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Questões de Direito Penal

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Direito Penal 
Prof. Leonardo Pantaleão 
Matéria: Resolução de Questões 
06/05/2011 
 
Questão 1. :Matéria – Alteração de Documento. 
A questão demonstra que o indivíduo, não tinha a intenção de prejudicar, conforme 
previsto na expressão – “visando fazer uma brincadeira”. 
Sendo que, através da análise do Art. 299, do CP observa-se que o elemento subjetivo do 
agente tem que ser doloso (modalidade – dolo específico) de prejudicar. 
Art. 299 – “Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia 
constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser 
escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato 
juridicamente relevante: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa, se o documento é público, e 
reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa, se o documento é particular.” 
 
O problema demonstra que à alteração realizada pelo agente é tão grosseira, razão pela 
qual inexiste a possibilidade de se configurar crime. 
Por fim, cabe ressaltar que a conduta praticada não é prevista em lei (princípio da 
legalidade), consequentemente trata-se de uma postura atípica – portanto, o indivíduo não 
praticou crime nenhum. 
Alternativa correta: D – Ao concluir o curso de Engenharia, Arli, visando fazer uma 
brincadeira, inseriu, à caneta, em seu diploma, declaração falsa sobre fato juridicamente 
relevante. A respeito desse ato, é correto afirmar que Arli não praticou crime algum. 
Questão 3.: Matéria – Concurso de Agentes. 
Concurso de Agentes: Concurso de pessoas, ou concurso de agentes, ou coautoria, ou 
participação criminosa, pode ser definido como a ciente e voluntária colaboração de duas 
ou mais pessoas na prática da mesma infração penal. 
- Autoria (Teoria Restritiva): Só será considerado autor do crime, aquela pessoa que 
realiza a conduta descrita no tipo penal (o verbo). 
- Coautoria: Ocorre co-autoria (no Direito penal) quando várias pessoas participam da 
execução do crime, realizando a conduta descrita no tipo penal. 
 
- Partícipe: É aquele que de alguma forma colabora para a ocorrência da conduta, porém 
não executa o tipo penal, mas ajuda que o agente à realize. 
Obs.: Não confudir concurso de agentes com o crime de formação de quadrilha. 
Quadrilha: O crime de quadrilha é de concurso necessário, ou seja tem como elementar 
a participação de várias pessoas para o fim único de cometer crimes. Pode ser cometido 
por qualquer pessoa que se associe a no mínimo mais 3 pessoas. 
A diferença entre concurso de agentes e crime de formação de quadrilha não irá se definir 
pela quantidade de pessoas, mas pela quantidade de crimes praticados. Conclui-se 
portanto, que a ocorrência de apenas um crime – não caracteriza-se em crime de 
quadrilha, independentemente da quantidade de pessoas envolvidas. 
Há circunstâncias subjetivas do crime que não se comunicam entre os agentes, salvo as 
que forem elementares (comunicam-se). Portanto, conforme o problema apresentado 
Pedro não é ascendente da vítima (apenas Tomás – que é filho da vítima, ora Joaquim). 
Art. 30 – “Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo 
quando elementares do crime.” 
Alternativa correta: D – Tomás decide matar seu pai, Joaquim. Sabendo da infração de 
Tomás de executar o genitor, Pedro oferece, graciosamente, carona ao agente até o local 
em que ocorre o crime. A esse respeito, é correto afirmar que Pedro é partícipe do delito, 
respondendo por homicídio sem a incidência da agravante. 
Questão 5.: Matéria – Concurso de Delitos/Crimes. 
O concurso é formado com a pratica de mais de um crime. 
Espécies de Concurso de Crimes: 
- Material; 
- Formal: 
a) Formal Próprio: Uma unidade de conduta geradora de múltiplos resultados. 
b) Formal Impróprio: Uma unidade de conduta geradora de múltiplos resultados, porém 
mediante violência ou grave ameaça. 
O concurso material ocorre quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, 
pratica dois ou mais crimes – podendo haver dependência jurídica entre estes. Obs.: A 
dependência jurídica entre estes não é um pré-requisito. 
As penas serão somadas no caso de concurso formal impróprio. 
Alternativa correta – D: O CP adotou o sistema de aplicação de pena do cúmulo 
material para os concursos material e formal imperfeito, e da exasperação para o 
concurso formal perfeito e crime continuado. 
 
 
Questão 6.: Matéria – Crimes contra o patrimônio. 
O Art 181, do CP estabelece a escusa absolutória, confirmando a existência do crime, 
mas isentando de pena o sujeito ativo que cometa crime contra o patrimônio: de seu 
cônjuge, na constância da sociedade conjugal; de ascendente ou descendente seu, seja o 
parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural. 
O Art. 183 estabelece as exceções das exceções, de modo a prescreve que não serão 
aplicadas as regras postas pelos Arts. 181 e 182 quando: o crime for de roubo ou de 
extorsão, ou, em geral, quando houver emprego de grave ameaça ou de violência à 
pessoa; quando o crime for praticado contra pessoa (vítima) com idade igual ou superior 
a 60 anos. Também não serão aplicadas as regras dos Arts. 181 e 182 ao estranho que 
participar do crime. 
Portanto, se a vítima mencionada no problema (Maria Aparecida) tivesse 60 anos ou mais 
– não seria aplicadas as regras impostas nos Arts. 181 e 182. 
A conduta praticada por Paula Rita é criminosa, porém ela será ou não beneficiária das 
escusas absolutórias? 
Cabe salientar, que no problema apresentada não cabe falar que se trata de um furto, pois 
o acesso foi disponibilizado pela vítima, razão pela qual Paula Rita praticou o crime de 
estelionato (Art. 171, do CP). 
Alternativa correta: A – Paula Rita praticou o crime de estelionato em detrimento de 
Maria Aparecida e, pelo fato de ser sua filha adotiva, é isenta de pena. 
Art. 181 – “É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em 
prejuízo: 
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; 
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou 
natural.” 
Questão 7.: Matéria – Crime de Infanticídio (erro quanto à pessoa). 
Erro sobre a pessoa: É caracterizado como um real engano. Ocorre quando um agente 
quer praticar um ilícito contra A, mas se engana afetando B. Nesse caso, o agente não 
será dispensado da pena, mas responderá pelo crime levando em conta as características, 
condições ou qualidades da pessoa visada, ou seja, responde como se tivesse acertado a 
pessoa desejada. 
Arlete responde como se tivesse matado o seu filho, por crime de infanticídio (elemento 
indispensável e presente no problema – estado puerperal). 
Alternativa corrreta: C – Crime de infanticídio, pois houve erro quanto à pessoa. 
 
Questão 10.: Matéria - Crimes praticados por funcionários públicos X à 
Administração Pública (Arts. 312 e seguintes, do CP). 
Crime de Peculato: O peculato é um dos tipos penais próprios de funcionário público 
contra a administração em geral, isto é, só pode ser praticado por servidor público, 
embora admita participação de terceiros. 
Os verbos núcleos do tipo são "apropriar ou desviar" valores, bens móveis, que o 
funcionário tem posse justamente em razão do cargo/função que exerce. 
O peculato é um crime que comporta diversas espécies: 
- Peculato apropriação: O funcionário público se apropria do dinheiro, valor ou 
qualquer outro bem móvel, público ou particular de que tem o agente a posse em razão do 
cargo; 
- Peculato desvio: O funcionário público aplica ao objeto material destino diverso que 
lhe foi determinado em benefício próprio ou de outrem. Obs.: O que define esta 
modalidade de peculato: é a conduta perpetrada pelo agente. 
- Peculato furto: o funcionário público não tem a posse do objeto material e o subtrai,ou 
concorre para que outro o subtraia, em proveito próprio ou alheio, por causa da facilidade 
proporcionada pela posse do cargo. 
Arrependimento Posterior : É causa obrigatória de redução de pena prevista no art. 16, 
do CP. 
No crime de peculato culposo, por expressa previsão do art. 312, § 3º, se a reparação do 
dano precede à sentença irrecorrível, extingue-se a punibilidade; se lhe é posterior, reduz 
pela metade a pena imposta. 
Alternativa correta: D – Charles praticou peculato-desvio, podendo eventual reparação 
do dano ser considerada arrependimento posterior ou circunstância atenuante genérica 
(Art.65, do CP), a depender do momento em que efetivada (Art. 16, do CP). 
Art. 65 – “São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
III - ter o agente: 
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe 
ou minorar-lhe as conseqüências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano.” 
 
Art. 16 – “Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o 
dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato 
voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.”

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