
saco escrotal e várias técnicas existem
para sua correção
•Escleroterapia
• o conteúdo líquido da hidrocele éretirado e no seu lugar é colocado um
líquido esclerosante visando causar o
fechamento do espaço em torno do
testículo por fibrose
Sintomatologia e clínica
 Formas clínicas
─ número de larvas inoculadas e de adultos;
─ freqüência das reinfecções
─ número de acasalamento e localização
─ sensibilização do organismo
-- infecções bacterianas
Sintomatologia e clínica
 Fase crônica
 fenômenos obstrutivos
 agravados pelas reações inflamatórias
 fibrose difusa nas áreas de estase linfática: Brasil e África
 hidrocele manifestação mais característica
 Índia e Indonésia elefantíase
Diagnóstico
 Principal método  busca de microfilárias no sangue
noturno (entre as 20 horas e as 4 da madrugada)
 Técnicas são:
- pesquisa em gota espessa de sangue, fixado e 
corado pelo Giemsa
-exame em câmara de contagem
concentração por filtração do sangue
-pesquisa pelo método de Knott (sangue com anti-
coagulante é hemolisado e centrifugado: examinar o
sedimento)
Presença de microfilárias no sangue
segundo a hora (Rachou & Deane).
http://www.filariasis.org/diagnosis.html
Diagnóstico
Não sendo possível colher sangue à noite  dose oral de
dietilcarbamazina (provocará parasitemia diurna (2-8 mg/kg))
Exames de ultra-sonografia permitem detectar e acompanhar os 
vermes adultos no vaso linfático
Testes imunológicos
Baixa sensibilidade (assintomáticos anérgicos)
Positividade em indivíduos já curados
Reações cruzadas
Tratamento
Correções: higiene local da pele, exercício e massagem do membro afetado, meias
elásticas, cirurgia, plástica reparativa
Profilaxia
Controle de insetos vetores
Saneamento ambiental
controle de vetores
drenagem de águas pluviais
Telas, mosquiteiros, inseticidas
Filarioses humanas
Wuchereria bancrofti
(filariose linfática humana)
Onchocerca volvulus
filariose subcutânea humana
Oncocercose
"Mal do Garimpeiro".
Onchocerca volvulus habita tecido 
subcutâneo
Ocorrência em Roraima e 
Amazonas;
Vermes enovelados provocam a 
formação dos nódulos fibrosos;
Larvas responsáveis por lesões:
 pele e
 globo ocular
Morfologia
Os parasitos adultos tem de 2 a 4 cm (macho) e de 30 a 50 
cm (fêmea). 
Transmissão
É transmitida pelo mosquito borrachudo Simulium spp – vivem 3 a 4 
semanas
Simulídeos
Microfilária
•Ativas e dispersam no tecido conjuntivo da pele ;
• Não ocorrem no sangue e abundantes na pele 
durante dia e noite;
• Fêmeas apresentam 3 a 4 ciclos anuais e liberam 1 
a 3 mil microfilárias por dia
Ciclo de vida
Patogênese
Período de desenvolvimento da doença é de 2 
meses a 1 ano. 
Pele
◦ oncocercomas (granulomas, nódulos);
◦ hiperceratose (espessamento estrato córneo); 
◦ atrofia glandular cutânea.
Nódulos
Nódulos 
Lesões oculares
Patogênese
Lesões Linfáticas
Microfilárias podem evoluir para fibrose dos nódulos 
linfáticos;
Olho: larvas cercadas por linfócitos e eosinófilos 
forma o pannus (se caracteriza por um infiltrado de 
origem inflamatória da córnea pelos vasos 
neoformados); 
Alterações do globo ocular, com lesão da córnea, da 
íris, do nervo óptico e da retina.
Diagnóstico
◦ biópsia de pele, oftalmoscopia, nodulectomia, teste de Mazzotti
(dose medicamento e manifestãção cutânea)
Prevenção 
◦ eliminação dos focos do inseto e tratamento dos doentes. 
Tratamento 
◦ Ivermectina mata microfilárias;
◦ Suramina – mata adulto (muito tóxico uso limitado).
◦ Nodulectomia – extirpação de oncocercoma.

Outros materiais