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Direito do Trabalho - 6

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Direito do Trabalho 
Prof. Andre Veneziano 
Matéria: Férias e Salário 
15/06/2011 
 
Férias: 
As férias é o período do contrato de trabalho em que o empregado não presta serviço, 
mas aufere remuneração +1/3. Cabe ressaltar que este 1/3 está previsto no Art. 7º, XVII, 
da CF – devido ao empregado urbano, rural, inclusive aos domésticos. Obs.: O tempo do 
pagamento será de 2 dias antes de sair de férias. 
Ex.: Recebe R$900 + 1/3 = R$ 1.200 a título de férias. 
Art. 7º “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social: 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o 
salário normal.” 
 
Chama-se período aquisitivo o espaço de tempo que decorre entre a assinatura do 
contrato de trabalho e a data em que o empregado completa 12 meses de serviço. 
Completando um ano de trabalho, novo período aquisitivo é iniciado, e assim 
sucessivamente durante o contrato. 
Já o período concessivo corresponde ao período de 12 meses em que o empregador deve 
conceder férias aos seus empregados (denominado período de gozo), mas atendendo aos 
seus interesses exclusivos em relação à melhor época (portanto, o empregador é quem 
decide quando o empregado irá tirar férias, salvo com relação aos empregados menores 
que deve coincidirem com as férias escolares). 
Ultrapassado este período para a concessão das férias – a empresa irá pagar em dobro 
(100%) ao empregado. 
As férias devem ser comunicadas por escrito, ao empregado (e não verbal). Esta 
comunicação será realizada com antecedência de no mínimo 30 dias. A finalidade desta 
comunicação é gerar uma prova documental, ou seja, um certificado que a empresa 
avisou o empregado, bem como para o empregado se programar do que irá fazer com o 
dinheiro ou para onde pretende viajar etc. 
A CLT em seu capítulo de férias (Art. 109 e seguintes) – dispõe que deverão ser 
concedidas/gozadas de uma única vez, sendo que excepcionalmente as férias poderão ser 
fracionadas em 2 períodos, salvo se o empregado tiver menos de 18 anos ou mais de 50 
anos – as férias deverão ser concedidas de uma única vez (esta exceção não abrange a 
gestante). Obs.: Um destes períodos deverá conter necessariamente pelo menos 10 dias. 
 
 
A aquisição do direito às férias pelo empregado ao longo do contrato de trabalho está 
intimamente relacionada com a sua frequência durante o período aquisitivo, ou seja, 
relacionado com quantas vezes o empregado trabalhou ou faltou no seu trabalho. 
Embora seja vedado ao empregador descontar do período de férias as faltas do 
empregado ao serviço, a CLT estabelecu uma relação direta entre a frequência do 
empregado e a duração de suas férias, conforme a tabela: 
 
Como já dito acima, quando o empregado tem 12 meses completos de serviços prestados 
– goza de férias integrais. No entanto, quando o empregado não completou os 12 meses 
de serviços prestados irá gozar de férias proporcionais. 
Férias coletivas: As férias coletivas poderão ser concedidas a todos os empregados de 
uma empresa, de um estabelecimento ou, ainda, apenas de um setor. 
Membros da mesma família: Devem sair juntos (ao mesmo tempo) de férias, salvo 
prejuízo ao serviço. 
Menores: As férias dos menores deve coincidir com as férias escolares. 
Venda das férias: Permite-se ao empregado optar pela conversão das férias em abono 
pecuniário. Neste caso, a lei proíbe a conversão total das férias em pagamento em 
dinheiro, mas permite a conversào de apenas 1/3, ou seja, no caso de ter direito a 30 dias 
de férias, o empregado pode gozar somente 20 dias de descanso e receber o abono 
pecuniário de 10 dias, provocando, dessa maneira, a redução do número de dias de férias 
aumentando o seu ganho. 
Férias na rescisão: O empregado que tenha adquirido o direito às férias e que não tenha 
tido oportunidade de gozá-las, receberá essas férias, quer solicitando sua demissão ou se 
aposentando, ou ainda sendo dispensado por justa causa. 
O Art. 146, p.ú e a Súmula 261/TST são opostos – para a OAB prevalece o disposto na 
súmula. 
Conforme a CLT – o empregado não terá direito às férias quando pedir sua demissão no 
primeiro ano de trabalho. Mas, de acordo com a Súmula 261/TST o empregado terá o 
direito de gozar das férias proporcionais, independentemente de ter pedido sua demissão. 
 
TST Enunciado nº 261 – Demissão Espontânea - Férias Proporcionais 
“O empregado que se demite antes de completar 12 (doze) meses de serviço tem direito a 
férias proporcionais.” 
 
Portanto, as férias integrais são devidas na rescisão caso o empregado tenha pelo menos 
12 meses de trabalho, mas não tenha gozado das férias. Trata-se de um direito adquirido e 
portanto é devido o seu pagamento em qualquer modalidade de rescisão (até mesmo na 
justa causa). 
Férias proporcionais: São devidas na proporção de 1/12 por mês ou fração de 15 dias, 
salvo na dispensa por justa causa. 
*Para os contrato de até 25hrs por semana (contrato a tempo parcial) há outra tabela de 
férias, prevista no Art. 130-A, da CLT. Obs.: O máximo de férias neste contrato é de 18 
dias. 
Salário (Art. 457 e seguintes, da CLT): 
Salário é o pagamento feito pelo empregador. Este pagameno pode ser: fixo ou variável 
(comissões sobre vendas, gratificações anuais por metas, por tempo de serviço etc). 
Conclusão: Salário corresponde ao valor fixo + variáveis – concedidos de forma habitual. 
Art. 457. “Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, 
além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do 
serviço, as gorjetas que receber. 
§ 1º Integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as 
comissões, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e abonos pagos 
pelo empregador.” 
 
O pagamento por ser em dinheiro ou in natura (utilidades). 
- Utilidades: Art. 458, da CLT – apresenta um rol exemplificativo, p.ex.: pagamento em 
alimentação, habitação, vestuário ou outras coisas úteis. 
Obs.: É vedado o pagamento em alcool e drogas nocivas a saúde, inclusive o cigarro. 
Art. 458. “Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os 
efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura que a 
empresa, por força do contrato ou costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em 
caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.” 
 
Verbas que não integram o salário (não fazem parte da base de cálculo) – Art. 458, p.2º, 
da CLT: 
- Verbas para execução: Ex.: Ajuda de custo, diária para viagem, avião, hotel etc. 
- Assistência médica e ondotológica. 
- Previdência privada. 
- Seguro de vida. 
- Ensino: Ex.: Curso de MBA. 
- Transporte. 
 
 
Art. 458 § “2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como 
salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: 
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados 
no local de trabalho, para a prestação do serviço; 
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os 
valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; 
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso 
servido ou não por transporte público; 
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante 
seguro-saúde; 
V – seguros de vida e de acidentes pessoais; 
VI – previdência privada; 
VII – (vetado).” 
 
Obs.: As diárias para viagem que ultrapassem a 50% do salário, passam a integrá-lo na 
sua totalidade, de acordo com o Art. 457, p.2º, da CLT. A ajuda de custo não entra nesta 
regra – apenas as diárias para viagem. 
Art. 457 § 2º “Não se incluem nos salários as ajudas de custo, assim como as diáriaspara viagem que não excedem de cinqüenta por centro do salário percebido pelo 
empregado.” 
 
Obs.: Nada impede que haja leis extravagantes esparas e norma coletiva de Sindicatos – 
que inclua outras verbas que não irão integrar no salário. EX.: Vale transporte, PRL, cesta 
basica etc.

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