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RESPOSTAS DE CASOS CONCRETOS

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RESPOSTAS DE CASOS CONCRETOS – DIREITO PENAL IV
CASO CONCRETO 1
RONALDO ESPERTO é considerado funcionário público para fins penais? Responda de forma objetiva e fundamentada.
Sim, pois o funcionário para ser considerado público não precisa ser, necessariamente, fixo, podendo ser transitório e até não receber remuneração. Assim, o art. 327, CP afirma: “Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública”.
Qual a correta tipificação de sua conduta? Ainda, responda se a mesma restou tentada ou consumada, haja vista as vítimas não terem concordado em repassar qualquer montante ao agente.
A correta tipificação da conduta é de CORRUPÇÃO PASSIVA, crime de mera conduta, que não cabe tentativa. O mesmo encontra-se tipificado no art. 317, CP, que diz: “Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem”. O crime consuma-se no momento em que terceiro toma conhecimento da solicitação, independentemente da entrega da vantagem (ou com a aceitação).
Questão objetiva: Acerca dos crimes contra a Administração pública, assinale a resposta correta.
O crime de denunciação caluniosa (art. 339 do CP), além de outros requisitos de configuração, exige que a imputação sabidamente falsa recaia sobre vítima determinada, ou, ao menos, determinável.
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CASO CONCRETO 2
Diferencie as condutas de desacato, resistência e desobediência. Responda de forma objetiva e fundamentada.
Desacato: é desacatar funcionário público no exercício de sua função ou em razão dela. É desrespeitar, ofender, profanar, humilhar tal funcionário, que deve se sentir ofendido, atacado em sua honra funcional.
Resistência: opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário público competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio (para se evitar a execução).
Desobediência: é desobedecer a ordem legal de funcionário público; é opor-se ao cumprimento de ato legal, não havendo violência ou ameaça.
Qual a correta capitulação da conduta de Flaviano Bom de Tinta? Responda de forma objetiva e fundamentada.
O caso em tela é tipificado como RESISTÊNCIA, posto que o agente (pichador) se opôs a acatar a ordem do funcionário público, agindo de violência para com ele, conseguindo assim, fugir (art. 329, CP).
Questão objetiva: B
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CASO CONCRETO 3
A capitulação da conduta de LAURO está correta? Responda de forma objetiva e fundamentada.
Não, posto que Lauro não tinha ciência e nem participação, ou coautoria, no crime em questão, apenas tendo prestado auxílio ao criminoso, objetivando tornar seguro seu proveito. Assim, a conduta criminosa de Lauro encontra guarida no art. 349, CP – crime de FAVORECIMENTO REAL, ou seja, assistência dada ao autor após a prática do crime para tornar seguro seu proveito.
O fato de ARNALDO ser inimputável possui alguma relevância para a conduta de LAURO?
Não, pois a menoridade de Arnaldo não desconfigura a existência do crime em questão (este apenas se sujeitará à medida socioeducativa). Sendo assim, Lauro incorreu no crime de favorecimento real da mesma forma.
Questão objetiva: c) denunciação caluniosa com pena de 2 a 8 anos e multa, aumentada da sexta parte (devido ao uso de nome suposto no momento da denunciação).
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CASO CONCRETO 4
Qual a correta capitulação da conduta do motoqueiro? Ainda, o delito restou tentado ou consumado? Responda de forma objetiva e fundamentada.
De acordo com a Súmula 610, do STF, o motoqueiro deverá ser incurso no crime de LATROCÍNIO (art. 157, §3º, CP), na forma consumada, que é o roubo seguido de morte. Nesta conduta, o agente subtrai bens da vítima, valendo-se de violência real, da qual resulta a morte do ofendido.
Súmula 610, STF: “Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não se realize o agente a subtração de bens da vítima.”
Questão objetiva: a) O agente que pratica homicídio simples, consumado ou tentado, não comete crime hediondo.
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CASO CONCRETO 5
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os crimes em espécie e crimes hediondos e equiparados, responda de forma objetiva e fundamentada se a capitulação da conduta de ROMOALDO está correta.
Segundo o art. 1º da Lei de Tortura, a capitulação da conduta de Romoaldo está incorreta, devendo ele ter sido incurso no curso de TORTURA MAJORADA. Segundo tal artigo, em seu inciso segundo, constitui crime de tortura “submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.”. Combinado com seu §4º, II, que diz que a pena será aumentada de 1/6 até 1/3 se o crime for praticado contra criança, gestante, etc., Romoaldo responderá por tortura, crime comparado a hediondo, ao invés de maus-tratos.
Questão objetiva: d) todos praticaram crimes equiparados a hediondo, previstos na Lei 9.455
Art. 1º, Lei 9.455: 
Constitui crime de tortura:
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:
com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa (policial militar e policial civil).
 Pena - reclusão, de dois a oito anos.
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos (delegado).
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CASO CONCRETO 6
Ante o exposto, sendo certo que no momento da abordagem, seus atos não poderiam qualificar sua conduta como sendo a de vendedor de drogas, analise a possibilidade de aplicação das teses defensivas. Responda de forma objetiva e fundamentada.
O princípio da insignificância não é aplicado à Lei de drogas, portanto não poderá ter sustentação na defesa de Leonardo.  Caberá diante da ausência de elementos que autorizem a condenação por tráfico, a desclassificação para delito de porte de drogas para uso. Assim, o agente incorreu no crime do art. 28, da referida lei, que diz:
“Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento à programa ou curso educativo.”
O §2º continua: “Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente.”
Questão objetiva: Se determinada pessoa, maior e capaz, estiver portando certa quantidade de droga para
consumo pessoal e for abordada por um agente de polícia, ela:
d) poderá ser submetida à pena de advertência sobre os efeitos da droga, de prestação de serviço à comunidade ou de medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
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CASO CONCRETO 7
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os delitos previstos na Lei n.11343/2006, responda de forma objetiva e fundamentada às seguintes questões:
 A partir da premissa de que Astolfo é primário e não possui antecedentes,apresente as possíveis teses defensivas.
Exclusão da culpabilidade, por Astolfo nunca ter tido a intenção clara de praticar crime de tráfico, tendo sido, na verdade, coagido a fazê-lo; coação moral irresistível; desclassificação de tráfico privilegiado (art. 33 da referida lei); em caso de condenação, pleito da substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos.
À conduta de Astolfo aplicam-se os institutos repressores da lei de crimes hediondos?
Caso o magistrado opte pela condenação e o condene por tráfico privilegiado (por ser réu primário), não deverá aplicar os institutos repressores da lei de crimes hediondos.
Uma vez condenado, será possível a substituição de pena privativa de liberdade?
Sim, por penas restritivas de direitos, devido à pena estar abaixo dos 4 anos de reclusão, o réu não ser reincidente em crime doloso e após seus antecedentes, a culpabilidade, a conduta social, a personalidade, os motivos e as circunstâncias indicarem que a substituição é possível.
Questão objetiva: Jeremias integra de forma estável e permanente a estrutura da facção criminosa instalada
em determinada comunidade, exercendo dupla função: é responsável por manter droga em depósito para revenda e, em outras oportunidades, serve como “fogueteiro”, em razão do que aciona fogos de artifício toda vez que percebe a ação de policiais ou de grupos rivais naquela localidade, a fim de alertar os demais integrantes de sua facção. Nesse contexto, é correto afirmar que Jeremias pratica o(s) crime(s) previsto(s) no(s)artigo(s):
c) 33 e 35, da Lei n° 11.343. de 2006.
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CASO CONCRETO 8
Diferencie as condutas de organização criminosa, associação criminosa e associação criminosa para fins de tráfico de drogas.
Organização criminosa: Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional (Art. 1, § 1 da Lei 12850/13).
Associação criminosa: Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes (art. 288. CP), e é aplicado às infrações penais cujas penas máximas sejam inferiores a 4 anos.
Associação criminosa para fins de tráfico de drogas: a conduta de associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos no artigo 33, caput e parágrafo primeiro e artigo 34 da Lei de drogas.
Identifique a correta capitulação das condutas de Mayandreson Araújo Albuquerque.
Crime de tráfico de drogas, associação criminosa para fins de tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo.
Questão objetiva: e) após o acordo de colaboração, nos depoimentos que prestar, o colaborar renunciará, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio e estará sujeito ao compromisso legal de dizer a verdade.
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