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Tricuríase, por Trichuris trichiura Tricuríase • 604-795 ~milhões de pessoas infectadas no mundo • Mais frequente em áreas de clima tropical e sem saneamento básico. • Fezes humanas no ambiente Tricuríase • Tricuríase, tricurose ou tricocefalose • Nematodo da espécie Trichuris trichiura • 3ª verminose mais comum na espécie humana • No Brasil prevalência é próxima de 30% Crianças apresentam cargas parasitárias mais altas e sintomas mais graves Tricuríase • Doença cosmopolita • 600 -800 milhões de pessoas infectadas • Mais frequente em regiões quentes e úmidas • Doença negligenciada Morfologia • vermes cilíndricos 3-5 cm de comprimento • Verme em formato de chicote • Porção anterior mais delgada e comprida • Porção posterior mais larga Morfologia • Verme em formato de chicote intestino grosso • 3-5 cm • Porção anterior maior e mais adelgaçada • Boca provida de estilete • Esôfago longo desprovido de músculo e conjunto de células glandulares (esticócitos) • Órgão sexual simples (espículo com um “prepúcio”) • Dióicos • Dimorfismo sexual http://www.biolib.cz/IMG/GAL/17331.jpg Macho enrolado ventralmente na porção posterior Morfologia • Os órgãos bucais rudimentares • esôfago sem musculatura, formado por uma coluna de células secretoras (esticócitos) Habitat • Intestino grosso de seres humanos • Porção anterior do corpo mergulhado no ceco e cólon – Parasito tissular • Toda a região esofagiana penetra na camada epitelial da mucosa intestinal Morfologia • Fêmeas produzem de 3- 7 mil ovos por dia • Os ovos têm forma elíptica, com casca tripla, • de tonalidade castanha escura • Poros lipídicos nas extremidades • Extremamente resistentes às condições ambientais • FORMA DE DIAGNÓSTICO – Exame parasitológico de fezes http://www.dpd.cdc.gov/DPDx Casca: 1. Camada lipídica externa 2. Camada quitinosa intermediária 3. Camada vitelínica interna Extremamente resistentes às condições ambientais 50-55 m comprimento x 22 m largura Formato elíptico Poros salientes e transparentes em ambas as extremidades , preenchidos por material lipídico Ovos Transmissão • Ingestão de ovos maduros • Crianças em idade escolar são agentes importantes • Peridomicílio poluição fecal do solo • Ovos extremamente resistentes Ciclo Biológico 2-3 semanas Longevidade 3-4 anos Sexualmente maduros 1-3 meses Patogenia • Fatores que influenciam na gravidade da tricuríase – Carga parasitária • Infecções leves (OMS) - número menor 1.000 ovos/g fezes • Infecções moderadas: 1.000 – 9.999 ovos/g fezes • Infecções graves: acima de 10.000 ovos/g fezes – Idade – Estado nutricional – Distribuição dos vermes adultos no intestino Assintomática Sintomas • Correlação positiva entre parasitemia e gravidade de sintomas Infecções leves • Assintomática • Alterações intestinais discretas e pouco específicas Infecções Moderadas • Dores de cabeça • Dor epigástrica e no baixo abdômen • Diarréia • Naúsea e vômitos • anemia Trichuris in situ http://www.stanford.edu/class/humbio103/ParaSites2002/trichuriasis/trichuris_in_situ.gif Infecções Graves • Diarréia intermitente com muco abundante • Às vezes sangue • Dor abdominal com tenesmo • anemia Infecções Graves • Anemia • Desidratação grave • Perda de peso • Prolapso retal Prolapso retal Processo inflamatório intenso na região retal Edema / intenso sangramento da mucosa TENESMO reflexo da defecação, mesmo na ausência de fezes no reto Esforço continuado + alterações nas terminações nervosas locais Aumento do peristaltismo prolapso retal Image of Dr. Scott Smith http://www.stanford.edu/class/humbio103/ParaSites2002/trichuriasis/trichsymptoms.html Reversível após a eliminação dos vermes e resolução da reação inflamatória Prolapso retal Sintomas em Crianças • Nervosismo • Insônia • Fata de apetite • Eosinofilia • Prolapso retal também pode acontecer Anemia, desnutrição, comprometimento no desenvolvimento físico e cognitivo • Diminuição consumo de nutrientes – Falta de apetite (TNF-) • Aumento das perdas alimentares – Disenteria e vômitos • Prejuízo na absorção de alimentos – Sais minerais (zinco e ferro) Lesões confinadas ao intestino • Mucosa edematosa, com facilidade de sangramentos • Alterações da mucosa restritas ao local de aderência do parasita – Destruição celular e infiltração superficial com eosinófilos, linfócitos e células plasmáticas – Petéquias ou hemorragia subepitelial – Pode provocar reação de hipersensibilidade imediata na mucosa colônica - patogênese da síndrome disentérica Diagnóstico • Na maioria dos pacientes diagnóstico clínico é difícil • Diagnóstico laboratorial – Presença dos vermes na mucosa retal – Presença de ovos nas fezes Tratamento • Pamoato de oxipirantel – (20mg/kg/ dia), duas vezes por dia, dois dias seguidos • Mebendazol – (100mg) duas vezes por dia, três dias seguidos, tem efeito ovicida incompleto, mas é eficaz contra os parasitas adultos • Albendazol – Menos efetivo que o mebendazol para eliminar essa parasitose – Dose única (400mg) tem efeito ovicida incompleto e baixas razões de cura • Dieta rica em fibras Controle • Tratar as pessoas parasitadas • Proteção dos alimentos contra moscas e baratas Nematóides Strongyloides stercolaris Estrongiloidíase ESTRONGILOIDÍASE Parasita - Strongyloides stercoralis • Menor nematodeo parasita homem (0,7mm à 1,5mm); • Distribuição mundial – regiões tropicais; • Podem infectar cães, gatos e macacos. Larva de Strongyloides stercoralis corada pelo lugol (400X). Presença de primórdio genital(1) e vestíbulo bucal curto(2). Morfologia de Strongyloides stercoralis a) Femea parasita b) macho de vida livre c) Femea de vida livre MORFOLOGIA Fêmea partenogenética parasita; Fêmea de vida livre; Macho de vida livre; Ovos – larvas rabditóides e filarióides – solos úmidos, ricos matéria orgânica e temperaturas 25-30ºC. Larva rabditóide Larva filarióide Morfologia Ovo: tamanho : 55 x 30 µm. Forma: oval . Casca fina e transparente parecida com a de ancilostomideos (menores). São ovipostos na mucosa, eclodem em uma larva rabidtidóide que penetra o epitélio glandular e atravessa o lumen do intestino e o exterior pelas fezes. (raramente vistos nas fezes). Morfologia Larva Rabditóide • 220 x 15 um. • cavidade bucal curta. • Estágio Diagnóstico • Nas fezes em 4 semanas da infecção. Porção posterior da larva Filariforme Cauda com extremidade romba da larva Filariforme Estágio infectivo 600 x 20 um. Habitat • Fêmeas partenogenéticas - parede do intestino – nas criptas da mucosa duodenal e porção superior jejuno; • Formas graves - porção pilórica do estômago até intestino grosso. Fêmea adulta mucosa intestinal Nematóides • Reprodução por partenogênese – Larvas rabditóides – filarióides • Heteroinfecção • Autoinfecção externa • Autoinfecção interna • Ciclo pulmonar Disponível em: <http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/Strongyloidiasis.htm>. Acesso em 10 jan 2011. Fecundação – não há fusão do núcleo masc com o oócito Reprodução por partenogênese meiótica L4 larvas 3n - L3 L4 L5 Patologia e Sintomalogia • Penetração do parasito • Ciclo pulmonar – Síndrome de Loeffler • Lesões no intestino – Atividade mecânica e histolítica(alojamento dos vermes na mucosa) – Aumento de secrecão e peristaltismo (duodenojejunite e diarréia) – Fibrose e atrofia da mucosa – Obstrução – Paralisia intestinal • Formas mais graves: pacientes imunossuprimidos Diagnóstico e tratamento • suspeita em casos de diarreia crônica com EPF negativo e eosinofilia; em pacientes imunodeprimidos; • Larvas rabditóides nas fezes – coprocultura • parasitose mais difícil ser tratada; • drogas do grupo benzimidazólicos, albendazol, tiabendazol e a ivermectina – ação somente nos adultos Controle • Saneamento básico • Uso de calçados • Mudança no comportamento humano • Não usar fezes humanas como adubo • Higiene pessoal • Lavagem e proteção de frutas e verduras • Controle larvário com plantas Enterobíase, por Enterobius vermicularis http://www.dpd.cdc.gov/DPDx Enterobíase • Infecta principalmente crianças e pessoas que viem em instituições • Cutícula branca e brilhante, finamente estriada na transversal • 2 expansões vesiculosas - cristas longitudinais • 3 lábios retráteis na boca • Esôfago bem musculoso e bulbo esofagiano • Dimorfismo sexual acentuado 1cm 3-5mm Disponível em: <http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/Enterobiasis.htm>. Acesso em 10 jan 2011. Disponível em: <http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/Enterobiasis.htm>. Acesso em 10 jan 2011. Ovos Superfície pegajosa http://www.dpd.cdc.gov/DPDx Hábitat • Região cecal do intestino grosso humano • As fêmeas não ovipõem, migram para região perianal aonde morrem • Maturação dos ovos 4-6h Transmissão • Ingestão de ovos embrionados • Hetero-infecção: ovos na poeira ou alimentos • Infecção direta: ovos na poeira ou alimentos do mesmo hospedeiro • Escola é um ambiente importante na transmissão transmissão Patologia e sintomatologia • Principalmente crianças • sintomas geralmente leves • Processo de natureza mecânica e irritativa: – Prurido anal (vulvar) – Irritabilidade – Insônia • Casos mais graves: – Inflamação (colite) – Alteração da secreção do muco (diarréia) Diagnóstico • Aspecto clínico do prurido anal • Vermes nas roupas íntima ou períneo • Exame de fezes (5-10%) • Exame de fita sobre a pele (método de Graham) Controle • Particularidade epidemiológica da enterobíase – Confinamento é o maior risco, incidência mundial – Falta de banho – Ambientes fechados (creches, orfanatos) • Prevenção – Evitar confinamento – Promover a higiene pessoal – Doença de “mãos sujas” – Cortar as unhas Tratamento • Albendazol, repetir após 2 semanas • Mebendazol • Piperazina • Tratar a família inteira • Lavar a roupa de cama em temperaturas acima de 50 graus Controle
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