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Caso concreto 3

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JURISDIÇÃO CONSTITUICIONAL
FABRICIO LOUREIRO – MATRÍCULA: 2011.02308145 – NOTURNO - ESTÁCIO DE SÁ
CASO CONCRETO 3 
Questão objetiva. Quando se tem uma norma ao mesmo tempo material e formalmente inconstitucional?
(a) Quando a norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da República.
(b) Quando na elaboração da norma infraconstitucional, não se observa rigorosamente o processo de sua elaboração.
(c) Quando o conteúdo da norma infraconstitucional conflita com o texto da Constituição da República e também contém vício com relação a sua formação.
(d) Quando a norma infraconstitucional se conforma perfeitamente com o texto da Constituição da República, mas não com os tratados internacionais sobre direitos humanos.
Questão discursiva. (OAB – XX Exame Unificado). O Presidente da República edita medida provisória estabelecendo novo projeto de ensino para a educação federal no País, que, dentre outros pontos, transfere o centenário Colégio Pedro II do Rio de Janeiro para Brasília, pois só fazia sentido que estivesse situado na cidade do Rio de Janeiro enquanto ela era a capital federal. Muitas críticas foram veiculadas na imprensa, sendo alegado que a medida provisória contraria o comando contido no Art. 242, § 2º, da CRFB/88. Em resposta, a Advocacia-Geral da União sustentou que não era correta a afirmação, já que o mencionado dispositivo da Constituição só é constitucional do ponto de vista formal, podendo, por isso, ser alterado por medida provisória. Considerando a situação hipotética apresentada, responda, de forma fundamentada, aos itens a seguir.
A) Segundo a Teoria Constitucional, qual é a diferença entre as denominadas normas materialmente constitucionais e as normas formalmente constitucionais?
Resposta: 
O caso concreto versa a edição de medida provisória pelo Presidente da República, cujo objetivo é disciplinar novo projeto de ensino para educação federal. Em contrapartida, a imprensa alega que a norma provisória fere o art. 242, §2º, da CRFB/88. Além disso, a Advocacia-Geral da União, sustenta que o dispositivo é constitucional quanto formalidade.
Com efeito, há diferença entre as normas materialmente e formalmente constitucionais. Conceitua-se como norma materialmente constitucional aquela que se encontra conforme o texto da CRFB/88, enquanto que, formalmente constitucional a norma que foi editada conforme os procedimentos legislativos determinados pelo texto legal. 
Pode-se concluir que, as normas materiais possuem status constitucional em razão do seu conteúdo, haja vista que estabelecem normas referentes à estrutura organizacional do Estado, à separação dos Poderes e aos direitos e as garantias fundamentais, enquanto as normas em sentido formal só possuem o caráter de constitucionais porque foram elaboradas com o uso do processo legislativo próprio das normas constitucionais.
B) O entendimento externado pela Advocacia-Geral da União à imprensa está correto, sendo possível à alteração de norma constitucional formal por medida provisória?
Resposta: 
O caso concreto versa sobre a divergência entre o conteúdo veiculado pela imprensa e o entendimento da Advocacia-Geral da União. 
Alega a Advocacia-Geral da União que o dispositivo é constitucional quanto à formalidade. 
Nesse sentido, o entendimento pela Advocacia Geral da União à imprensa está incorreto, haja vista que, toda norma que estiver presente no texto constitucional, somente pode sofrer edição por meio de processo legislativo solene, concretizado por meio de Emenda Constitucional, consoante ao disposto no Art. 60 da CRFB/88. 
Pode-se concluir que, em razão da rigidez constitucional o texto da Carta Magna pode sofrer alteração, desde que obedecido os requisitos exigidos.
Art. 60 da CRFB/88. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I – de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II – do Presidente da República;
III – de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
§1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
§2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

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