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Rotinas trabalhistas

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ROTINAS TRABALHISTAS 
Incluindo férias
CONTRAÇÃO DO EMPREGADO
Art. 41 - Em todas as atividades será obrigatório para o empregador o registro dos respectivos trabalhadores, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
 Parágrafo único - Além da qualificação civil ou profissional de cada trabalhador, deverão ser anotados todos os dados relativos à sua admissão no emprego, duração e efetividade do trabalho, a férias, acidentes e demais circunstâncias que interessem à proteção do trabalhador
CONTRATO DE TRABALHO
Art. 443 - O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado.
§ 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. 
§ 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando 
b) de atividades empresariais de caráter transitório
PRAZO DETERMINADO 
a)	de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo;
Art. 445 - O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451
PRAZO DETERMINADO 
b)	de contrato de experiência.
 Parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias.
CONTRATO DE TRABALHO
Art. 479 - Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a titulo de indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato.
Art. 481 
 	Aos contratos por prazo determinado, que 	contiverem cláusula asseguratória do 	direito recíproco de rescisão antes de 	expirado o termo ajustado, aplicam-se, 	caso seja exercido tal direito por qualquer 	das partes, os princípios que regem a 	rescisão dos contratos por prazo 	indeterminado.
CONTRATO DE TRABALHO
Art. 480 - Havendo termo estipulado, o empregado não se poderá desligar do contrato, sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem.
§ 1º - A indenização, porém, não poderá exceder àquela a que teria direito o empregado em idênticas condições.
CONTRATO DE TRABALHO
 Art. 451 - O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo. 
 Art. 452 - Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos.
VERBAS RESCISÓRIAS 
CONTRATO DETERMINADO 
CONTRATO INDETERMINADO 
CUIDADOS COM O CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO 
O artigo 451 da CLT determina que o contrato de experiência só poderá sofrer uma única prorrogação, sob pena de ser considerado contrato por prazo indeterminado.
45 + 45
60 + 30
30 + 60 (NÃO RECOMENDADO)
CUIDADOS COM O CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO 
 a ) Contrato de experiência que termina na sexta-feira, sendo que a empresa trabalha em regime de compensação dos sábados: a empresa que trabalha em regime de compensação deve pagar na semana do término do contrato de experiência, as horas trabalhadas para a compensação do sábado como extras, ou dispensar o empregado do cumprimento da referida compensação;
 A compensação do sábado fará com que o contrato de experiência se transforme em contrato por prazo indeterminado.
b) Contrato de experiência que termina no sábado:
O contrato de experiência que termina no sábado não dá direito ao empregado de receber o domingo, pois desta forma passa a ser contado como de prazo indeterminado
c) Contrato de experiência que termina em dia que não há expediente: 
o término do contrato de experiência em dia que não há expediente deve ser pré-avisado ao empregado no último dia trabalhado e já comunicado, que deverá comparecer no primeiro dia útil ao término, no departamento pessoal da empresa para recebimento das verbas rescisórias.
SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
	Interromper provisoriamente o contrato de 	trabalho, mantendo o contrato em vigor, 	sem contabilizar tempo de serviço. 
Exemplos: 
Auxílio doença, após o 16° dia. 
Aposentadoria por invalidez.
Greve legal. 
Mandato sindical.
Licença não remunerada.
Aborto criminoso. 
INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO 
	Interromper provisoriamente o contrato 	de 	trabalho, mas continua a contabilizar o 	tempo de serviço e o empregado recebe 	salário. 
Férias.
Aviso prévio não trabalhado. 
Licença-maternidade. 
Auxílio doença, até quinze dias. 
Licença paternidade. 
ACIDENTE DE TRABALHO 
No afastamento por acidente do trabalho, ocorre a interrupção do contrato de trabalho, considerando-se todo o período de efetivo serviço. O contrato não sofrerá solução de descontinuidade, vigorando plenamente em relação ao tempo de serviço.
Conclui-se, então, que se o período de afastamento do empregado resultar menor que o prazo estabelecido no contrato de experiência, após a alta médica o empregado continua o cumprimento. Se o período de afastamento do empregado resultar superior ao prazo estabelecido no contrato de experiência, o citado contrato, se não houver interesse na continuidade da prestação dos serviços do empregado, será extinto na data pré-estabelecida.
No caso do contrato de experiência não haverá problemas quanto a estabilidade provisória, devido tratar-se de um contrato por prazo determinado.
INDENIZAÇÃO ADICIONAL 
A indenização adicional prevista no artigo 9º das Leis nºs 6.708/79 e 7.238/84, ou seja, quando houver rescisão do contrato de trabalho no período de 30 dias que antecede a data-base da categoria do empregado, não será devida quando houver a extinção do contrato de experiência, uma vez que ela só é devida quando ocorre rescisão sem justa causa.
Rescisão Antecipada
Ocorrendo rescisão antecipada do contrato de trabalho, entende-se que o empregado fará jus à indenização adicional do art. 9º das Leis nºs 6.708/79 e 7.238/84, além da indenização citada no art. 479 da CLT, uma vez que a rescisão antecipada é uma rescisão sem justa causa.
SALÁRIO / REMUNERAÇÃO 
 Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.
§ 1º - Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador. (Redação dada pela Lei nº 1.999, de 1.10.1953)
 § 2º - Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não excedam de 50% (cinquenta por cento) do salário percebido pelo empregado. (Redação dada pela Lei nº 1.999, de 1.10.1953)
§ 3º - Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer título, e destinada a distribuição aos empregados. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
 Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade. (Redação dada pela Lei nº 1.723, de 8.11.1952)
 § 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos. (Redação dada pela Lei nº 1.723, de 8.11.1952)
 § 2º - Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregadortiver pessoal organizado em quadro de carreira, hipótese em que as promoções deverão obedecer aos critérios de antiguidade e merecimento. 
 Art. 463 - A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente do País.
 Parágrafo único - O pagamento do salário realizado com inobservância deste artigo considera-se como não feito.
 Art. 464 - O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo.
 Parágrafo único. Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fim em nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local de trabalho. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.528, de 10.12.1997).
465. O pagamento dos salários será efetuado em dia útil e no local do trabalho, dentro do horário do serviço ou imediatamente após o encerramento deste.
 Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinquenta por cento". 
Jornada de trabalho 
Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
 XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
PERÍODO DE DESCANSO 
Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso. 
Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte.
Parágrafo único - Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização.
Art. 68 - O trabalho em domingo, seja total ou parcial, na forma do art. 67 , será sempre subordinado à permissão prévia da autoridade competente em matéria de trabalho. 
FOLHA DE PAGAMENTO
CONFERÊNCIA DA FOLHA DE PAGAMENTO COM O CARTÃO PONTO E DEMAIS RELATÓRIOS PARA O PAGAMENTO DAS VERBAS SALARIAIS
 
O Responsável pelo Setor de Pessoal deve manter os seguintes entendimentos:
 
Se a empresa estiver pagando a menor as verbas trabalhistas, essas diferenças poderão vir a ser reivindicadas em reclamatórias trabalhistas em função da incorreção;
Se a empresa estiver pagando a maior as verbas trabalhistas, há um prejuízo de imediato; 
A empresa tem um curtíssimo prazo para descontar do funcionário as verbas pagas a maior, no entanto os valores pagos a menor ao funcionário podem ser reivindicados em até 02 anos após sua saída da empresa, para reclamar os últimos 05 anos;
Não importa se o erro é a favor ou contra a empresa, ocorrendo o erro deve ser reparado para que não mais ocorra;
 
Manter a Convenção Coletiva de Trabalho dos funcionários, normalmente cada Sindicato tem suas peculiaridades, bem como se atentar para o fato que as empresas com filiais em outras regiões devem adotar a CCT da respectiva região.
 
TESTES 
Através de amostragens o Setor de Pessoal deverá selecionar cartões ponto e conferir se os dados apontados no cartão ponto estão refletindo na folha de pagamento. Exemplo:
- nº de dias trabalhados,
- nº de faltas,
- nº de horas extras c/ 50%,
- nº de horas extras c/100%,
- nº de horas de adicional noturno,
- outros que julgar necessário.
 
As comissões devem ser pagas mediante relatório autorizado pelo setor comercial, bem assim esse relatório deve ser analisado, por amostragem, se reflete a realidade das comissões devidas.
 
Esses procedimentos de checagem ajudam a evitar erros e oferecem maior segurança aos dados processados pelo setor.
CÁLCULOS NA FOLHA DE PAGAMENTO QUE DEVEM SER AVERIGUADOS
 
O responsável pelo Setor de Pessoal deverá conferir os cálculos constantes na folha de pagamento, observando as leis trabalhistas e a CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO de cada categoria e cada estabelecimento da empresa (matriz, filial, escritório). 
 
Normalmente, a Convenção Coletiva de Trabalho tem suas peculiaridades que interferem no cálculo na folha de pagamento. Deve-se atentar para as categorias estabelecidas em bases sindicais diferentes, pois têm exigências distintas (Ex.: funcionário da matriz e da filial), bem como funcionários no mesmo estabelecimento mas com categorias diferenciadas.
 
1) Hora extra com adicional de 50%
 
44 horas semanais
 
(salário base : 220) + 50%=
 
36 horas semanais (telefonista, turno ininterrupto revezamento, enfermagem, etc.)
 
(salário base : 180) x + 50%=
 
2) Hora extra com adicional de 100% (domingos e feriados)
 
(salário base : 220) + 100%=
(salário base : 180) + 100%=
 
3) Hora extra insalubre
 
(salário base + insalubridade): 220 + 50%=
 
4) Hora extra periculosa
 
(salário base + periculosidade) : 220 + 50%=
 
5) Hora extra noturna
 
A Hora extra noturna é devida se o funcionário trabalhou em horário extraordinário das 22:00hs até as 05:00hs do dia seguinte.
 
(salário base : 220 + 50%) + 20% =
6) DSR horas extras
 
(valor HE 50% + valor HE 100%) x (nº de domingos+ feriados no mês)
 nº de dias úteis (incluir o sábado)
 
7) DSR comissões
 
(valor das comissões pagas no mês) x (nº de domingos+ feriados no mês)
 nº de dias úteis (incluir o sábado)
 
8) DSR adicional noturno
 
(valor Adicional Noturno no mês) x (nº de domingos+ feriados no mês)
 nº de dias úteis (incluir o sábado)
10) DSR insalubridade
 
(valor Adic. Insalubridade ) x (nº de domingos+ feriados no mês)
 nº de dias úteis (incluir o sábado)
 
11) Insalubridade
Divide-se em grau mínimo (10%), médio (20%) e máximo (40%), calculada sobre o salário mínimo
 
Exemplo grau médio
[(Salário mínimo x 20%): 220] x nº de horas trabalhadas em condições insalubres
 
Obs.: DSR s/ insalubridade – quando o funcionário trabalha o mês todo em atividades insalubres, sendo pago integralmente 20% sobre o salário mínimo não se calcula o DSR sobre a insalubridade, pois o funcionário está percebendo a insalubridade sobre as 220 horas mensais. Porém, quando trabalha algumas horas no mês (exemplo 95 horas) deve ser calculado o DSR sobre as horas de insalubridade, devido o DSR não estar incluso nas horas pagas.
 
b12) periculosidade
 
Calculada em 30% sobre o salário base do empregado nas atividades que configure trabalho exposto a materiais explosivos ou inflamáveis e eletricidade. Exemplo: tanques de combustíveis, caldeiras, eletricidade. A periculosidade é determinada pelo Engenheiro ou Médico de Trabalho mediante perícia.
 
salário base x 30%
13) Adicional Noturno 
 
Considera-se noturno, nas atividades urbanas, o trabalho realizado entre as 22:00 horas de um dia às 5:00 horas do dia seguinte, Conforme determina o artigo 73 da Consolidação das Leis do Trabalho Nas atividades rurais das 21:00 às 4:00hs.
 
A hora normal tem a duração de 60 (sessenta) minutos e a hora noturna, por disposição legal, nas atividades urbanas, é computada como sendo de 52 (cinqüenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.
 
A hora noturna, nas atividades urbanas, deve ser paga com um acréscimo de no mínimo 20% sobre o valor da hora diurna e 25 % nas atividades rurais, exceto condições mais benéficas previstas em acordo, convenção coletiva ou sentença normativa.
 
Vale lembrar, que o valor pago a título de adicional noturno deve ser demonstrado em separado, pois a hora extra trabalhada no período compreendido entre as 22:00horas de um dia às 5:00 horas do dia seguinte, deverá ser computada com tempo reduzido p/ 52 minutos e 30 segundos, bem como o adicional noturno sobre horas extras, deverá ser calculado com base na remuneração daquelas horas.
 
Vale lembrar que a prorrogação da jornada após ás 5:00 horas da manhã será considerado como hora extra noturna, com direito ao adicional e à redução de 52,5 minutos ( §5º do art. 73, da CLT e Orientação Jurisprudencial nº6 do TST. Por exemplo: inicia o trabalho às 22:00 e trabalha até às 07:00 horas da manhã do dia seguinte, serão computadas como horas extras noturnas e com redução, das 5:00 às 7:00horas.
Salário base x 20% =
14) Pensão Alimentícia 
 
A pensão alimentícia deduz a base de cálculo para fins de retenção do IRRF.
 
O pagamento da pensão alimentícia deverá ser efetuado mediante a forma que o juiz a determinou:
 
- sobre o valor bruto do salário
Sobre o valor bruto aplica o percentual determinado pelo juiz.
 
-sobre o valor líquido do salário
Quando o juiz determina percentual sobre o valor líquido do salário.
 
 
As importâncias descontadas a menor do funcionário, para pagamento da requerente da pensão judicial, poderão ser exigidas da empresa, pelo não cumprimento da determinação judicial.
 
DESCONTO DO VALE – TRANSPORTE
 
O setor deve observar o limite de 6% para o desconto do vale-transporte sobre o salário-base e comissões (não podendo efetuar o desconto sobre horas extras, adicional noturno, insalubridade, DSR, e outros adicionais); 
 
O Departamento de Pessoal deve solicitar que o funcionário apresente anualmente a Declaração de Utilização do Vale Transporte.
 
Os cálculos devem sendo feitos proporcionais aos dias trabalhados no mês, em função das admissões e demissões;
 
Os vales não utilizados pelo funcionário estão sendo descontados na rescisão ou se existe evidência de que os mesmos foram devolvidos pelo funcionário (as devoluções podem ser constatadas no formulário de controle de estoque dos vales, caso a empresa não tenha controle). 
 
A legislação faculta à empresa descontar integralmente os vales transporte e refeição entregues no início do mês da rescisão e não utilizados pelo funcionário, porém deve ser de interesse da empresa o desconto do vale transporte e refeição não utilizados pelo funcionário.
 
O desconto do vale está sendo integral até o limite do valor do preço pago pela aquisição, para os funcionários cujo desconto de 6% é superior ao preço pago pelo vale, ou seja não pode descontar valor maior do que o vale-transporte custa para a empresa;
 
DESCONTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
 
Contribuição dos empregados
 
A Contribuição Sindical dos empregados será recolhida de uma só vez e corresponderá à remuneração de um dia de trabalho, qualquer que seja a forma de pagamento.
 
Nos termos do art. 582, § 1º, letras "a" e "b" da CLT, considera-se um dia de trabalho o equivalente a:
Uma jornada normal de trabalho, se o pagamento ao empregado for feito por unidade de tempo (hora, dia, semana, quinzena ou mês);
1/30 (um trinta avos) da quantia percebida no mês anterior, se a remuneração for paga por tarefa, empreitada ou comissão.
 
O desconto da contribuição sindical corresponde a um dia normal de trabalho, ou seja, vai ser composta da remuneração que corresponda à jornada diária normal do empregado. Assim, as horas extras não irão compor, uma vez que estas horas são realizadas além da jornada normal.
a) Salário Pago em Utilidades
 
Quando o salário for pago em utilidades, ou nos casos em que o empregado receba, habitualmente, gorjetas, a Contribuição Sindical corresponderá a 1/30 avos da importância que tiver servido de base, no mês de janeiro para a contribuição do empregado à Previdência Social (art. 582, § 2º da CLT).
 
b) Desconto
 
Os empregadores são obrigados a descontar da folha de pagamento de seus empregados, relativa ao mês de março de cada ano, a Contribuição Sindical por estes devidas aos respectivos sindicatos.
 
c)Admissão Antes do Mês de Março
 
Empregado admitido no mês de janeiro ou fevereiro, que não consta anotação na CTPS de que foi feito desconto da Contribuição Sindical na empresa que trabalhou anteriormente, terá o desconto da Contribuição Sindical também no mês de março, ou seja, no mês destinado ao desconto.
d) Admissão no Mês de Março
 
Deve-se verificar se o empregado não sofreu o desconto respectivo na empresa anterior, caso em que este não poderá sofrer outro desconto. Referida hipótese deverá ser anotada na ficha de Registro de Empregados.
 
Caso não tenha ocorrido qualquer desconto, o mesmo deverá ocorrer no próprio mês de março, para recolhimento em abril.
 
e) Admissão Após o Mês de Março
 
Os empregados que forem admitidos depois do mês de março serão descontados no primeiro mês subseqüente ao do início do trabalho. Como exemplo, pode-se ter aquele empregado admitido no mês de abril, sem que tenha havido em outra empresa o desconto da Contribuição Sindical, o seu desconto será efetuado em maio e o respectivo recolhimento será em junho (art. 602 da CLT).
f) Empregado Afastado
 
O empregado que se encontra afastado da empresa no mês de março, sem percepção de salários, por motivo de doença, acidente do trabalho ou licença não remunerada, deverá sofrer o desconto da Contribuição Sindical no primeiro mês subseqüente ao do reinício do trabalho.
 
Exemplo:
 
Empregado sofreu acidente de trabalho em fevereiro, e só retornou à atividade em junho. O desconto da Contribuição Sindical deverá ser efetuado em julho e recolhido em agosto
g) Aposentado
 
O aposentado que retorna à atividade como empregado e, portanto, é incluído em folha de pagamento, fica sujeito normalmente ao desconto da Contribuição Sindical.
O art. 8º, inciso VII da Constituição Federal determina também que o aposentado filiado tem direito de votar e ser votado nas organizações sindicais.
 
h) Profissional liberal com vínculo empregatício
 
Considera-se profissional liberal aquele que exerce com independência ou autonomia profissão ligada à aplicação de seus conhecimentos técnicos e para a qual possua diploma legal que o autorize ao exercício da respectiva atividade.
 
Os profissionais liberais poderão optar pelo pagamento da Contribuição Sindical unicamente à entidade sindical representativa da respectiva profissão, desde que a exerça, efetivamente, na firma ou empresa e, como tais, sejam nelas registradas. Neste caso, o profissional deverá exibir a prova da quitação da contribuição, dada por sindicato de profissionais liberais, onde o empregador deixará de efetuar, no salário do contribuinte, o desconto a que se refere o art. 582 da CLT.
 
i) Profissional Liberal Com Vínculo Empregatício - Não Exercício da Atividade Equivalente a Seu Título
 
Os empregados que, embora liberais, não exerçam na empresa atividade equivalente a seu título, deverão contribuir à entidade sindical da Categoria Profissional preponderante da empresa, ainda que, simultaneamente, fora da empresa, exerça sua atividade liberal e efetue a respectiva Contribuição Sindical.
SALÁRIO FAMÍLIA 
Limite do salário-de-contribuição
Valor da Cota (por filho)
Quem recebe salário de até R$=859,88
R$=44,09
Quem recebe salário de R$=859,89 atéR$=1.292,43
R$=31,07
DESCONTO PREVIDÊNCIA SOCIAL
SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO (R$)
ALÍQUOTA INSS
atéR$=1.659,38
8,00
deR$=1.659,39até R$=2.765,66
9,00
deR$=2.765,67 até R$= 5.531,31
11,00
DESCONTO IRRF
Base de Cálculo (R$)
Alíquota (%)
Parcela a Deduzir do IR (R$)
Até1.903,98
-
-
De1.903,99 até 2.826.65
7,5
142,80
De2.826,66até3.751,05
15
354,80
De3.751,06até4.664,68
22,5
636,13
Acima de4.4664,68
27,5
896,36
Dependente R$=189,59
INSALUBRIDADE
O exercício de trabalho em condições de insalubridade assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo, equivalente a:
40%, para insalubridade de grau máximo;
20%, para insalubridade de grau médio;
10%, para insalubridade de grau mínimo;
ELIMINAÇÃO DAINSALUBRIDADE
No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa.
A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento do adicional respectivo.
A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:
a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância;
b) com a utilização de equipamento de proteção individual.
PERICULOSIDADE 
O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador a percepção de adicional de 30%, incidente sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa.
ATIVIDADES PERIGOSAS
São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado
OPÇÃO 
O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido.
O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho.
ADICIONAL NOTURNO 
O trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % pelo menos, sobre a hora diurna.
A hora do trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos. 
 Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.
FÉRIAS – ASPECTOS GERAIS 
Férias é o período de descanso anual, que deve ser concedido ao empregado após o exercício de atividades por um ano, ou seja, por um período de 12 meses, período este denominado "aquisitivo".
 
As férias devem ser concedidas dentro dos 12 meses subsequentes à aquisição do direito, período este chamado de "concessivo".
 
A lei não permite a conversão de todo o período em pecúnia, ou seja, "vender as férias", apenas autoriza que 1/3 do direito a que o empregado fizer jus seja convertido em dinheiro.
Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração. 
Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes;
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas;
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas;
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas.
§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço.
§ 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço.
Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, viva sob sua dependência econômica; (Inciso incluído pelo Decreto-Lei n.º 229 , de 28-02-67, DOU 28-02-67 e alterado pelo Decreto-Lei n.º 926 , de 10-10-69, DOU 13-10-69) 
II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; (Inciso incluído pelo Decreto-Lei n.º 229 , de 28-02-67, DOU 28-02-67) 
III - por 1 (um) dia, em caso de nascimento de filho, no decorrer da primeira semana; (Inciso incluído pelo Decreto-Lei n.º 229 , de 28-02-67, DOU 28-02-67) 
Obs.: O parágrafo 1º do Art. 10 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição Federal dispõe ser de 5 (cinco) dias o prazo da licença-paternidade, até que seja disciplina o disposto no inciso XIX do Art. 7º da Constituição Federal. 
IV - por 1 (um) dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada; (Inciso incluído pelo Decreto-Lei n.º 229 , de 28-02-67, DOU 28-02-67 
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva; (Inciso incluído pelo Decreto-Lei n.º 229 , de 28-02-67, DOU 28-02-67 
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra c do art. 65 da Lei n.º 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar). (Inciso incluído pelo Decreto-Lei n.º 757 , de 12-08-69, DOU 13-08-69) 
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior. (Acrescentado pela Lei n.º 9.471 , de 14-07-97, DOU 15-07-97) 
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo. (Acrescentado pela Lei n.º 9.853 , de 27-10-99, DOU 28-10-99) 
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro. (Acrescentado pela Lei nº 11.304, de 11-05-2006, DOU 12-05-2006)
PERDA DO DIREITO 
Perderá o direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo:
deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subsequentes à sua saída;
permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias;
deixar de trabalhar, com percepção do salário por mais de 30 (trinta) dias em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa. Neste caso a empresa comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com antecedência mínima de 15 dias, as datas de início e fim da paralisação total ou parcial dos serviços da empresa, e, em igual prazo, comunicará, nos mesmos termos, ao sindicato representativo da categoria profissional, bem como afixará aviso nos respectivos locais de trabalho; e
tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente do trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos.
A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social.
Novo período aquisitivo iniciará quando o empregado, após o implemento de quaisquer das condições previstas anteriormente, retornar ao serviço.
TEM DIREITO À REMUNERAÇÃO? 
Pelos casos apresentados como desencadeadores da perda do direito às férias, pode-se constatar que em todos eles há o rompimento da prestação de serviço por parte do empregado, ou seja, no decurso do período aquisitivo o empregado deixa de trabalhar para a empresa, o que dá direito a esta a se isentar da obrigação prevista no art. 129 da CLT.
Há que se mencionar que a partir do momento que o empregado perde o direito às férias, novo período aquisitivo deve ser iniciado, o que ocorre a partir da data de seu retorno ao trabalho.
O instituto férias tem por finalidade proporcionar ao trabalhador um período de recuperação física e mental após um período desgastante de 12 meses de atividade laboral, além de proporcionar uma remuneração que possibilite desfrutar de atividades de lazer com sua família sem comprometer o sustento familiar, daí a obrigação da empresa em pagar, além do salário normal, o terço constitucional.
Se esta finalidade é atingida por qualquer das condições apresentadas acima (licença remunerada, falta de vínculo, auxílio-doença ou acidente e paralisação da empresa), no entendimento do legislador não haveria obrigação por parte da empresa em conceder novo período de descanso.
Como se pode perceber um dos objetivos (descanso) até pode-se dizer que é atingido, já que não há prestação de serviço. Já o do acréscimo da remuneração, nem tanto, pois nos casos previstos não há obrigação da empresa remunerar o empregado com o terço constitucional.
Por contadisso é que o legislador tratou tais situações como exceção, ou seja, não há como a empresa simplesmente parar suas atividades, concedendo licença remunerada aos empregados e pagando somente o salário normal, com o intuito de se abster do pagamento do terço constitucional, garantindo apenas o descanso de 30 dias. Se há paralisação e não há motivo de força maior, caracteriza-se férias coletivas e, neste caso, o pagamento das férias com o adicional constitucional deve prevalecer.
Também não se pode obrigar o empregado a se licenciar do emprego durante 30 dias, alegando a necessidade de realização de curso profissional, remunerando-o pelo salário fixo e atribuindo a perda das férias por tal situação.
Fica claro que em todos os casos a perda do direito se dá por motivo alheio à vontade da empresa, ou seja, por força maior (paralisação da empresa), por vontade do empregado (licença por motivo de seu interesse, ainda que seja para resolver problemas pessoais, se for de consentimento da empresa) ou ainda, por motivo de doença ou acidente.
Portanto, nos casos previstos no art. 133 da CLT a empresa só pagará o salário normal ao empregado nos casos de licença remunerada (alíneas "c" e "d"), ficando isenta do pagamento do adicional de férias (1/3 terço constitucional), bem como se isenta da concessão de outro período de descanso, estabelecendo o início de um novo período aquisitivo quando do retorno do empregado ao exercício da função.
ÉPOCA DA CONCESSÃO 
A época da concessão das férias corresponderá ao melhor período de interesse do empregador, salvo as exceções.
 
O início das férias não poderá coincidir com sábado, domingo, feriado ou dia de compensação de repouso semanal, conforme Precedente Normativo TST 100, adiante reproduzido:
 
PRECEDENTE NORMATIVO Nº. 100 - Férias. Início do período de gozo (positivo)
O início das férias, coletivas ou individuais, não poderá coincidir com sábado, domingo, feriado ou dia de compensação de repouso semanal.
 
Apesar de a concessão ser na época de melhor interesse do empregador, este deverá conceder as férias no prazo máximo de 12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.
 
Dispõe o artigo 134 da CLT:
"As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito."
 
Como a legislação menciona apenas que a concessão deve ser nos 12 (doze) meses subsequentes, pressupondo que o empregado irá trabalhar normalmente, entendemos que há que se considerar duas situações para concessão:
 
1ª) O período concessivo será nos 12 (meses) subsequentes se não houver afastamento ou se o afastamento for inferior a 6 (seis) meses, dentro do período aquisitivo seguinte;
 
2ª) Considerando o afastamento do empregado por mais de 6 (seis) meses no 2º período aquisitivo, o período concessivo irá se estender até que vença o 2º período aquisitivo.
ABONO PECUNIÁRIO
O empregado tem a faculdade de converter 1/3 (um terço) do período de férias em abono pecuniário.
 
O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes do término do período aquisitivo. Após este prazo, caberá ao empregador aceitar ou não a solicitação do empregado de converter 1/3 do seu direito em abono pecuniário.
ADIANTAMENTO DA
 1ª PARCELA DO 13º SALÁRIO 
Fazem jus ao adiantamento da primeira parcela do 13º salário os empregados que gozarem férias a partir do mês de fevereiro do correspondente ano.
 
O empregado que quiser receber a primeira parcela do 13º salário deverá requerê-la no mês de janeiro do ano correspondente.
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DURANTE O PERÍODO DE FÉRIAS 
O empregado em gozo de férias não poderá prestar serviços a outro empregador, exceto quando já exista contrato de trabalho regularmente mantido com aquele, sob pena de ser enquadrado no art. 482 da CLT.
FÉRIAS E PARTO
Se, durante as férias da empregada gestante, ocorrer o nascimento da criança, o gozo das mesmas ficará suspenso e será concedida a licença-maternidade.
 
Após o término do respectivo benefício, as férias serão retomadas, efetuando-se o pagamento das diferenças salariais ocorridas durante o período da licença-maternidade, se for o caso.
FÉRIAS E DOENÇA 
Quando o empregado adoece durante o período de gozo de suas férias, o referido período não é suspenso ou interrompido, fluindo normalmente.
 
No entanto, se após o término normal das férias a doença persistir, a empresa deverá pagar os primeiros 15 dias (ou inferior conforme o caso) de afastamento, mediante atestado médico, contados a partir da data em que o empregado deveria retornar ao trabalho, independentemente se a data do atestado tenha sido durante o período de gozo.
 
Decorridos os 15 dias de afastamento por conta da empresa o empregado terá o contrato de trabalho suspenso, a partir do 16º dia, data a partir da qual compete à Previdência Social o pagamento do auxílio-doença previdenciário.
FÉRIAS E LICENÇA PATERNIDADE 
Ocorrendo o nascimento de filho durante o período de férias do empregado, entende-se que o mesmo não tem direito ao afastamento remunerado de 5 (cinco) dias, após o gozo de férias. Esse entendimento se dá pelo fato de que o afastamento tem por objetivo a assistência do pai ao recém-nascido, nos seus primeiros dias de vida, e à mãe da criança.
FÉRIAS EM DOBRO
O empregado faz jus ao pagamento das férias em dobro, quando elas forem concedidas após o término do período concessivo.
 
Esta dobra ocorre apenas em relação à remuneração. Assim o empregado goza 30 dias de descanso e recebe pecuniariamente 60 dias.
 
O Enunciado TST nº. 81 dispõe:
 
"Os dias de férias, gozadas após o período legal de concessão, deverão ser remunerados em dobro."
 
Quando se inicia o período concessivo de 12 (doze) meses após o primeiro período aquisitivo completado, inicia-se também um novo ciclo de período aquisitivo (2º período), que uma vez completado sem o devido gozo, irá gerar o direito ao empregado de mais 30 (trinta) dias de férias e assim sucessivamente. Podemos visualizar melhor este ciclo através do esquema abaixo:
 
Concessão e da Época das Férias
Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.
§ 1º - Somente em casos excepcionais serão as férias concedidas em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos.
§ 2º - Aos menores de 18 (dezoito) anos e aos maiores de 50 (cinquenta) anos de idade, as férias serão sempre concedidas de uma só vez.
Art. 135 - A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo. (Alterado pela Lei n.º 7.414 , de 09-12-85, DOU 10-12-85) 
§ 1º - O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, para que nela seja anotada a respectiva concessão.
§ 2º - A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou nas fichas de registro dos empregados.
Art. 136 - A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador.
FÉRIAS - CÁLCULOS NOS MESES DE 28, 29 OU 31 DIAS
Quando temos no mês de gozo de férias número de dias diferente de 30 (trinta) devemos proceder o cálculo pelo número exato do mês, ou seja, fazer a divisão do salário por 28, 29, 30 ou 31 conforme o caso. Procedimento que, se não observado, irá gerar pagamentos incorretos de férias. 
O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que lhe for devida na data da sua concessão (art. 142 da CLT).
 
A remuneração é proporcional, sempre, para atender a este dispositivo da CLT, senão vejamos:
 
Se dividirmos o salário do mês por 30, num mês que tem 31 dias, pagaremos verbas salariais a maior, no caso de gozo de férias no período.
 
Se dividirmos o salário mensal da pessoa de fevereiro por 30 e multiplicarmospor 28, estaremos subtraindo deste trabalhador 2 dias de remuneração proporcional, no caso de férias.
 
Mês de 28 Dias
Cálculo no mês de Fevereiro
Cálculo no mês de Março
R$ 1.200,00 : 28 dias = R$ 42,857
R$ 1.200,00 : 31 dias  = R$ 38,710
R$ 42,857 x 28 dias   = R$ 1.200,00
R$ 38,710 x 2 dias  = R$ 77,42
Valor Total Férias    = R$1.277,42
Empregado entra em gozo de férias do dia 01.02.2011 a 02.03.2011. Salário mensal de R$ 1.200,00.
 
Neste caso o salário do mês de fevereiro, R$ 1.200,00, corresponde a 28 dias, faltando assim a complementação de 2 dias do mês de março para se determinar o valor total das férias (o salário do mês de março será dividido por 31 e multiplicado por 2, para serem somados ao valor dos outros 28 dias):
 
Mês de 28 Dias
O saldo de salário desse empregado no mês de março será correspondente a 29 dias:
 
Salário hora de março x nº de dias → R$ 38,710 x 29 dias = R$ 1.122,58.
Mês de 29 Dias
Cálculo no mês de Fevereiro
Cálculo no mês de Março
R$ 1.420,00 : 29 dias = R$ 48,966
R$ 1.420,00 : 31 dias  = R$45,806
R$ 48,966 x 29 dias   = R$ 1.420,00
R$ 45,806x 1 dia         = R$ 45,81
Valor Total Férias    = R$ 1.465,81
Empregado entra em gozo de férias do dia 01.02.2012 a 01.03.2012 (o ano de 2012 é bissexto). Salário mensal de R$ 1.420,00. Neste caso o salário do mês de fevereiro, R$ 1.420,00, corresponde a 29 dias, faltando assim a complementação de 1 dia do mês de março para se determinar o valor total das férias (o salário do mês de março será dividido por 31 e multiplicado por 1 para ser somado ao valor dos outros 29 dias): 
 
O saldo de salário desse empregado no mês de março será correspondente a 30 dias:
 
Salário hora de março x nº de dias → R$ 45,806 x 30 dias = R$ 1.374,19.
Mês de 31 Dias
Cálculo no mês de Março
R$ 1.700,00 : 31 dias  = R$ 54,839
R$ 54,839 x 30 dias    = R$ 1.645,16
Valor Total Férias     = R$ 1.645,16
Empregado entra em gozo de férias do dia 01.03.2010 a 30.03.2010. Salário mensal de R$ 1.700,00.
Neste caso, o salário do mês de março, R$ 1.700,00, corresponde a 31 dias. Devemos dividir o valor do salário mensal por 31 e multiplicarmos por 30, para obtermos o valor total das férias e pagarmos 1 dia de salário em folha de pagamento:
 O saldo de salário desse empregado no mês de março será correspondente a 1 dia:
Salário hora de março x nº de dias → R$ 54,839 x 1 dia = R$ 54,84.
 
FÉRIAS COLETIVAS
São férias coletivas as concedidas, de forma simultânea, a todos os empregados de uma empresa, ou apenas aos empregados de determinados estabelecimentos ou setores de uma empresa, independentemente de terem sido completados ou não os respectivos períodos aquisitivos.
ÉPOCA DA CONCESSÃO 
As férias coletivas serão gozadas na época fixada em acordo ou convenção coletiva de trabalho. Não havendo tal previsão, cabe ao empregador a adoção do regime e a determinação da época de sua concessão.
REQUISITOS PARA A CONCESSÃO
As empresas, inclusive as microempresas, para concederem férias coletivas deverão observar as determinações da legislação trabalhista.
O empregador deverá:
Comunicar ao órgão local do Ministério do Trabalho, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim das férias;
Nota: As microempresas e as empresas de pequeno porte (Lei Complementar 123/2006) são dispensadas da comunicação ao Ministério do Trabalho e Emprego sobre a concessão de férias coletivas.
Indicar os departamentos ou setores abrangidos;
Enviar, no prazo de 15 (quinze) dias, cópia da comunicação aos sindicatos da categoria profissional; e
Comunicar aos empregados com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, mediante a afixação de aviso nos locais de trabalho, a adoção do regime, com as datas de início e término das férias e quais os setores e departamentos abrangidos.
Dispensa sem justa causa
(art. 477; 478 e 481 da CLT)
Com menos de um ano
Aviso Prévio
Saldo de salário
13° Salário
Férias proporcionais + 1/3 C. Federal 
Multa FGTS.
Dispensa sem justa causa
(art. 477; 478 e 481 da CLT)
Com mais de um ano
Aviso Prévio
Saldo de salário
13° salário
Férias vencidas + 1/3 C. Federal
Férias proporcionais + 1/3 C. Federal
Multa do FGTS. 
DISPENSA COM JUSTA 
Art. 482 da CLT
Com menos de um anos
Saldo de salário 
Com mais de um ano
Saldo de salário
Férias vencidas 
RESCISÃO INDIRETA
Art. 483 CLT
Com menos de um ano
Aviso Prévio
Saldo de salário
13° salário
Férias proporcionais + 1/3 C. Federal
Multa do FGTS. 
Com mais de um ano
Aviso Prévio
Saldo de salário
13° salário
Férias vencidas + 1/3 
 C. Federal
Férias proporcionais + 1/3 C. Federal
Multa do FGTS
CULPA RECÍPROCA
Art. 484 CLT
Com menos de um ano 
Saldo de salário
Com mais de um ano
Saldo de salário.
Férias vencidas. 
PEDIDO DE DEMISSÃO 
Com menos de um ano
Saldo de salário.
13° salário
Férias proporcionais + 1/3 C. Federal 
Com mais de um ano
Saldo de salário.
13° salário.
Férias vencidas + 1/3 C. Federal.
Férias proporcionais + 1/3 C. Federal
tempo de serviços prestados (anos)
Completo	Incompleto 	acrescenta (dias)	total dias Aviso prévio 
0 até 	1	0			30
1 até	2	3			33
2 até 	3	3			36
3 até 	4	3			39
4 até	5	3			42
5 até 	6	3			45
6 até 	7	3			48
7 até	8	3			51
8 até 	9	3			54
9 até 	10	3			57
10 até 	11	3			60
11 até 	12	3			63
12 até 	13	3			66
13 até 	14	3			69
14 até 	15	3			72
15 até 	16	3			75
16 até 	17	3			78
17 até 	18	3			81
18 até 	19	3			84
19 até 	20	3			87
acima 	20	3			90

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