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Direito do Trabalho Prof. Andre Veneziano Matéria: Evolução Histórica/ Fontes Materiais/ Princípios/ Relação de Emprego – Empregador X Empregado. 27/04/2011 1. Fontes Materiais: As fontes materiais estão ligadas a origem e aos fatos que propiciaram o nascimento do ramo. Com o surgimento da sociedade mordena foi desenvolvido um sistema econômico, denominado por capitalimo, tendo como característica principal privilegiar o capital, ou seja, o capistalimos não está preoucupado com o ser humano, mas sim com o lucro. Este sistema recebe impulso no século XVIII – com a Revolução Industrial, criação da máquina a vapor – tendo sido caracterizado pelo aumento da produçao e da oferta de trabalho, porém gerou efeitos nocivos ao homem, são eles (consequências): I – Desemprego; II – Introdução e exploração da mulher no mercado de trabalho e das crianças apartir de 6 anos; III – Jornada sol à sol; IV – Castigos físicos; Diante, destas situações o empregado reprimido teria que reagir e o fez através da reunião de empregados, denominada Associação, posteriormente Sindicato (pessoa jurídica). O Sindicato desenvolveu a idéia da greve, tendo por finalidade atingir o ponto fraco das indústrias, no qual desencadeou no século XIX na Legislação do Trabalho. Conclusão: O Direito do Trabalho nasce como reação às condições impostas pela Revolução Industrial. Obs.: Outro fator importante que influenciou no Direito do Trabalho foi a igreja católica e as “en cítricas papais” (reprovação do papa – nas formas de tratamento das indústrias aos seus empregados). Princípios: O princípio é a base/alicerce do sistema jurídico. Portanto, princípio é a base de uma ciência que inspira toda a legislação. 1. Princípio Protetor: Subdivide-se em 3 pontos, são eles: I. Tem por finalidade proteger o empregado em face do empregador. II. Deve ser aplicada a norma mais favorável - “in dubio pro operario” (na dúvida a favor do operário). Obs.: Este princípio – “in dubi pro operario” só é aplicado para o Direito do Trabalho para a interpretação de normas e cláusulas contratuais e não ao Direito Processual Trabalhista. Diante de circunstâncias opostas o juiz aplica o ônus da prova – Direito Processual Trabalhista. III. Manutenção da condição mais benéfica (direito adquirido), ou seja, não pode ser alterado um contrato (já estabelecido regras) para uma pior condição, mas nada impedi que seja melhorado. 2. Princípio da Primazia da Realidade: Prevalece a verdade em detrimento da forma, ou seja, prevalece o que aconteceu. O juiz do trabalho deve investigar a verdade real dos fatos. 3. Princípio da Irrenunciabilidade: Os direitos trabalhistas são irrenunciáveis, pois representam condições mínimas asseguradas pelo legislador ou convencionadas. 4. Princípio da Continuidade na Relação de Emprego: Presumi-se que não há termo final a relação de emprego. Portanto é reprimida a sucessão dos contratos, ou seja, a demissão e a readmissão em curto prazo faz presumir fraude aos direitos trabalhistas. Relação de Emprego – Arts. 7º ao 11, da CF + CLT. Empregado X Empregador: Características do Empregado: - Pessoa Física / “intuitu personae” (Art. 3º, da CLT); –Pessoalmente: O trabalho deve ser realizado pessoalmente, caracterizando-se pela pessoalidade. Portanto, o empregado não pode se fazer substituir por outro. – Habitual. – Salário: O contrato é oneroso. – Subordinação (“Sub Ordinare”): Aquele que trabalha abaixo de ordens. Obs.: Exclusividade não é requisito da relação de emprego, trata-se de um indício que pode ou não ocorrer. Art. 3º “Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob dependência deste e mediante salário.” - Caracteristicas do Empregador (Art. 2º, da CLT): É todo aquele que tem empregados, indiferente de ser pessoa física ou jurídica. O mesmo tem poder de direção, ou seja, organizar, fiscalizar e punir. Art. 2º “Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. § 1º Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo embora, cada uma delas, personalidade jurídica, própria estiverem sob a direção, controle ou administração de outra constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.” Limites da Organização do Empregador: Ex.: Fixar horários diferentes para os empregados do setor administrativo e do industrial. Limites da Fiscalização: - E-mail e Telefone: O empregador poderá fiscalizar o e-mail que for instrumento da empresa, através do rastreamento, podendo despedir o empregado. Poderá também exercer o poder de fiscalização sobre a linha telefônica da empresa. - Câmeras: O empregador pode utilizar câmera no ambiente de trabalho, desde que respeitando o bom senso. Ex.: Não pode ser posta câmera em banheiros, nem tão pouco na porta do banheiro. - Revista: 1º É permitida a revista em bolsa, desde que, seja uma escolha aleatória, realizada por uma pessoa do mesmo sexo e em ambiente reservado (não público). 2º Quanto a revista íntima (desnudar-se): Nos termos do Art. 373, A, da CLT, no capítulo de proteção especial da mulher é vedada a sua revista íntima. Art. 373-A. “Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas nos acordos trabalhistas, é vedado: VI - proceder o empregador ou preposto a revistas íntimas nas empregadas ou funcionárias.” Obs.: Quanto aos homens? Não consta na CLT sobre a revista íntima masculina, mas através do Art. 1º, da CF (protege a dignidade da pessoa), o homem consequentemente não poderá ser revistado intimamente.
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