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25/04/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/13 A interação pela linguagem materializa-se por meio de textos, sejam eles orais ou escritos. É relevante, no entanto, reconhecer que fala e escrita são duas modalidades de uso da língua que, embora se utilizem do mesmo sistema lingüístico, possuem características próprias. As duas não têm as mesmas formas, a mesma gramática, nem os mesmos recursos expressivos. Para a compreensão dos problemas da expressão e da comunicação verbais, é necessário evidenciar essa distinção. Para dar início às suas reflexões, leia o texto de Millôr Fernandes, a seguir. A vaguidão específica "As mulheres têm uma maneira de falar que eu chamo de vago-específica." Richard Gehman — Maria, ponha isso lá fora em qualquer parte. — Junto com as outras? — Não ponha junto com as outras, não. Senão pode vir alguém e querer fazer coisa com elas. Ponha no lugar do outro dia. — Sim senhora. Olha, o homem está aí. — Aquele de quando choveu? — Não, o que a senhora foi lá e falou com ele no domingo. — Que é que você disse a ele? — Eu disse pra ele continuar. — Ele já começou? — Acho que já. Eu disse que podia principiar por onde quisesse. — É bom? — Mais ou menos. O outro parece mais capaz. — Você trouxe tudo pra cima? — Não senhora, só trouxe as coisas. O resto não trouxe porque a senhora recomendou para deixar até a véspera. — Mas traga, traga. Na ocasião nós descemos tudo de novo. É melhor, senão atravanca a entrada e ele reclama como na outra noite. — Está bem, vou ver como. FERNANDES, Millôr. Trinta anos de mim mesmo. São Paulo, Círculo do Livro, 1976, p.77. 25/04/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/13 No texto, o autor revela ironia ao atribuir às mulheres o falar de modo vago e por meio de elipses. No entanto, tais características são próprias do texto oral, em que a interação face-a-face permite que os interlocutores, situados no mesmo tempo e espaço, preencham as lacunas ali existentes, já que ambos, ancorados em dados do contexto e no conhecimento partilhado que possuem, são capazes de compreender e produzir sentido ao que se diz. Em nossa sociedade, fundamentalmente oral, convivemos muito mais com textos orais do que com textos escritos. Todos os povos1, indistintamente, têm ou tiveram uma tradição oral e relativamente poucos tiveram ou têm uma tradição escrita. No entanto, isso não torna a oralidade mais importante que a escrita. Mesmo que a oralidade tenha uma primazia cronológica sobre a escrita, esta, por sua vez, adquire um valor social superior à oralidade. A escrita não pode ser tida como representação da fala. Em parte, porque a escrita não consegue reproduzir muitos dos fenômenos da oralidade, tais como a prosódia, a gestualidade, os movimentos do corpo e dos olhos, entre outros. Ela apresenta, ainda, elementos significativos próprios, ausentes na fala, tais como o tamanho e o tipo de letras, cores e formatos, sinais de pontuação e elementos pictóricos, que operam como gestos, mímica e prosódia graficamente representados. Observe a transcrição de um texto falado, retirado de uma aula de História Contemporânea, ministrada no Rio de Janeiro, no final de década de 70. Procure ler o texto como se você estivesse “ouvindo” a aula. ... nós vimos que ela assinala... como disse o colega aí,,, a elevação da sociedade burguesa... e capitalista... ora... pode-se já ver nisso... o que é uma revolução... uma revolução significa o quê? Uma mudança... de classe... em assumindo o poder... você vê por exemplo... a Revolução Francesa... o que ela significa? Nós vimos... você tem uma classe que sobe... e outra classe que desce... não é isso? A burguesia cresceu... ela ti/a burguesia possuía... o poder... econômico... mas ela não tem prestígio social... nem poder político... então... através desse poder econômico da burguesia... que controlava o comércio... que tinha nas mãos a economia da França... tava nas mãos da classe burguesa... que crescera... desde o século quinze... com a Revolução Comercial... nós temos o crescimento da classe burguesa... essa burguesia quer... quer... o poder...ela quer o poder político... ela quer o prestígio social... ela quer entrar em Versalhes... então nós vamos ver que através... de uma Revolução...ela vai... de forma violenta... ela vai conseguir o poder... isso é uma revolução porque significa a ascensão de uma classe e a queda de outra... mas qual é a classe que cai? É a aristocracia... tanto que... o Rei teve a cabeça cortada... não é isso? Dinah Callou (org.). A linguagem falada culta na cidade do Rio de Janeiro – materiais para seu estudo. Elocuções formais. Rio de Janeiro, Fujb, 1991, p. 104-105. É possível notar que o texto é bastante entrecortado e repetitivo, apresenta expressivas marcas de oralidade e progride apoiando-se em questões lançadas aos interlocutores, no caso, aos alunos. Isso não significa que o texto falado é, por sua natureza, absolutamente caótico e desestruturado. Ao contrário, ele tem uma estruturação que lhe é própria, ditada pelas circunstâncias sociocognitivas de sua produção. No entanto, tais características, próprias do texto oral, são consideradas inapropriadas para o texto escrito. E por quê? Para entender essa questão, inicialmente, faz-se necessário observar a distinção entre essas duas modalidades de uso da língua, proposta por Marcuschi (2001:25): A fala seria uma forma de produção textual-discursiva para fins comunicativos na modalidade oral. Caracteriza-se pelo uso da língua na sua forma de sons sistematicamente articulados e significativos, bem como os aspectos prosódicos e recursos expressivos como a gestualidade, os movimentos do corpo e a mímica. A escrita, por sua vez, seria um modo de produção textual-discursiva para fins comunicativos com certas especificidades materiais e se caracterizaria por sua constituição gráfica, embora envolva também recursos de ordem pictórica e outros. Pode manifestar-se, do ponto de vista de sua tecnologia, por unidades alfabéticas (escrita alfabética), ideogramas (escrita ideográfica) ou unidades iconográficas. Trata-se de uma modalidade de uso da língua complementar à fala. 25/04/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/13 De modo geral, discute-se que ambas apresentam distinções porque diferem nos seus modos de aquisição, nas suas condições de produção, na transmissão e recepção, nos meios através dos quais os elementos de estrutura são organizados. Para Koch (1992), dentre as características distintivas mais freqüentemente apontadas entre as modalidades falada e escrita estão as seguintes: Fala Escrita 1. Contextualizada. 2. Não-planejada. 3. Redundante. 4. Fragmentada. 5. Incompleta. 6. Pouco elaborada. 7. Predominância de frases curtas, simples ou coordenadas. 8. Pouco uso de passivas. 9. Pouca densidade informacional. 10. Poucas nominalizações. 11. Menor densidade lexical. 1. Descontextualizada. 2. Planejada. 3. Condensada. 4. Não-fragmentada. 5. Completa. 6. Elaborada. 7. Predominância de frases complexas, com subordinação abundante. 8. Emprego freqüente de passivas. 9. Densidade informacional. 10. Abundância de nominalizações. 11. Maior densidade lexical. Ocorre, porém, que essas diferenças nem sempre distinguem as duas modalidades. Isso porque se verifica, por exemplo, que há textos escritos muito próximos ao da fala conversacional (bilhetes, recados, cartas familiares, por exemplo), e textos falados que mais se aproximam da escrita formal (conferências, entrevistasprofissionais, entre outros). Além disso, atualmente, pode-se conceber o texto oral e o escrito como atividades interativas e complementares no contexto das práticas culturais e sociais. Oralidade e escrita, assim, são práticas e usos da língua com características próprias, mas não suficientemente opostas para caracterizar dois sistemas lingüísticos distintos. Ambas permitem a construção de textos coesos e coerentes, ambas permitem a elaboração de raciocínios abstratos e exposições formais e informais, variações estilísticas, sociais e dialetais. Cabe lembrar, finalmente, que em situações de interação face a face, o locutor que detém a palavra não é o único responsável pelo seu discurso. Trata-se, como bem mostra Marcuschi (1986), de uma atividade de co- produção discursiva, visto que os interlocutores estão juntamente empenhados na produção do texto. 1Povos: Em todas as comunidades, a fala antecede a escrita. Segundo pesquisas, há 3 mil línguas faladas no mundo, das quais 180 possuem escrita e, aproximadamente, apenas 78 delas, literatura. REGISTRO: LINGUAGEM FORMAL E INFORMAL Conteúdo Nossa língua apresenta uma imensa possibilidade de variantes lingüísticas, tanto na linguagem formal (padrão) quanto na linguagem informal (coloquial). Elas não são, assim, homogêneas. Especialmente no que se refere ao coloquial, as variações não se esgotam. Alguns fatores determinam essa variedade. São eles: • diferenças regionais: há características fonéticas próprias de cada região, um sotaque próprio que dá traços distintivos ao falante nativo. Por exemplo, a fala espontânea de um caipira difere da fala de um gaúcho em pronúncia e vocabulário; • nível social do falante e sua relação com a escrita: um operário, de modo geral, não fala da mesma maneira que um médico, por exemplo; • diferenças individuais. 25/04/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/13 É importante salientar que cada variedade tem um conjunto de situações específicas para seu uso e, de modo geral, não pode ser substituída por outra sem provocar, ao menos, estranheza durante a comunicação. O texto de Luis Fernando Veríssimo ilustra uma dessas situações inusitadas: Aí, Galera Jogadores de futebol podem ser vítimas de estereotipação. Por exemplo, você pode imaginar um jogador de futebol dizendo “estereotipação”? E, no entanto, por que não? - Aí, campeão. Uma palavrinha pra galera. - Minha saudação aos aficionados do clube e aos demais esportistas, aqui presentes ou no recesso dos seus lares. - Como é? - Aí, galera. - Quais são as instruções do técnico? - Nosso treinador vaticinou que, com um trabalho de contenção coordenada, com energia otimizada, na zona de preparação, aumentam as probabilidades de, recuperado o esférico, concatenarmos um contra- golpe agudo com parcimônia de meios e extrema objetividade, valendo-nos da desestruturação momentânea do sistema oposto, surpreendido pela reversão inesperada do fluxo da ação. - Ahn? - É pra dividir no meio e ir pra cima pra pegá eles sem calça. - Certo. Você quer dizer mais alguma coisa? - Posso dirigir uma mensagem de caráter sentimental, algo banal, talvez mesmo previsível e piegas, a uma pessoa à qual sou ligado por razões, inclusive, genéticas? - Pode. - Uma saudação para a minha progenitora. - Como é? - Alô, mamãe! - Estou vendo que você é um, um... - Um jogador que confunde o entrevistador, pois não corresponde à expectativa de que o atleta seja um ser algo primitivo com dificuldade de expressão e assim sabota a estereotipação? - Estereoquê? - Um chato? - Isso. Correio Braziliense, 13/05/1998. Podemos concluir daí que cada variedade tem seus domínios próprios e que não existe a variedade “certa” ou “errada”. Para cada situação comunicativa existe a variante “mais” ou “menos” adequada. É certo, no entanto, que é atribuída à variante padrão um valor social e histórico maior do que à coloquial. Cabe, assim, ao indivíduo – competente lingüisticamente - optar por uma ou outra variante em função da situação comunicativa da qual participa no momento. Por fim, citando Bechara (1999), a linguagem é sempre um estar no mundo com os outros, não como um indivíduo em particular, mas como parte do todo social, de uma comunidade. Exercício 1: Em: “A fofoca (...) é sempre vulgar. Já um caso bem contado, mesmo quando venenoso, não deixa de ter o seu charme. Quem é alvo de fofoca costuma perder as estribeiras. Já o personagem de uma anedota pode até ficar sem graça, mas no fim dá risada também. Contar casos, além disso, requer uma certa vivência, um certo talento. Já para o fofoqueiro, basta oespírito de porco.” (Revista Veja) 25/04/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/13 Substituindo as expressões destacadas por outras que correspondam à norma culta, têm- se, respectivamente, A) desnortear-se, a fofoca. B) descontrolar-se, a malícia. C) impacientar-se, o mau humor. D) impressionar-se, a inconveniência. E) enaltecer-se, a transgressão. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: A) conforme texto. Exercício 2: Leia as afirmações abaixo. I. Podemos reconhecer o texto oral e o texto escrito como atividades interativas e que se complementam no contexto das práticas culturais e sociais. II. Oralidade e escrita são práticas e usos da língua com características próprias, suficientemente opostas para caracterizar dois sistemas lingüísticos distintos. III. Tanto a modalidade escrita quanto a oral permitem a construção de textos coesos e coerentes, bem como a elaboração de raciocínios abstratos e exposições formais e informais, variações estilísticas, sociais e dialetais. Estão corretas as afirmações: A) I, apenas. B) I e II. 25/04/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/13 C) II e III. D) I e III. E) III, apenas. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: D) conforme texto. Exercício 3: Leia o texto. Sketches Luís Fernando Verissimo Dois homens tramando um assalto. - Valeu, mermão? Tu traz o berro que nóis vamo rendê o caixa bonitinho. Engrossou, enche o cara de chumbo. Pra arejá. - Podes crê. Servicinho manero. É só entrá e pegá. - Tá com o berro aí? - Tá na mão. Aparece um guarda. - Ih, sujou. Disfarça, disfarça... O guarda passa por eles. - Discordo terminantemente. O imperativo categórico de Hegel chega a Marx diluído pela fenomenologia de Feurbach. - Pelo amor de Deus! Isso é o mesmo que dizer que Kierkegaard não passa de um Kant com algumas sílabas a mais. Ou que os iluministas do século 18... O guarda se afasta. - O berro, tá recheado? - Tá. - Então, vamlá! Ao tramarem o assalto, os dois personagens do texto dialogam utilizando um registro de linguagem; quando o guarda passa, disfarçam usando outro. Os dois níveis de linguagem são, respectivamente: A) gíria e linguagem vulgar. B) linguagem vulgar e linguagem regional. C) gíria e linguagem culta. 25/04/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/13 D) linguagem coloquial e linguagem popular. E) linguagem regional e linguagem vulgar. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: C) conforme texto. Exercício 4: Assinale a alternativa em que ocorre a correspondência adequada entre a situação de fala e a frase de uso: A) Situação 1: um psicólogofala a um grupo de mães de uma favela. Frase: “Há dois tipos básicos de depressão: a exógena e a endógena. A primeira causada por uma grande desilusão; a segunda, sem causa externa definida.” B) Situação 2: um candidato a um cargo público fala a uma comunidade de bairro. Frase: “Ensejo encerrar para sempre a falta de água neste logradouro.” C) Situação 3: um reitor de uma universidade dirige-se ao ministro da Educação. Frase: “Iminente ministro, é uma honra recebê-lo em nosso campus.” D) Situação 4: um locutor de FM fala a um grupo de adolescentes. Frase: “E aí, galera, tudo manero? Vai rolá o maior som.” E) Situação 5: um deputado fala ao depoente na CPI. Frase: “Você deu um tuné nos cofres públicos?’ O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: D) conforme texto. Exercício 5: Assinale a alternativa correta. A) Não se devem confundir os conceitos de linguagem e de língua. Enquanto a língua diz respeito à capacidade ou faculdade de exercitar a comunicação, latente ou em ação ou exercício, a linguagem refere-se a um conjunto de palavras e expressões usadas por um povo, por uma nação, munido de regras próprias (sua gramática). B) 25/04/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 8/13 A Variação Histórica explica as formas que a língua assume nas diferentes regiões que é falada. Isso explica os sotaques e as diferenças no vocabulário de região para região. C) A Variação Geográfica explica a transformação da língua juntamente com a sociedade no decorrer do tempo. É dessa maneira que reconhecemos as diferentes falas de diferentes gerações. D) A Variação Social é definida pelo nível socioeconômico, grau de instrução, idade e sexo do indivíduo falante, fatores que determinam grupos distintos de atividade verbal e que podem gerar discriminação. E) A língua falada não é estática, ela se modifica ao longo do tempo e do espaço. Todavia, o mesmo não pode ser dito a respeito da língua escrita, que será sempre a mesma em qualquer lugar e a qualquer tempo. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: D) conforme texto. Exercício 6: Que elementos do nível informal podemos perceber na fala da personagem a seguir? A) Frases curtas, redundância, unidade temática rígida, concisão. B) Associação à modalidade falada, sintaxe complexa, concisão C) Vocabulário complexo, elementos extra-verbais, redundância. 25/04/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 9/13 D) Fonemas, concisão, alternância de papéis, aprendizagem artificial. E) Associação à modalidade falada, frases curtas, redundância O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) Comentários: E) conforme texto. Exercício 7: Leia atentamente o texto abaixo e levando em conta os aspectos dos níveis de linguagem e das modalidades oral e escrita da língua, assinale a alterna�va incorreta: “Maria (sorrindo) - Tu gosta de eu? Tião: - Ô dengosa, eu sem tu não era nada... Maria: - Bobagem, namoradô como tu era... Tião: - Tudo passou! Maria: - Pensa que eu não sei? Todas elas miando: ‘Tiãozinho pra cá, Tiãozinho pra lá...’ (Abraçando-o) Mas eu Roubei ‘ocê pra mim! Tião - Todo eu! Maria (fazendo bico) – Fingido! Tião: - Palavra, dengosa!” GUARNIERI, Gianfrancesco. Eles não usam black-�e. 5 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1987, p. 22. A) Tião e Maria são personagens populares, de origem social humilde e escolaridade reduzida. B) Tião e Maria usam este nível de linguagem porque estão em situação de namoro. C) A linguagem do texto é informal e há nele muitas marcas de oralidade. D) Quanto mais informal o nível de linguagem, mais se aproxima da modalidade oral da língua. 25/04/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 10/13 E) É caracterís�ca da modalidade oral o uso de palavras contraídas como ‘ocê e pra. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: B) conforme texto. Exercício 8: Sobre a imagem é correto afirmar que A) é um texto verbal, que critica a falta de interação entre os usuários da língua verbal oral. B) é um texto não verbal, que expõe a que ponto a falta de interação entre os usuários da língua verbal oral pode chegar. C) é um texto não verbal que faz apologia (elogia) ao uso das novas mídias. D) é um texto que, por se utilizar de imagem, não é historicamente demarcado. E) é um texto verbal que critica o uso das novas mídias. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: B) conforme texto. Exercício 9: 25/04/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 11/13 Uma característica de todas as línguas é a presença de variedades que indicam, muitas vezes, a identidade dos membros de um grupo social. Os trechos abaixo representam alguns desses níveis, expressos nas opções: a) Variante do nível culto – situação formal; b) Variante regional – situação informal; c) Variante popular – situação que indica falante de baixa escolaridade; d) Variante pertencente ao nível literário com marcas de época; e) Variante do nível comum com marcas de oralidade. I. O dia todo ele chorava, percurava, não tava acreditando eh arregalou os olhos. Chega que andava em roda, zuretando. Me procurou até um buraco de formigueiro... Rosa: [1968] (152), in ANDRADE, M. M. Língua Portuguesa. Atlas, 1996. II. Entre os muitos méritos dos nossos livros nem sempre figura o da pureza da linguagem. Não é raro ver intercalados em bom estilo os solecismos da linguagem comum, defeito grave a que se junta o da excessiva influência da língua francesa... ASSIS, Machado de. O novo mundo. In Silveira, 1961: 204-205 (idem) III. (DUELO DE FARRAPOS) (J. Simões Lopes Neto). Este caso que vou contar pelo miúdo, pra se entender bem. Em agosto de 42, o general, que era o presidente da República Riograndense – vancê desculpe... estou velho, mais inté hoje, quando falo da República dos Farrapos, tiro o meu chapéu... RAMOS. G. Seleção de contos brasileiros. Ed. De Ouro, p. 193, s.d. IV. ... Eu explico. Pega-se um barbante – desses normais -, coloca-se fogo na ponta. Pega fogo, é claro, pois é de algodão. Aí você dá uma assopradinha de leve e fica apenas aquela pontinha vermelha fumegante. PRATA, M. E se a moda do barbante pegar? 100 crônicas. Cartaz Editorial, 1997. V. Descalça vai para a fonte Leonor, pela verdura: Vai fermosa e não segura. Lírica de Luís de Camões. In MEDINA, A. Rodrigues. Sonetos de Camões. Ática, 1993. Assinale a alternativa que apresenta a correta associação entre os dois grupos. A) a2; b3; c1; d5; e4. B) a3; b2; c4; d5; e1. C) a2; b3; c1; d4; e5. D) a5; b1; c3; d2; e4. E) a3; b4; c1; d5; e2. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A) Comentários: A) conforme texto. 25/04/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 12/13 Exercício 10: Leia o texto a seguir, fragmento da letra de uma das composições de Adoniran Barbosa. Domingo nóis fumu Num samba no Bexiga Na rua Major Na casa do Nicola A “mezza notte o’clock” Saiu uma baita duma briga Era só pizza queavoava Junto côas brajola. Nóis era estranho no lugar E não quisemo se meter Não fumo lá pra briga Nóis fumo lá pra comê. Assinale a única alternativa incorreta em relação ao texto. A) A variedade linguística usada contém traços típicos da linguagem dos imigrantes italianos e dos caipiras de São Paulo. B) A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade linguística indiscutível. Portanto, a variante utilizada no texto é inapropriada, já que não reproduz a grafia correta das palavras em língua portuguesa. C) A letra dessa música representa uma variedade popular espontânea. D) O espaço urbano e/ou rural em que as variedades linguísticas são faladas constitui-se numa dimensão importante para a compreensão dos fenômenos associados à variação linguística. E) O efeito de espontaneidade do texto depende também da escolha de palavras da fala coloquial popular. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: B) conforme texto. Exercício 11: Leia o texto Chicu Mineru e assinale a alternativa correta: “Fizemu a urtima viagem Foi lá pro sertão de Goiás Fui eu e o Chicu Mineru Também foi o capataz Viajemu muitos dia 25/04/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 13/13 Pra chega em Ouru Finu Aonde nóis passemu a noite Numa festa du Divinu.” (...) A) Trata-se de um texto informal porque nele há ambiguidade. B) Trata-se de um texto formal, embora haja traços de oralidade. C) Trata-se de um texto informal porque apresenta traços de oralidade. D) Trata-se de um texto formal porque não apresenta “erros” de acordo com a língua padrão. E) Trata-se de um texto informal porque apresenta traços de oralidade e cacofonia. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: C) conforme texto.
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