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CPC 36 (R3) GRA0097 CONTABILIDADE AVANÇADA I unidade_4 FMU 2020

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COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS 
 
PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 36 (R3) 
 
Demonstrações Consolidadas 
 
Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade – IFRS 10 (IASB - BV 2012) 
 
Sumário Item 
OBJETIVO 1 – 3 
Atingindo o objetivo 2 – 3 
ALCANCE 4 – 4B 
CONTROLE 5 – 19 
Poder 10 – 14 
Retornos 15 – 16 
Relação entre poder e retornos 17 – 18 
REQUISITOS CONTÁBEIS 19 – 26 
Participação de não controladores 22 – 24 
Perda de controle 25 – 26 
APÊNDICE A – Definição de termos 
APÊNDICE B – Guia de aplicação B1 – B99 
Avaliação do controle B2 – B85 
Objetivo e estrutura de investida B5 – B8 
Poder B9 – B54 
Exposição a, ou direitos sobre, retornos variáveis de investida B55 – B57 
Relação entre poder e retornos B58 – B73 
Relacionamento com outras partes B73 – B85 
Controle de ativos especificados B76 – B79 
Avaliação contínua B80 – B85 
Requisitos contábeis B86 – B99 
Procedimentos de consolidação B86 
Políticas contábeis uniformes B87 
Mensuração B88 
Direitos de voto potenciais B89 – B91 
Data das demonstrações contábeis B92 – B93 
Participação de não controladores B94 – B96 
 
CPC_36(R3) 
Perda de controle B97 – B99 
APÊNDICE C – Data de vigência e transição 
 
 
 
Objetivo 
 
1. O objetivo deste Pronunciamento é estabelecer princípios para a apresentação e elaboração de 
demonstrações consolidadas quando a entidade controla uma ou mais entidades. 
 
Atingindo o objetivo 
 
2. Para atingir o objetivo do item 1, este pronunciamento: 
(a) exige que a entidade (controladora) que controle uma ou mais entidades (controladas) 
apresente demonstrações consolidadas; 
(b) define o princípio de controle e estabelece controle como a base para a consolidação; 
(c) define como aplicar o princípio de controle para identificar se um investidor controla a 
investida e, portanto, deve consolidá-la; e 
(c) define como aplicar o princípio de controle para identificar se um investidor controla a 
investida e, portanto, deve consolidá-la; (Alterada pela Revisão CPC 04) 
(d) define os requisitos contábeis para a elaboração de demonstrações consolidadas. 
(d) define os requisitos contábeis para a elaboração de demonstrações consolidadas; e 
(Alterada pela Revisão CPC 04) 
(e) define entidade de investimento e estabelece uma exceção para a consolidação de 
controladas específicas de entidade de investimento. (Incluída pela Revisão CPC 04) 
 
3. Este Pronunciamento não trata dos requisitos contábeis para combinação de negócios e seus 
efeitos sobre a consolidação, incluindo ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) 
resultante de combinação de negócios (ver Pronunciamento Técnico CPC 15 – Combinação 
de Negócios). 
 
Alcance 
 
4. A entidade que seja controladora deve apresentar demonstrações consolidadas. Este 
Pronunciamento se aplica a todas essas entidades, com as seguintes exceções: 
(a) a controladora pode deixar de apresentar as demonstrações consolidadas somente se 
satisfizer todas as condições a seguir, além do permitido legalmente: 
(i) a controladora é ela própria uma controlada (integral ou parcial) de outra entidade, a 
qual, em conjunto com os demais proprietários, incluindo aqueles sem direito a voto, 
foram consultados e não fizeram objeção quanto à não apresentação das 
demonstrações consolidadas pela controladora; 
(ii) seus instrumentos de dívida ou patrimoniais não são negociados publicamente (bolsa 
de valores nacional ou estrangeira ou mercado de balcão, incluindo mercados locais e 
regionais); 
(iii) ela não tiver arquivado nem estiver em processo de arquivamento de suas 
demonstrações contábeis junto a uma Comissão de Valores Mobiliários ou outro 
 
CPC_36(R3) 
órgão regulador, visando à distribuição pública de qualquer tipo ou classe de 
instrumento no mercado de capitais; e 
(iv) a controladora final, ou qualquer controladora intermediária da controladora, 
disponibiliza ao público suas demonstrações consolidadas em conformidade com os 
Pronunciamentos do CPC. 
(iv) a controladora final, ou qualquer controladora intermediária da controladora, 
disponibiliza ao público suas demonstrações em conformidade com os 
Pronunciamentos do CPC, em que as controladas são consolidadas ou são 
mensuradas ao valor justo por meio do resultado de acordo com este 
pronunciamento; (Alterada pela Revisão CPC 08) 
(b) planos de benefícios pós-emprego ou outros planos de benefícios de longo prazo a 
empregados aos quais seja aplicável o Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a 
Empregados; (Eliminada pela Revisão CPC 08) 
(c) a entidade de investimento não precisa apresentar demonstrações consolidadas se estiver 
obrigada, de acordo com o item 31 deste Pronunciamento, a mensurar todas as suas 
controladas ao valor justo por meio do resultado. (Incluída pela Revisão CPC 04) (Eliminada pela 
Revisão CPC 08) 
 
4A. Este pronunciamento não se aplica a planos de benefícios pós-emprego ou outros planos de 
benefícios de longo prazo a empregados aos quais se aplica o CPC 33 – Benefícios a 
Empregados. (Incluído pela Revisão CPC 08) 
 
4B. A controladora que é entidade de investimento não deve apresentar demonstrações contábeis 
consolidadas se estiver obrigada, de acordo com o item 31 deste pronunciamento, a mensurar 
todas as suas controladas ao valor justo por meio do resultado. (Incluído pela Revisão CPC 08) 
 
4C. Se a controladora final, ou qualquer controladora intermediária da controladora, disponibilizar 
demonstrações consolidadas em IFRS, como editadas pelo IASB, atende a condição prevista 
no item 4(a)(iv). (Alterada a numeração do item de 4A para 4C pela Revisão CPC 08) 
 
4D. A isenção a que se refere o item 4(a)(iv) somente pode ser obtida se a controladora final, ou 
qualquer controladora intermediária da controladora, estiver sujeita à regulamentação 
brasileira e disponibilizar demonstrações consolidadas no Brasil. (Alterada a numeração do item de 
4B para 4D pela Revisão CPC 08) 
 
Controle 
 
5. O investidor, independentemente da natureza de seu envolvimento com a entidade (investida), 
deve determinar se é controlador avaliando se controla a investida. 
 
6. O investidor controla a investida quando está exposto a, ou tem direitos sobre, retornos 
variáveis decorrentes de seu envolvimento com a investida e tem a capacidade de afetar esses 
retornos por meio de seu poder sobre a investida. 
 
7. Assim, o investidor controla a investida se, e somente se, o investidor possuir todos os 
atributos seguintes: 
(a) poder sobre a investida (ver itens 10 a 14); 
(b) exposição a, ou direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a 
investida (ver itens 15 e 16); e 
 
CPC_36(R3) 
(c) a capacidade de utilizar seu poder sobre a investida para afetar o valor de seus retornos 
(ver itens 17 e 18). 
 
8. O investidor deve considerar todos os fatos e as circunstâncias ao avaliar se controla a 
investida. O investidor deve reavaliar se controla a investida, caso fatos e circunstâncias 
indiquem que há mudanças em um ou mais dos três elementos de controle relacionados no 
item 7 (ver itens B80 a B85). 
 
9. Dois ou mais investidores controlam coletivamente a investida quando devem agir em 
conjunto para dirigir as atividades relevantes. Nesses casos, como nenhum investidor pode 
dirigir as atividades sem a cooperação dos demais, nenhum investidor individualmente 
controla a investida. Cada investidor deve contabilizar sua participação na investida de acordo 
com os Pronunciamentos Técnicos, Orientações e Interpretações do CPC relevantes, como, 
por exemplo, os Pronunciamentos Técnicos CPC 19 – Negócios em Conjunto, CPC 18 – 
Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto ou 
CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração. 
 
Poder10. O investidor tem poder sobre a investida quando tem direitos existentes que lhe dão a 
capacidade atual de dirigir as atividades relevantes, ou seja, as atividades que afetam 
significativamente os retornos da investida. 
 
11. O poder decorre de direitos. Algumas vezes, avaliar o poder é simples, como, por exemplo, 
quando o poder sobre a investida é obtido direta e exclusivamente dos direitos de voto 
concedidos por instrumentos patrimoniais, tais como ações, e pode ser avaliado considerando-
se os direitos de voto decorrentes dessas participações acionárias. Em outros casos, a 
avaliação é mais complexa e exige que mais de um fator seja considerado, como, por 
exemplo, quando o poder resulta de um ou mais acordos contratuais. 
 
12. O investidor com a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes tem poder mesmo que 
seus direitos de direção ainda estejam por ser exercidos. Evidências de que o investidor tem 
dirigido atividades relevantes podem ajudar a determinar se o investidor tem poder, mas essas 
evidências, por si só, não são conclusivas no sentido de determinar se o investidor tem poder 
sobre a investida. 
 
13. Se dois ou mais investidores têm, cada um deles, direitos existentes que lhes dão a capacidade 
unilateral de dirigir diferentes atividades relevantes, o investidor que tem a capacidade atual 
de dirigir as atividades que afetam de forma mais significativa os retornos da investida tem 
poder sobre ela. 
 
14. O investidor pode ter poder sobre a investida mesmo que outras entidades tenham direitos 
existentes que lhes deem a capacidade atual de participar da direção das atividades relevantes, 
como, por exemplo, quando outra entidade tem influência significativa. Contudo, o investidor 
que detêm apenas direitos de proteção não tem poder sobre a investida (ver itens B26 a B28) 
e, consequentemente, não controla a investida. 
 
Retornos 
 
15. O investidor está exposto a, ou tem direitos sobre, retornos variáveis como resultado de seu 
envolvimento com a investida quando os retornos do investidor decorrentes de seu 
envolvimento têm o potencial de variar conforme o resultado do desempenho da investida. Os 
 
CPC_36(R3) 
retornos do investidor podem ser somente positivos, somente negativos ou ambos, positivos e 
negativos. 
 
16. Embora somente o investidor possa controlar a investida, mais de uma parte pode participar 
dos retornos da investida. Por exemplo, os titulares de participações de não controladores 
podem participar dos lucros ou distribuições da investida. 
 
Relação entre poder e retornos 
 
17. O investidor controla a investida se possui não apenas poder sobre a investida e exposição a, 
ou direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a investida, mas 
também a capacidade de usar seu poder para afetar seus retornos decorrentes de seu 
envolvimento com a investida. 
 
18. Assim, o investidor com direitos de tomada de decisões deve determinar se é um principal ou 
um agente. O investidor que é agente de acordo com os itens B58 a B72 não controla a 
investida quando exerce direitos de tomada de decisões a ele delegados. 
 
Requisitos contábeis 
 
19. A controladora deve elaborar demonstrações consolidadas utilizando políticas contábeis 
uniformes para transações similares e outros eventos em circunstâncias similares. 
 
20. A consolidação da investida se inicia a partir da data em que o investidor obtiver o controle da 
investida e cessa quando o investidor perder o controle da investida. 
 
21. Os itens B86 a B93 estabelecem orientação para a elaboração de demonstrações consolidadas. 
 
Participação de não controladores 
 
22. Uma controladora deve apresentar as participações de não controladores no balanço 
patrimonial consolidado, dentro do patrimônio líquido, separadamente do patrimônio líquido 
dos proprietários da controladora. 
 
23. Mudanças na participação societária detida por controladores de controladora na controlada 
que não resultam na perda de controle da controlada pela controladora constituem transações 
patrimoniais (ou seja, transações com os sócios, tais quais operações de aquisição de suas 
próprias ações para manutenção em tesouraria). 
 
24. Os itens B94 a B96 estabelecem orientação para a contabilização de participações de não 
controladores em demonstrações consolidadas. 
 
Perda de controle 
 
25. Se a controladora perder o controle da controlada, a controladora deve: 
(a) desreconhecer os ativos e passivos da ex-controlada do balanço patrimonial consolidado; 
(b) reconhecer o investimento remanescente na ex-controlada, se houver, ao seu valor justo 
na data em que o controle foi perdido e, subsequentemente, contabiliza esse investimento 
e quaisquer montantes a pagar ou a receber da ex-controlada, de acordo com os 
Pronunciamentos Técnicos, Orientações e Interpretações relevantes do CPC. Esse valor 
justo deve ser considerado como o valor justo no reconhecimento inicial de ativo 
 
CPC_36(R3) 
financeiro de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 - Instrumentos Financeiros: 
Reconhecimento e Mensuração ou, quando apropriado, como custo no reconhecimento 
inicial de investimento em coligada ou empreendimento controlado em conjunto; 
(b) reconhecer o investimento remanescente na ex-controlada, se houver, e, 
subsequentemente, contabilizar esse investimento e quaisquer montantes a pagar ou a 
receber da ex-controlada, de acordo com os Pronunciamentos Técnicos, Orientações e 
Interpretações aplicáveis do CPC. Essa participação mantida deve ser remensurada, 
conforme descrito nos itens B98(b)(iii) e B99A. O valor remensurado no momento que 
esse controle é perdido deve ser considerado como o valor justo no reconhecimento 
inicial de ativo financeiro de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 38 – 
Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração ou, quando apropriado, como 
custo no reconhecimento inicial de investimento em coligada ou empreendimento 
controlado em conjunto, se for o caso; (Alterada pela Revisão CPC 08) 
(c) reconhecer o ganho ou a perda associado à perda do controle atribuível à ex-controladora. 
(c) reconhecer o ganho ou a perda associado à perda do controle atribuível à ex-controladora, 
como especificado nos itens B98 a B99A. (Alterada pela Revisão CPC 08) 
 
26. Os itens B97 a B99 estabelecem orientação para a contabilização da perda do controle. 
 
26. Os itens B97 a B99A estabelecem orientação para a contabilização da perda do controle. 
(Alterado pela Revisão CPC 08) 
 
Determinação se a entidade é entidade de investimento 
 
27. A controladora deve verificar se atende à definição de entidade de investimento. A entidade 
de investimento é uma entidade que: 
(a) obtém recursos de um ou mais investidores com o intuito de prestar a esses investidores 
serviços de gestão de investimento; 
(b) se compromete com os seus investidores no sentido de que seu propósito comercial é 
investir recursos exclusivamente para retornos de valorização do capital, receitas de 
investimentos ou ambos; e 
(c) mensura e avalia o desempenho de substancialmente todos os seus investimentos com 
base no valor justo. 
Os itens B85A a B85M fornecem orientação de aplicação sobre esse assunto. (Incluído pela 
Revisão CPC 04) 
 
28. Ao avaliar se atende à definição descrita no item 27, a entidade deve considerar se possui as 
seguintes características típicas de entidade de investimento: 
(a) possui mais de um investimento (ver itens B85O e B85P); 
(b) possui mais de um investidor (ver itens B85Q a B85S); 
(c) possui investidores que não são partes relacionadas à entidade (ver itens B85T e B85U); e 
(d) possui participações societárias na forma de participações patrimoniais ou similares (ver 
itens B85V a B85W); 
A ausência de quaisquer dessas características típicas não necessariamenteimpede a entidade 
de ser classificada como entidade de investimento. A entidade de investimento que não possui 
todas essas características típicas deve fornecer a divulgação adicional requerida pelo item 9A 
do Pronunciamento Técnico CPC 45. (Incluído pela Revisão CPC 04) 
 
CPC_36(R3) 
 
29. Se os fatos e circunstâncias indicarem que há mudanças em um ou mais dos três elementos 
que constituem a definição de entidade de investimento, conforme descrito no item 27, ou nas 
características típicas de entidade de investimento, conforme descrito no item 28, a 
controladora deve reavaliar se se qualifica como entidade de investimento. (Incluído pela Revisão 
CPC 04) 
 
30. A controladora que deixe de ser entidade de investimento ou que se torne entidade de 
investimento deve contabilizar a mudança em sua condição prospectivamente a partir da data 
em que a mudança na condição tiver ocorrido (ver itens B100 e B101). (Incluído pela Revisão 
CPC 04) 
 
Entidades de investimento: exceção à consolidação 
 
31. Salvo conforme descrito no item 32, a entidade de investimento não deve consolidar as suas 
controladas nem deve aplicar o Pronunciamento Técnico CPC 15 quando obtiver o controle 
de outra entidade. Em vez disso, a entidade de investimento deve mensurar esse investimento 
em controlada ao valor justo por meio do resultado, de acordo com o Pronunciamento Técnico 
CPC 38. (Incluído pela Revisão CPC 04) 
 
32. Não obstante o requisito do item 31, se a entidade de investimento tiver uma controlada que 
preste serviços que estejam relacionados com as atividades de investimento definida como 
entidade de investimento (ver itens B85C a B85E), essa entidade deve consolidar essa 
controlada de acordo com os itens 19 a 26 deste Pronunciamento Técnico e aplicar os 
requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 15 quando da aquisição de qualquer controlada 
desse tipo. (Incluído pela Revisão CPC 04) 
 
32. Não obstante o requisito do item 31, se a entidade de investimento tiver uma controlada que 
não é, por si mesma, entidade de investimento e cuja finalidade principal e atividades são a 
prestação de serviços que estejam relacionados com as atividades de investimento definida 
como entidade de investimento (ver itens B85C a B85E), essa entidade deve consolidar essa 
controlada de acordo com os itens 19 a 26 deste Pronunciamento Técnico e aplicar os 
requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 15 quando da aquisição de qualquer controlada 
desse tipo. (Alterado pela Revisão CPC 08) 
 
33. A controladora de entidade de investimento deve consolidar todas as entidades que controlar, 
incluindo aquelas controladas por meio de controlada definida como entidade de 
investimento, exceto quando a própria controladora seja entidade de investimento. (Incluído 
pela Revisão CPC 04) 
 
 
 
APÊNDICE A – DEFINIÇÃO DE TERMOS 
 
Este apêndice é parte integrante deste Pronunciamento. 
 
Os termos a seguir são utilizados no presente Pronunciamento com os seguintes significados: 
 
 Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de grupo econômico, em que 
os ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controladora e 
de suas controladas são apresentados como se fossem uma única entidade econômica. 
 
 Controle de investida: um investidor controla a investida quando está exposto a, ou tem 
 
CPC_36(R3) 
direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a investida e tem a 
capacidade de afetar esses retornos por meio de seu poder sobre a investida. 
 
Entidade de investimento é a entidade que: 
(a) obtém recursos de um ou mais investidores com o intuito de prestar a esses investidores 
serviços de gestão de investimento; 
(b) se compromete com os seus investidores no sentido de que seu propósito comercial é 
investir recursos exclusivamente para retornos de valorização do capital, receitas de 
investimentos ou ambos; e 
(c) mensura e avalia o desempenho de substancialmente todos os seus investimentos com 
base no valor justo. (Incluída pela Revisão CPC 04) 
 
 Tomador de decisões: entidade com direitos de tomada de decisões que seja principal ou 
agente de outras partes. 
 
 Grupo econômico é a controladora e todas as suas controladas. 
 
 Participação de não controlador é a parte do patrimônio líquido da controlada não 
atribuível, direta ou indiretamente, à controladora. 
 
 Controladora é uma entidade que controla uma ou mais controladas. 
 
 Controlada é a entidade que é controlada por outra entidade. 
 
 Poder são direitos existentes que dão a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes. 
 
 Atividades relevantes: para os fins deste Pronunciamento, atividades relevantes são 
atividades da investida que afetam significativamente os retornos da investida. 
 
 Direitos de proteção são direitos destinados a proteger o interesse da parte que os detém, sem 
dar a essa parte poder sobre a entidade à qual esses direitos se referem. 
 
 Direitos de destituição são direitos de privar o tomador de decisões de sua autoridade de 
tomada de decisões. 
 
 Os termos a seguir são definidos nos Pronunciamentos Técnicos CPC 05 – Divulgação sobre 
Partes Relacionadas, CPC 18 – Investimento em Coligada, em Controlada e em 
Empreendimento Controlado em Conjunto, CPC 19 – Negócios em Conjunto e CPC 45 - 
Divulgação de Participações em Outras Entidades e são usados neste Pronunciamento com os 
significados especificados nesses pronunciamentos: 
• coligada 
• participação em outra entidade 
• empreendimento controlado em conjunto (joint venture) 
• pessoal-chave da administração 
• parte relacionada 
• influência significativa. 
 
 
 
 
CPC_36(R3) 
APÊNDICE B – GUIA DE APLICAÇÃO 
 
Este apêndice é parte integrante deste Pronunciamento. Ele descreve a aplicação dos itens 1 a 26 e 
tem a mesma autoridade que as demais partes do Pronunciamento. 
 
B1. Os exemplos deste apêndice retratam situações hipotéticas. Embora alguns aspectos dos 
exemplos possam estar presentes em situações reais, todos os fatos e circunstâncias de uma 
situação específica precisam ser avaliados ao aplicar o Pronunciamento Técnico CPC 36. 
 
Avaliação do controle 
 
B2. Para determinar se controla a investida, o investidor deve avaliar se possui todos os requisitos 
a seguir: 
(a) poder sobre a investida; 
(b) exposição a, ou direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a 
investida; e 
(c) a capacidade de utilizar seu poder sobre a investida para afetar o valor de seus retornos. 
 
B3. Os fatores a seguir podem ajudar na determinação do controle: 
(a) o objetivo e a estrutura da investida (ver itens B5 a B8); 
(b) quais são as atividades relevantes e como as decisões sobre essas atividades são tomadas 
(ver itens B11 a B13); 
(c) se os direitos do investidor lhe dão a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes 
(ver itens B14 a B54); 
(d) se o investidor está exposto a, ou tem direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu 
envolvimento com a investida (ver itens B55 a B57); e 
(e) se o investidor tem a capacidade de utilizar seu poder sobre a investida para afetar o valor 
de seus retornos (ver itens B58 a B72). 
 
B4. Ao avaliar o controle da investida, o investidor deve considerar a natureza de seu 
relacionamento com outras partes (ver itens B73 a B75). 
 
Objetivo e estrutura de investida 
 
B5. Ao avaliar o controle da investida, o investidor deve considerar o objetivo e a estrutura da 
investida a fim de identificar as atividades relevantes, como as decisões sobre as atividades 
relevantes são tomadas, quem tem a capacidade atual de dirigir essas atividades e quem 
recebe retornos decorrentes dessas atividades. 
 
B6. Quando o objetivo e a estrutura da investida sãoconsiderados, pode ficar claro que a investida 
é controlada por meio de instrumentos patrimoniais que conferem ao seu titular direitos de 
voto proporcionais, como, por exemplo, ações ordinárias da investida. Nesse caso, na 
ausência de quaisquer acordos adicionais que alterem a tomada de decisões, a avaliação do 
controle se concentra em qual das partes, se houver, está apta a exercer direitos de voto 
suficientes para determinar as políticas operacional e de financiamento da investida (ver itens 
B34 a B50). No caso mais simples, o investidor que detém a maioria desses direitos de voto, 
na ausência de quaisquer outros fatores, controla a investida. 
 
 
CPC_36(R3) 
B7. Para determinar se o investidor controla a investida em casos mais complexos, pode ser 
necessário considerar alguns ou todos os fatores do item B3. 
 
B8. A investida pode ser estruturada de modo que os direitos de voto não sejam o fator dominante 
ao decidir quem controla a investida, como, por exemplo, quando quaisquer direitos de voto 
referem-se somente a tarefas administrativas, e as atividades relevantes são dirigidas por meio 
de acordos contratuais. Nesses casos, a consideração do investidor em relação ao objetivo e à 
estrutura da investida inclui também a consideração dos riscos aos quais a investida está 
exposta de acordo com a sua estruturação e dos riscos que, de acordo com a sua estruturação, 
ela transfere às partes envolvidas com ela, e se o investidor está exposto a alguns ou a todos 
esses riscos. A consideração dos riscos inclui não apenas o risco de situações adversas, mas 
também o potencial de situações favoráveis. 
 
Poder 
 
B9. Para ter poder sobre a investida, o investidor deve ter direitos existentes que lhe deem a 
capacidade atual de dirigir as atividades relevantes. Para o fim de avaliar o poder, devem ser 
considerados somente direitos substantivos e direitos que não sejam de proteção (ver itens 
B22 a B28). 
 
B10. A determinação de se o investidor tem poder depende das atividades relevantes, da forma pela 
qual são tomadas decisões sobre as atividades relevantes e dos direitos que o investidor e 
outras partes têm em relação à investida. 
 
Atividades relevantes e direção de atividades relevantes 
 
B11. Para muitas investidas, uma série de atividades operacionais e de financiamento afetam 
significativamente seus retornos. Exemplos de atividades que, dependendo das circunstâncias, 
podem ser atividades relevantes incluem, entre outras: 
(a) compra e venda de bens ou serviços; 
(b) gestão de ativos financeiros durante sua vida (incluindo em caso de inadimplência); 
(c) seleção, aquisição ou alienação de ativos; 
(d) pesquisa e desenvolvimento de novos produtos ou processos; e 
(e) determinação da estrutura de capital para obtenção de recursos. 
 
B12. Exemplos de decisões sobre atividades relevantes incluem, entre outras: 
(a) estabelecimento de decisões operacionais e de capital da investida, incluindo orçamentos; 
e 
(b) nomeação e remuneração de pessoal-chave da administração ou prestadores de serviços 
da investida e período de seus mandatos ou término de seus serviços. 
 
B13. Em algumas situações, atividades que ocorrem antes ou após um conjunto específico de 
circunstâncias ou um evento podem ser relevantes. Quando dois ou mais investidores têm a 
capacidade atual de dirigir atividades relevantes e essas atividades ocorrem em ocasiões 
diferentes, os investidores determinam qual investidor é capaz de dirigir as atividades que 
afetam esses retornos de forma mais significativa, de forma consistente com o tratamento de 
direitos concorrentes de tomada de decisões (ver item 13). Os investidores devem 
reconsiderar esta avaliação ao longo do tempo caso fatos ou circunstâncias relevantes se 
alterem. 
 
CPC_36(R3) 
 
Exemplos de aplicação 
 
Exemplo 1 
 
Dois investidores constituem uma investida para desenvolver e comercializar um produto 
médico. O investidor é responsável por desenvolver e obter aprovação regulatória do produto 
médico – essa responsabilidade inclui ter a capacidade unilateral de tomar todas as decisões 
relativas ao desenvolvimento do produto e à obtenção da aprovação regulatória. Assim que o 
regulador tiver aprovado o produto, o outro investidor o fabricará e o comercializará – esse 
investidor tem a capacidade unilateral de tomar todas as decisões sobre a fabricação e 
comercialização do produto. Se todas as atividades – desenvolvimento e obtenção de 
aprovação regulatória, bem como fabricação e comercialização do produto médico – forem 
atividades relevantes, cada investidor precisa determinar se é capaz de dirigir as atividades 
que afetam mais significativamente os retornos da investida. Assim sendo, cada investidor 
precisa considerar se a atividade que afeta mais significativamente os retornos da investida é o 
desenvolvimento e a obtenção de aprovação regulatória ou a fabricação e a comercialização 
do produto médico e se é capaz de dirigir essa atividade. Ao determinar qual investidor tem o 
poder, os investidores devem considerar: 
(a) o objetivo e a estrutura da investida; 
(b) os fatores que determinam a margem de lucro, as receitas e o valor da investida, bem 
como o valor do produto médico; 
(c) o efeito sobre os retornos da investida decorrente da autoridade de tomada de decisões de 
cada investidor em relação aos fatores previstos na alínea (b); e 
(d) a exposição dos investidores à variabilidade dos retornos. 
Neste exemplo específico, os investidores deveriam considerar ainda: 
(e) a incerteza da obtenção de aprovação regulatória e os esforços exigidos para tal obtenção 
(considerando-se o histórico do investidor referente ao êxito no desenvolvimento e 
obtenção de aprovação regulatória para produtos médicos); e 
(f) qual investidor controla o produto médico uma vez concluída com êxito a fase de 
desenvolvimento. 
 
Exemplo 2 
 
Um veículo de investimento (investida) é criado e financiado com um instrumento de dívida 
detido por investidor (investidor credor) e instrumentos patrimoniais detidos por uma série de 
outros investidores. A tranche de patrimônio é estruturada para absorver as primeiras perdas e 
para receber qualquer retorno residual da investida. Um dos investidores de patrimônio que 
detém 30% do patrimônio líquido é também o gestor dos ativos. A investida utiliza seus 
recursos para adquirir uma carteira de ativos financeiros, expondo-a ao risco de crédito 
associado à possível inadimplência de pagamentos de principal e juros dos ativos. A transação 
é comercializada junto ao investidor credor como investimento com exposição mínima ao 
risco de crédito associado à possível inadimplência dos ativos da carteira, devido à natureza 
desses ativos e devido à tranche de patrimônio ser estruturada para absorver as primeiras 
perdas da investida. Os retornos da investida são significativamente afetados pela gestão da 
carteira de ativos da investida, que inclui decisões sobre a seleção, a aquisição e a alienação 
dos ativos de acordo com as diretrizes da política de investimento e a gestão em caso de 
inadimplência de quaisquer ativos da carteira. Todas essas atividades são geridas pelo gestor 
de ativos até que as inadimplências atinjam a proporção especificada do valor da carteira (ou 
 
CPC_36(R3) 
seja, quando o valor da carteira é tal que a tranche de patrimônio da investida tenha sido 
consumida). A partir desse momento, um terceiro independente (agente fiduciário) passa a 
gerir os ativos de acordo com as instruções do investidor credor. A gestão da carteira de ativos 
da investida é a atividade relevante da investida. O gestor de ativos tem a capacidade de 
dirigir as atividades relevantes até que os ativos que originam inadimplência (ativos em 
default) atinjam a proporção especificada do valor da carteira; o investidor credor tem a 
capacidadede dirigir as atividades relevantes quando o valor dos ativos que originam 
inadimplência (ativos em default) ultrapassa essa proporção especificada do valor da carteira. 
O gestor de ativos e o investidor credor precisam, cada qual, determinar se são capazes de 
dirigir as atividades que afetam mais significativamente os retornos da investida, 
considerando, inclusive, o objetivo e a estrutura da investida, bem como a exposição de cada 
parte à variabilidade dos retornos. 
 
Direitos que dão ao investidor poder sobre a investida 
 
B14. O poder decorre de direitos. Para ter poder sobre a investida, o investidor deve ter direitos 
existentes que lhe deem a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes. Os direitos que 
podem dar poder ao investidor podem diferir entre as investidas. 
 
B15. Exemplos de direitos que, individualmente ou combinados, podem dar poder ao investidor 
incluem, entre outros: 
(a) direitos na forma de direitos de voto (ou direitos de voto potenciais) da investida (ver 
itens B34 a B50); 
(b) direitos de nomear, realocar ou destituir membros do pessoal-chave da administração da 
investida que tenham a capacidade de dirigir as atividades relevantes; 
(c) direitos de nomear ou destituir outra entidade que dirija as atividades relevantes; 
(d) direitos de instruir a investida a realizar transações, ou vetar quaisquer mudanças a essas 
transações, em benefício do investidor; e 
(e) outros direitos (tais como direitos de tomada de decisões especificados em contrato de 
gestão) que deem ao titular a capacidade de dirigir as atividades relevantes. 
 
B16. De modo geral, quando a investida tem uma gama de atividades operacionais e de 
financiamento que afetam significativamente os retornos da investida e quando tomadas de 
decisões importantes em relação a essas atividades são exigidas continuamente, são os direitos 
de voto ou similares que dão poder ao investidor, seja individualmente ou em combinação 
com outros acordos. 
 
B17. Quando os direitos de voto não podem ter efeito significativo sobre os retornos da investida, 
como, por exemplo, quando os direitos de voto referem-se somente a tarefas administrativas, 
e acordos contratuais determinam a direção das atividades relevantes, o investidor precisa 
avaliar esses acordos contratuais a fim de determinar se possui direitos suficientes para lhe dar 
poder sobre a investida. Para determinar se possui direitos suficientes para lhe dar poder, o 
investidor deve considerar o objetivo e a estrutura da investida (ver itens B5 a B8) e os 
requisitos dos itens B51 a B54 em conjunto com os itens B18 a B20. 
 
B18. Em algumas circunstâncias, pode ser difícil determinar se os direitos do investidor são 
suficientes para lhe dar poder sobre a investida. Nesses casos, para permitir que seja feita a 
avaliação do poder, o investidor deve considerar evidências no tocante à sua capacidade 
prática de dirigir as atividades relevantes de forma unilateral. Devem ser considerados, entre 
outros, os itens seguintes, os quais, quando considerados em conjunto com os direitos do 
 
CPC_36(R3) 
investidor e os indicadores dos itens B19 e B20, podem fornecer evidência de que os direitos 
do investidor são suficientes para lhe dar poder sobre a investida: 
(a) o investidor pode, sem ter o direito contratual de fazê-lo, nomear ou aprovar o pessoal-
chave da administração da investida que tem a capacidade de dirigir as atividades 
relevantes; 
(b) o investidor pode, sem ter o direito contratual de fazê-lo, instruir a investida a realizar 
transações significativas em benefício do investidor ou pode vetar quaisquer mudanças a 
essas transações; 
(c) o investidor pode dominar o processo de nomeações para a eleição de membros do órgão 
de administração da investida ou a obtenção de procurações de outros titulares de direitos 
de voto; 
(d) o pessoal-chave da administração da investida é formado por partes relacionadas do 
investidor (por exemplo, o presidente executivo da investida e o presidente executivo do 
investidor são a mesma pessoa); e 
(e) a maioria dos membros do órgão de administração da investida consiste em partes 
relacionadas do investidor. 
 
B19. Por vezes, há indicações de que o investidor tem relacionamento especial com a investida, 
sugerindo que o investidor tem mais do que interesse passivo na investida. A existência de 
qualquer indicador individual, ou combinação específica de indicadores, não necessariamente 
significa que o critério de poder foi atendido. Contudo, ter mais do que uma participação 
passiva na investida pode indicar que o investidor tem outros direitos relacionados suficientes 
para lhe dar poder ou fornecer evidência de poder existente sobre a investida. Por exemplo, os 
itens a seguir sugerem que o investidor tem mais do que interesse passivo na investida e, em 
combinação com outros direitos, podem indicar poder: 
(a) o pessoal-chave da administração da investida que tem a capacidade de dirigir as 
atividades relevantes são atuais ou antigos empregados do investidor; 
(b) as operações da investida dependem do investidor, como, por exemplo, nas seguintes 
situações: 
(i) a investida depende do investidor para financiar parcela significativa de suas 
operações; 
(ii) o investidor garante parcela significativa das obrigações da investida; 
(iii) a investida depende do investidor para serviços, tecnologia, suprimentos ou matérias-
primas críticos. 
(iv) o investidor controla ativos como, por exemplo, licenças ou marcas comerciais, que 
são críticos para as operações da investida; 
(v) a investida depende do investidor para o pessoal-chave da administração, como, por 
exemplo, quando o pessoal do investidor possui conhecimento especializado das 
operações da investida; 
(c) parcela significativa das atividades da investida envolve o investidor ou é conduzida em 
nome deste; e 
(d) a exposição do investidor a retornos decorrentes de seu envolvimento com a investida ou 
seus direitos a esses retornos são desproporcionalmente maiores que seus direitos de voto 
ou outros direitos similares. Por exemplo, pode haver a situação em que o investidor tem 
direito ou está exposto a mais do que a metade dos retornos da investida, embora detenha 
menos que a metade dos direitos de voto da investida. 
 
CPC_36(R3) 
 
B20. Quanto maior a exposição ou os direitos do investidor à variabilidade de retornos decorrentes 
de seu envolvimento com a investida, maior é o incentivo para que o investidor obtenha 
direitos suficientes para lhe dar poder. Portanto, ter uma grande exposição à variabilidade de 
retornos é um indicador de que o investidor pode ter poder. Contudo, a extensão da exposição 
do investidor não determina, por si só, se o investidor tem poder sobre a investida. 
 
B21. Quando os fatores previstos no item B18 e os indicadores previstos nos itens B19 e B20 são 
considerados em conjunto com os direitos do investidor, maior peso é dado à evidência de 
poder descrita no item B18. 
 
Direitos substantivos 
 
B22. O investidor, ao avaliar se tem poder, deve considerar somente direitos substantivos relativos 
à investida (detidos pelo investidor e por outras partes). Para que o direito seja substantivo, o 
titular deve ter a capacidade prática de exercer esse direito. 
 
B23. Determinar se direitos são substantivos exige julgamento, levando-se em conta todos os fatos 
e circunstâncias. Os fatores a serem considerados ao efetuar essa determinação incluem, entre 
outros: 
(a) se há quaisquer barreiras (econômicas ou outras) que impedem o titular (ou titulares) de 
exercer os direitos. Exemplos de barreiras incluem, entre outras: 
(i) sanções e incentivos pecuniários que impeçam (ou dissuadam) o titular de exercer 
seus direitos; 
(ii) preço de exercício ou de conversão que cria uma barreira que impeça (ou dissuada) otitular de exercer seus direitos; 
(iii) termos e condições que tornam improvável que os direitos sejam exercidos, como, 
por exemplo, condições que limitam de forma estrita a época de seu exercício; 
(iv) ausência de mecanismo explícito e razoável nos documentos constitutivos da 
investida ou nas leis ou regulamentos aplicáveis que permita ao titular exercer seus 
direitos; 
(v) incapacidade do titular dos direitos de obter as informações necessárias para exercer 
seus direitos; 
(vi) barreiras ou incentivos operacionais que impeçam (ou dissuadam) o titular de exercer 
seus direitos (por exemplo, ausência de outros gerentes dispostos ou aptos a prestar 
serviços especializados ou a prestar os serviços e assumir outras participações detidas 
pelo gerente em exercício); e 
(vii) exigências legais ou regulatórias que impeçam o titular de exercer seus direitos (por 
exemplo, quando o investidor estrangeiro é proibido de exercer seus direitos); 
(b) quando o exercício de direitos exige a concordância de mais de uma parte, ou quando os 
direitos são detidos por mais de uma parte, quer haja mecanismo que dê a essas partes a 
capacidade prática de exercer seus direitos coletivamente, se optarem por exercê-lo. A 
ausência desse mecanismo é um indicador de que os direitos podem não ser substantivos. 
Quanto maior o número de partes que devam concordar com o exercício de direitos, 
menor é a probabilidade de que esses direitos sejam substantivos. Contudo, o conselho de 
administração cujos membros sejam independentes do tomador de decisões pode atuar 
como mecanismo para que numerosos investidores atuem coletivamente no exercício de 
seus direitos. Portanto, é mais provável que direitos de destituição que possam ser 
 
CPC_36(R3) 
exercidos por conselho de administração independente sejam substantivos do que se os 
mesmos direitos pudessem ser exercidos individualmente por grande número de 
investidores; 
(c) se a parte ou partes que detêm os direitos se beneficiem do seu exercício. Por exemplo, o 
titular de direitos de voto potenciais na investida (ver itens B47 a B50) deve considerar o 
preço de exercício ou de conversão do instrumento. É mais provável que os termos e 
condições de direitos de voto potenciais sejam substantivos quando o instrumento está 
dentro do preço (in-the-money) ou quando o investidor se beneficiar, por outras razões 
(por exemplo, pela captura de sinergias entre o investidor e a investida), do exercício ou 
conversão do instrumento. 
 
B24. Para serem substantivos, os direitos precisam também ser exercíveis quando as decisões sobre 
a direção das atividades relevantes precisam ser tomadas. Normalmente, para serem 
substantivos, os direitos precisam ser atualmente exercíveis. Contudo, alguns direitos podem 
ser substantivos ainda que não sejam atualmente exercíveis. 
 
Exemplos de aplicação 
 
Exemplo 3 
 
A investida realiza assembleias ordinárias de acionistas nas quais são tomadas decisões para a 
direção das atividades relevantes. A próxima assembleia de acionistas agendada será realizada 
em oito meses. Contudo, acionistas que, individual ou coletivamente, detêm no mínimo 5% 
dos direitos de voto podem convocar uma assembleia extraordinária para alterar as políticas 
existentes sobre as atividades relevantes, mas a exigência de entrega de notificação aos 
demais acionistas tem por implicação o fato de essa assembleia extraordinária não poder ser 
realizada antes de decorridos 30 dias. As políticas sobre as atividades relevantes somente 
podem ser alteradas em assembleias extraordinárias de acionistas ou em assembleias de 
acionistas agendadas. Isto inclui a aprovação de vendas substanciais de ativos, bem como a 
realização ou a alienação de investimentos significativos. 
 
A situação acima se aplica aos exemplos 3A a 3D descritos a seguir. Cada exemplo é 
considerado isoladamente. 
 
 Exemplo 3A 
 
O investidor detém a maioria dos direitos de voto na investida. Os direitos de voto do 
investidor são substantivos, pois ele é capaz de tomar decisões sobre a direção das atividades 
relevantes quando tais decisões precisam ser tomadas. O fato de que leva 30 dias para que o 
investidor possa exercer seus direitos de voto não impede que o investidor tenha a capacidade 
atual de dirigir as atividades relevantes a partir do momento em que adquire a participação 
acionária. 
 
Exemplo 3B 
 
O investidor é parte de contrato a termo para a aquisição da maioria das ações da investida. A 
liquidação do contrato a termo se dará em 25 dias. Os acionistas existentes não são capazes de 
modificar as políticas existentes em relação às atividades relevantes, já que uma assembleia 
extraordinária não pode ser realizada antes de decorridos 30 dias, ocasião em que o contrato a 
termo já terá sido liquidado. Assim, o investidor tem direitos que são essencialmente 
equivalentes aos do acionista majoritário do exemplo 3A (ou seja, o investidor que detém o 
contrato a termo pode tomar decisões sobre a direção das atividades relevantes quando elas 
 
CPC_36(R3) 
precisarem ser tomadas). O contrato a termo do investidor é um direito substantivo que lhe dá 
a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes mesmo antes que o contrato a termo seja 
liquidado. 
 
Exemplo 3C 
 
O investidor detém uma opção substantiva de adquirir a maioria das ações da investida, a qual 
pode ser exercida em 25 dias e está substancialmente dentro do preço (in-the-money). A 
conclusão é a mesma do exemplo 3B. 
 
Exemplo 3D 
 
O investidor é parte de contrato a termo para a aquisição da maioria das ações da investida, 
sem quaisquer outros direitos relacionados sobre a investida. A liquidação do contrato a termo 
se dará em seis meses. Em contraste com os exemplos anteriores, o investidor não tem a 
capacidade atual de dirigir as atividades relevantes. Os acionistas existentes têm a capacidade 
atual de dirigir as atividades relevantes, já que podem modificar as políticas existentes em 
relação às atividades relevantes antes que o contrato a termo seja liquidado. 
 
B25. Direitos substantivos exercíveis por outras partes podem impedir o investidor de controlar a 
investida à qual esses direitos se referem. Esses direitos substantivos não exigem que os 
titulares tenham a capacidade de originar as decisões. Desde que não sejam meramente de 
proteção (ver itens B26 a B28), direitos substantivos detidos por outras partes podem impedir 
que o investidor controle a investida, ainda que esses direitos deem aos titulares apenas a 
capacidade atual de aprovar ou bloquear decisões que se refiram às atividades relevantes. 
 
Direitos de proteção 
 
B26. Ao avaliar se os direitos lhe dão poder sobre a investida, o investidor deve avaliar se os seus 
direitos e os direitos detidos por terceiros são direitos de proteção. Direitos de proteção 
referem-se a mudanças fundamentais nas atividades da investida ou aplicam-se a 
circunstâncias excepcionais. Contudo, nem todos os direitos que se aplicam a circunstâncias 
excepcionais ou que sejam contingenciais a determinados eventos são direitos de proteção 
(ver itens B13 e B53). 
 
B27. Como os direitos de proteção destinam-se a proteger os interesses de seu titular sem dar a essa 
parte poder sobre a investida à qual se referem esses direitos, o investidor que detém apenas 
direitos de proteção não pode ter poder ou impedir outra parte de ter poder sobre a investida 
(ver item 14). 
 
B28. Exemplos de direitos de proteção incluem, entre outros: 
(a) direito de credor de impor limites ao tomador de empréstimos com relação à realização 
de atividades que podem modificar significativamente o risco de crédito do tomador em 
detrimento do credor; 
(b) direito de parte titular de participação não controladora na investida de aprovar 
investimentos capitalizáveis superiores ao exigidono curso normal dos negócios ou de 
aprovar a emissão de instrumentos patrimoniais ou de dívida; 
(c) direito de credor de apropriar-se legalmente de ativos do tomador de empréstimo se este 
deixar de satisfazer condições especificadas de amortização de empréstimo. 
 
Franquias 
 
CPC_36(R3) 
 
B29. O contrato de franquia no qual a investida seja a franqueada geralmente dá ao franqueador 
direitos que se destinam a proteger a marca da franquia. Contratos de franquia normalmente 
dão aos franqueadores alguns direitos de tomada de decisões em relação às operações da 
franqueada. 
 
B30. De modo geral, os direitos dos franqueadores não restringem a capacidade de outras partes 
que não o franqueador de tomar decisões que tenham efeito significativo sobre os retornos da 
franqueada. Tampouco os direitos do franqueador em contratos de franquia necessariamente 
dão ao franqueador a capacidade atual de dirigir as atividades que afetam significativamente 
os retornos da franqueada. 
 
B31. É necessário distinguir entre ter a capacidade atual de tomar decisões que afetam 
significativamente os retornos da franqueada e ter a capacidade de tomar decisões que 
protegem a marca da franquia. O franqueador não tem poder sobre a franqueada se outras 
partes têm direitos existentes que lhes dão a capacidade atual de dirigir as atividades 
relevantes da franqueada. 
 
B32. Ao realizar o contrato de franquia, a franqueada tomou a decisão unilateral de operar seu 
negócio de acordo com os termos do contrato de franquia, mas por sua própria conta. 
 
B33. O controle sobre decisões fundamentais como, por exemplo, a natureza jurídica da franqueada 
e sua estrutura de financiamento pode ser determinado por outras partes que não o 
franqueador e podem afetar significativamente os retornos da franqueada. Quanto menor o 
nível de suporte financeiro fornecido pelo franqueador e quanto menor a exposição do 
franqueador à variabilidade de retornos da franqueada, maior é a probabilidade de que o 
franqueador tenha apenas direitos de proteção. 
 
Direitos de voto 
 
B34. Frequentemente o investidor tem a capacidade atual, por meio de direitos de voto ou 
similares, de dirigir as atividades relevantes. O investidor deve considerar os requisitos dos 
itens B35 a B50 se as atividades relevantes da investida forem dirigidas por meio de direitos 
de voto. 
 
Poder com a maioria dos direitos de voto 
 
B35. O investidor que detém mais da metade dos direitos de voto da investida tem poder nas 
seguintes situações, a menos que o item B36 ou o item B37 seja aplicável: 
(a) as atividades relevantes são dirigidas pelo voto do titular da maioria dos direitos de voto; 
ou 
(b) a maioria dos membros do órgão de administração que dirige as atividades relevantes é 
nomeada pelo voto do titular da maioria dos direitos de voto. 
 
Maioria dos direitos de voto, mas nenhum poder 
 
B36. Para que o investidor que detenha mais que a metade dos direitos de voto da investida tenha 
poder sobre ela, seus direitos de voto devem ser substantivos, de acordo com os itens B22 a 
B25, e devem dar ao investidor a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes, o que 
frequentemente se dá por meio da determinação das políticas operacionais e de financiamento. 
Se outra entidade tiver direitos existentes que lhe forneçam o direito de dirigir as atividades 
 
CPC_36(R3) 
relevantes e essa entidade não for agente do investidor, o investidor não tem poder sobre a 
investida. 
 
B37. O investidor não tem poder sobre a investida, ainda que detenha a maioria dos direitos de voto 
na investida, quando esses direitos de voto não são substantivos. Por exemplo, o investidor 
que detém mais que a metade dos direitos de voto na investida não pode ter poder se as 
atividades relevantes estiverem sujeitas à direção de governo, tribunal, administrador, síndico, 
liquidante ou regulador. 
 
Poder sem a maioria dos direitos de voto 
 
B38. O investidor pode ter poder ainda que detenha menos que a maioria dos direitos de voto da 
investida. O investidor pode ter poder com menos que a maioria dos direitos de voto da 
investida, por exemplo, por meio de: 
(a) acordo contratual entre o investidor e outros titulares de direitos de voto (ver item B39); 
(b) direitos decorrentes de outros acordos contratuais (ver item B40); 
(c) os direitos de voto do investidor (ver itens B41 a B45); 
(d) direitos de voto potenciais (ver itens B47 a B50); ou 
(e) a combinação de (a) a (d). 
 
Acordo contratual com outros titulares de direitos de voto 
 
B39. Um acordo contratual entre um investidor e outros titulares de direitos de voto pode dar ao 
investidor o direito de exercer direitos de voto suficientes para lhe dar poder, ainda que o 
investidor não tenha direitos de voto suficientes para lhe dar poder sem o acordo contratual. 
Contudo, o acordo contratual pode garantir que o investidor possa instruir um número 
suficiente de outros titulares de direitos de voto sobre como votar para permitir ao investidor 
tomar decisões sobre as atividades relevantes. 
 
Direitos decorrentes de outros acordos contratuais 
 
B40. Outros direitos de tomada de decisões, em combinação com direitos de voto, podem dar ao 
investidor a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes. Por exemplo, os direitos 
especificados em acordo contratual em combinação com direitos de voto podem ser 
suficientes para dar ao investidor a capacidade atual de dirigir os processos de fabricação da 
investida ou de dirigir outras atividades operacionais ou de financiamento da investida que 
afetem significativamente os retornos da investida. Contudo, na ausência de quaisquer outros 
direitos, a dependência econômica da investida em relação ao investidor (como, por exemplo, 
as relações de fornecedor com o seu principal cliente) não leva a concluir que o investidor 
tenha poder sobre a investida. 
 
Direitos de voto do investidor 
 
B41. O investidor sem a maioria dos direitos de voto pode ter direitos que são suficientes para lhe 
dar poder quando tem a capacidade prática de dirigir as atividades relevantes de modo 
unilateral. 
 
B42. Ao avaliar se seus direitos de voto são suficientes para lhe dar poder, o investidor considera 
todos os fatos e circunstâncias, incluindo: 
 
CPC_36(R3) 
(a) a extensão dos direitos de voto do investidor em comparação com a extensão e a 
dispersão dos direitos de voto dos demais titulares, observando-se que: 
(i) quanto mais direitos de voto o investidor detenha, maior é a probabilidade de que o 
investidor tenha direitos existentes que lhe deem a capacidade atual de dirigir as 
atividades relevantes; 
(ii) quanto mais direitos de voto o investidor detenha em relação aos demais titulares de 
direitos de voto, maior é a probabilidade de que o investidor tenha direitos existentes 
que lhe deem a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes; 
(iii) quanto maior o número de partes que precisariam agir em conjunto para superar o 
investidor em número de votos, maior é a probabilidade de que o investidor tenha 
direitos existentes que lhe deem a capacidade atual de dirigir as atividades 
relevantes; 
(b) direitos de voto potenciais detidos pelo investidor, outros titulares de direitos de voto ou 
outras partes (ver itens B47 a B50); 
(c) direitos decorrentes de outros acordos contratuais (ver item B40); e 
(d) quaisquer fatos e circunstâncias adicionais que indiquem que o investidor possui ou não 
possui a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes no momento em que decisões 
precisem ser tomadas, incluindo padrões de votação em assembleias de acionistas 
anteriores. 
 
B43. Quando a direção de atividades relevantes for determinada pelo voto majoritário e o 
investidor detiver significativamente mais direitos de voto que qualqueroutro titular de 
direitos de voto ou grupo organizado de titulares de direitos de voto, sendo que as demais 
participações acionárias estejam amplamente dispersas, pode ficar claro, após considerar tão-
somente os fatores relacionados no item B42(a) a (c), que o investidor tem poder sobre a 
investida. 
 
Exemplos de aplicação 
 
Exemplo 4 
 
O investidor adquire 48% dos direitos de voto da investida. Os direitos de voto restantes são 
detidos por milhares de acionistas, nenhum dos quais, individualmente, detém mais que 1% 
dos direitos de voto. Nenhum dos acionistas possui qualquer acordo para consultar qualquer 
dos demais acionistas ou para tomar decisões coletivas. Ao avaliar a proporção dos direitos de 
voto a ser adquirida, com base no tamanho relativo das demais participações acionárias, o 
investidor determinou que a participação de 48% seria suficiente para lhe dar o controle. 
Nesse caso, com base no tamanho absoluto de sua participação e no tamanho relativo das 
demais participações, o investidor conclui que tem participação com direito de voto 
suficientemente dominante para satisfazer o critério de poder sem a necessidade de considerar 
qualquer outra evidência de poder. 
 
Exemplo 5 
 
O investidor A detém 40% dos direitos de voto da investida, e doze outros investidores detêm, 
cada um, 5% dos direitos de voto da investida. O acordo de acionistas concede ao investidor 
A o direito de nomear, destituir e fixar a remuneração dos administradores responsáveis pela 
direção das atividades relevantes. Para modificar o contrato, exige-se o voto majoritário de 
dois terços dos acionistas. Nesse caso, o investidor A conclui que o tamanho absoluto de sua 
participação e o tamanho relativo das demais participações acionárias por si só não são 
 
CPC_36(R3) 
conclusivos para determinar se ele possui direitos suficientes para lhe dar poder. Contudo, o 
investidor A determina que seu direito contratual de nomear, destituir e fixar a remuneração 
dos administradores é suficiente para concluir que ele tem poder sobre a investida. O fato de 
que o investidor A possa não ter exercido esse direito ou a probabilidade de que o investidor 
A exerça seu direito de selecionar, nomear ou destituir os administradores não deve ser 
considerada ao avaliar se o investidor A tem poder. 
 
B44. Em outras situações, pode ficar claro, após considerar tão-somente os fatores relacionados no 
item B42(a) a (c), que o investidor não tem poder. 
 
Exemplo de aplicação 
 
Exemplo 6 
 
O investidor A detém 45% dos direitos de voto da investida. Dois outros investidores detêm, 
cada um, 26% dos direitos de voto da investida. Os direitos de voto restantes são detidos por 
três outros acionistas, cada um dos quais detém 1%. Não há outros acordos que afetam a 
tomada de decisões. Nesse caso, o tamanho da participação com direito de voto de A e seu 
tamanho em relação às demais participações acionárias são suficientes para concluir que o 
investidor A não tem poder. Somente dois outros investidores precisariam cooperar para 
impedir o investidor A de dirigir as atividades relevantes da investida. 
 
B45. Contudo, os fatores relacionados tão-somente no item B42(a) a (c) podem não ser 
conclusivos. Se, tendo considerado outros fatores, não tiver certeza de que tem poder, o 
investidor deve considerar fatos e circunstâncias adicionais, tais como se outros acionistas têm 
natureza passiva, conforme demonstrado por padrões de votação em assembleias de acionistas 
anteriores. Isto inclui a avaliação dos fatores apontados no item B18 e os indicadores dos itens 
B19 e B20. Quanto menos direitos de voto o investidor detiver e quanto menor for o número 
de partes que precisem agir em conjunto para superar o investidor em números de voto, maior 
peso se deve atribuir aos fatos e circunstâncias adicionais para avaliar se os direitos do 
investidor são suficientes para lhe dar poder. Quando os fatos e circunstâncias dos itens B18 a 
B20 forem considerados em conjunto com os direitos do investidor, deve ser atribuído peso 
maior às evidências de poder do item B18 que aos indicadores de poder dos itens B19 e B20. 
 
Exemplos de aplicação 
 
Exemplo 7 
 
Um investidor detém 45% dos direitos de voto da investida. Onze outros investidores detêm, 
cada um, 5% dos direitos de voto da investida. Nenhum dos acionistas possui acordos 
contratuais para consultar qualquer dos demais ou para tomar decisões coletivas. Nesse caso, 
o tamanho absoluto da participação do investidor e o tamanho relativo das demais 
participações acionárias por si só não são conclusivos para determinar se o investidor possui 
direitos suficientes para lhe dar poder sobre a investida. Fatos e circunstâncias adicionais que 
podem fornecer evidência de que o investidor tem ou não tem poder devem ser considerados. 
 
Exemplo 8 
 
Um investidor detém 35% dos direitos de voto da investida. Três outros investidores detêm, 
cada um, 5% dos direitos de voto da investida. Os direitos de voto restantes são detidos por 
numerosos outros acionistas, nenhum dos quais, individualmente, detém mais que 1% dos 
direitos de voto. Nenhum dos acionistas possui acordos para consultar qualquer dos demais ou 
 
CPC_36(R3) 
para tomar decisões coletivas. Decisões sobre as atividades relevantes da investida exigem a 
aprovação da maioria dos votos proferidos em assembleias de acionistas relevantes – 75% dos 
direitos de voto da investida foram exercidos em assembleias de acionistas relevantes 
recentes. Nesse caso, a participação ativa dos demais acionistas em assembleias de acionistas 
recentes indica que o investidor não teria a capacidade prática de dirigir as atividades 
relevantes de modo unilateral, independentemente de o investidor ter dirigido as atividades 
relevantes porque um número suficiente de outros acionistas votou da mesma forma que ele. 
 
B46. Se não está claro, tendo-se considerado os fatores relacionados no item B42(a) a (d), que o 
investidor tem poder, o investidor não controla a investida. 
 
Direitos de voto potenciais 
 
B47. Ao avaliar o controle, o investidor deve considerar seus direitos de voto potenciais, bem como 
os direitos de voto potenciais detidos por outras partes, para determinar se tem poder. Direitos 
de voto potenciais são direitos de obter direitos de voto da investida, como, por exemplo, os 
decorrentes de instrumentos conversíveis ou opções, incluindo contratos a termo. Esses 
direitos de voto potenciais são considerados somente se os direitos forem substantivos (ver 
itens B22 a B25). 
 
B48. Ao considerar direitos de voto potenciais, o investidor deve considerar o objetivo e a estrutura 
do instrumento, bem como o objetivo e a estrutura de qualquer outro envolvimento que o 
investidor tenha com a investida. Isso inclui a avaliação dos diversos termos e condições do 
instrumento, bem como as expectativas, motivos e razões evidentes do investidor para 
concordar com esses termos e condições. 
 
B49. Caso tenha também direitos de voto ou outros direitos de tomada de decisão em relação às 
atividades da investida, o investidor deve avaliar se esses direitos, em combinação com os 
direitos de voto potenciais, lhe dão poder. 
 
B50. Direitos de voto potenciais substantivos, seja isoladamente ou em combinação com outros 
direitos, podem dar ao investidor a capacidade atual de dirigir as atividades relevantes. Por 
exemplo, é provável que este seja o caso quando o investidor detém 40% dos direitos de voto 
da investida e, de acordo com o item B23, detém direitos substantivos decorrentes de opções 
para a aquisição de mais 20% dos direitos de voto. 
 
Exemplos de aplicação 
 
Exemplo 9 
 
O investidor A detém 70% dos direitos de voto da investida. O investidor B possui 30% dos 
direitos de voto da investida, bem como a opção de adquirir metadedos direitos de voto do 
investidor A. A opção é exercível pelos próximos dois anos ao preço fixo que está 
substancialmente fora do preço (out-of-the money) (e que se espera que assim permaneça por 
esse período de dois anos). O investidor A tem exercido seus direitos de voto e está dirigindo 
ativamente as atividades relevantes da investida. Nesse caso, é provável que o investidor A 
atenda ao critério de poder, uma vez que ele parece ter a capacidade atual de dirigir as 
atividades relevantes. Embora o investidor B tenha opções atualmente exercíveis para a 
compra de direitos de voto adicionais (as quais, se exercidas, lhe dariam a maioria dos direitos 
de voto na investida), os termos e condições associados a essas opções são tais que as opções 
não são consideradas substantivas. 
 
 
CPC_36(R3) 
Exemplo 10 
 
O investidor A e dois outros investidores detêm, cada um, um terço dos direitos de voto da 
investida. A atividade de negócio da investida está estreitamente relacionada com o investidor 
A. Além de seus instrumentos patrimoniais, o investidor A detém também instrumentos de 
dívida, conversíveis em ações ordinárias da investida em qualquer ocasião por preço fixo que 
está fora do preço (out-of-the money) (mas não substancialmente fora do preço). Se a dívida 
fosse convertida, o investidor A deteria 60% dos direitos de voto da investida. O investidor A 
se beneficiaria da captura de sinergias se os instrumentos de dívida fossem convertidos em 
ações ordinárias. O investidor A tem poder sobre a investida porque detém direitos de voto da 
investida em conjunto com direitos de voto potenciais substantivos que lhe dão a capacidade 
atual de dirigir as atividades relevantes. 
 
Poder quando direitos de voto ou similares não têm efeito significativo sobre os retornos da 
investida 
 
B51. Ao avaliar o objetivo e a estrutura da investida (ver itens B5 a B8), o investidor deve 
considerar o envolvimento e as decisões tomadas por ocasião da formação da investida como 
parte de sua estruturação e deve avaliar se os termos da transação e as características do 
envolvimento fornecem ao investidor direitos que são suficientes para lhe dar poder. Estar 
envolvido na estruturação da investida por si só não é suficiente para dar controle ao 
investidor. Contudo, o envolvimento na estruturação pode indicar que o investidor teve a 
oportunidade de obter direitos que são suficientes para lhe dar poder sobre a investida. 
 
B52. Além disso, o investidor deve considerar acordos contratuais, como, por exemplo, direitos de 
compra, direitos de venda e direitos de liquidação estabelecidos por ocasião da formação da 
investida. Quando esses acordos contratuais envolvem atividades que estão estreitamente 
relacionadas com a investida, essas atividades são então, em sua essência, parte integrante das 
atividades gerais da investida, embora possam ocorrer fora dos limites legais da investida. 
Portanto, direitos de tomada de decisões expressos ou implícitos, incorporados em acordos 
contratuais, que estão estreitamente relacionados com a investida precisam ser considerados 
como atividades relevantes ao determinar o poder sobre a investida. 
 
B53. Para algumas investidas, atividades relevantes ocorrem somente quando do surgimento ou da 
ocorrência de circunstâncias ou eventos específicos. A investida pode ser estruturada de modo 
que a direção de suas atividades e seus retornos sejam predeterminados, a menos e até que 
essas circunstâncias ou eventos específicos surjam ou ocorram. Nesse caso, somente as 
decisões sobre as atividades da investida, quando essas circunstâncias ou eventos ocorrerem 
podem afetar significativamente seus retornos e, assim, ser atividades relevantes. As 
circunstâncias ou eventos não precisam ter ocorrido para que o investidor com a capacidade 
de tomar essas decisões tenha poder. O fato de que o direito de tomar decisões depende do 
surgimento de circunstâncias ou da ocorrência de evento não resulta, por si só, em que esses 
direitos sejam de proteção. 
 
Exemplos de aplicação 
 
Exemplo 11 
 
A única atividade de negócio da investida, conforme especificada em seus documentos 
constitutivos, é a compra de recebíveis e a sua administração diária para seus investidores. A 
administração diária inclui a cobrança e o repasse de pagamentos de principal e juros à 
medida que vençam. Por ocasião da inadimplência de recebível, a investida automaticamente 
 
CPC_36(R3) 
o oferece ao investidor, conforme convencionado separadamente em contrato entre o 
investidor e a investida. A única atividade relevante é a gestão dos recebíveis em caso de 
inadimplência, já que esta é a única atividade que pode afetar significativamente os retornos 
da investida. A gestão dos recebíveis antes da inadimplência não é uma atividade relevante, 
uma vez que não exige a tomada de decisões substantivas que podem afetar 
significativamente os retornos da investida – as atividades antes da inadimplência são 
predeterminadas e consistem apenas no recebimento de fluxos de caixa à medida que vençam 
e repassá-los aos investidores. Portanto, somente o direito do investidor de gerenciar os ativos 
em caso de inadimplência deve ser considerado ao se avaliar as atividades gerais da investida 
que afetam significativamente os retornos da investida. Neste exemplo, a estrutura da 
investida assegura que o investidor tenha autoridade de tomada de decisões sobre as 
atividades que afetam significativamente os retornos na única ocasião em que essa autoridade 
de tomada de decisões é necessária. Os termos do contrato de venda são parte integrante da 
transação como um todo e da formação da investida. Portanto, os termos do contrato de 
venda, em conjunto com os documentos constitutivos da investida, levam à conclusão de que 
o investidor tem poder sobre a investida, embora o investidor assuma a propriedade dos 
recebíveis somente em caso de inadimplência e gerencie os recebíveis inadimplidos fora dos 
limites legais da investida. 
 
Exemplo 12 
 
Os únicos ativos da investida são recebíveis. Quando o objetivo e a estrutura da investida são 
considerados, determina-se que a única atividade relevante é a gestão dos recebíveis em caso 
de inadimplência. A parte que tem a capacidade de gerenciar os recebíveis inadimplidos tem 
poder sobre a investida, independentemente da inadimplência por qualquer dos devedores. 
 
B54. O investidor pode ter compromisso expresso ou implícito para garantir que a investida 
continue a operar conforme planejado. Esse compromisso pode aumentar a exposição do 
investidor à variabilidade de retornos e, assim, aumentar o incentivo para que o investidor 
obtenha direitos suficientes para lhe conferir poder. Portanto, um compromisso para garantir 
que a investida opere como planejado pode ser um indicador de que o investidor tem poder, 
mas, por si só, não dá poder ao investidor nem impede que outra parte tenha poder. 
 
Exposição a, ou direitos sobre, retornos variáveis de investida 
 
B55. Ao avaliar se tem o controle sobre a investida, o investidor deve determinar se está exposto a, 
ou se tem direitos sobre, retornos variáveis decorrentes de seu envolvimento com a investida. 
 
B56. Retornos variáveis são retornos que não são fixos e que têm o potencial de variar como 
resultado do desempenho da investida. Retornos variáveis podem ser somente positivos, 
somente negativos ou tanto positivos quanto negativos (ver item 15). O investidor deve 
avaliar se os retornos da investida são variáveis, e quão variáveis esses retornos são, com base 
na essência do acordo e independentemente da natureza jurídica dos retornos. Por exemplo, o 
investidor pode deter título de dívida com pagamentos de juros fixos. Os pagamentos de juros 
fixos são retornos variáveis para os fins deste Pronunciamento, pois estão sujeitos ao risco de 
inadimplência eexpõem o investidor ao risco de crédito do emitente do título de dívida. O 
valor da variabilidade (ou seja, quão variáveis são esses retornos) depende do risco de crédito 
do título de dívida. Similarmente, taxas de desempenho fixas para a gestão dos ativos da 
investida são retornos variáveis, pois expõem o investidor ao risco de desempenho da 
investida. O valor da variabilidade depende da capacidade da investida de gerar receita 
suficiente para pagar a taxa. 
 
 
CPC_36(R3) 
B57. Exemplos de retornos incluem: 
(a) dividendos, outras distribuições de benefícios econômicos da investida (por exemplo, 
juros de títulos de dívida emitidos pela investida) e mudanças no valor do investimento 
do investidor nessa investida; 
(b) remuneração pela administração dos ativos ou passivos da investida, taxas e exposição a 
perdas em decorrência da prestação de suporte de crédito ou de liquidez, participações 
residuais nos ativos e passivos da investida por ocasião da liquidação desta, benefícios 
fiscais e acesso a liquidez futura que o investidor tenha em decorrência de seu 
envolvimento com a investida; 
(c) retornos que não estejam disponíveis a outros detentores de participação. Por exemplo, o 
investidor pode usar seus ativos em combinação com os ativos da investida, como, por 
exemplo, combinando funções operacionais para obter economias de escala, economias 
de custos, suprimento de produtos escassos ou acesso a conhecimentos de propriedade 
exclusiva ou limitando algumas operações ou ativos, a fim de aumentar o valor dos outros 
ativos do investidor. 
 
Relação entre poder e retornos 
 
Poder delegado 
 
B58. Ao avaliar se controla a investida, o investidor com direitos de tomada de decisões (tomador 
de decisões) deve determinar se é um principal ou um agente. O investidor deve determinar 
também se outra entidade com direitos de tomada de decisão está atuando como agente em 
seu nome. Agente é uma parte comprometida a agir primariamente em nome e em benefício 
de outra parte ou partes (principal) e, portanto, não controla a investida quando exerce sua 
autoridade de tomada de decisões (ver itens 17 e 18). Assim, algumas vezes, o poder do 
principal pode ser detido e exercível por agente, mas em nome do principal. O tomador de 
decisões não é um agente simplesmente porque outras partes podem se beneficiar das decisões 
que ele toma. 
 
B59. O investidor pode delegar sua autoridade de tomada de decisões ao agente com relação a 
algumas questões específicas ou a todas as atividades relevantes. Ao avaliar se controla a 
investida, o investidor deve tratar os direitos de tomada de decisões delegados a seu agente 
como sendo detidos diretamente pelo investidor. Em situações nas quais há mais de um 
principal, cada um dos principais deve avaliar se tem poder sobre a investida considerando os 
requisitos dos itens B5 a B54. Os itens B60 a B72 fornecem orientação sobre como 
determinar se o tomador de decisões é agente ou principal. 
 
B60. Ao determinar se é agente, o tomador de decisões deve considerar a relação geral entre ele, a 
investida que está sendo administrada e as demais partes envolvidas com a investida e, em 
particular, todos os seguintes fatores: 
(a) o alcance de sua autoridade de tomada de decisões sobre a investida (itens B62 e B63); 
(b) os direitos detidos por outras partes (itens B64 a B67); 
(c) a remuneração à qual tem direito de acordo com o contrato de remuneração (itens B68 a 
B70); e 
(d) a exposição do tomador de decisões à variabilidade de retornos de outras participações 
por ele detidas na investida (itens B71 e B72). 
Diferentes ponderações devem ser aplicadas a cada um dos fatores com base nos fatos e 
circunstâncias específicos. 
 
CPC_36(R3) 
 
B61. Para se determinar se o tomador de decisões é agente é requerida a avaliação de todos os 
fatores relacionados no item B60, a menos que uma única parte detenha direitos substantivos 
de destituir o tomador de decisões (direitos de destituição) e possa destituir o tomador de 
decisões sem justa causa (ver item B65). 
 
Alcance da autoridade de tomada de decisões 
 
B62. O alcance da autoridade de tomada de decisões do tomador de decisões deve ser avaliada 
considerando-se: 
(a) as atividades que são permitidas de acordo com o contrato de tomada de decisões e as 
previstas em lei; e 
(b) o poder discricionário do tomador de decisões ao tomar decisões sobre essas atividades. 
 
B63. O tomador de decisões deve considerar o objetivo e a estrutura da investida, os riscos aos 
quais a investida estaria exposta de acordo com a sua estruturação, os riscos que, de acordo 
com a sua estruturação, ela transfere às partes envolvidas e o nível de envolvimento do 
tomador de decisões na estruturação da investida. Por exemplo, se o tomador de decisões está 
significativamente envolvido na estruturação da investida (inclusive na determinação do 
alcance da autoridade de tomada de decisões), esse envolvimento pode indicar que o tomador 
de decisões teve oportunidade e incentivo para obter direitos que resultam em que tenha a 
capacidade de dirigir as atividades relevantes. 
 
Direito detido por outras partes 
 
B64. Direitos substantivos detidos por outras partes podem afetar a capacidade do tomador de 
decisões de dirigir as atividades relevantes da investida. Direitos substantivos de destituição 
ou outros podem indicar que o tomador de decisões é agente. 
 
B65. Quando uma única parte detém direitos substantivos de destituição e pode destituir o tomador 
de decisões sem justa causa, isto, por si só, é suficiente para concluir que o tomador de 
decisões é agente. Se mais de uma parte detiver esses direitos (e nenhuma parte 
individualmente puder destituir o tomador de decisões sem a concordância das demais partes), 
esses direitos não são, isoladamente, conclusivos para determinar se o tomador de decisões 
age essencialmente em nome e em benefício de terceiros. Além disso, quanto maior o número 
de partes que precisam agir em conjunto para exercer o direito de destituição do tomador de 
decisões e quanto maior a dimensão e a variabilidade associada aos demais interesses 
econômicos do tomador de decisões (ou seja, remuneração e outros interesses), menor o peso 
que deve ser atribuído a esse fator. 
 
B66. Direitos substantivos detidos por outras partes que restringem o poder discricionário do 
tomador de decisões devem ser considerados de forma similar a direitos de destituição ao 
avaliar se o tomador de decisões é agente. Por exemplo, um tomador de decisões que deva 
obter aprovação de pequeno número de outras partes para seus atos geralmente é agente. (Ver 
itens B22 a B25 para orientação adicional sobre direitos e se estes são substantivos.) 
 
B67. Os direitos detidos por outras partes devem incluir a avaliação de quaisquer direitos exercíveis 
pelo conselho de administração (ou outro órgão de administração) da investida e seu efeito 
sobre a autoridade de tomada de decisões (ver item B23(b)). 
 
Remuneração 
 
CPC_36(R3) 
 
B68. Quando maior a dimensão e a variabilidade associada à remuneração do tomador de decisões 
em relação aos retornos esperados das atividades da investida, maior será a probabilidade de 
que o tomador de decisões seja o principal. 
 
B69. Ao determinar se é principal ou agente, o tomador de decisões deve considerar também se as 
seguintes condições estão presentes: 
(a) a remuneração do tomador de decisões é compatível com os serviços prestados; 
(b) o contrato de remuneração inclui somente termos, condições ou valores que estão 
normalmente presentes em acordos para serviços e nível de habilidades similares 
negociados em termos usuais de mercado. 
 
B70. O tomador de decisões não pode ser agente, a menos que as condições indicadas no item 
B69(a) e (b) estejam presentes. Contudo, atender

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