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O que é PMI? O trabalho na área de gestão de projetos requer o conhecimento sobre o que é PMI. O Project Management Institute (PMI) é uma organização sem fins lucrativos que tem o objetivo de disseminar as melhores práticas de gerenciamento de projetos em todo o mundo. Essa entidade fomenta o debate sobre o tema por meio de publicações, eventos e reuniões. Reconhecida em diversos países, a instituição possui mais de 700 mil integrantes localizados em diferentes países e que estão em constante aperfeiçoamento profissional. Para entender melhor sobre o PMI, vamos mostrar como é sua divisão, funções, aplicações e benefícios gerados. Acompanhe! O que é PMI Tudo começou em 1969, durante um jantar em um restaurante que ficava a apenas algumas quadras do City Hall, na Filadélfia, EUA. Esse jantar era uma continuação de vários meses de discussões entre dois homens, Jim Snyder e Gordon Davis, que decidiram aí a criação de uma nova organização. O objetivo deles era proporcionar um meio de os gerentes de projeto se reunirem, compartilharem informações e discutirem problemas comuns. Os debates seguintes resultaram na primeira reunião formal no Georgia Institute of Technology, em Atlanta, EUA, em outubro de 1969. Como subproduto, nasceu o Project Management Institute. Pouco tempo depois, artigos de incorporação foram arquivados na Pensilvânia, assinados por cinco pessoas oficialmente reconhecidas como fundadoras do PMI. São elas: James Snyder, Eric Jenett, Gordon Davis, AE ‘Ned’ Engman e Susan C. Gallagher. Portanto, o PMI é uma associação voltada para profissionais de gerenciamento de projetos. Para melhor organização, ele é separado de acordo com capítulos, que seguem uma categorização segundo regiões geográficas. Isso significa que cada membro do PMI é vinculado a um capítulo e, juntamente dos demais profissionais da mesma região, realiza trabalhos voluntários para levar as melhores práticas do gerenciamento de projetos ao conhecimento dos outros profissionais. A ideia dessa integração é promover melhorias contínuas no setor e a valorização do papel dos profissionais que nele atuam. Atualmente, pode-se dizer que a mais expressiva contribuição do PMI tem sido o estabelecimento de melhores práticas de gerenciamento de projetos. Essas ações são seguidas no mundo todo e estão compiladas em uma obra única, o PMBOK, que você vai conhecer a seguir. Conteúdo do PMBOK O Project Management Body of Knowledge (PMBOK) é um guia das melhores práticas do gerenciamento de projetos elaborado pelo PMI. Considerado a base de todo o conhecimento para a gestão de projetos — de acordo, claro, com a ótica do PMI —, o PMBOK traz, em sua última edição, as 10 áreas de conhecimento que devem ser consideradas no gerenciamento de um projeto. Quais sejam: Gerenciamento de escopo; Gerenciamento de tempo; Gerenciamento de qualidade; Gerenciamento de custos; Gerenciamento de aquisições; Gerenciamento de comunicações; Gerenciamento de recursos humanos; Gerenciamento de riscos; Gerenciamento de integração; Relacionamento com stakeholders. A décima área de conhecimento, relacionada aos stakeholders, foi inserida somente na última versão do guia e atualmente é uma das áreas mais carentes de profissionais no ramo de gerenciamento de projetos. Vale ressaltar que, como o PMBOK é apenas um guia, a experiência e os conhecimentos do gerente de projetos devem ser levados sempre em consideração para o perfeito desenvolvimento dos projetos. Evolução do PMBOK O guia já se encontra em sua 5ª edição. Que tal dar uma olhadinha mais de perto nesses padrões e ver como evoluíram ao longo dos anos? PMBOK 1ª edição A primeira edição do PMBOK foi publicada em 1996, época em que o PMI viu a necessidade de estruturar um documento oficial orientando sobre o desenvolvimento da carreira de gerenciamento de projetos. A ideia, ainda em 1981, era desenvolver procedimentos e conceitos para apoiar o desenvolvimento do gerenciamento de projetos como uma profissão. Mas foi só em 1996, depois de ampla consulta e revisão nos documentos produzidos, que se chegou ao PMBOK, o qual substituiu os materiais anteriores. PMBOK 2ª edição Em 2000, a segunda edição do PMBOK foi publicada com base no trabalho anterior. Nessa atualização, novas informações que refletiam o crescimento da profissão de gerenciamento de projetos foram incluídas. O objetivo era acrescentar conhecimentos e práticas aceitos no campo de gerenciamento de projetos que se mostraram úteis para a maioria dos projetos. PMBOK 3ª edição A terceira edição do PMBOK foi publicada em 2004. A essa altura, milhares de recomendações para melhorias do guia foram recebidas pelo PMI, motivo pelo qual foi preciso estruturar um comitê a fim de analisar cada recomendação. Essa versão teve como característica a formulação de práticas aplicáveis a praticamente todos os tipos de projeto, indiferentemente do segmento de atuação. PMBOK 4ª edição A 4ª edição do PMBOK foi lançada em 2009 e teve como objetivo tornar o conteúdo mais consistente e acessível. Vale dar destaque para a distinção entre o plano de gerenciamento e documentos do projeto que foi apresentada nesta versão. Nesse momento, a restrição tripla (custo, prazo e escopo) foi ampliada para seis: escopo, qualidade, cronograma, orçamento, recursos e risco. Novos processos também foram adicionados, enquanto outros foram eliminados. PMBOK 5ª edição A versão atual foi lançada em 2013, com a equipe de atualização do PMI tentando alcançar mais coerência e clareza ao padronizar termos, processos, entradas e saídas. Essa edição também inclui avanços no campo da gestão de projetos, particularmente no que se refere ao planejamento em ondas de rolamento e ao ciclo de vida adaptativo. Processos do PMBOK As áreas de conhecimento e práticas do PMBOK são resumidas em cinco processos diferentes. São eles: Iniciação: esta etapa é o início da implantação do projeto. Aqui são elaboradas ações e os processos existentes são avaliados, entre outras atitudes; Planejamento: este momento define as etapas necessárias para a definição do escopo do projeto. Além disso, os objetivos são refinados e as ações tomadas são delimitadas; Execução: são os processos de implantação do plano a fim de que as metas sejam atingidas; Monitoramento e controle: a finalidade desta fase é supervisionar, rastrear e regular a evolução e a performance do projeto. Possíveis áreas que requerem alterações no planejamento estratégico são identificadas; Encerramento: é a finalização das atividades do projeto. Certificações do PMI Uma das atividades realizadas pelo PMI é a capacitação de gerentes de projetos em todo o mundo, concedendo certificações que conferem ao profissional maior destaque no mercado e credibilidade para executar projetos cada vez mais complexos em várias áreas de atuação. Ao todo, existem oito certificações. A mais comum é a Project Management Professional (PMP), ou Profissional de Gerenciamento de Projetos. Já existem mais de 370 mil profissionais no mundo todo que contam com essa certificação. O PMI autoriza algumas instituições a aplicarem o teste para PMP e muitas escolas de administração oferecem cursos preparatórios para esse certificado. Além da certificação PMP, existem outras sete. São elas: Profissional de Gerenciamento de Portfólio (PfMP); Profissional de Gerenciamento de Programas (PgMP); Profissional em Gerenciamento de Cronograma do PMI (PMI-SP); Profissional em Análise de Negócios do PMI (PMI-PBA); Técnico certificado em Gerenciamento de Projetos (CAPM); Profissionalem Gerenciamento de Riscos do PMI (PMI-RMP); Profissional certificado em Métodos Ágeis do PMI (PMI-ACP). Para obter cada certificação, o profissional deve comprovar determinado tempo de experiência na área e ser aprovado em um teste de conhecimentos específicos. A certificação é temporária e deve ser revalidada periodicamente para que o profissional se mantenha atualizado e atuante no mercado de trabalho. A vantagem para os profissionais certificados é o reconhecimento dos empregadores, que, segundo o instituto, entendem que existe um valor agregado no conhecimento das melhores práticas de gestão de projetos. Funções do PMI Compreendendo o motivo pelo qual o PMI foi criado, seu histórico e as certificações que oferece, fica evidente que as funções desse instituto é capacitar profissionais do mundo todo para que executem as melhores práticas ao fazerem a gestão de projetos. Nesse cenário, é importante lembrar que um projeto é composto por atividades temporárias que são realizadas por um grupo de pessoas, cujo objetivo final é produzir algo, oferecer um serviço ou obter resultados diferenciados. Isso deixa claro que os projetos não são iguais. Eles podem até ser similares, mas as práticas destinadas a cada um deles deve ser adequada à realidade, a fim de que uma meta específica seja atingida. Você deve estar pensando: se cada projeto requer ações singulares, por que existe o Guia PMBOK? Basicamente, porque é esse manual que mostra como os conhecimentos de gestão de projetos devem ser aplicados para que se obtenha o máximo de eficiência. É dessa forma que o gerenciamento de projetos se torna uma ação estratégica para as empresas, fazendo com que os resultados dos projetos estejam alinhados aos objetivos organizacionais. Aplicações do PMI O PMI oferece cursos e certificações para a capacitação dos profissionais. Todas essas especializações estão embasadas nos 12 padrões de gerenciamento de projetos, que são aplicados no mundo todo. Apesar de o PMI não oferecer uma metodologia, ele apresenta as melhores práticas, que já são reconhecidas e vêm sendo aplicadas cada vez mais. Os padrões são, portanto, documentos que indicam diretrizes, características e regras para melhorar o trabalho em cinco categorias: programas, projetos, pessoas, profissões e organizações. Além disso, o PMI oferece outras oportunidades de desenvolvimento profissional, como cursos de educação a distância e outros procedimentos praticados pelos Provedores Registrados de Educação, que estão disponíveis em 1.400 locais no mundo para capacitar profissionais de gerenciamento de projetos. Existe ainda o Programa de Pesquisa PMI, que tem a finalidade de melhorar a ciência da gestão de projetos. Essa iniciativa promove debates, seminários, conferências, sessões de trabalho, entre outros, sempre com o objetivo de discutir novas ideias e revisitar aquelas que já estão sendo praticadas. A partir disso, entende-se que o PMI é aplicado por qualquer profissional de gestão de projetos, que passa a compreender de forma mais global as particularidades de cada projeto e consegue articular as ações necessárias para obter mais produtividade e eficiência com a diminuição de custos e despesas. Vantagens de aplicar o PMI O ambiente corporativo está bastante competitivo e as empresas precisam agir estrategicamente para se destacarem. Uma forma de fazer isso é aplicar as recomendações do PMI, apresentadas pelo Guia PMBOK. Mas quais são as vantagens diretas conquistadas pela empresa? As principais são: Redução de gastos — As melhores práticas reduzem a quantidade de recursos desperdiçada e o retrabalho. Aumento dos lucros — Esta é uma consequência da redução de gastos, o que proporciona uma margem de lucro maior. Padronização do planejamento — As práticas aplicadas impõem uma padronização, o que facilita o entendimento do projeto e dos procedimentos que devem ser realizados. Aumento do controle e do monitoramento durante o ciclo de vida do projeto — As ações podem ser fiscalizadas com mais eficácia, sendo esta mais uma vantagem da padronização. Dessa forma, é possível ajustar o processo sempre que necessário e ter resultados mais positivos devido à identificação rápida de erros e falhas. Melhoria da gerência dos projetos — O gestor tem a possibilidade de executar as ações de forma mais coordenada e assertiva. Definição de fluxos eficientes de informações e ações — O Guia PMBOK indica o que a empresa deve fazer para potencializar os resultados de seus projetos. Essa atitude exige um fluxo eficiente de informações e ações. Ou seja, todos na organização devem colaborar para que os objetivos sejam atingidos e trabalhar de maneira integrada e coordenada. Isso resulta em aumento da produtividade, satisfação dos colaboradores envolvidos no projeto e diminuição de custos. Aumento da satisfação dos clientes — O projeto é desenvolvido para que determinado produto seja elaborado ou serviço seja prestado a um cliente específico. Quando são aplicadas práticas reconhecidas mundialmente, a tendência é que erros e falhas não aconteçam com tanta frequência, o que impacta positivamente na satisfação dos clientes. Elevação da qualidade do produto ou serviço — Analisando todos os benefícios já citados, fica evidente que o resultado final é a elevação da qualidade do produto ou serviço. Quando um projeto está em andamento, ele tem um propósito final. O PMI permite alcançar esse objetivo com mais qualidade. Dessa forma, você consegue perceber que o PMI, aliado ao seu Guia PMBOK, realmente traz resultados quando falamos em gerenciamento de projetos. Por isso, vale a pena não apenas conhecer as recomendações do PMBOK, mas também estudar e fazer as certificações do PMI, que garantirão a ampliação dos seus conhecimentos em gestão de projetos.
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