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RESUMO DE SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA 1 Halanna Kimberly ANAMENESE Coletar dados de uma infinidade de fontes para a análise de estado de saúde de um paciente. ∙ TIPOS DE DADOS: Subjetivos: são descritos com a visão do paciente. Objetivos: são observáveis e mensuráveis. Existem três métodos para a coleta de dados: OBSERVAÇÃO - ENTREVISTA - EXAME FÍSICO ∙ INSTRUMENTOS: -Dados de identificação -Queixa principal -História de doença atual -História patológica pregressa -História familiar -Revisão dos sistemas ∙ HABILIDADE INTERPESSOAL É mais desenvolvida tanto por nosso comportamento, quanto por nossa forma de comunicação: os atos falam mais alto que nossas palavras. * mostrar desenvolvimento de comportamento, que favoreçam o relacionamento interpessoal. ∙ COMO OUVIR Seja um ouvinte empático ∙ COMO FAZER PERGUNTAS Qual o principal motivo da sua vinda hoje? MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA/ LAVAGEM DAS MÃOS Lavagem das mãos foi substituído por higienização das mãos. O termo engloba: -Higienização simples; -Higienização anti-séptica -Fricção anti-séptica -Anti- Séptica cirúrgica das mãos * PRINCIPAL VIA DE TRANSMISSÃO DE MICRORGANISMOS É ATRAVÉS DAS MÃOS. Por que higienizar as mãos? Remoção da sujidade, suor, oleosidade, pêlos... Prevenção e redução das infecções. Quem deve higienizar? Todos os profissionais que trabalham em serviços de saúde. Como fazer? Quando fazer? Água e sabão, preparação alcoólica e anti-séptico. ∙ MICROBIOTA DA PELE Bactérias encontradas nas mãos: -Transitória: microrganismos adquiridos por contato direto com o meio ambiente, contaminam a pele temporariamente. -Residente: microrganismo que vivem e multiplicam-se nas camadas profundas da pele, glândulas sebáceas e folículos pilosos. -Microbiota infecciosa: microrganismo de patogenicidade comprovadas, que causam infecções específicas. ∙ MICROBIOTA NORMAL - Residente: pouco associados às infecções veiculadas pelas mãos. - Transitória: coloniza a camada mais superficial da pele, o que permite sua remoção mecânica pela higienização das mãos. ∙ QUAIS OS PRODUTOS INDICADOS PARA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃO? -Álcool gel -Sabão comum - PVPI -clorexedine Uso de água e sabão: quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos corporais. Uso de preparação alcoólica: quando não estiverem visivelmente sujas. Álcool gel: -Vantagens: Menor agressão à pele; Redução de 1/3 do tempo de higienização; Maior adesão; Mais acessível -Desvantagens: Odor nas mãos Não substitui a limpeza com água e sabão Uso de anti-séptica Indicação: Higienização anti-séptica: -casos de precaução de contato - casos de surtos Degermação da pele: - pré-operatório -antes da realização de procedimentos invasivos. Clorexidine -alcoólica ou detergente -remoção microbiota transitória e residente -estável em matéria orgânica EXAME FÍSICO GERAL Investigação e estudo dos sintomas e sinais apresentados pelo paciente. O exame clínico é a parte mais importante na obtenção do diagnóstico. SINAIS X SINTOMAS O que é? Caracteriza-se por ser a parte da avaliação clínica em que o enfermeiro levanta dados pertinentes do estado físico do paciente, permitindo a identificação de problemas de enfermagem. Método clínico: ∙ ENTREVISTA ∙ INSPEÇÃO ∙ PALPAÇÃO ∙ PERCUSSÃO ∙ AUSCULTA ENTREVISTA -Anamenese ∙ identificação ∙ linguagem comum ∙ comunicação ∙ queixa principal ∙ cronologia ∙ intensidade ∙ fatores de melhora e piora INSPEÇÃO O enfermeiro observa o estado aparente de saúde, nível de consciência, estado nutricional e de hidratação, estatura, postura, atividade motora, cor da pele, higiene pessoal, humor e fala. A inspeção pode ser estática, paciente em repouso, ou dinâmica, no qual observa os movimentos corporais do paciente e as alterações decorrentes. SEMIOTÉCNICA - olhando frente a frente a região a ser examinada (inspeção frontal-padrão) - observando tangencialmente. PALPAÇÃO Recolhe dados através do tato e pressão. -Tato: impressões sobre a parte mais superficial. -Pressão: sobre partes mais profundas. Existem várias técnicas de palpação e sua escolha depende do local a ser examinado e do que pretende investigar. ∙ textura ∙ espessura ∙ consistência ∙ sensibilidade ∙ volume ∙ reconhecimento de flutuações ∙ elasticidade SEMIOTÉCNICA - aquecer as mãos -atenção as unhas Tipos: -palpação com mãos espalhadas, usando-se toda a palma de uma ou ambas as mãos palpação com uma mão sobrepondo-se à outra -mãos em garra - dedos pinça - dorso dos dedos -palpação bimanual -fricção com algodão -puntipressão -digitopressão Pontos para uma palpação eficaz: - indivíduo deve relaxar -examinador tranquilo e gentil -aqueça as mãos - regiões dolorosas por último -comece suavemente, superficial, depois aprofunda. - orientação técnica de relaxamento - faça compressões intermitentes (leves), melhor que contínua ou duradouras. - evite situações de dor ou possibilidade de causar lesões -tensão muscular compromete a eficiência - observar sinais não verbais de desconforto. PERCUSSÃO Golpear a pele com toques curtos e firmes para avaliar estruturas subjacentes. Geram vibrações palpáveis e som característico. Usa principalmente para: -delimitar órgãos -detectar coleções de líquidos ou ar. -perceber formação fibrosas teciduais O som é influenciado pela espessura da parede e pela natureza das estruturas subjacentes. * Dois métodos utilizados para percussão; -DIRETA (imediata) -DÍGITO-DIGITAL (mediata) SEMIOTÉCNICA Direta: golpeia-se diretamente com as palpas dos dedos e a região alvo. Digito-digital: golpeando-se com a borda ungueal do médio da mão direita a superfície dorsal da segunda falange do dedo médio. Percussão com a borda da mão: os dedos ficam estendidos e unidos, golpeando-se a região desejada com a borda ulnar, procurando ver se a manobra provoca alguma sensação dolorosa. SONS: ∙ maciço: obtido quando se percutem regiões sólidas ou desprovidas de ar. ∙ timpânico: produzido pela percussão de cavidades fechadas que contêm ar. ∙ ressonante ou claro pulmonar: tecido pulmonar normal. ∙ hiper-ressonância: pulmões com hiperinsuflação, como no enfisema. ∙ macicez pétrea: não existe ar presente, musculatura coxa, ossos ou tumor. Mãos sempre disponíveis Fornecem respostas instantâneas Não tem efeitos colaterais. AUSCULTA ∙ Use a campânula para ouvir sons graves. ∙ Use o diafragma para ouvir sons agudos. Consiste na aplicação do sentido da audição para ouvir sons ou ruídos produzidos pelos órgãos. SEMIOTÉCNICA Inclinação das auriculares, no sentido do nariz. Eliminar: -ruído ambiental -aquecer o esteto -eliminar pêlos -expor o paciente -cuidados com os próprios artefatos. Como posicionar o paciente para o Exame Físico? É necessário que o paciente fique em várias posições durante o exame. Escolha a mais apropriada para que se quer observar ∙ sentada ∙ dorsal/supina ∙ decúbito dorsal ∙ litotômica/ginecológica ∙ sims ∙ decúbita ventral ∙ decúbita lateral ∙ genupeitoral ∙ posição em pé/ ortostática Normas gerais para execução do exame físico -iluminação adequada -respeitar a privacidade do paciente -realizar o exame nosentido céfalo-caudal - as mãos do examinador devem estar aquecidas e com unhas cortadas - o paciente deve estar relaxado e confortável - em órgãos pares, deve-se iniciar o exame pelo lado não afetado -monitorar a expressão facial do paciente em relação a manifestação de desconforto e dor -evitar interrupções e/ou interferências -evitar comentários e expressões acerca do problema encontrado -solicitar colaboração do paciente. ECTOSCOPIA (ou inspeção geral) É a observação do indivíduo como um todo, avaliando o estado geral de saúde e as características físicas mais evidentes. Aspectos a serem avaliados: -Avaliação física -Estrutura corporal -Mobilidade -Comportamento MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS -peso: retirar sapatos e roupas pesadas -altura: sem sapatos, em pé e olhando para frente. SINAIS VITAIS -PA -FR -FC -T -DOR -TOSSE EXAME DO SISTEMA TEGUMENTAR Epiderme: camada mais exterior e fina -renovação contínua, totalmente substituída em 4 semanas. -não é vascularizada Derme ou córion: rico em vaso sanguíneo -tec. conjuntivo (colágeno), resistente e fibroso. -receptores sensitivos, vasos sanguíneos e linfáticos - glândulas sebáceas e sudoríparas, folículos pilosos. Subcutânea/ areolar/ panículo adiposo -vasos sanguíneos e células adiposas. PÊLOS -hastes longos e delgados, formados de ceratina. -composto por bulbo e raiz -cada pêlo tem seu folículo piloso. UNHAS - as células epidérmicas transformam em placas rígidas de ceratina. - formadas de raiz, placa e leito ungueal, lúnula e cutícula. HISTÓRICO DE PELE ∙ Buscar queixas: -lesão de pele -prurido -erupção -anormalidades de pigmentação ACHADOS ANORMAIS ∙ Pruridos: pode ser agravado pelo aumento da temperatura, redução do turgor cutâneo, vasodilatação local, dermatose e estresse. ∙ Urticária: reação cutânea vascular conhecida como vergões. ∙ Alopecia: desenvolvimento é gradual, diz respeito a perda de cabelos. - difusa - em placas -total ∙ cliente em uso de quimio ou radioterapia ∙ doença de pele ∙ fatores hormonais. AVALIAÇÃO PELE, PÊLOS E UNHAS ∙ use luvas durante o exame ∙ inspeção e palpação ∙ avaliar sistematicamente mesmo que o cliente refira apenas uma lesão localizada ∙ se toda a superfície não for examinada, terá diagnóstico incorreto e planejamento inadequado. PELE- SEMIOTÉCNICA Exame físico Condições básicas para exame -inspeção -iluminação adequada -palpação -desnudamento das partes a serem examinadas -conhecimento dos procedimentos semiotécnicos Coletar dados quando a : ∙ coloração ∙ continuidade ou integridade ∙ umidade ∙ textura ∙ espessura ∙ temperatura ∙ elasticidade ∙ mobilidade ∙ turgor ∙ sensibilidade -AVALIAÇÃO PELE, LESÕES PIGMENTADAS (ABCDE) Assimetria de uma lesão pigmentada Borda irregular Cor variável ou cor preta Diâmetro maior que 6mm Elevação ou crescimento excessivo. -ALTERAÇÕES COMUNS DA COLORAÇÃO ∙ sardas (efélides): pequena expansão plana do pigmento de melanina ∙ nevo (mancha): proliferação de melanócitos de cor marrom, acastanhados, planos ou elevados. ∙ marca de nascença: podem ser de cor marrom a castanho. - ALTERAÇÕES NA COLORAÇÃO DA PELE ∙ Albinismo: ausência total do pigmento melanina ∙ Vitiligo: despigmentação em placa por destruição de melanócitos ∙ Palidez: a pele assume a cor de tec. conjuntivo(colágeno). -generalizada: em todo o corpo. -localizada: restrita em alguma área. ∙ Pletora ou hiperemia ou eritema: aumento de sangue circulante na rede vascular do subcutâneo, cor rósea chegando ao vermelho. -generalizada: febre, insolação -localizada: fugaz, rubor facial, processo inflamatório.. ∙ Cianose: cor azulada ou arroxeada na pele -central: doenças cardíacas ou pulmonar crônica -periférica: exposição ao frio. ∙ Icterícia: aumento de bilirrubina no sangue. Expressa-se por uma cor amarela. ex.: hepatite, anemia falciforme. AVALIAÇÃO PELE ∙ umidade: normal- pele com quantidade mínima de transpiração. Palpação e sensação tátil. ∙ textura: pele normal é lisa, firme, áspera e enrugada. Semiotécnica: deslizamento das polpas digitais sobre a superfície cutânea. ∙ edema: é o fluido que se acumula nos espaços intercelulares e sua ocorrência costuma ser rara. Mais evidentes nas partes inferiores do corpo. ∙ mobilidade: capacidade da pele movimentar-se sobre os planos profundos subjacentes. Mobilidade normal, diminuída ou ausente (em edemas, cicatrizes, neoplasias) e aumentada (idosos) ∙ turgor: é a capacidade de retroceder rapidamente. Normal: prega desfaz rápido; diminuída: prega demora. ∙ temperatura: utiliza as costas (dorso) das mãos para bilateralmente o corpo . Hipotermia: a temperatura abaixo do normal; Hipertermia: aumento da temperatura, devido o aumento da taxa metabólica. ∙ integridade da pele: a pele é íntegra, sem solução de continuidade, barreira eficaz de proteção. INTEGRIDADE X LESÕES Manchas ou máculas: podem ser: ∙ pigmentares: -hipocrômicas ou acrômicas: diminuição ou ausência de melanina. -hipercrômica: aumento de pigmento melanínico. ∙ vasculares: distúrbios da microcirculação da pele. -telangiectasias: dilatação de vasos terminais, microvarizes, nervos vasculares. -eritemas ou hiperêmica: decorrente da vasodilatação, desaparecem quando pressionadas. ∙ hemorrágicas: são decorrentes de traumatismo, causadas por alterações capilares e discrasias sanguíneas, coloração de vermelho- arroxeadas até o amarelo. Podem ser: -petéquias: puntiforme -equimoses: placas -Hematomas: elevação da pele (palpável) Pápulas Elevação sólida da pele, pequeno tamanho. -superficiais -podem ter várias formas e coloração. Tumor Lesão sólida e elevada com mais de 2mm. Nódulo Lesão firme e elevada que atinge a camada mais profundas do que a pápula e estende-se para dentro da derme. Urticária ou lesão urticada Lesões sólidas, achatadas, diferentes formas, pruriginosas, eritematosas. Líquens ou liquenificação Espessamento da pele com acentuação de estrias, formação de crosta hipercromia da área (eczema). Edema Acúmulo de líquidos no espaço intersticial, pele lisa e brilhante. Vesícula Elevação delimitada da pele, contém líquido em seu interior (varicela, herpes) Bolhas ou flictenas elevação da pele, contém líquido no interior; diâmetro >0,5cm Pústulas Vesícula ou bolhas com conteúdo purulento (acne) Erosão ou exulceração Inexistência da parte superficial da pele, pode ser traumática. Fissura ou rágades Perda de substância linear, superficial ou profunda, compromete camada epitelial, dobras cutâneas e ao redor de orifícios naturais. Escamas Lâminas epidérmica secas que desprendem-se da superfície cutânea. Crosta Proveniente do ressecamento de secreção serosa, sanguínea, purulenta ou mista que recobre uma área cutânea já lesionada. Escara Porção do tecido subcutâneo necrosado Cicatriz Tecido fibroso causado por traumatismo ou incisão cirúrgica. -tipos: atrófica (estrias) e hipertrófica (queloide) Melanoma Pode ocorrer em qualquer área do corpo, origina-se de um sinal pré-existente. CABELOS E PÊLOS Semiotécnicas: inspeção e palpação (esfregue os fios) -Avaliar: cor, textura, distribuição e lesões. -Alterações: cabelos sem vida, quebradiços, ausênciade pêlos, piolhos, seborreia (caspas). UNHAS Semiotécnicas: inspeção e palpação. -Avaliar: forma e contorno, espessura, cor e enchimento capilar. Coiloníquia Unhas finas, brancas e opacas com bordas laterais elevadas. Onicólise Afrouxamento com separação do leito ungueal. Paroníquia Infecção. SINAIS VITAIS Monitorização da condição do paciente ou de identificação de problemas. Interpretação dos sintomas Verificação dos sinais vitais ∙ TEMPERATURA: é diferença entre a quantidade de calor produzida pelos processos corporais e a quantidade de calor perdida para o ambiente. Pode ser: oral, membrana timpânica, axilar e retal. Padrão normal: -axilar 36 a 37ºC -retal 36,4 a 37,4ºC -oral 36,2 a 37,2ºC Termos: Afebril: 36 a 37ºC Estado febril 37,5 a 38.9ºC Febre 37,8 a 38,9ºC Pirexia 39 a 40ºC Hiperpirexia acima de 41ºC Hipotermia abaixo de 35ºC Hipertermia acima de 37,8 ºC Normatemia temperatura normal ∙ FREQUÊNCIA CARDÍACA ∙ FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA: responsável pela troca de O2 e CO2 entre a atmosfera e sangue circulante. Ela envolve: ventilação: gases para dentro e fora difusão: movimento dos gases nos alvéolos perfusão: distribuição dos glóbulos vermelhos Frequência: crianças: 30 a 40 incursões por minuto. adultos: 12 a 20 (normal) -Termos Eupnéia: consiste na frequência e na profundidade normais da ventilação. Taquipnéia: acima do normal Bradipnéia: abaixo do normal - apnéia: parada respiratória -ortopnéia: respiração facilitada em posição vertical Respiração sibilante: com sons que se assemelham a assobios Respiração de Cheyne-Stokes: respiração em ciclos, que aumenta e diminui, com período de apneia. Respiração de Kussmaul: inspiração profunda, seguida de apneia e expiração suspirante. Dispnéia: dor ou dificuldade ao respirar. ∙ PRESSÃO ARTERIAL: são sinais que refletem o funcionamento do sistema circulatório. Dez pontos podem ser examinados. -Média normal: lactante 120 a 160 mmHg idade inferior a 7anos: 80 a 110 superior a 7anos: 75 a 110 adolescentes: 60 a 90 adulto: 60 a 110 -Deve ser avaliado: frequência, ritmo, força e igualdade. -Termos: Normocardia: F normal Braquicarida: F abaixo do normal Taquicardia: F acima do normal -bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico -taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico PA é a força lateral, sobre as paredes de uma artéria, exercida pelo sangue pulsando devido a pressão do coração. -Termos corretos Normotenso: PA normal Hipertenso: acima do normal Hipotenso: abaixo do normal. EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO Identificar disfunções presentes no sistema nervoso. Determinar os efeitos dessas disfunções na vida diária do paciente. Detectar função de risco de vida. *REALIZAR ANAMNESE COM PERGUNTAS RELACIONADAS AO EXAME EXAME NEUROLÓGICO -dados do EF geral Consciência: definida como conhecimento de si mesmo e do ambiente lesões no córtex podem ocasionar distúrbios de conteúdo de consciência: afasia, agnosia. SRAA: sistema reticular ativador ascendente. -avaliação do nível de consciência ∙ perceptividade: relacionada à função cortical ∙ reatividade: relacionada ao tronco cerebral, mecanismo de reflexos. ∙ inespecífica: reação é abrir os olhos ∙ à dor: reação é retirar um membro ∙ vegetativa: controle de funções vegetativas (estímulos auditivos e táteis) Alterações mais comuns: -letargia ou sonolência= paciente acorda com estímulo auditivo -estado confusional agudo= caráter flutuante com intervalo de lucidez -obnubilação= muito sonolento, precisa de estímulos intensos -estupor ou torpor= mais sonolento, estímulo doloroso -coma= estado que o indivíduo não demonstra conhecimento de si e do ambiente. Nível de consciência -escala de coma de glasgow (ECG) -escala de Ramsay ∙ Pacientes sedados. -Avaliação pupilar Observar: diâmetro, forma e reação a luz. Comparar uma pupila com a outra e observar diferenças. Diâmetro da pupila: -mantido pelo SNA: simpático (midríase=dilatação) parassimpático (miose =contração). -pupilas de mesmo diâmetro: isocóricas -pupilas maior que a outra: anisocóricas (notar qual está maior). Forma pupilar: -geralmente arredondadas -formas anormais: ∙ ovoides: hipertensão intracraniana ∙ buraco de fechadura: catarata ∙ irregular: trauma na órbita. Fotorreação pupilar ∙ depende do nervo óptico ∙ avalia-se as duas pupilas ∙ avalia a velocidade da resposta. -Avaliação da função motora Avaliar tônus e força muscular Mede forças dos m.m.i.i. e m.m.s.s. Compara-se membros do lado oposto Avaliação da força muscular: -comprometimento da força -ausência de força -hemiparesia: diminuição da força na metade do corpo -hemiplegia: paralisia na metade do corpo -paraplegia: ausência de força muscular dos m.m.i.i. -tetraplegia: paralisia dos quatros membros -Avaliação da função sensitiva Tátil: pequeno pincel, algodão ou pedaço de papel de seda. Térmica: tubos de ensaio com água quente e gelada. Dolorosa: alfinete de ponta fina Avaliação -analgesia: perda ou ausência de sensibilidade à dor -hiperalgesia: exacerbação da sensibilidade à dor. -anestesia: suspensão geral ou parcial da sensibilidade -hipoestesia: perda ou diminuição de sensibilidade em determinada região do corpo. -hiperestesia: distúrbio neurológico que se dá ao excesso de sensibilidade de um sentido ou órgão a qualquer estímulo. -parestesia: dormência ou formigamento -Avaliação da função cerebelar Paciente com disfunção; -incoordenação motora -instabilidade na marcha -incoordenação de movimentos Teste de Romberg= labirintite Tocar o nariz com o dedo Marcha. -Avaliação dos nervos cranianos Doze pares de nervos cranianos: I – Nervo olfatório: nervo sensitivo e, como sugere seu nome, transmite impulsos relacionados ao olfato. ∙ anosmia: ausência de cheiro ∙ hiposmia: diminuição da capacidade olfatório II – Nervo óptico: suas fibras estão relacionadas aos impulsos visuais. Passa pelo forame óptico e tem função de visão, sua origem se dá na retina. Chega até o crânio pelo canal óptico. Lesão: perda dos campos nasais e temporais. ∙ Hemianopsia: não possui visão em metade do campo visual de cada olho. Responsáveis pelos movimentos oculares: III, IV e VI III- Nervo óculo-motor: tem a função de motricidade dos músculos ciliar, esfíncter da pupila e grande parte dos músculos extrínsecos do bulbo do olho, sua origem se dá nos pedúnculos cerebrais. IV- Nervo troclear: passa pela fissura orbital superior, tem a função de motricidade do músculo oblíquo superior do bulbo do olho, é originado nos pedúnculos cerebrais. VI- Nervo abducente: nervos predominantemente do tipo motor, responsáveis por informações relacionadas aos movimentos dos olhos, incluindo também o ajustamento do foco e de luz. Algumas fibras sensitivas atuam no que se diz respeito a informações relativas às condições musculares do indivíduo. Lesão do III e VI leva a estrabismo. V- Nervo trigêmeo: sensibilidade da face e função motora. Fibras motoras estão relacionadas aos músculos da mastigação; e as do tipo sensitivas, enviam mensagens dos olhos, glândulas lacrimais, pálpebras, dentes, gengivas, lábios, palato, pele da face e couro cabeludo. V.1- oftálmico V.2- maxilar V.3- mandibular VII- Nervo facial: fibras motoras fornecem impulsos relacionados à expressão facial e liberação de lágrimas e saliva.Fibras sensitivas são responsáveis por aspectos relacionados à gustação. Funções motoras e sensitivas, teste de doce e salgado. ∙ hemiparesia facial ∙ desvio de lábios ∙ não fechamento de pálpebras VIII- Nervo vestíbulo-coclear: está relacionado ao equilíbrio corporal e audição. Acuidade auditiva. IX- Nervo glossofaríngeo: fibras sensitivas são responsáveis pelos impulsos originários da faringe, tonsilas, língua e carótidas; e as motoras, por levar impulsos às glândulas salivares e músculos faríngeos. Abrir a boca e dizer 'ah', observar elevação e contração do palato mole e úvula. X- Nervo vago: relacionado aos batimentos cardíacos, funcionamento dos pulmões e sistema digestório, fala e deglutição. Reflexo de deglutição, funções motoras, sensitivas, sensoriais e vegetativas, reflexo de vômito. XI- Nervo acessório: do tipo motor, enviando mensagens aos ombros, pescoço, faringe, laringe e palato mole. Avaliar a capacidade de encolher os membros e fazer rotação da cabeça. XII- Nervo hipoglosso: também motor, sendo responsável pelos movimentos dos músculos da língua, faringe e laringe -Avaliação dos reflexos. Reflexos tendinosos profundos: testar reflexos dos bíceps, tríceps, bradicardia, patelar e do tendão de Aquiles. Reflexos superficiais: babinski, cremastérico e abdominais. EXAME FÍSICO DE CABEÇA E PESCOÇO Identificar principais sinais físicos encontrados Descrever os achados físicos Conhecer as principais alterações. Técnica: inspeção e palpação Crânio: linha imaginária Face: olhos, nariz, seios paranasais, boca, orelha e pescoço. Cabeça: observação. -tamanho e forma do crânio -posição e movimento -superfície do couro cabeludo -exame da face -exame dos olhos e supercílios -exame do nariz -exame dos lábios -exame da cavidade oral -exame otorrinolaringológico Crânio Mensuração do perímetro cefálico com fita métrica em volta do crânio -fossa occipital e frontal. Utiliza-se técnicas e verifica-se: tamanho, forma, posicionamento, pontos dolorosos, couro cabeludo, ulcerações, tumorações e depressões. Alterações: macrocefalia: crânio anormalmente grande microcefalia: crânio anormalmente pequeno Couro cabeludo Normal: liso, sem descamações ou lesões. Avalia-se com técnica de corrida. Características: quantidade, integridade, cor e higiene. -Couro cabeludo e cabelos: Alterações: inflamação (foliculites, abscesso) pediculose: lêndeas e piolhos sujidade e seborreia. Face Técnicas e verificação: -simetria -pele -expressão fisionômica ou mínima facial= denuncia o humor -fácies= traços específicos de doenças -movimentos Podem ser: ∙ involuntários (tiques nervosos) ∙ voluntários: avaliar o 7º nervo -enrugar a testa -fechar os olhos cerradamente -mostrar os dentes -assobiar -encher as bochechas de ar Olhos Inspeção e palpação, frente a frente e boa iluminação. Avalia-se: ∙ Globo ocular= movimento e acuidade visual. Tamanho, simetria e distância. ∙ Supercílios e cílios= quantidade, cor, direção, tamanho ∙ Estruturas externas: -pálpebras -cílios -sobrancelhas ∙ Estruturas internas: -conjuntiva; membrana mucosa que reveste a parte interna da pálpebra -esclerótica: túnica externa branca e fibrosa do globo ocular -córnea: recobre a esclera -íris -pupila: diâmetros ∙ Reflexo fotomotor pupilar -teste com lanterna clínica >reflexo fotomotor direta (constrição da pupila estimulada) >reflexo fotomotor consensual (constrição da pupila oposta) ∙ Acuidade visual: -testa a 2º par craniano -utiliza-se carta de Snellen: teste do oftalmologista Orelhas Inicia-se com inspeção Observa-se a movimentação da pele atrás e na frente das orelhas, além da cartilagem, para que se determine a existência ou não de sensibilidade. >alterações: anomalias congênitas e adquiridas. Canal auditivo externo: -encontra-se cerume, pele íntegra, pêlos, sensibilidade normal à tração e pressão pré-auricular. -membrana timpânica Nariz Possui mucosa úmida, rosada e vermelha, sem desvio de septo, lesões ou pólipos. Teste com lanterna Apalpe os seios paranasais, em busca de sensibilidade. CAVIDADE ORAL Boca É limitada anteriormente pelos lábios, inferiormente pelo assoalho da boca, onde repousa a língua. Lábios Formados pela transição pele-mucosa e umedecidos pela saliva Examina-se na cavidade oral: dentes, bochechas e gengivas Alterações na mucosa oral: aftas. Língua Situa-se medialmente, musculatura recoberta de mucosa úmida avermelhada, possuindo papilas em seu dorso. Para avaliá-la: repouso, para fora e tocando o palato duro. Palato duro e mole: são róseos a avermelhados com linha simétrica. Amígdalas: muitas vezes não são visíveis. Úvula: é rósea. Pescoço Deve avaliar: pele e musculatura, cadeias ganglionares (linfonodos), traqueia, tireoide, mobilidade, vasos sanguíneos. Forma cilíndrica, regular e grande mobilidade, livre e indolor. ∙ forma e volume ∙ mobilidade ∙ turgências das jugulares ∙ traqueia ∙ cadeias ganglionares ∙ tireoide. EXAME FÍSICO DO TÓRAX Ao exame físico encontramos: a árvore traqueobrônquica e os alvéolos limpos; as pleuras são finas e encontram-se próximas. ∙ Inspeção: vemos que a mobilidade da parede torácica não é afetada. A traqueia ocupa a linha média do corpo. ∙ Palpação: o frêmito tátil e transmissão de sonos vocais estão normais. ∙ Percussão: o som está claro. ∙ Ausculta: o murmúrio vesicular está universalmente audível e normal. O tórax É a cavidade cercada pelas costelas e pela coluna vertebral. É uma região em que estão localizados os pulmões e o coração. Anatomia A numeração das costelas e dos espaços intercostais é feita de cima para baixo. A 1ª costela não é acessível à palpação por estar situada atrás das clavículas Para reconhecimento da 2ª costela, toma-se como referência o ângulo de Louis. Linhas e regiões do tórax ∙ linha médio esternal ∙ linha paraesternal ∙ linha hemiclavicular ∙ linha axilar anterior ∙ linha médio-espinhal (vertebral) ∙ linha escapular ∙ linha axilar anterior ∙ linha axilar média ∙ linha axilar posterior Pleura Fina e deslizante forma um invólucro entre os pulmões e a parede torácica. Pleura visceral: reveste a parte externa dos pulmões. Pleura parietal: reveste a parte interna da parede torácica e o diafragma. Vias aéreas superiores Proteção de corpo estranhos Aquecimento Filtração Umidificação do ar inspirado ∙ nariz ∙ boca ∙ faringe ∙ laringe Vias aéreas inferiores ∙ traqueia ∙ brônquios ∙ bronquíolos ∙ alvéolos Anamnese Avaliar sintomas respiratórias: -quando e em que situação os sintomas ocorrem com maior frequência? -o aparecimento é gradual ou súbito? -há quanto tempo ocorrem? -o que os alivia? Queixas respiratórias mais comuns -dispneia -tosse -expectoração -hemoptise -dor torácica Dispneia ∙ Questionar: -surge em movimento, repouso ou em atividade -quando deita (ortopedia) -constante - o acordar a noite: dispneia paroxística noturna -duração dos episódios -medidas de alívio. Tosse ∙ Resposta reflexa a estímulos irritantes na laringe, traqueia ou brônquios. ∙ agentes externos: poeira, frio... ∙ agentes internos: muco, pus, sangue... ∙ questionar -início -frequência-dolorosa, produtiva, seca -escarro: colorações (claro, amarela, verde, sanguinolento), odor, aspecto (aquoso, mucoide, espumoso, espesso) e quantidade. História familiar ∙ membros da família que apresentam: -asma -enfisema -DPOC- doença pulmonar obstrutiva crônica -câncer de pulmão -infecções respiratórias -tuberculose presença de familiares tabagistas História e estilo de vida ∙ profissão: agentes ambientais podem contribuir (poeira, produtos químicos) ∙ condições de moradia ∙ tabagismo ∙ uso de drogas Inspeção do tórax ∙ estática Forma do tórax -abaulamentos -depressões -variações normais (sexo, idade e biótipo) Formas anormais -tórax em tonel ou barril -tórax cifótico -tórax escoliótico -outros ∙ dinâmica -estado da pele -estruturas superficiais da parede torácica -tipo respiratório: observa-se atentamente a movimentação do tórax e abdome torácica NORMAL abdominal -ritmo observa-se durante um certo tempo (1') regular ou irregular NORMAIS: o ritmo da respiração é dado pela sucessão regular dos movimentos respiratórios. ANORMAIS: ∙ taquipnéia: respiração rápida e superficial ∙ bradipnéia: respiração lenta e superficial ∙ hiperpnéia: respiração rápida e profunda ∙ apneia: parada respiratória ∙ respiração de Cheyne-Stokes: períodos de respiração de Biot ou atáxica: irregular, incursões superficiais ou profundas e com pausas (cessam por curtos períodos) ∙ respiração de Kussmaul: respiração profunda e sua frequência pode ser rápida sem pausas. -frequência ∙ idade -recém nascido= 40-45 r.p.m. -lactente= 25-35 r.p.m. -pré-escolares= 20-35 r.p.m. -escolares= 18-35 r.p.m. -adultos= 12-20 r.p.m. taquipnéia bradipnéia apneia eupneia -amplitude ∙ respiração profunda: sono tranquilo ∙ respiração superficial: esforços e emoções Ao se instalar alteração no ritmo respiratório anormais, os movimentos costumam ficar mais amplos. -tiragem Quando a passagem de ar para os pulmões é dificultada ou impedida, levando a depressão dos espaços intercostais. Pode ser restrita, unilateral ou bilateral. -expansibilidade alguns autores sugerem quem é melhor avaliada na palpação ALTERAÇÕES: expansão não-uniforme atelectasias, PNM, pneumotórax, fratura de costelas Palpação do tórax ∙ Estrutura da parede torácica -pele -tecido celular subcutâneo -músculos -cartilagem -ossos ∙ Expansão simétrica ∙ Frêmito tóraco vocal -vibrações percebidas na parede torácica pela mão do examinador quando o paciente emite algum som - "trinta e três" -vibrações mais fortes são sentidas em áreas de consolidação pulmonar (pneumonia), cavidades grandes e superficiais. -ou abolodo- anormalidades que afastam o pulmão da parede torácica: derrame/espessamento pleural. -redução bilateral: enfisema pulmonar Percussão do tórax Semiotécnica -anterior/lateral: paciente deitado posterior- paciente sentado -ruído gerado pelo golpe= 'dígito-digital' Ressonância é um som claro e oco. ∙ Sons -claro pulmonar: normal com timbre grave e oco. -hipersonoridade: aumento de ar nos pulmões ou no espaço pleural. São mais intensos e timbre mais grave. Ex. pneumotórax. -timpânico: ocos, semelhantes e rufar de tambor. Áreas que contêm ar. Ex.: estômago. -maciço: ruídos surdos e secos. Em regiões desprovidas de ar. Ex.: coxa, osso. -submaciço: suaves, de alta frequência. Presença de ar em quantidade restrita. Alterações dos sons -hiper-ressonância pulmonar (aumento de ar nos alvéolos- enfisema pulmonar) -macicez (diminuição ou desaparecimento do som pulmonar ou inexistência de ar nos alvéolos- derrame, espessamento pleural, pneumonias, Tb, neoplasias). -timpânico (ar aprisionado no espaço pleural- pneumotórax) Semiotécnica -paciente sentado, de preferência (deitado) -respirar um pouco mais profundamente com os lábios entreabertos -som normal- são criados pela movimentação do ar que entra e sai das VA, com variações em sua localização e tamanho. Ausculta do tórax Semiotécnica ∙ Som normal -som traqueal ou brônquico ou tubular: audível sobre a traqueia, é um ruído intenso (como se soprasse dentro de um tubo). A fase inspiratória dura a metade da fase expiratória. -som bronco vesicular: é uma combinação de som traqueal e murmúrio vesicular. Audível na área de projeção da traqueia e brônquios maiores, nas regiões intraclaviculares, interescapular (regiões apicais dos pulmões, especialmente à direita). Igual intensidade em ambas as fases do ciclo respiratório. -murmúrio vesicular ou vesicular: é produzido pela turbulência do ar ao entrar nos alvéolos. É um som de tom baixo, mais intenso e de duração maior na inspiração do que na expiração (quase não se ouve). Audível em todos os campos pulmonares. ∙ Crepitações -audíveis quando ocorre abertura súbita das pequenas vias aéreas contendo líquido. -também chamadas de estertores. -som: esfregando uma mecha de cabelo contra os dedos. Velcro -auscultados durante a inspiração e não desaparecem com a tosse. -encontrada: edema pulmonar, fibrose, bronquite, bronquiectasia e pneumonia. -ex.: bronquite, asma, enfisema. ∙ Subcrepitantes -estertores bolhosos -assemelha-se ao rompimento de pequenas bolhas -auscultados no final da inspiração e no início da expiração. -ex.: edema pulmonar e PNM ∙ Ronco -consequência da passagem do ar através de estreitos canais repletos de secreções. -auscultados durante a expiração e podem desaparecer com a tosse. -ocorre quando produção excessiva de muco, pneumonia, bronquite ou bronquiectasia. ∙ sibilos -ruídos musicais sussurrantes -auscultados na inspiração e expiração -podem ser audível sem estetoscópio -associado a asma e broncoconstrição -ex.: bronquite, crises asmáticas, broncoespasmo ∙ Atrito pleural -decorrente da inflamação pleural -ruído semelhante a um roçar de dois pedaços de couro esfregados um com o outro. -audíveis na inspiração e expiração sobre a área de inflamação. Ex.: pleunte. EXAME CARDIOVASCULAR Anamnese -obter informações precisas: início dos sintomas motivo atividades diárias Sintomas -dor: tipo: aperto, facada, latejante localização: valorizar dor precordial intensidade: escala de 0 a 10 irradiação: pescoço, braço esquerdo, região epigástrica, costas. duração: início e término, contínua ou intermitente fatores relacionados: pequenos, médios ou grandes esforços; emoções associação: náuseas, sudorese, palpitação, tontura, síncope. Tratamentos anteriores -clínicos: medicamentos, dietas -cirúrgicos: qualquer cirurgia -procedimentos invasivos: cateterismo, cardíaco com angioplastia ou valvuloplastia -implantes de dispositivo: marca-passos. Antecedentes familiares e pessoais -doenças crônicas na família -se o paciente é portador de Diabetes, hipertensão -tabagismo, etilismo e sedentarismo -história de dislipidemias -faixa etária de risco: 40 anos para homens e 45 para mulheres -estresse -uso de anticoncepcionais -medicamentos utilizados em casa: uso regular ou não -hipertensão na gravidez Exame físico -observar dados do exame físico geral -exame específico com três passos propedêuticos inspeção palpação ausculta Dados que se relacionam com o sistemas cardiovascular: -peso e altura -PA -pulso -temperatura -respiração -nível de consciência -pele, mucosase anexos -estase jugular -ascite -edema -membros Pressão arterial -relação direta com o DC -aferir em ambos os braços e pernas -observar variações -uma diferença de 10 mmHg entre os braços pode indicar presença de síndrome do desfiladeiro torácico ou outras formas de obstrução arterial. -PA elevada nos braços e normal ou baixa nas pernas sugere presença de coarctação da aorta. CLASSIFICAÇÃO DA PA Classificação da PA de acordo com a medição casual ou no consultório a partir de 18 anos de idade Classificação PAS (mm Hg) PAD (mm Hg) Normal ≤ 120 ≤ 80 Pré-hipertensão 121-139 81-89 Hipertensão estágio 1 140 – 159 90 – 99 Hipertensão estágio 2 160 – 179 100 - 109 Hipertensão estágio 3 ≥ 180 ≥ 110 Quando a PAS e a PAD situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da PA. Considera-se hipertensão sistólica isolada se PAS ≥ 140 mm Hg e PAD < 90 mm Hg, devendo a mesma ser classificada em estágios 1, 2 e 3. Pressão limítrofe: é a pressão máxima que o paciente pode ter antes de entrar no quadro de hipertensão (130-139 e 85-89). Pulso -observar pulso: batimentos intensidade: cheio ou filiforme ritmo: regular ou irregular suspeita de doenças cardíaca: verificar por 1 min. para detectar arritmias. observar frequência cardíaca no pulso apical. 60 a 100 bpm. -pulsos arteriais apical carotídeo femoral tibial posterior braquial poplíteo dorsal do pé radial Nível de consciência -diminuição do DC: alteração na consciência em virtude do hipofluxo cerebral Estase jugular -pacientes portadores de IC. -inspecionar veias do pescoço -distensão das veias do pescoço: alterações de pressão e volume dentro do átrio direito -examinar como paciente em decúbito de 45º. -basear em escala de cruzes: de + a ++++. Edema -Insuficiência ventricular direita. -medir por escala de cruzes: de + a ++++ -aparece durante todo o dia? -observar: membros, pálpebras e região sacral. -geralmente afeta primeiro os MMII. Inspeção e palpação da carótida: -localização: medial ao esternocleidomastóideo -palpação suave, sem pressão excessiva. -em idosos ausculte a carótida com campânula (3 pontos): presença de sopro Jugulares: -inspeção: pte deitado, sem travesseiro e observe pulsações. -palpação da jugular interna: em geral não tem pulsação mas se encontrar cuidado para não confundir com a carótida. -o pulso da jugular cai e desaparece à medida que o paciente é colocado sentado. Inspeção: -visualizar o impulso apical -avaliação do precórdio: paciente em decúbito dorsal com o tórax exposto -encontrar o ictus cordis: localizado no 5º espaço intercostal esquerdo na linha hemiventricular. -mulheres: difícil visualização por cauda da mama. Palpação: -procurar o ictus cordis: utilizar polpas digitais -quando localizado para cima: elevação do diafragma (ascite, gravidez) -quando localizado para baixo: enfisema, pneumotórax. Ausculta: -método semiológico que oferece informações valiosas sobre sons cardíacos -sons cardíacos: bulhas cardíacas -deve ser feita com o precórdio descoberto. -é realizada em pontos do tórax Pontos de ausculta cardíaca -foco aórtico: 2º espaço intercostal à direita -foco pulmonar: 2º espaço intercostal à esquerda -ponto de ERB: 3º espaço intercostal -foco tricúspide: base do apêndice xifoide -foco mitral: 5º espaço intercostal. ápice do coração Ausculta Observe ritmo e frequência: -ritmo: classificando-o em regular ou irregular. -frequência: número de batimentos cardíacos em 1 min. Normal de 60-100 bpm. -se encontrar alterações procure por déficit de pulso. -arritmias cardíacas: é quando há alterações no ritmo, frequência ou ambos. Ausculta cardíaca -observar frequência e ritmo cardíacos. -identificar sempre a primeira bulha (B1) e segunda bulha (B2). -procure ruídos adventícios (anormais) terceira bulha quarta bulha sopros atritos ∙ primeira bulha (B1) -está ligada ao fechamento das valvas mitral e tricúspide (valva atrioventricular) -marca o início da sístole (contração ventricular) -é melhor ouvida no foco mitral e tricúspide. -B1 é mais intensa das duas bulhas no ápice -B2 normalmente sempre é mais alta na base do coração - as duas tem intensidade quase idêntica na altura da borda esternal esquerda: ponto de ERB (situa no 3º espaço intercostal esquerdo) -tum-tá: o tum é a B1 e o tá é a B2 ∙ terceira bulha (B3) -conhecida como galope ventricular -ritmo assemelha-se ao galope de um cavalo: 'tum-tá-tá" -fisiológica ou patológica -significa que o ventrículo não está suficientemente complacente para aceitar o volume de enchimento sem força adicional -sinal de insuficiência cardíaca -ocorre em distúrbios de sobrecarga de volume (regurgitação mitral ou tricúspide) -ventrículo esquerdo não complacente: som na área mitral -ventrículo direito não complacente: som na área tricúspide. ∙ quarta bulha (B4) -ocorre tardiamente na diástole -associada a aceleração e desaceleração do sangue que entra na câmara. Relacionado a contratilidade atrial -indica sobrecarga sistólica, hipertensão ou doença arterial coronária. -galope atrial ou pré-sistólica: "tum-tum-tá" -fisiológica ou patológica -pode ocorrer no foco tricúspide ou mitral. Sopros -ruído vibratório, soprante ou ressonante -fluxo sanguíneo turbulento -tipos: inocente e patológico -sopro inocente: na ausência de cardiopatia mais ouvido na área pulmonar pode aumentar com fatores que aumentam o DC. -sopro patológico: estenose valvar: incapacidade de abertura adequada das valvas insuficiência valvar: incapacidade de fechamento adequado das valvas permitindo regurgitação do sangue defeito septal: defeito na parede septal que separa as duas câmaras cardíacas. EXAME FÍSICO DO ABDOME Abdome: a maioria dos órgãos gastrointestinais e acessórios para a digestão situam-se no abdome. Para o exame abdominal devemos reconhecer: ∙ divisão do abdome em regiões: -a divisão do abdome pode ser em 4 quadrantes ou em 9 regiões -para se dividir em quadrantes utiliza-se imaginar uma linha vertical e um horizontal que se cruzam perpendicularmente na cicatriz umbilical, obtendo: quadrante superior esquerdo quadrante superior direito quadrante inferior direito quadrante inferior esquerdo ∙ projeção dos órgãos na parede abdominal Exame físico: a realização do exame abdominal deve ter a seguinte ordem: ∙ inspeção: o abdome é plano, apresenta ligeira depressão na parte superior e uma ligeira proeminência na inferior. Sua rede venosa superficial não é visível. A pulsação mediana supra umbilical da aorta abdominal é somente observada em indivíduos magros. Investiga-se: -forma e volume: variam de acordo com a idade, sexo e o estado de nutrição do cliente -problemas: abdome globoso (abscesso, abdome agudo), abdome em batráquio (ascite), abdome em avental (obeso), retraído ou escavado (desidratação de 3º grau) -abaulamento localizado: distensão dos segmentos do tubo digestivo, visceromegalias acentuadas, tumores, hérnias, etc. -pele: cicatrizes, lesões -pêlos -cicatriz umbilical: é mediana, simétrica, com depressão circular Problemas: protrusão, deslocamento para cima, baixo ou lateralmente, tumorações (inflamatórias,neoplásicas), hérnias (manobra da tosse) Forma é plana ou levemente retraída Tem valor prático o encontro da protrusão da cicatriz umbilical, que indica a existência de hérnia ou acúmulo de líquido na região. Gravidez: aplanamento ou protrusão ∙ ausculta: ruídos hidroaéreos (RH) ligeira pressão do estetoscópio ∙ percussão: o som predominante é o timpânico, próprio das vísceras ocas. É um som claro e de timbre baixo, semelhante a batida de um tambor Esse som varia conforme o tamanho das vísceras, a quantidade de sólidos, líquidos e gases no interior das mesmas. Posicionar o paciente em decúbito dorsal, com tronco e abdome expostos, em ambiente com boa luminosidade e temperatura adequada. Sons abdominais à percussão: 1 timpanismo 2 hipertimpanismo 3 submacicez 4 macicez Objetivo: em todos os quadrantes. identificar ar, gases e líquidos na cavidade abdominal e determinar o tamanho do órgão. -ASCITE -PERCUSSÃO POR PIPAROTE -sistematizar- quantidade de líquido na cavidade abdominal -aspecto globoso -cicatriz umbilical: plana ou protrusa ∙ palpação: antes de realizá-la deve-se prestar atenção aos seguintes pontos: -observar se há dor -fazer inicialmente palpação superficial -aproveitar a fase inspiratória para aprofundar mais a palpação -distrair a atenção do cliente, para relaxá-la -observar suas reações -verificar sensibilidade, mobilidade, consistência dos órgãos -sempre observar uma ordem a palpar 1 palpação superficial: estudo da parede abdominal e das vísceras que podem alcançar a parede (deprimir 1 cm). 2 investiga-se: sensibilidade, resistência da parede, continuidade da parede, pulsações, reflexo cutâneo-abdominal. 3 palpação profunda: em seguida a palpação superficial, aumentando gradativamente a pressão exercida pela mão que palpa. É empregada para palpar as vísceras, massas ou tumores. Se encontrar tumores verificar a localização, volume, forma (malignos são irregulares e os benignos são mais regulares), consistência (malignos são mais duros), sensibilidade (malignos são geralmente indolores) mobilidade (malignos são geralmente fixos). Sinal de irritabilidade peritoneal: sinal de Blumberg ou de descompressão dolorosa. EXAME DE ÓRGÃOS ∙ estômago: é de difícil palpação, é indolor e se houver hipersensibilidade pode ser por afecção gástrica. ∙ ceco e apêndice: o apêndice é de difícil palpação e deve ser indolor. -problema: apendicite. ∙ fígado: técnicas para apalpá-lo: bimanual, em garra. ∙ baço: raramente palpável no indivíduo adulto ∙ rins: geralmente indolores, de consistência firme, superfície lisa e regular ∙ bexiga: não é visível, mas pode ser palpável. ∙ reto: examina-se a região anal e perianal.
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