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Direito do Trabalho - 2

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Direito do Trabalho 
Prof. Andre Veneziano 
Matéria: Empregador (continuação) – Limites da Organização, Fiscalização e Punição/ 
Risco da Atividade/ Grupo Econômico/ Contrato – Natureza, Forma, Registro, Objeto 
Lícito, Duração/ Prorrogação/ Contrato Ilícito X Contrato Proibido/ Sucessão de Contrato 
a Prazo/ Verbas Rescisorias no Contrato a Prazo. 
04/05/2011 
 
- Empregador (Art. 2º, p. 1º e 2º, da CLT): É todo aquele que tem empregados, 
indiferente de ser pessoa física ou jurídica. O mesmo tem poder de direção, ou seja, 
quem dirige organiza, fiscaliza e tem o poder de punir. 
Limites da Organização do Empregador: Ex.: Fixar horários diferentes para os 
empregados do setor administrativo e do industrial. 
Limites da Fiscalização: 
- E-mail e Telefone: O empregador poderá fiscalizar o e-mail que for instrumento da 
empresa, através do rastreamento, podendo despedir o empregado. Poderá também 
exercer o poder de fiscalização sobre a linha telefônica da empresa. 
- Câmeras: O empregador pode utilizar câmera no ambiente de trabalho, desde que 
respeitando o bom senso. Ex.: Não pode ser posta câmera em banheiros, nem tão pouco 
na porta do banheiro. 
- Revista: 
1º Revista de uma bolsa, desde que, seja uma escolha aleatória, realizada por uma pessoa 
do mesmo sexo e em ambiente reservado (não público). 
2º Revista Íntima (desnudar-se): Nos termos do Art. 737, A, da CLT, no capítulo de 
proteção especial da mulher é vedada a sua revista íntima. Obs.: Quanto aos homens? 
Não consta na CLT sobre a revista íntima masculina, mas através do Art. 1º, da CF, o 
homem consequentemente não poderá ser revistado intimamente. 
 
Limites da Punição: Existem 3 possíveis punições, são elas: 
1. Advertência: Pode ocorrer tanto na forma verbal quanto escrita. 
2. Suspensão: Pode ocorrer até o limite máximo de 30 dias, sem pagamento. 
3. Dispensa com justa causa: É aplicada somente diante de falta grave, p.ex: empregado 
que pratica furto (Art. 482, da CLT). 
A legislação trabalhista prevê a vedação da dupla punição, ou seja, é o princípio do “Non 
bis in idem” - para cada falta praticada somente poderá ocorrer uma única punição. 
 
Ex.: O empregador suspende o empregado, sendo que após o seu retorno da suspensão, 
opta por demiti-lo por justa causa. 
Obs.: Nada impedi que o empregador mande o empregado embora, porém sem ser por 
justa causa, pois implicaria na violação da vedação da dupla punição. 
Risco do Empregador = Alteridade: Significa que o empregador assume integralmente 
os riscos da atividade. Obs.: Até na falência de uma empresa tem que se pagar todas as 
verbas rescisórias. 
 
Ex.: O empregado pode ser comissionista puro (receber apenas em forma de comissões)? 
Tal situação é considerada lícita? 
Resp. É possível que alguém receba só sobre comissões, mas se naquele mês não houver 
comissões ou não ser atingido o determinado piso da categoria – a empresa terá que pagar 
ao empregado, bem como não poderá abater no mês seguinte o valor pago, pois caso 
contrário o empregador estaria repassando o risco da atividade ao empregado. 
 
Grupo Econômico: Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas 
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de 
outra, constituindo grupo industrial ou comercial, serão, para os efeitos da relação de 
emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. 
Portanto, grupo refere-se a um único empregador, ou seja, responsabilidade do grupo é 
solidária de todos os seus integrantes ao mesmo tempo, no qual o empregado poderá 
promover uma ação (reclamação trabalhista) contra um dos empregadores, bem como 
podendo chamar os demais durante a audiência. 
 
A relação de emprego gera direitos e obrigações tanto para o empregador quanto para o 
empregado. 
 
A natureza jurídica do emprego = é um contrato. 
 
Quanto a Forma do Contrato (Art. 442, da CLT): O contrato é informal, podendo ser 
expresso por escrito ou verbal e até tácito (também conhecido por silencioso ou contrato 
de realidade) – presumido. 
Registro (Arts. 29 e 41, da CLT): Deve ser efetuado na Carteira de Trabalho, em 48 
horas e no Livro. 
Considerando que a lei exige o registro – é correto afirmar que o contrato é formal (exige 
forma)? 
Resp.: O registro é um documento que faz prova relativa (“juris tantum”), admite-se outra 
prova em contrário. 
 
 
 
Quem lança as informações é o empregador, p.ex: valor do salário ou tempo de trabalho 
etc., razão pela qual o empregado poderá provar em juízo que as informações não estão 
corretas. 
Quanto o objeto lícito: A atividade exercida deve ser lícita, ou seja, não deve contrariar 
as leis penais. 
 
Contrato Ilícito: 
É caracterizado pela atividade exercida – ilícita, proibida pela legislação penal. 
Exs.: Tráfico, prostituta, jogo do bixo, aborto em clínica clandestina, contrabando. 
Obs.: Em todos estes exemplos o empregado, p.ex: traficante trabalha, porém a 
atividade/objeto exercido é ilícito. 
Estes contratos são nulos, razão pela qual não produzem efeitos jurídicos. 
 
Obs.: O mais provável de cair no exame da OAB – é o jogo do bicho, por decorrência de 
uma OJ nº 199. 
 
Contrato Proíbido: 
O contrato proíbido tem por finalidade a proteção da saúde e da vida do trabalhador. 
Exs.: Mulher que carrega mais do que 20kg, o menor que trabalha com menos de 16 anos 
(salvo na condição de aprendiz), o menor de 18 anos que exerce trabalho em lugar 
perigoso, insalubre, nortuno, que prejudique a sua formação moral etc. 
Estes contratos geram direitos, ou seja, os empregados terão seus direitos assegurado – 
mesmo que trabalhem nas circunstâncias demonstradas a título de exemplos (portanto, 
será reconhecido o vínculo empregatício). 
 
 Duração do Contrato: 
Regra: O contrato de trabalho é por prazo indeterminado, conforme o princípio da 
continuidade. 
Exceção: 
 - Contrato de experiência – até 90 dias. Aqui, a finalidade é propiciar ao empregador a 
verificação da capacidade funcional do empregado na execução do serviço e, outrossim, 
permitir a esse empregado saber se irá adaptar-se ou não ao serviço ou ao sistema de 
trabalho da empresa. 
- Quando a empresa tem uma necessidade transitória: Este tipo de exceção motiva a 
contratação de empregados. Ex.: Nestle na época da páscoa. 
- Quando a própria empresa for transitória : Ex.: Empresas criadas exclusivamente para o 
fim de comercializar artigos e efeites de Natal, na respectiva época - após este período a 
empresa encerra/cessa suas atividades. 
Prorrogação: Os contratos a prazo podem ser prorrogados (Art. 451, da CLT)? 
Regra: Uma vez, respeitando o limite do tipo de contrato. 
 
Ex.: Contrato de experiência pode ser de 90 dias. Portanto, o empregado pode ser 
contratado em período inferior e na única prorrogação o empregador completar o tempo 
faltante, perfazendo o total de 90 dias. 
 
Qual é a consequência da prorrogação ilícita (duas prorrogações)? 
Resp.: O contrato passa a ser por prazo indetermado. 
 
Sucessão de Contratos a Prazo (Art. 452, da CLT): 
Entre um contrato à prazo e outro deve haver no mínimo um intervalo de 6 meses, sob 
pena do segundo contrato passar a ser regido sobre o prazo intereminado. 
Salvo se a sucessão decorreu em razão de uma justificativa. 
 
Verbas Rescisorias: 
Quais são as vantagens de realizar um contrato a prazo? 
Como funciona uma rescisão em um contrato a prazo? 
 
Trata-se de um contrato de trabalho, onde as partes sabem o dia do seu término/fim. 
Portanto, não é necessário o aviso prévio. 
 
O contrato por prazo determinado se exauri no tempo, razão pela qual não será devida a 
indenização por dispensa rescisória. 
 
Se houver rescisão antecipada no contrato a prazo, ou seja, o empregador reincide antes o 
contrato do seu término, deverá indenizaro empregado, pois gerou a expectativa do 
emprego. O valor desta indenização será correspondente ao tempo restante do contrato. 
 
Ex.: Contrato a prazo de 1 ano. O empregador reincide no sexto mês – a indenização será 
paga sobre os 3 meses faltantes.

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