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Trabalho Aprendizagem e Controle motor

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
EDUCAÇÃO FÍSICA
Aprendizagem e Controle motor
Nome: 
Professora: 
Período:
	Metabolismo basal
	Puberdade
	Aumento de massa muscular
	Peso corporal
Resende
2018
Crescimento e desenvolvimento da criança
	O organismo humano apresenta ritmos diferentes de crescimento dos tecidos do corpo, os quais obedecem ao princípio de crescimento cefalocaudal. De fato, a cabeça da criança é a estrutura que mais cresce nos dois primeiros anos de vida; esse processo reflete o alto ritmo de crescimento do cérebro no período intrauterino. Com apenas dois meses de vida intrauterina, o crânio já representa 50% das dimensões corporais.
	Apesar de o cérebro humano ser responsável por cerca 20% do metabolismo basal em adultos, em recém-nascidos sua demanda alcança 80% do total de energia consumida no organismo. Essa elevada atividade metabólica está associada às necessidades de crescimento e desenvolvimento das estruturas do córtex cerebral. 
	Após o sexto mês de vida, a taxa de crescimento da cabeça diminui, e a do
tronco e das pernas acelera. Assim, ao final do segundo ano, as pernas e o
tronco têm aproximadamente o mesmo tamanho. A partir daí, o ritmo de crescimento decai e permanece estável durante a primeira e a segunda infância. Acredita-se que o ritmo mais lento de crescimento seja importante para a aquisição gradual das habilidades motoras fundamentais e combinadas, possibilitando o adequado desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo do indivíduo.
	A razão relativamente constante entre estatura e peso provê um ambiente estável para o desenvolvimento de habilidades de coordenação neuromuscular. 
	Durante a infância, a taxa de crescimento entre meninos e meninas é similar, porém eles tendem a ser um pouco mais largos, ao passo que a idade óssea das meninas é mais adiantada. Entre os seis e os dez anos de idade, meninas apresentam progressivo aumento da largura da cintura pélvica, enquanto meninos aumentam mais expressivamente o tamanho do tórax e antebraço. Apesar disso, as diferenças antropométricas são mínimas.
	A criança só voltará a apresentar nova aceleração na taxa de crescimento durante a puberdade, porém sem nunca se igualar à velocidade com que vinha crescendo nos dois primeiros anos de vida. A puberdade representa o período que antecede a maturidade e quando ocorre a segunda maior taxa de crescimento da vida do indivíduo – fenômeno conhecido como estirão do crescimento.
	De fato, meninos que maturaram precocemente tendem a ter maior massa muscular (mesomorfos dominantes), apresentando-se com pernas curtas e quadris estreitos. Ao contrário, meninas que maturam precocemente possuem pernas mais longas e ombros mais estreitos do que aquelas que maturam mais
tardiamente. De fato, apesar da menor intensidade do estirão de crescimento, jovens que maturam tardiamente acabam tornando-se adultos mais altos por terem ficado mais tempo em crescimento. 
	As diferenças antropométricas entre os gêneros surgem na puberdade, com
meninos alcançando maior peso, altura, massa muscular e ombros mais largos que meninas, que, por sua vez, apresentam maior quantidade de gordura corporal e quadril mais largo.
	Os aumentos do peso corporal tendem a preceder os aumentos de estatura, e a taxa máxima de crescimento de altura na puberdade ocorre por volta dos 12 anos nas meninas e dos 14 anos nos meninos. Se durante a infância o crescimento é dependente da contínua secreção de hormônio do crescimento, que atuava na proliferação das cartilagens ósseas e em células de outros tecidos do organismo, na puberdade os aumentos de tamanho são dependentes da liberação de hormônios sexuais, como testosterona nos meninos e estrogênio nas meninas.
	Apesar de todos os seres humanos seguirem curva de crescimento padrão,
diferenças ambientais podem afetar o ritmo de aumento da estatura, peso e desenvolvimento fisiológico.
Composição corporal
	A gordura se forma no tecido subcutâneo por volta do sexto mês de gestação, sendo abundante no momento do nascimento. Os estoques de gordura são necessários para suprir a carência de corpos cetônicos para o cérebro da criança em pleno desenvolvimento, bem como para garantir o isolamento do corpo, que precisa manter a temperatura estável próxima a 37 graus, independentemente das condições do meio.
	Recém-nascidos contêm cerca de 25% de gordura corporal, conteúdo esse que aumenta de maneira significativa nos seis primeiros meses de vida para depois reduzir lentamente até os seis anos de idade. Tal redução é menor em meninas do que em meninos. Aos oito anos, elas apresentam em média 18% de percentual de gordura corporal, e eles 16%.
	Após esse período, a quantidade de gordura corporal volta a subir, e muitas crianças nos dias atuais aumentam excessivamente de peso, situação que representa fator de risco para doenças cardiometabólicas no adulto jovem e contribuem para alta morbimortalidade associada a doenças cardiovasculares.
	Após os oito anos de vida, a deposição de gordura na região do tronco e abdome aumenta expressivamente, porém, em meninas, gordura adicional será depositada na região do quadril e das coxas durante o período pubertário, contribuindo para que elas ingressem na vida adulta com cerca de duas vezes mais gordura corporal do que os meninos.
	Durante o estirão de crescimento, a quantidade de gordura dos membros superiores e inferiores de meninos diminui e não se recupera até os 20 anos de idade, porém isso não ocorre em meninas. Meninos aumentam significativamente a massa muscular nesse período e diminuem o percentual de gordura
em cerca de 5% entre os 12 e os 17 anos.
	Meninas também aumentam a massa muscular, porém aumentam significativamente mais a quantidade de gordura, preparando o organismo para a gravidez e lactação, quando grande parte da gordura armazenada na região do quadril e coxas – em virtude dos efeitos do estrogênio – servirá para alimentar o feto em desenvolvimento e o recém-nascido. Apesar de atletas nessa idade apresentarem entre 16 e 18% de gordura corporal, jovens fisicamente destreinadas possuem, aos 17 anos, cerca de 25% de gordura corporal.
	De um modo geral, o peso corporal é regulado pelo equilíbrio entre ingestão calórica e gasto de energia. Diferentemente da fibra muscular e de outros tecidos no corpo humano, a célula adiposa pode aumentar de tamanho (hipertrofia) e de número (hiperplasia) em todos os momentos da vida. Entretanto, parecem ser mais prevalentes nos primeiros dois anos e na puberdade, momentos em que a velocidade de crescimento é bastante acentuada. Uma vez que o número de células adiposas aumenta no corpo, não mais é possível diminuí-las, estando o jovem propenso a viver com uma maior possibilidade de armazenamento de gordura no organismo.
Músculo esquelético e tendões
	Acredita-se que o processo de diferenciação celular e hiperplasia de células
musculares esteja concluído por volta do quinto mês de desenvolvimento embrionário. Bebês nascem com todas as fibras musculares que possuirão durante a vida; consequentemente, o aumento no tamanho que ocorre durante o crescimento está associado a alterações no tamanho das fibras pré-existentes.
	Os músculos crescem progressiva e gradualmente durante os setes primeiros anos de vida e, depois, sofrem redução na velocidade de crescimento logo
antes do período pubertário.
	Os aumentos no tamanho do músculo ocorrem sempre após os aumentos de peso. Aumentos musculares estão diretamente associados a maior força, e ganhos significativos ocorrem em meninos a partir dos 14 anos até a vida adulta, apesar de fatores como o nível de maturação, somatótipo e condicionamento físico contribuírem para muitas diferenças. 
	O rendimento e o desenvolvimento muscular dependem da maturação do
sistema nervoso. Níveis elevados de força, potência e habilidades são impossíveis se a criança não alcançou a maturidade neural.
	Além disso, adultos do sexo masculino possuem cerca de 10 vezes mais testosterona que mulheres e jovens
pré-púberes. A hipertrofia induzida pelo treinamento de força não ocorrerá em meninos de forma expressiva enquanto os níveis de testosterona não alcançarem os níveis adultos . Apesar disso, estudos recentes sugerem que jovens pré-púberes podem aumentar a força com o treinamento, apesar de não haver hipertrofia significativa.

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