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Programa de Formao Tcnica Continuada Acionamentos Eltricos Œndice 1. Acionamentos Eltricos 1.1 Diferentes conjugados existentes nas mquinas....................................................3 1.2 Mquinas com conjugado resistente constante....................................................4 1.3 Mquinas de conjugado resistente crescente com a velocidade......................4 1.4 Mquinas de conjugado resistente crescente com o quadrado da velocidade..................................................4 1.5 Mquinas de conjugado resistente inversamente proporcional a velocidade...4 1.6 Sobre conjugado de partida.......................5 1.7 Algumas mquinas com forte variao de conjugado...................................................5 1.8 Fases de um movimento............................6 1.9 Diferentes conjugados fornecidos pelo motor durante as fases de um movimento..................................................6 1.10 Conjugado de um motor proporcional ao seu peso.....................................................7 1.11 Os diferentes tipos de redutores de velocidade..................................................7 1.12 Os quatro quadrantes................................7 1.13 Equaes dos redutores............................8 1.14 Constituio de um motor assncrono de gaiola..........................................................8 1.15 Constituio dos diferentes tipos de motores assncronos..................................8 1.16 Conjugados disponveis com um motor alimentado pela rede.................................9 1.17 Caractersticas velocidade-conjugado.....10 1.18 Tipos de motores de gaiola......................10 1.19 Potncia - balano energtico do motor..11 1.20 Potncia mecnica til no eixo................11 1.21 Circuito equivalente de um motor assncrono................................................11 1.22 Partida de motores assncronos de gaiola........................................................12 1.23 Tipos de acionamentos estticos para motores eltricos assncronos.................13 1.24 Tecnologia................................................14 1.25 Vantagens na utilizao do soft-start.......14 1.26 Nova tecnologia TCS - Torque Control System.....................................................14 1.27 Performances : Sintico - Controle em conjugado (TCS)......................................15 1.28 Anlise comparativa detalhada dos Soft- start..........................................................15 1.29 Performances : Curvas de conjugado.....15 1.30 Performances : Caractersticas velocidade- corrente....................................................16 1.31 Soft-start com TCS aplicado em bombas17 1.32 Soft-start com TCS aplicado em ventiladores e cargas centrfugas............17 1.33 Soft-start com TCS aplicado em transportadores........................................17 1.34 Recursos do Soft-start com TCS.............17 1.35 As vantagens do Soft-start com TCS......17 1.36 Concluso................................................18 1.37 Alimentao com tenso e frequncia variveis conversor esttico de frequncia................................................18 1.38 Como obter um fluxo constante...............18 1.39 Alimentao de um motor com frequncia e tenso variveis para obter conjugado constante..................................................19 1.40 Circuito equivalente de um motor assncrono................................................19 1.41 Incidncia da queda de tenso estatrica sobre a lei U/f terica...............................19 1.42 detalhe lei U/f em baixa frequncia.........20 1.43 Conjugado disponvel, conjugado mximo com um variao de frequncia...............20 1.44 Escorregamento - Variao de frequncia................................................21 1.45 Conversor esttico de frequncia............21 1.46 Evoluo tecnolgica dos inversores......21 1.47 Conversores de frequncia......................22 1.48 Conversores de frequncia - Tenso imposta ou modulao de amplitude (pulse Amplitude Modulation - PAM)..................22 1.49 Conversores de frequncia - Modulao da largura de pulsos (MLP ou PWM)............23 1.50 ALTIVAR VP3 - Esquema de potncia....23 1.51 Conversor esttico de frequncia modulao da largura de pulsos - MLP senoidal ou PWM senoidal......................24 1.52 Sinais de tenso com o ALTIVAR 5........25 1.53 PWM Senoidal - controle escalar............25 1.54 Levantamento das correntes harmnicas ALTIVAR 5...............................................25 2. Inversores a Controle Vetorial 2.1 Comparao entre os princpios de operao de mquinas rotativas..............26 2.2 Diagrama de cirucito equivalente de motor assncrono definio de Id e Iq................27 2.3 Diagrama de Blocos do controle Vetorial.....................................................28 2.4 Gerao de uma referncia para cada fase...........................................................28 2.5 Gerao de uma referncia para cada fase...........................................................28 2.6 Diagrama de blocos do processamento de Id, Iq.........................................................29 2.7 Algoritmo tpico para controle vetorial.....29 2.8 Analogia com controle por retificador (corrente contnua)...................................30 2.9 Princpio do controle vetorial....................30 2.10 Diagrama de blocos para torque normal PRO.S......................................................32 2 Diagrama Esquemtico de um Sistema de Controle Contendo um Conversor Esttico Diagrama Esquemtico de um Processo de Automao Contendo um Controlador Programvel 3 1. Acionamentos Eltricos Classificao dos Diferentes Tipos de Carga As cargas mecnicas tm comportamentos diferentes quanto aos conjugados resistentes que oferecem aos motores eltricos. As mesmas podem ser classificadas em 5 grupos: a) Cargas de Conjugado resistente constante. b) Cargas de Conjugado resistente crescente com a velocidade. c) Cargas de Conjugado resistente crescente com o quadrado da velocidade. d) Cargas de Conjugado resistente inversamente proporcional com a velocidade. e) Carga com forte variao de Conjugado com a velocidade. Alm disso, quando o motor est acelerando ou desacelerando o mesmo precisa vencer o efeito de inrcia de todas as partes girantes do acionamento que incluem: n O prprio rotor, n Carga acionada, n Sistema de reduo (redutores). Velocidade A velocidade um termo fcil de medir, atravs de um tacmetro ou tacogerador. A velocidade angular geralmente expressa em rpm; rotaes por minuto (N), sendo que os clculos exigem radianos por segundos ( w ). w = 2 p N 60 Conjugado O conjugado ou torque o esforo que o motor desenvolve para movimentar a carga mecnica. T = F X R = Peso X Raio PESO = T R O conjugado expresso em Newton-metros [Nm] podendo tambm ser quantificado em kilogramafora [kgm.]. A relao entre as duas unidades dada por 1 kgm = 9,8 Nm. Potncia A potncia o produto dos dois termos anteriores: velocidade e conjugado. P = Tx w A potncia expressa em Watts [W]. Um watt o produto de um Newton-metro por um radiano/segundo. 1 [W] = 1 [Nm] x 1 [rd/Seg] 1.1 Diferentes conjugados existentes nas mquinas n Conjugado resistente Conjugado resistente se ope ao movimento em qualquer sentido de rotao. A mquina movimentada pelo motor. Conjugado resistente pode alterar-se com a velocidade de vrios modos. n Conjugado de arraste Favorece o movimento em qualquer sentido de rotao. A mquina arrasta o motor. R F ÿÿ H Sentido deSentido de rotaÁ„orotaÁ„o MotorMotor H 4 1.2 Mquinascom conjugado resistente constante Cr = constante n Potncia A potncia proporcional velocidade P = Cr. w , Cr = constante, P = k. w n Mquinas o Esteiras transportadoras o Transportadores: pontes rolantes, guinchos, prticos, etc.. o Cadeira do laminador. o Compressores de vlvula presa. 1.3 Mquinas de conjugado resistente crescente com a velocidade Cr = K w n Potncia A potncia varia como o quadrado da velocidade P = Cr. w , C = k. w portanto, P = k. w 2 n Mquinas o Sistemas de acoplamento hidrulico ou eletromagntico. o Geradores ligados em carga de alto fator de potncia (resistiva). 1.4 Mquinas de conjugado resistente crescendo com o quadrado da velocidade Cr = K w 2 n Potncia A potncia varia como o cubo da velocidade P = Cr. w , Cr = k.w 2 portanto, P = k. w» n Mquinas o Bombas centrfugas o Ventiladores 1.5 Mquinas de conjugado resistente inversamente proporcional a velocidade C = k/ w n Potncia Velocidade Conjugado CrCr Vitesse Couple CrVelocidade Conjugado CrVelocidade Conjugado 5 A potncia constante P = Cr. w , Cr = k/ w , portanto, P = k n Mquinas o Brocas de mquinas ferramentas. o Bobinador, desbobinador. o Mquinas de sonda e perfurao de petrleo. 1.6 Sobre conjugado de partida Todas estas mquinas, no importa qual seja o conjugado resistente, podem impor na partida, um sobreconjugado de partida mais ou menos alto que, se no for calculado durante o estudo de movimento, pode impedir a partida ou tornar a acelerao muito demorada. O sobreconjugado de partida pode atingir vrias vezes o conjungado na velocidade norminal. n Exemplos 1.7 Algumas mquinas com forte variao Tipo de Mquina Sobreconjugado de Partida Escolha do Conversor Mquinas com rolamentos de 110 a 125% Normal Normal esferas ou de rolos Mquinas de guias lisas 130 a 150% Normal Transportadores ou mquinas 160 a 250% Sobredimensionar o conversor e de alta frico eventualmente o motor Transportador cujo ciclo de funcionamento apresenta "golpes" 250 a 600% Sobredimensionar o conversor e (prensas, mquinas com o motor anteparos ou sistemas de biela) Inrcia elevada, mquinas com O dimensionamento do conversor volante de inrcia ou massas em ------------------------------ depender do tempo desejado para rotao (centrfuga) a partida e/ou a frenagem de conjugado n Mquinas a) Triturador em vazio b) Compressor de palheta c) Compressor de pisto n Concluso Para permitir uma escolha correta do conjugado motor- conversor, muito importante conhecer bem as caractersticas do conjugado resistente ou de arraste das mquinas utilizadas. Para os regimes transitrios de acelerao e desacelerao os momentos de inrcia de todas as partes girantes devero ser utilizados para o clculo do Conjugado motor que dever ser dado por: o Uma parcela para vencer a resistncia da carga e o Uma parcela para acelerao ou desacelerao w = cte 6 C m = C r + C AC para C AC = 0 C m = Cr 1.8 Fases de um movimento C m = C r + C a C m = C r C m = C r + C da Cm = conjugado motor Cr = conjugado resistente Ca = conjugado de acelerao Cda = conjugado de desacelerao 1.9 Diferentes conjugados fornecidos pelo motor durante as fases de um movimento n Regime permanente O conjugado fornecido pelo motor Cm, igual ao conjugado resistente da carga Cr: C m = C r n Regime transitrio Regime Transitrio de Acelerao: O conjugado de partida fornecido pelo motor Cmp, dever vencer o conjugado resistente da carga e tambm inercial para acelerao do acionamento: C mp = C r + C AC = C r + J. d w dt d w = C m - C r > 0 dt J Regime Transitrio de Desacelerao: O conjugado de frenagem, fornecido pelo motor Cmf ser auxiliado pelo conjugado resistente da carga, que devero produzir a desacelerao do acionamento. C mf = C r + C DC = C r + J. d w dt d w = C mf - C r > 0 dt J Formas de Operao das Mquinas Eltricas: Balano de Energia VI = Pel > 0 Potncia eltrica absorvida pela mquina. C.W = Pmec > 0Potncia mecnica cedida pela mquina. RIý = Perdas > 0Perdas sempre geradas pela mquina. Operao nos 4 Quadrantes com Conversores Estticos w o - Velocidade do motor em vazio T m = 0 P mec = 0 T rb - Conjugado de rotor bloqueado w m = 0 P mec = 0 1.10 Conjugado de um motor e proporcional Forma Operacional Balano de Energia Motor Pel = Pmec + Perdas Gerador Pmec = Pel + Perdas Freio Pel + Pmec = Perdas Quadrante Velocidade Conjugado Potncia Mecnica I0 Q w > 0 C > 0 Pmec > 0 II0 Q w > 0 C < 0 Pmec < 0 III0 Q w < 0 C < 0 Pmec > 0 IV0 Q w < 0 C > 0 Pmec < 0 + ñ ñ + Q2 Q1 Q4Q3 AV AR F F F F 7 ao seu peso n Caracterstica de quatro motores assncronos de 4 kW, obtidos do catlogo de um fabricante de motores. n Estando o preo de um motor ligado ao seu peso, nosso interesse de escolher o motor que possua maior velocidade. n Conjugado aumenta com o tamanho do motor. n Utilidade dos Redutores Uma mquina geralmente necessita de um conjugado elevado e de uma baixa velocidade. Constatamos na tabela do lado que, em potncia igual, o conjugado de um motor diretamente ligado ao seu peso, portanto ao seu seu preo. Por razes econmicas prefervel utilizar-se um redutor de velocidade, permitindo a potncia do motor, reduzindo sua velocidade (de onde seu nome) e aumentando seu conjugado. 1.11 Os diferentes tipos de redutores de velocidade Redutor de engrenagem Redutor de trens planetrios Redutor de ciclo Redutor de coroa e rosca sem fim n Os Diferentes Tipos de Redutores o O critrio o preo, a relao de reduo e o rendimento desejado. ATENÌO: Certos redutores de coroa e rosca sem fim no aceitam que a mecnica arraste o motor (quadrantes Q2 e Q4). No reversveis. As caractersticas: Os nmeros dados no cobrem todos os modelos existentes. O rendimento funo da velocidade e da carga transmitida pelo redutor. 1.12 Os quatro quadrantes P1 = hP2 Q1 - Q3 O motor arrasta Tipo Velocidade Potncia Peso Preo Conjugado A 3000 rpm 4 kW 27 kg B 1500 rpm 4 kW 28 kg C 1000 rpm 4 kW 55 kg D 750 rpm 4 kW 72 kg Tipos K h Vantagens Incovenincias 5 0,98 Bom rendimento Barulhento Engrenagens a a Reduo correta 150 0,93 Preo X 5,6 0,96 Rendimento correto Planetrio a a Reduo elevada Baruhento 992 0,88 Preo: 1,5 X 6 0,96 Rendimento Ciclo a a Reduo muito 107 0,85 grande Preo: 2,5 X Tamanho 10 0,91 Rendimento a a Reduo Rosca sem fim 60 0,34 Silencioso Problema de Reversabiidade Redutores Engrenagem Planetrios Ciclo Algumas roscas sem fim Mquina P1 Motor P2 8 A mecnica arrasta Q1 - Q3P2 = h P1 P1 = h P2 Q1 - Q3 O motor arrasta A mecnica arrasta Q2 - Q4 Todos os redutores de velocidade com trens planetrios ou ciclo so reversveis. A transferncia da potncia efetuada do motor para a parte mecnica e vice-versa (em um ou outro sentido). Geralmente os redutores de rosca sem fim no so reversveis. A transferncia da potncia efetuada somente do motor para a parte mecnica (nos dois sentidos de velocidade). 1.13 Equaes dos redutores Velocidade = w 1 Velocidade = w 2 Conjugado = C1 Conjugado = C2 Potncia = P1 Potncia = P2 Energia Cintica = W1 Energia Cintica = W2 Inrcia = J1 Inrcia = J2 Velocidade : w 1 = w 2 w em rad/s (K > 1) K w = 2p n n = velocidade em rpm 60 Conjugado : C1 = K C2 h em Nm (o motor arrasta) C1 = KC2em Nm (o motor arrasta) h Potncia : P1 = h P2 em W ( o motor arrasta) P2 = P1 em W (o motor arrastado) h Energia Cintica : W1 = J1 w 12 W2 = J2 w 22 2 2 W1 = h W2 Inrcia: J 2 = J 1 K2 1.14 Constituio de um motor assncrono de gaiola n Princpio Trs enrolamentos alojados no estator da mquina esto deslocados no espao de 120…. Os mesmos so alimentados por um sistema eltrico trifsico (trs tenses e correntes defasadas no tempo de 120…), acarretando a formao de um campo eltrico girante. Este campo atravessa o entreferro passando pelas barras do rotor induzindo foras eletro-motrizes nas mesmas e que pelo fato de estarem curto circuitadas nas extremidades por dois anis do passagem a correntes eltricas. Estas correntes interagindo com o campo girante produzem o conjugado eletromagntico que arrasta o rotor no sentido do campo girante. O rotor atingindo a velocidade do campo girante tem as tenses induzidas nas barras nulas, cessando o conjugado eletromagntico. Por este fato, o motor s desenvolve conjugado quando a velocidade do rotor diferente da velocidade do campo girante. 1.15 Constituio dos diferentes tipos de motores assncronos n Motor de gaiola Redutores de Rosca sem fim Mquina P1 Motor P2 Redutores de Velocidade Relao de transmisso = K Rendimento = h Mquina Motor Rotor CarcaÁa Rolamento Prisioneiro Ventilado r Rolamento Tampa Tampa Escudo 9 n Velocidade Podemos multiplicar os enrolamentos e ligar as bobinas de tal maneira que a cada perodo da rede o campo no gire a mais de meia volta (motor de 4 polos), um tero de volta (motor de 6 polos). A velocidade do campo girante se chama velocidade de sincronismo. Ns = 60 f p A velocidade do rotor (ou do motor) nominal quando o motor fornece seu conjugado nominal (Nn). Uma velocidade se exprime geralmente em rotaes por minuto e se escreve N. A unidade de velocidade angular que permite efetuar clculos radianos por segundos e se escreve: w . n Motor de anis Para os motores assncronos de gaiola, o usurio no tem acesso ao rotor. A caracterstica w = f (C) escolhida em funo das necessidades mecnicas, mas no pode ser modificada em seguida. Motor de gaiola de esquilo o motor mais simples. Seu rotor constitudo de tiras de alumnio (ou outros meteriais condutores), fundidos simultaneamente. econmico, robusto, estanque, sem manuteno mas possui uma alta corrente na partida. Para os motores assncronos de anis, o rotor bobinado em trifsico ligado em trs anis. Isto permite a adio de resistncias externas. A caracterstica w = f (C) pode ser escolhida e modificada a vontade. 1.16 Conjugados disponveis com um motor alimentado pela rede Cn = Conjugado nominal Cp = Conjugado de partida Cm = Conjugado mximo Ns = Velocidade de sincronismo Nn = Velocidade nominal Com Ns, velocidade em rpm. F, frequncia em Hz P, o nmero de pares de polos do motor. 10 Para passar de um para outro, suficiente de aplicar a frmula bem conhecida: rad/s w = 2 p N rpm 60 n Escorregamento A diferena relativa de velocidade entre o campo girante e o rotor se chama escorregamento. Em porcentagem: S = (Ns - Nn)/Ns Diferena entre as rotaes do campo e do rotor (devido ao escorregamento): S x Ns = Ns - Nn A velocidade nominal Nn = Ns x(1 - S) S = Escorregamento nominal Nn = Velocidade nominal Ns = Velocidade de sincronismo n Conjugado O conjugado de um motor assncrono varia com o quadrado da tenso de alimentao, da velocidade do rotor e dos parmetros do circuito equivalente do motor. n Conjugado mximo O conjugado mximo disponvel proporcional tambm ao quadrado da tenso. O aumento da resistncia rotrica causa um aumento de escorregamento para um mesmo conjugado. Dobrando a resistncia, dobramos o escorregamento para o qual ele acontece; o conjugado mximo disponvel permanece o mesmo, mas a uma velocidade mais baixa. o princpio das partidas com reostato de motores com rotor bobinado. 1.17 Caractersticas velocidade-conjugado Motor de Gaiola Simples Motor de Anis Para remediar estes problemas de picos de corrente na partida, assim como a falta de conjugado, a soluo de aumentar a resistncia do rotor para melhorar o fator de potncia, e em consequncia a potncia ativa disponvel. 1.18 Tipos de motores de gaiola Gaiola Dupla - Categoria N - (NBR) Vantagens Incovenientes Motor de gaiola Normalizado simples Robusto Conjugado de Simples partida Corrente Manuteno partida Fiao Preo Motor de anis Conjugado de Preo partida Corente Fiao de partida Manuteno 11 1.20 Potncia mecnica til no eixo n Potncia Potncia mecnica. (Potncia til sobre o eixo). Pu = C w com w = 2p N 60 Potncia eltrica. (Potncia consumida pelo motor). Pa = U I 3 cos j U = Tenso de alimentao da rede I = Corrente eficaz consumida pelo motor cos j = Fator de potncia n Rendimento 1.21 Circuito equivalente de um motor assncrono Is = Corrente estatrica Im = Corrente magnetizante (fluxo) Ir = Corrente rotrica vista do estator (conjugado) U = Tenso que deve ser proporcional frequncia para se obter um conjugado constante. Uest = Tenso total aplicada no estator. Este esquema equivalente de um motor assncrono coloca em evidncia a queda da tenso no estator. (RsIs). A indutncia Lm representa o enrolamento estatrico gerando o fluxo no motor. A corrente que atravessa est indutncia defasado de 90… em relao tenso U. A resistncia Rr/s representa o rotor visto do estator. A corrente Ir em fase com a tenso U a imagem do conjugado. Gaiola Resistiva- Categoria D - (NBR) Duplas gaiolas, triplas gaiolas, entalhes profundos, entalhes em L, gaiola resistente permitem uma variao de L / R. Isto permite obter um conjugado superior na partida com uma corrente inferior aquela de um motor de gaiola simples. O escorregamento em regime estvel pode ser menor conforme os tipos. As perdas so dissipadas no rotor, gerando um aquecimento que proporcional ao escorregamento. Por este fato, para uma mesma potncia, os motores de gaiola resistente esquentam mais que os motores de anis. Estes motores de gaiola resistente so portanto maiores e mais caros que os motores de gaiola simples. 1.19 Potncia - Balano energtico do motor Potncia total fornecida pela rede Potncia absorvida pelo motor 12 Conforme o conjugado solicitado ao motor, a proporo entre Im e Ir varia, fazendo nascer diferenas de cosseno j . Quanto maior a carga, melhores so o cosseno j e o rendimento. Para uma determinada frequncia da fonte trifsico de alimentao o conjugado desenvolvido pelo motor em funo do escorregamento dado por: Rr C = 3 U2 est. s = 3U2 . s W s R s + t Rr W s t 2 Rr s onde: W s = 2p f = 2p N s , P 60 onde P = pares de polos da mquina. t = 1 + R s ~ 1.0 L m s = (N s - N) / N s Estas funes para cada frequncia da rede so representadas atravs das curvas de conjugado por rotao. Estrutura geral de Partidas de motores 1.22 Partida de motores assncronos de gaiola n Variao de conj. e corrente de 0 a Nn com Un n Variao da U nos bornes ex: com 0,6 Un C 6 5 4 3 2 1 Cd 60 100 N Nm Cm Glissement Id Ic Id 6 5 4 3 2 1 Cd 0,36 Cd 50 100 N Cm 0,6 id I = f (U) nos bornes C = f (U2) 13 Curvas de partida o Corrente de partida : 1,7 a 4 x In o Conjugado de partida : 0,4 a 0,85 x Cn o Queda de tenso e picos de corrente elevadosno momento da ligao da tenso plena o Dimenses e volume elevados Partida com resistncia estatrica Curvas de partida o A queda de tenso nos bornes das resistncias diminui a tenso nos bornes do motor, reduzindo assim a corrente e o conjugado o Corrente de partida : 4,5 x In o Conjugado de partida : ,5 a 0,75 x Cn o Pico de corrente ainda elevado o Resistncias volumosas Partida com Soft-Start 1.23 Tipos de acionamentos estticos para motores eltricos assncronos : n Estrela-tringulo, n Autotransformador, n Resistncias estatricas, n Soft-start com controle em tenso, n Soft-start com controle em conjugado, n Inversores de frequncia. Partida estrela-tringulo Curvas de partida U 1… estgio = Un / 3 o Tenso por enrolamento ü 3 o Corrente de partida ü 3 o Conjugado de partida ü 3 o Corrente de partida : 1,8 a 2,6 x In o Conjugado de partida : 0,5 x Cn o Partida normalmente sem carga ou com baixo conjugado o de corrente e conjugado na passagem estrela- tringulo Partida por Autotransformador 14 Curvas de partida o Corrente de partida : regulvel de 2 a 5 x In o Conjugado de partida : varivel de 0,15 a 1 x Cn o Controle do conjugado de acelerao e desacelerao o Proteo do motor / mecnica / mquina o Supresso dos golpes de conjugado e reduo da corrente de partida. 1.24 Tecnologia n Sintico funcional 1.25 Vantagens na utilizao do soft-start n Para limitar o conjugado, visando a proteo das pessoas e dos produtos transportados, n Para limitar os conjugados, visando aumentar a vida das mquinas e reduzir o tempo perdido, n Para reduzir picos de corrente na rede durante a partida, n Para desaceleraes suaves e eliminao de golpes de ariete em bombas, n Para paradas controladas sem desgastes e sem aumento de temperatura, n Para reduzir as quedas de tenso na linha, n Para reduzir o tempo de manuteno, n Para proteo trmica efetiva do motor e da instalao e otimizar o funcionamento da mquina, n Para pr-aquecer o motor nas paradas longas sem necessidade de outro artifcio especfico, n Para manter um conjugado de frenagem na parada, n Para supervisionar o motor e a instalao, n Para possibilitar a partida em cascata de vrios motores. 1.26 Nova tecnologia TCS - Torque Control System A tecnologia TCS foi desenvolvida pela Schneider para o Soft-start ALTISTART46 e permite atravs de um novo algortmo, o controle da tenso e corrente do motor, fazendo com que o conjugado de acelerao e desacelerao sejam lineares. Esta tecnologia conta com uma lgica chamada : "Fuzzi Logic" - conhecida como lgica nebulosa ou difusa. Com a utilizao deste algortmo, conseguimos respostas mais rpidas, precisas e estveis para o controle em conjugado. 15 1.27 Performances : Sintico - Controle em conjugado (TCS) 1.28 Anlise comparativa detalhada dos Soft-Start Perdas estatorTI(hard) Sincro. tens„o (hard) C·lculo da potÍncia C·lculo das perdas C·lculo conjugado Comando em conjugado disparo tiristor (hard) C·lculo do cos j Correntes instant‚neas leitura de corrente CompensaÁ„o perdas estator LSC PotÍncia Conjugado nominal motor In Conjugado de referÍncia Conjugado LTR Retardo do disparo no comando corrente g Retardo disparo no comando de tens„o a (Rampa de conjugado) 16 n Soft-start com rampa de tenso Acionamento progressivo, porm no linear. A acelerao crescente e o controle indireto. Aquecimento do motor elevado fora do perodo de acionamento. Aplicaes n Conjugado = k N2 (varivel) n Conjugado constante 1.29 Performances : Curvas de conjugado n Soft-start com controle em conjugado (TCS) Um bloco interno permite calcular o conjugado durante o transitrio da velocidade. O tempo fixado para a rampa de acelerao o tempo necessrio para alcanar o conjugado nominal de funcionamento, isto , a rampa de acelerao igual a rampa de conjugado. n Soft-start com rampa de tenso O tempo fixado para a acelerao o tempo necessrio para passar de um ngulo de retardo mximo um ngulo de retardo mnimo. no existe domnio do conjugado no existe domnio da acelerao 1.30 Performances : Caractersticas velocidade-corrente n Soft-start com controle em conjugado (TCS) Acionamento progressivo em rampa com controle do conjugado. Limitao do aquecimento do motor. 17 1.31 Soft-start com TCS aplicado em bombas n Proteo do motor e das instalaes o contra as sobrecargas, o contra a inverso de fase, o adaptvel s bombas submersas ou tubulares, o eliminao dos golpes de ariete e vlvulas: aceleraes e desaceleraes constantes, o superviso e comando centralizados, o religamento automtico. 1.32 Soft-start com TCS aplicado em ventiladores e cargas centrifugas n Adaptao s partidas de motores e paradas longas o proteo trmica regulvel, o otimizao da corrente e da instalao eltrica, o frenagem para diminuir o tempo de parada e os riscos de acidente. n Pr-aquecimento do motor. n Anti-giro na partida/parada (tubulao de ar) 1.33 Soft-start com TCS aplicado em transportadores n Aceleraes e desaceleraes constantes o eliminao dos trancos mecnicos, o estabilidade e proteo das cargas o reduo dos desgastes. n Regulagem linear para acionamentos a vazio e em carga, n Proteo contra sobrecargas n Segurana e comunicao serial 1.34 Recursos do Soft-start com TCS n Proteo trmica integrada e regulvel do motor : o Possibilidade de escolher sua classe de desligamento segundo IEC 947-4-1, como classe 10 e 20 o Proteo trmica com ajuste de 50 a 130% In 1.35 As vantagens do Soft-start com TCS Critrio TCS Soft-start convenc. Controle Em conjugado Em tenso Acionamento sem Para a maioria No regulagem das aplicaes Proteo Integrada e Pouco frequente trmica motor envoluda 50 ou em opo a 130% In (rel trmico) Resposta Conforme a - normativa CEM Robustez / rede Elevada Mdia ou fraca 18 1.36 Concluso: n Com o Soft-start com TCS obtemos : o Adaptao s condies do motor e da carga, evitando aquecimentos, o Domnio do acionamento do motor atravs de rampas lineares (acelerao / desacelerao), o Robustez com relao a rede eltrica, o Proteo trmica ajustvel de 50 a 130% x In, o Informaes de retorno do sistema como : corrente, conjugado, cos j , potncia, o Comunicao ponto a ponto ou multiponto, o Alm de todos os benefcios de um Soft-start convencional. mesmo valor de escorregamento s. Assim sendo, considerando que o escorregamento s vale: 2p f - 2 p fm s = N s - N = p p = f - fm = f2 N s 2 p f f f p Onde f 2 a frequncia eltrica das correntes rotricas, teremos, substituindo na expresso do conjugado: C = 3V2 = f2 = 3pf2 V 2 p f t 2 fRr 2pt 2Rr f p Por outro lado, V = 4,44 f N f ou seja V/f a f , que faz com que o conjugado seja proporcional ao quadrado do fluxo. 1.38 Como obter um fluxo constante 1) Como obter um fluxo constante ? Em um motor assncrono o fluxo criado pelo enrolamento estatrico, que alimentado por uma tenso U a uma certa frequncia f. Para obter um fluxo constante, e portanto um conjugado constante com uma variao de frequncia, necessrio que a tenso varie simultaneamente com a frequncia. Podemos dizer que os conversores de frequncia respeitam a lei U = constante f 1.37 Alimentao com tenso e frequncia variveis conversor esttico de frequncia Motor de gaiola Constatamos que a frequncia de alimentao de um motor pode fazer variar a velocidade do campo girante. Ns = 60 f p O objetivo como variar a velocidade fazendo com que o motor disponibilize conjugadoconstante para um 19 1.39 Alimentao de um motor com frequncia e tenso variveis para obter conjugado constante 1.40 Circuito equivalente de um motor assncrono Is = Corrente estatrica Im = Corrente magnetizante (fluxo) Ir = Corrente rotrica vista do estator (conjugado) U = Tenso de entrada proporcional frequncia para obter um fluxo constante U estator = RsIs + U Is = Im + Ir Este esquema equivalente de um motor assncrono coloca em evidncia a queda de tenso no estator (RsIs). A tenso U do estator a tenso fornecida ao motor. A tenso U que alimenta a indutncia Lm (bobina estatrica) a tenso que deve ser ligada a frequncia de aimentao. A queda de tenso estatrica a diferena entre U estator e U. Este termo RsIs pode ser calculado medindo-se a corrente estatrica Is. Quanto mais Is alto, maior a queda de tenso estatrica. Precisa ento fornecer uma tenso U estator que integre as variaes do termo RsIs, afim de fornecer uma relao U/f constante indutncia estatrica Lm. A corrente estatrica varia com a carga; portanto, o termo RsIs varia com a carga. A tenso estatrica deve portnato depender da carga. A corrente estatrica Is tem duas utilidades. Por um lado, produzir a corrente Ir, imagem do conjugado motor que atravessa uma resistncia de valor R/s (rotor visto do estator). Ora, no podemos conhecer os valores destas duas correntes, Im e Ir, somente a corrente estatrica Is pode ser medida (motor de gaiola). Para obter um conjugado, queremos um fluxo constante. Para obter um fluxo constante, precisamos de uma corrente magnetizante Im constante. A alimentao desta indutncia no independente; por isso, o fluxo constante dificilmente obtido nas mltiplas possibilidade de carga e saturao. 1.41 Incidncia da queda de tenso estatrica sobre a lei U/f terica Encontramos sobre esta curva a incidncia da queda de tenso estatrica RsIs. A compensao RsIs deve estar ligada a carga da mquina sobre toda a gama de frequncia. 20 Um motor alimentado diretamente pela rede recebe permanentemente uma tenso 380V trifsica a uma frequncia de 60 Hz, no importa qual seja a carga. Em todos os casos, a tenso no pode variar com a carga. Poderia haver uma baixa saturao de fluxo quando o motor est em carga, ou seja, uma falta de conjugado. O construtor de motores, conhecendo bem estes problemas, dimensiona seu motor a fim de poder fornecer o conjugado desejado. 1.42 Lei u/f detalhe em baixa frequncia Em 5 Hz a tenso a ser fornecida pode variar do normal ao dobro, conforme o motor e a carga. Na frequncia nominal (60 Hz), se a queda de tenso estatrica de 20 volts, isto representa aproximadamente 5% da tenso de alimentao (380V). Em baixa velocidade, est queda de tenso de vinte volts pode representar mais de 50% da tenso de alimentao. No caso de um motor assncrono associado a uma mecnica que solicite um conjugado fraco em baixa velocidade (Ex: um ventilador), Ir baixo perante Im, O termo RsIs deve ser baixo. Chamamos esta ao de dar menos tenso estatrica: "Subexcitar um motor". Se damos a um motor em vazio uma tenso muito alta, esta produzir uma corrente magnetizante Im superior que poderia ser destrutiva para o motor, pois ir causar sobreaquecimento, diminuindo a vida til da mquina. No caso de um motor assncrono associado a uma mecnica que solicite um conjugado forte em baixa velocidade (Ex: um enrolador), Im fraco perante Ir, O termo RsIs deve ser elevado. Chamamos est ao de dar mais tenso estatrica : "Sobre-excitar um motor". Se fornecemos a um motor em regime uma tenso inferior a necessria haver uma diminuio do fluxo que dever ser compensado por um aumento da corrente Ir e de escorregamento, podendo provocar tambm sobreaquecimento nos enrolamentos. Adaptao carga A correo RsIs praticamente intil (desprezvel) nas grandes velocidades. Quanto mais baixa a frequncia, mais esta correo se torna alta em valores relativos. 1.43 Conjugado disponvel conjugado mximo com uma variao de frequncia n Conjugado de emprego disponvel: O conjugado de emprego constante da velocidade nula at as indicaes de frequncia e tenso da placa do motor. 21 Nesta gama de frequncia o conjugado de emprego igual ao conjugado nominal. Trata-se do funcionamento em conjugado constante. Acima da frequncia de placa (f rede) possvel aumentar a velocidade somente pela frequncia da rede a velocidade dobra, mas percebemos que a tenso permanecendo fixa, o fluxo dividido por dois, assim como o conjugado. A potncia de emprego constante acima da frequncia da rede. De fato, na regio de alta velocidade Rr/s >> Rs de forma que a expresso do conjugado pode ser dada por: C = 3U2est s = 3pU2est s 1 Ws t 2 Rr 2 pt 2 Rr f Como nesta regio de variao de velocidade a tenso do estator Vest so constantes, observa-se que o conjugado de trabalho disponvel ser inversamente proporcional a frequncia e consequentemente a velocidade. Trata-se do funcionamento em potncia constante. n Conjugado mximo O conjugado mximo inversamente proporcional ao quadrado do fuxo. no caso de um motor que possua um conjugado mximo de 2 Cn, ao dobro da velocidade nominal (meio fluxo), o conjugado mximo portanto de 0,5 Cn. Este caso o mais desfavorvel. De fato, os motores assncronos possuem sempre um conjugado mximo superior 2 Cn, mas que diminui mais rapidamente que o conjugado de emprego disponvel (em nosso exemplo, acima de 2 Cn, Cmx > Ce). Isto limita a variao de frequncia nas frequncias elevadas e a velocidade do motor. n Conjugado disponvel em baixa frequncia: O conjugado disponvel em baixa frequncia est limitado pelo escorregamento, conforme a resistncia do rotor os motores possuem mais ou menos conjugado para uma frequncia baixa de funcionamento. Observao: Percebemos que at 60 Hz teremos um conjugado constante e que acima de 60 Hz o conjugado decrescer, por consequncia o conjunto motor-conversor no poder fornecer o conjugado necessrio para os transportadores e as bombas, enquanto que para os bobinadores a sobrevelocidade aproveitvel. 1.44 Escorregamento - Variao de frequncia n Frequncia de emprego inferior da rede: Para um conjugado dado, o escorregamento permanece constante. n Frequncia de emprego superior da rede: Para um conjugado dado, o aumento do escorregamento maior do que relao das velocidade. (Velocidade de emprego/velocidade nomi- nal). 1.45 Conversor esttico de frequncia 1.46 Evoluo tecnolgica dos inversores 1) Conversores de corrente Imposta. Perodo: 1970 a 1985 2) Conversores de Tenso Imposta com amplitude Controlada Perodo: 1970 a 1985 3) Conversores de frequncia: PWM - No Senoidal Perodo: 1980 a 1990 22 4) Conversor de frequncia: PWM - senoidal Controle Escalar Perodo: 1985 a 1997 5) Conversores de frequncia: Controle Vetorial Perodo: 1995 a 20__ Os conversores de frequncia devem alimentar um motor assncrono de tenso e frequncia variveis. Para que o motor possa dispor de um conjugado constante a relao U/f deve ser constante. Entretanto, deve se levar em considerao da queda a tenso estatrica. Existem vrios tipos de conversores de frequncia, mas o sinptico geral permanece idntico. A rede alternada 60 Hz (monofsica ou trifsica) retificada, filtrada, e depois sintetizada com frequncia e tenso variveis. A funo de recorte esta reservada para o inversor, enquanto que a funo de variao de tenso pode ser efetuada conforme os tipos de conversores, seja pelo retificador, seja pelo inversor. Podemos distinguir duas grandes categorias de conversores de frequncia: Os conversores de frequncia"em onda de corrente ou corrente imposta" onde a filtragem efetuada por uma indutncia. Os conversores de frequncia "em onda de tenso ou tenso imposta" onde a filtragem efetuada por uma capacitncia. 1.47 Conversores de frequncia Vantagens - reversibilidade Inconvenientes - qualidade de acionamento se f , 3Hz - indutncia de filtro - 1 s motor O motor alimentado por uma onda de corrente de amplitude e de frequncia variveis. n Constituio: O retificador controlado fornece uma corrente de amplitude varivel. A filtragem realizada por uma indutncia L externa e volumosa. O inversor gera uma rede trifsica de tenso e frequncia variveis. Os conversores de frequncia que possuem um retificador controlado podem regenerar a energia para a rede. So reversveis em potncia, ou seja, funcionam nos quatro quadrantes. Os pulsos de corrente no permitem uma rotao regular abaixo de 3 Hz. Exemplo industrial : ALTIVAR VP4 Neste conversor de frequncia a inverso realizada por diodos e tiristores. Ora, um tiristor alimentado a partir de uma tenso contnua causa alguns problemas. De fato, se sabemos dispar-lo, no sabemos mais como parar sua conduo aps disparo. necessrio prever um sistema de extino forada. Este sistema constitudo de indutncias e de capacitores (parte direita do esquema), assim como do prprio motor. A utilizao de vrios motores em paralelo impossvel, assim como a utilizao de um motor de potncia diferente da do conversor. 1.48 Conversores de frequncia - Tenso imposta ou modulao de amplitude (pulse Amplitude Modulation - PAM) 23 O motor alimentado por uma onda de tenso de amplitude e de frequncia variveis. Os pulsos de tenso tem uma amplitude constante, mas so recortados a fim de se obter a tenso mdia desejada. n Constituio: O retificador de diodos fornece uma tenso mxima fixa. A filtragem realizada por uma capacitncia. O inversor fornece a tenso e a frequncia variveis. Estes conversores de frequncia no podem devolver a energia para a rede em razo da retificao fixa. O rudo do conversosr desaparece, mas aparece o rudo eltrico do motor em razo do recorte em frequncias elevadas. As vibraes das chapas do circuito magntico do motor acarretam rudos desagradveis, pois a frequncia de chaveamento audvel. 1.50 ALTIVAR VP3 - Esquema de potncia Encontramos neste produto; Uma ponte retificadora fixa; Diodos D1, D2, D3, D4. Um filtro : Capacitncia C. Um inversor: Transistores T1, T2 Diodos D11, D12, D13, D14, D15, D16. Tiristores TH1, TH2, TH3, TH4, TH5, TH6. Um tiristor um componente de potncia relativamente lento. Os transistores que constituem o inversor tem a funo de recriar uma tenso trifsica de frequncia varivel. Numa rede trifsica a soma das tenses nula a qualquer instante. Vantagens - sem rudo eltrico do motor - vrios motores em paralelo Incovenientes - rudo eltrico no conversor - qualidade de acionamento se f < 5Hz - desclassificao do motor > 10% - custo / benefcio desfavorvel O motor alimentado por uma onda de tenso de amplitude e de frequncia variveis. n Constituio: O retificador controlado fornece uma tenso de ampli- tude varivel. A filtragem realizada por uma associao indutncia-capacitncia. O inversor gera uma tenso trifsica de frequncia varivel. A amplitude da tenso pode ser obtida de duas maneiras diferentes. Seja por um retificador controlado. Seja por um retificador associado a um chopper que tem a funo de recortar a tenso mxima a fim de obter o valor mdio desejado. A corrente obtida que alimenta o motor com tenses trifsicas alternadas no senoidais tambm no senoidal. O rudo eltrico do conversor proveniente do chopper ou da indutncia de filtro. Os picos de corrente limitam as baixas velocidade em 5 Hz e impe desclassificao elevada no dimensionamento do motor. O balano econmico pequeno em razo do grande nmero de componentes de potncia. 1.49 Conversores de Frequncia - Modulao da Largura de Pulsos (MP ou PWM) Vantagens - sem rudo do conversor - balano econmico Incovenientes - rudo eltrico do motor - qualidade de acionamento se f < 5Hz - desclassificao do motor > 10% 24 A todo momento temos : Ou uma fase positiva e duas negativas, Ou duas fases positivas e uma negativa, Ou uma fase positiva, uma negativa e uma nula. Num dado instante o controle do conversor pilota os tiristores a fim de recriar uma rede trifsica. Por exemplo; O tiristor TH1 fornece positivo para a fase U, O tiristor TH3 fornece positivo para a fase V, O tiristor TH2 fornece negativo para a fase W. Os diodos que constituem o inversor fazem com que a energia contida nas indutncias dos enrolamentos estatricos seja transferida para o capacitor de filtro (diodo de rotao livre). Os diodos que constituem o inversor tem tambm a funo de permitir o retorno de energia mecnica para a capacitncia (Q2, Q4). Este conversor portanto limitado nos quadrantes Q2 e Q4 . Mas, por insero de resistncia de carga, possvel consumir esta energia durante a desacelerao. Isto requer a adio de um mdulo como opo. 1.51 Conversor esttico de frequncia - modulao da largura de pulsos - MLP senoidal ou PWM senoidal Vantagens - sem rudo do conversor - balano econmico - qualidade de rotao - desclassificao do motor < 5% Inconvenientes - rudo eltrico do motor A constituio quase idntica ao anterior conversor de frequncia PWM. Somente os tiristores de potncia so substitudos por transistores de potncia (evoluo econmica). Isto elimina os transistores colocados no topo da ponte inversora. O balano econmico se torna favorvel. A recorte dos pulsos de base, chamado pulso pleno diferente a fim de obter uma corrente mais prxima da senide. A desclassificao se torna fraca no dimensionamento do motor. Exemplo industrial: ALTIVAR 5 n Microprocessador: O conversor pilotado por uma unidade de controle que, organizada por um microprocessador, assegura as funes de comando dos componentes de potncia, dilogo, proteo e segurana. n Mdulo de potncia integrado, microcomponentes, microprocessador: A utilizao de tecnologia modernas permitiu uma diminuio sensvel do volume destes produtos. Atualmente estes transistores preenchem as funes de modulao de U e oscilao de f. Eles se apresentam sob forma de mdulos isolados permitindo ao invlucro servir como dissipador. n Invlucro: O conjunto est montado em um invlucro esttico e funcional que assegura uma proteo eficaz do aparelho. 25 Alimentao do motor em corrente modulada por PWM senoidal O microprocessador permite produzir uma corrente quase senoidal a fim de obter-se uma rotao regular em baixa velocidade e limitar as perdas. 1.53 PWM Senoidal - controle escalar Para qual frequncia o recorte PWM senoidal permite forma de corrente ser muito prxima de uma senide 1.54 Levantamento das correntes Harmnicas ALTIVAR 5 Espectro da corrente do motor em 60 Hz 1.52 Sinais de tenso com o ALTIVAR 5 Ao lado: O esquema de princpio da ponte inversora do ALTIVAR 5. O comando das vias a 180…; pulsos no conversor de frequncia por onda de tenso. O comando das vias em um conversor de frequncia PWM senoidal. Estes mesmos pulsos cheios so sintetizados para eliminar o mximo de harmnicas. A superfcie idntica a do pulso cheio da onda de tenso. Em uma frequncia de emprego inferior a da rede. A modulao aplicada a todas as fraes dos pulsos, grandes ou pequenos. Desempenho Qualidade de acionamento conjugado de partida gama de velocidade, etc... A qualidade do Acionamento est Ligada Natureza da Corrente Aimentao do motor em corrente senoidal(rede). 26 n Harmnicas: Este recorte da tenso (PWM senoidal) permite a eliminao de certas harmnicas de frequncias menores. Assim, a uma baixa velocidade, que pode atingir 1 Hz, a corrente obtida mais prxima de uma senide e o conjugado mais regular. Igualmente o aquecimento do motor menor. As correntes harmnicas dependem: Do motor (indutncia - saturao) Da frequncia de utilizao Da tenso de utilizao Exemplo: Um motor subexcitado gera menos harmnicas. As correntes harmnicas geram rudos e aquecimentos no motor, e so a origem dos conjugados pulsantes. O utilizador deve efetuar a desclassificao aconselhada pelo fabricante do conversor. Para cada processo de recorte h uma desclassificao correspondente. n Ventilao: Os motores auto-ventilados, ou seja, que possuem um ventilador preso no eixo so normalmente resfriados quando funcionam a plena velocidade. Entretanto, a utilizao destes motores em variao de velocidade eletrnica os predispe a funcionar em baixa velocidade. Estando a velocidade do ventilador ligada a do motor, o resfriamento do motor incorreto em baixa velocidade. Estes motores no podem fornecer o conjugado nominal em baixa velocidade constantemente, sob a pena de falha por sobreaquecimento, e devem ser desclassificados. Este problema no se apresenta quando os motores so providos de ventilao forada (moto-ventilados). Desclassificao ALTIVAR 5 conjugado disponvel do motor - conversor em funo da velocidade 1- Motor auto-ventilado 2- Motor moto-ventilado 3- Sobreconjugado transitrio A curva de regime permanente determina a zona onde pode funcionar constantemente. ela fornece a desclassificao a ser efetuada sobre o conjugado nominal motor em funo das velocidades de emprego (apresentada em Hz). A curva de regime transitrio delimita o sobreconjugado disponvel nas diferentes velocidades. A produo deste sobreconjugado acompanhado de uma sobrecarga e til nas fases de acelerao ou para vencer um esforo mecnico. Seu emprego limitado no tempo sob pena de destruio do motor. Uma curva anexa permite verificar a compatibilidade do ciclo mecnico e do resfriamento do motor. O emprego destas zonas durante X segundos acarreta obrigatoriamente um funcionamento na zona de regime permanente durante Y minutos. 2.0 Inversores a Controle Vetorial ALTIVAR - Famlia 6 e 8 Tipos de controle vetorial Controle vetorial de fluxo sem realimentao por ENCODER Um novo conceito: Este conceito tem as vantagens de E/f e SFVC (sensorless flux vector control). Controle vetorial de fluxo com realimentao por ENCODER A performance do tipo CC sem suas desvantagens. 2.1 Comparao entre os princpios de operao de mquinas rotativas Motor CC 22 33 1122 O 25 50 67 110O 25 50 67 110 0 30 60 80 1320 30 60 80 132 1,75 1,5 1,25 1,0 0,75 0,50 0,25 0 0,950,95 22 CC CnCn Velocidade MostradaVelocidade Mostrada (HZ)(HZ) 27 2.2 Diagrama de circuito equivalente de motor assncrono definio de I D e I Q Ls = indutncia estatrica Rs = resistncia estatrica Lm = indutncia mtua, indutncia de magnetizao R1 = resistncia rotrica g = escorregamento L1 = indutncia rotrica Diagrama de blocos do controle vetorial 28 2.3 Diagrama de Blocos do controle Vetorial Vetor soma O fluxo do motor deve ser constante qualquer que seja o torque requerido pelo motor. Isto necessita o controle do ngulo f , medida do escorregamento. 2.4 Gerao de uma referncia para cada fase As trs fases representam os trs enrolamentos do motor. Elas esto fixas no espao e defasadas de 120…. O vetor girante Id, Iq a "corrente do motor". A velocidade de rotao corresponde ao campo estatrico w s. 2.5 Gerao de uma referncia para cada fase A projeo do vetor, corrente do motor nos trs eixos do motor gera as referncias de corrente em qualquer momento no tempo. A defasagem de 120… entre os trs eixos (enrolamentos do motor) est entre as trs referncias de corrente do motor a fim de reconstituir uma rede trifsica. 29 2.6 Diagrama de blocos do processamento de Id, Iq 2.7 Algoritmo Tpico para Controle Vetorial - ALTIVAR PRO.S 30 Por que a posio angular g s usada? necessria uma precisa velocidade instantnea; mas a posio angular, em termos do espao do rotor, no necessria. Nenhum ajuste do encoder precisa ser feito. O comando causa rotao do vetor corrente do motor Im velocidade sncrona (estator), de modo que as referncias de corrente criadas so da mesma frequncia do campo girante ou velocidade w s. 2.8 Analogia com controle por retificardor (corrente contnua) 2.9 Principio do controle vetorial - ALTIVAR A primeira malha de controle regula a velocidade e fornece a componente de corrente ativa (Iq). Uma segunda malha independente ajusta o fluxo e fornece a componente magnetizante (Id). Os algoritmos de regulao so gerados usando um ponto de referncia rotativo de duas fases (para simplicidade e preciso de clculos) (Id, Iq). Correntes trifsicas so ento reconstitudas. Ponto de referncia rotativo de duas fases (d, q) - Ponto de referncia fixo de duas fases (a, b) - Ponto de referncia fixo de trs fases. Um conhecimento preciso de certos parmetros do motor necessrio a fim de executar os clculos (parmetros de diagrama de circuito equivalente, etc). Quando um sensor de velocidade usado, o controle simplificado e o desempenho melhorado. IO calculado como uma funo dos parmetros medidos do motor. 31 Sem sensor PRO.S com sensor FVC torque normal (ajsute de fbrica) alto torque (SFVC) especial encoder no motor 20:1 100:1 1000:1 v motor padro, motores conectados em paralelo, ajustes simples estabilidade, algoritmos testados v motor padro v bom desempenho em malha aberta v torque dinmico v bom preo/ razo de desempenho v motores especiais v motores conectados em paralelo, estabilidade v alto nvel de performance v torque velocidade nula (zero) v controle de posio v desempenhos dinmicos v desempenhos dinmicos limitados v mais ajustes v motor nico v dinmica limitada v motor nico v ajuste essencial v custo: motor c/ encoder v conhecimentos dos parmetros do motor necessrio Seleo de tipo controle de Acordo com Requisitos Tipo de algoritmo a torque constante Faixa de velocidade Vantangens Desvantagens 32 2.10 Diagrama de Blocos para torque normal PRO.S - ALTIVAR
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