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Capítulo 2 Corpos Rígidos: Sistemas Equivalentes de Forças Mecânica Geral Copyright (c) 2010 by John Wiley & Sons, Inc Universidade Federal Fluminense – EEIMVR - VEM Mecânica Geral I. L. Ferreira, N. Medeiros ... 2.1 Introdução � Corpo Rígido: � Ponto Material e Corpo: � É comum aproximar um corpo a um ponto material. Na verdade um grande conjunto de pontos materiais define um corpo. As dimensões do corpo devem ser considerados, já que as forças atuam em pontos distintos do corpo, ou seja, tem distintos pontos de aplicação. Capítulo 2 – Corpo Rígido � Corpo Rígido: �Um dado sólido ou corpo é dito rígido quando não se deforma ao ser submetido a carregamentos. Na prática, estruturas e máquinas são deformados quanto solicitadas, porém os níveis de deformação que experimentam são tais que as condições de equilíbrio e movimento se mantém predominante inalteradas. A mecânica básica considera corpos como rígidos. 2.1 Introdução � Forças Externas: �Representam a ação de outros corpos sobre o sólido rígido em questão, sendo responsáveis pelo seu comportamento externo. Podem causar a movimentação � Forças que atuam em Corpos Rígidos: � As forças atuantes em corpos rígidos são classificadas quanto a natureza como externas e internas. Capítulo 2 – Corpo Rígido comportamento externo. Podem causar a movimentação do corpo onde atuam ou mantê-lo em repouso. 2.1 Introdução Ex.: Considere um caminhão abaixo que é puxado por meio de uma corda presa ao pára-choque dianteiro. Solo O diagrama do corpo-livre para este problema representa as Capítulo 2 – Corpo Rígido O diagrama do corpo-livre para este problema representa as forças externas que atuam sobre o caminhão, ou seja, * 1R *2R * 1P *F 2.1 Introdução onde, * 1P *F * 1R * 2Re - Reação do solo sobre cada roda do caminhão em razão da ação de seu peso. - Força peso cujo ponto de aplicação é no baricentro. - Forças exercida para puxar o caminhão. Esta força movimentará o caminhão para frente na direção Capítulo 2 – Corpo Rígido O movimento do caminhão para frente é chamado translação, já que as linhas retas permanecem paralelas. Se um macaco fosse colocado no eixo dianteiro do caminhão, um giro seria observado sobre seu eixo traseiro, isto é, um movimento de rotação. movimentará o caminhão para frente na direção horizontal, pois não se observam forças que se oponham ao movimento. 2.1 Introdução � Forças Internas: � Forças responsáveis pela coesão dos pontos que constituem o corpo-rígido. Ex.: Ligação metálica, força de coesão do retículo cristalino dos metais. Capítulo 2 – Corpo Rígido 2.2 Definições � Princípio da Transmissibilidade: � Este princípio estabelece que um dado corpo-rígido mantém inalteradas as suas condições de equilíbrio ou de movimento se uma força F* que atua sobre um determinado ponto for substituída por outra força F*’ de mesmo módulo, direção e sentido porém agindo num ponto distinto deste sólido. Todavia, F* e F*’, obrigatoriamente tem que possuir a mesma linha de Capítulo 2 – Corpo Rígido obrigatoriamente tem que possuir a mesma linha de ação. Nestas condições, estas forças, são ditas equivalentes e causam o mesmo efeito sobre o sólido considerado, conforme mostrado abaixo, Sólido Rígido Linha de Ação Linha de Ação Sólido Rígido *F *'F 2.2 Definições � De acordo com princípio da transmissibilidade, o ponto de aplicação de F* ou F*’ não é relevante, desde que a linha de ação seja idêntica. Assim, estes vetores são ditos deslizantes. Capítulo 2 – Corpo Rígido 2.2 Definições � Limitação do Princípio da Transmissibilidade: Forças Internas e Deformações � Considere uma barra curta AB sujeita às forças trativas iguais e de sentidos opostos, * 1P * 2P BA Pelo princípio da transmissibilidade, a força P em B pode Capítulo 2 – Corpo Rígido Pelo princípio da transmissibilidade, a força P2 em B pode ser substituída pela força P2’ em A, já que ambas P1 e P2 se localizam sobre a mesma linha de ação. Como resultado da adição entre P1 e P2’ observa-se que a barra AB passa a não sofrer a ação de qualquer força externa, de acordo com a figura seguinte, BA Sistema equivalente de forças externas para a barra AB. 2.2 Definições * 4P * 3P BA Por outro lado, a mesma barra AB pode ser submetida as forças compressivas P3 e P4, Assim, após substituir a força P4 e P4’ que atuará sobre B, a adição de P4’ e P3 também resultará num sistema equivalente nulo de forças externas que agem sobre a barra AB, isto é, Capítulo 2 – Corpo Rígido nulo de forças externas que agem sobre a barra AB, isto é, BA 2.2 Definições � Limitações: Barra AB sujeita às forças externas trativas P1 e P2 Forças internas e deformação Aumento do comprimento e redução da altura pela conservação do volume Capítulo 2 – Corpo Rígido Barra AB sujeita às forças externas compressivas P3 e P4 Forças internas e deformação Diminuição do comprimento e aumento da altura pela conservação do volume 2.3 Produto Vetorial de Dois Vetores � Produto Vetorial: � O produto vetorial entre os vetores P e Q abaixo ilustrados resulta no vetor V, V = P x Q Capítulo 2 – Corpo Rígido P Q θ α 2.3 Produto Vetorial de Dois Vetores � Regras do Produto Vetorial: i. A linha de ação do vetor V deve ser perpendicular ao plano α o qual contém os vetores P e Q; ii. O módulo do vetor V é obtido pelo produto entre os módulos de P e Q corrigido pelo seno do ângulo θ entre estes; 0180,sin ≤∀= θθQPV Capítulo 2 – Corpo Rígido iii. O sentido de V é tal que um observador colocado sobre a sua extremidade de V observará como sendo anti-horária a rotação de θ que traz vetor P sobre o vetor Q, desde que estes tenham o mesmo ponto de aplicação. Caso P e Q não tenham o mesmo ponto de aplicação, devem ser dispostos de forma que atendam a tal condição, sendo P, Q e V um triedro positivo. 0180,sin ≤∀= θθQPV 2.3 Produto Vetorial de Dois Vetores � Propriedades do Produto Vetorial: i. O produto vetorial não é comutativo. Com base na terceira condição, o produto vetorial Q x P resultaria no vetor –V, tendo em vista o observador definido a rotação anti-horária de θ para a aproximação de Q a P, logo, ( )QPPQ ×−=× Capítulo 2 – Corpo Rígido ii. O produto vetorial é distributivo, ou seja, ( )QPPQ ×−=× ( ) 2121 QPQPQQP ×+×=+× onde, 21 QQQ += 2.3 Produto Vetorial de Dois Vetores Logo, graficamente, P Q1 α Q2 Q x Capítulo 2 – Corpo Rígido � Para verificação consultar o capítulo 2 do Beer and Johnston Jr. iii. O produto vetorial não é associativo, desta forma, ( ) ( )SQPSQP +×≠×+ -k = j x i 2.3 Produto Vetorial de Dois Vetores � Produto vetorial em termos de componentes cartesianas: � Considerando os fundamentos relativos ao produto vetorial, tem-se que, a. ;kji =× y j y j -z -k = j x i Capítulo 2 – Corpo Rígido b. ;kij −=× x z i k = i x j x z i i, j e k são mutuamente ortogonais e formam um triedro positivo A rotação e 900 que traz j sobre i fornece o vetor –k. 2.3 Produto Vetorial de Dois Vetores � Produto vetorial em termos de componentes cartesianas: c. ;0=× ii Ambos os vetores têm a mesma direção, portanto, 0kkikjjki ijk0jjkji jikkij0ii =×=×−=× −=×=×=× =×−=×=× iRM Capítulo 2 – Corpo Rígido 0kkikjjki =×=×−=× Estas combinações são facilmente entendidas dispondo-se as três letras associadas aos vetores unitários em sentido anti-horário num círculo, então i j k Produto vetorial positivo: os vetores unitários seguem um ao outro. Produto vetorial negativo: os vetores unitáriosnão seguem um ao outro. ixM 2.3 Produto Vetorial de Dois Vetores Finalmente, o produto vetorial entre os vetores P e Q é definido em termos das componentes escalares, ( ) ( )kjikjiQPV zyxzyx QQQPPP ++×++=×= Com base nas combinações possíveis para os produtos vetoriais entre os vetores unitários, segue-se que: ( ) ( ) ( ) 44 344 2144 344 2144 344 21 xyyxzxxzyzzx QPQPQPQPQPQP kjiV −+−+−= Capítulo 2 – Corpo Rígido ( ) ( ) ( ) 44 344 2144 344 2144 344 21 zyx V xyyx V zxxz V yzzx Uma vez que, kijkji jkijik ijkikj −=×=× −=×=× −=×=× ou, zyx zyx QQQ PPP kji =V 2.3 Produto Vetorial de Dois Vetores Além disso, xyyxz QPQPV −=yzzxx QPQPV −= zxxzy QPQPV −=, e Capítulo 2 – Corpo Rígido 2.4 Momento de Uma Força � Momento de uma Força em Relação a um Ponto: � Considere o esquema abaixo no qual a força F atua sobre um corpo rígido pode meio de seu ponto de aplicação A, F Mo Capítulo 2 – Corpo Rígido θr dO A 2.4 Momento de Uma Força � Pontos Principais: � O efeito de F sobre o corpo rígido depende de seu ponto de aplicação A; � O vetor posição r define a posição de A, unindo A e o ponto fixo de referência O; � O vetores r e F definem o plano ilustrado. A partir destas características, o momento de F com relação Capítulo 2 – Corpo Rígido A partir destas características, o momento de F com relação a O é definido pelo produto vetorial entre r e F, isto é, FrMo ×= 2.4 Momento de Uma Força � De acordo com os princípios do produto vetorial: � Mo é perpendicular ao plano que contém a origem O e a força F; � O sentido de Mo é dado pela rotação que faria r alinhar- se a F; � A rotação anti-horária quando um observador é colocado na extremidade de Mo. Capítulo 2 – Corpo Rígido colocado na extremidade de Mo. Portanto, definindo-se θ como ângulo entre r e F, o módulo de Mo é calculado por, dFFrMo == θsin onde d denota a distância perpendicular de O à linha de ação de F. Além disso, o módulo de Mo mede a tendência de F promover a rotação de um corpo rígido sobre o eixo. 2.4 Momento de Uma Força Se diversas forças concorrentes tiverem o mesmo ponto de aplicação A, conforme abaixo, a propriedade distributiva do produto vetorial permite escrever, y F F3F3 r ( ) 4321 4321 FrFrFrFr FFFFr ×+×+×+× =+++×A Capítulo 2 – Corpo Rígido � Teorema de Varignon: � O momento em relação a um dado ponto O da resultante de diversas forças concorrentes é igual a soma dos momentos das várias forças em relação ao mesmo ponto O. x z F1 F2 O 2.4 Momento de Uma Força � Componentes Cartesianas do Momento de uma Força � Considere o momento Mo em relação a O de uma força F com componentes Fx, Fy e Fz, aplicada ao ponto A no espaço R3 de coordenadas x, y e z; y Fy j Capítulo 2 – Corpo Rígido zk r O y j xi A(x,y,z) Fzk Fxi x z 2.4 Momento de Uma Força � Componentes Cartesianas do Momento de uma Força � Define-se os vetores r e F: kjir zyx ++= e kjiF zyx FFF ++= � O momento Mo é dado por: ( ) ( )kjikjiFrMo zyx FFFzyx ++×++=×= ainda, Capítulo 2 – Corpo Rígido ainda, kjiMo zyx MoMoMo ++= Relembrando o produto vetorial entre os vetores unitários, zyx FFF zyx kji =Mo xyz zxy yzx yFxFMo xFzFMo zFyFMo −= −= −= ⇒ 2.4 Momento de Uma Força � Momento em Relação a um Ponto Arbitrário � Considere uma força F de componentes Fx, Fy e Fz aplicada sobre um ponto A, conforme mostrado, ∆r B y (yA-yB)j A(x,y,z) F Fxi Fy j (xA-xB)i Capítulo 2 – Corpo Rígido Fzk x z (zA-zB)k O 2.4 Momento de Uma Força O momento MoB é dado por, ( ) ( ) ( )kjikjiFFrMo zyxBAB FFFzyxrr ++×∆+∆+∆=×−=×∆= ou de forma análoga, B zyx kji ∆∆∆=Mo Capítulo 2 – Corpo Rígido zyx FFF sendo, BA xxx −=∆ , BA yyy −=∆ e BA zzz −=∆ 2.4 Momento de Uma Força � Problemas Bidimensionais: Força F atuante no Plano xy com Origem Fixa: r y Fx i F Fy j x x i y j Capítulo 2 – Corpo Rígido � Para z = 0 e Fz = 0, o momento Mo é dado por: ( )kMo xy yFxF −= x z Mo = M zk O x i e ( )kkMo xyz yFxFMo −== 2.4 Momento de Uma Força � Problemas Bidimensionais: Força F atuante no Plano xy com Momento em Ponto Arbitrário B: r y Fx i F Fy j Capítulo 2 – Corpo Rígido � Para z = 0 e Fz = 0, o momento Mo é dado por: x z MoB = MBk O ( ) [ ] [ ] kkMo −−−=∆−∆= 4444 34444 21 BMo xBAyBAxyB FyyFxxFyFx 2.4 Momento de Uma Força Ex.: Uma força vertical de 500 N é aplicada à extremidade de uma manivela fixada a um eixo em O. Determinar: a. O momento da força de 500 N em relação a O; b. Intensidade da força horizontal aplicada em A que gera o mesmo momento em relação a O; c. A menor força aplicada em A que gera o mesmo momento em relação O; Capítulo 2 – Corpo Rígido em relação O; d. A distância a que uma força vertical de 1200 N deverá estar do eixo para gerar o mesmo momento em relação a O; e. Se alguma das forças obtidas nos itens b, c e d é equivalente à força original. 2.4 Momento de Uma Força Representação Esquemática: 0,60 m 500 N Capítulo 2 – Corpo Rígido 60o O 500 N 2.4 Momento de Uma Força Solução: a. Intensidade da força horizontal aplicada em A que gera o mesmo momento em relação a O; A distância de O à linha de ação da força é expressa da forma, m 30,060cos60,0cos o ≅== xLd θ O módulo do momento em relação a O pode ser calculado Capítulo 2 – Corpo Rígido O módulo do momento em relação a O pode ser calculado como, N.m 15030,0500 ≅== xdFMo � O momento será representado pelo vetor Mo perpendicular ao plano da figura e apontando para dentro da folha. 2.4 Momento de Uma Força b. Intensidade da força horizontal aplicada em A que gera o mesmo momento em relação a O; A distância de O à linha de ação da força horizontal é expressa da forma, m 52,060sin60,0sin o ≅== xLd θ O módulo do momento em relação a O pode ser calculado Capítulo 2 – Corpo Rígido O módulo do momento em relação a O pode ser calculado como, 52,0 N.m 150 HH FdFMo === logo, N 5,288 52,0 150 ≅=HF 2.4 Momento de Uma Força c. A menor força aplicada em A que gera o mesmo momento em relação O; Para o cálculo da menor força, FdMo = logo, N 250 6,0 150 === d MoF d. A distância a que uma força vertical de 1200 N deverá Capítulo 2 – Corpo Rígido mm 125m 125,0 1200 150 =≅== F Mod Todavia, mm 250m 25,0 60cos 125,0 60cos oo =≅== d r d. A distância a que uma força vertical de 1200 N deverá estar do eixo para gerar o mesmo momento em relação a O; 60o dMo 2.5 Produto Escalar � Produto Escalar de Dois Vetores � O produto escalar de dois vetores P e Q é dado por, P Q θ θcosQP=⋅QP Capítulo 2 – Corpo Rígido Resultando num escalar PQ. 2.5 Produto Escalar � Propriedades do Produto Escalar � O produto escalar de dois vetores é comutativo, PQQP ⋅=⋅ � O produto escalar de dois vetores é distributivo, ( ) 2121 QPQPQQP ⋅+⋅=+⋅ Capítulo 2 – Corpo Rígido x z y Q2Q1 O Q P 2.5 Produto Escalar � O produto escalar de não é associativo, pois, ( ) →⋅⋅ SQP Não tem sentido pois,P.Q é um escalar!!!! � Produto Escalar em termos de Componentes Cartesianas: � Seja o seguinte produto escalar, ( ) ( )kjikjiQP zyxzyx QQQPPP ++⋅++=⋅ Capítulo 2 – Corpo Rígido ( ) ( )kjikjiQP zyxzyx QQQPPP ++⋅++=⋅ logo, ( ) ( ) ( )kkjkik kjjjij kijiiiQP zzyzxz zyyyxy zxyxxx QPQPQP QPQPQP QPQPQP ⋅+⋅+⋅ +⋅+⋅+⋅ +⋅+⋅+⋅=⋅ 2.5 Produto Escalar 100 010 001 =⋅=⋅=⋅ =⋅=⋅=⋅ =⋅=⋅=⋅ kkkjki jkjjji ikijii Todavia,pela definição de produto escalar, QPQPQP ⋅+⋅+⋅=⋅QP Disto resulta, Capítulo 2 – Corpo Rígido zzyyxx QPQPQP ⋅+⋅+⋅=⋅QP Se P for igual a Q, tem-se, 2222 PPPP zyx =++=⋅PP 2.5 Aplicações de Produto Escalar � Ângulo formado por Dois Vetores � Sejam conhecidos dois vetores P e Q em termos de suas componentes. zzyyxx zyx zyx QPQPQPPQQQQ PPP ++= ++= ++= θcos kjiQ kjiP Resolvendo para cos θ, Capítulo 2 – Corpo Rígido Resolvendo para cos θ, PQ QPQPQP zzyyxx ++ =θcos 2.5 Aplicações de Produto Escalar � Projeção de um Vetor sobre um Eixo � Considere o vetor P que forma um ângulo com o segmento de reta OL, da forma y A OL Capítulo 2 – Corpo Rígido θcosPPOL = x z O P A projeção de P sobre OL é dada por, cujo comprimento é OA. 2.5 Aplicações de Produto Escalar � Por outro lado, quando se tem um vetor Q orientado segundo OL, o produto escalar entre P e Q fornece, x y A OL P θ Capítulo 2 – Corpo Rígido QPPQ OL==⋅ θcosQP x z O P Então, Q QPQPQP QP zzyyxx OL ++ = ⋅ = QP 2.5 Aplicações de Produto Escalar � Por fim, se o vetor considerado sobre OL é o vetor unitário λ, tem-se que, x y A OL P θx θy Capítulo 2 – Corpo Rígido λP ⋅=OLP x z O P Lembrando que, kjiP zyx PPP ++= θz e kjiλ zyx θθθ coscoscos ++= 2.5 Aplicações de Produto Escalar O produto escalar de P e λ fornece, zzyyxxOL PPPP θθθ coscoscos ++=⋅= λP Capítulo 2 – Corpo Rígido 2.5 Aplicações de Produto Escalar � Produto Misto entre Três Vetores � O produto misto entre três vetores S, P e Q é definido por, ( )QPS ×⋅ O qual geometricamente fornece o volume de um paralelepípedo de arestas S, P e Q, conforme abaixo mostrado, Capítulo 2 – Corpo Rígido mostrado, P QS 2.5 Aplicações de Produto Escalar � Produto Misto Positivo: Os vetores S, P e Q formam um triedro positivo; � Produto Misto Negativo: Os vetores S, P e Q formam um triedro negativo; � Produto Misto Nulo: Os vetores S, P e Q são co- planares. As possibilidades para o produto misto resultam no mesmo Capítulo 2 – Corpo Rígido As possibilidades para o produto misto resultam no mesmo valor absoluto, embora com sinais distintos, ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )SPQQSPPQS PSQSQPQPS ×⋅−=×⋅−=×⋅−= ×⋅=×⋅=×⋅ Pode ser verificado dispondo os vetores em ordem anti-horária, S P Q 2.5 Aplicações de Produto Escalar ( ) zzyyxx VSVSVS ++=⋅=×⋅ VSQPS lembrando que, � Produto Misto em termos das Componentes Cartesianas � Denominando-se por V, o produto vetorial PxQ, tem-se que, ( ) ( )kjikjiV zyxzyx QQQPPP ++×++= Capítulo 2 – Corpo Rígido e, ( ) ( ) ( )kjiV xyyxzxxzyzzy QPQPQPQPQPQP −+−+−= Finalmente, ( ) ( ) ( ) ( )xyyxzzxxzyyzzyx QPQPSQPQPSQPQPS −+−+−=×⋅ QPS 2.5 Aplicações de Produto Escalar E na forma compacta, ( ) zyx zyx zyx QQQ PPP SSS =×⋅ QPS Capítulo 2 – Corpo Rígido 2.6 Momento de uma Força Relativo a um eixo � Momento de uma Força em Relação a um Eixo � Considere a ilustração abaixo que mostra uma força F que atua num corpo rígido e produz o momento Mo, em relação ao ponto O de um eixo. y c L Mo F Capítulo 2 – Corpo Rígido x z c O A θz Mo r λ Seja OL um eixo que passa por O, define-se o momento MOL de F em relação a OL como a projeção OC do momento Mo sobre o eixo OL. 2.6 Momento de uma Força Relativo a um eixo Portanto, o momento MOL como o escalar obtido pelo produto misto entre λ, r e F. Na forma, de um determinante, tem-se que, Incluindo-se o vetor unitário λ segundo OL, pode-se escrever, ( )FrλMoλ ×⋅=⋅=OLM zyx λλλ kjiλ zyx θθθ coscoscos ++= Capítulo 2 – Corpo Rígido zyx zyx OL FFF zyxM = sendo, kjir yyx ++= kjiF zyx FFF ++= onde, λx, λy e λz : co-senos diretores do eixo OL; x, y e z : coordenadas do ponto de aplicação de F; Fx, Fy e Fz : componentes escalares de F. 2.6 Momento de uma Força Relativo a um eixo E, de forma análoga no caso do momento em relação a um ponto: kjiMOL zyx MMM ++= onde, OLM de escalares scomponente −= −= zxy yzx xFzFM zFyFM Capítulo 2 – Corpo Rígido −= xyz yFxFM 2.6 Momento de uma Força � Momento de uma Força em Relação a um Eixo: Ponto de Aplicação Arbitrário � Considere o momento de uma força F aplicada em A, em relação a um eixo que não passa pela origem. Adotando-se um ponto arbitrário B sobre o eixo, e determina-se a projeção sobre o eixo BL do momento MB de F em relação a B, pode-se escrever: Capítulo 2 – Corpo Rígido x z y O A λ B F c ( )FrλMλM ×∆⋅=⋅= BBL L 2.6 Momento de uma Força Na forma de determinante, onde, zyx zyx BL FFF zyx ∆∆∆= λλλ M Capítulo 2 – Corpo Rígido onde, λx, λy e λz : co-senos diretores do eixo BL; ∆x, ∆y e ∆z : coordenadas componentes de ∆r; Fx, Fy e Fz : componentes escalares de F. 2.6 Momento de uma Força Ainda denominando MCL o memento obtido ao se escolher o ponto c, tem-se que então, ( )[ ]FrrλM ×−⋅= BACL ( )[ ] ( )[ ]FrrλFrrλM ×−⋅+×−⋅= CBBACL Mas o produto misto entre λ, (rB-rC) e F é nulo, já que os Capítulo 2 – Corpo Rígido Mas o produto misto entre λ, (rB-rC) e F é nulo, já que os mesmos são coplanares. Portanto, MCL e MBL são iguais, o que indica que o resultado independente do ponto arbitrário escolhido. 2.6 Momento de uma Força � Ex.: Um cubo de aresta a é submetido a uma força de módulo P, conforme ilustrado, BA E F D C G P a O Capítulo 2 – Corpo Rígido E F a. O momento de P em relação a A; b. O momento de P em relação à aresta AB; c. O momento de P em relação À diagonal AG; d. A distância de AG à FC, utilizando o resultado de c. 2.6 Momento de uma Força � Resolução: a. O momento de P em relação a A; BA D C G P a y x aO j ik Capítulo 2 – Corpo Rígido Escolhendo os eixos x, y e z, decompõe-se em componentes cartesianas a força P e o vetor ∆r = AF, que liga A ao ponto de aplicação P da força F. E Fz x a aO ik )( jijir −=−=∆ aaa e ( ) ( ) ( )( )kjkjP −=−= 222 PPP 2.6 Momento de uma Força Logo, o momento de P em relação a A será, logo, ( ) ( )( )kjjiPrM −×−=×∆= 2PaA ( ) ( )( ) ( )( )kjikjjiM ++=−×−= 22 PaPaA b. O momento de P em relação à aresta AB; Capítulo 2 – Corpo Rígido ( )( ) ( )22 PaPaAAB =++⋅=⋅= kjiiMiM 2.6 Momento de uma Força c. O momento de P em relação À diagonal AG; O momento de P em relação a AG é obtido projetando-se MA sobre AG. Denominando de λ o vetor unitário ao longo de AG, tem-se que, D C y Capítulo 2 – Corpo Rígido BA E F G P a z x a aO j ik λ ( )kjikjiAGλ −−=−−== 3 1 3a aaa AG logo, ( ) ( )( ) 6231 PaPaA −=++⋅−−=⋅ kjikjiMλ 2.6 Momento de uma Força c. O momento de P em relação À diagonal AG; Outra possibilidade, BA E D C G P a y x aO j ik λ zyx zyx BL FFF zyx ∆∆∆= λλλ M Capítulo 2 – Corpo Rígido E Fz alogo, 6 220 0 313131 aP PP aa FFF zyx zyx zyx BL −= − − −− =∆∆∆= λλλ M 2.6 Momento de uma Força c. A distância de AG e FC, utilizando o resultado de C. Primeiro observa-se que P é perpendicular à diagonal AG, uma vez que, ( )( ) ( )( ) ( )( ) 01106312 =+−=−−⋅−=⋅ PP kjikjλP Então, o momento MAG pode ser expresso como, 6PadP −=−=M i Capítulo 2 – Corpo Rígido 6PadPAG −=−=M O que produz, 6ad = BA E F D C G P y z xO j k λ 2.7 Momento de um Binário � Momento de um Binário � As forças F e –F formam um binário uma vez que apresentam o mesmo módulo, linhas de ação paralelas e sentidos opostos. -F F Capítulo2 – Corpo Rígido � A soma entre F e –F é zero pois não há movimento de translação; � A soma dos momentos de F e –F num dado ponto não é zero pois F e –F tendem a promover a rotação do corpo. 2.7 Momento de um Binário � Definição do Momento de um Binário � Considere os vetores rA e rB como sendo os vetores posição dos pontos de aplicação de F (ponto A) e –F (ponto B). y d M F θ r-F B r Capítulo 2 – Corpo Rígido x z O A rA rB 2.7 Momento de um Binário � Definição do Momento de um Binário � A soma entre os momentos das forças de F e –F em relação a origem O fornece, ( ) ( ) FrrFrFr ×−=−×+× BABA � Mas como rA – rB = r, tem-se, FrM ×= { M é o momento do binário Capítulo 2 – Corpo Rígido FrM ×= { M é o momento do binário dFFr == θsinM Pela definição de momento, � O vetor M (momento binário) é um vetor livre já que o vetor r independe da escolha da origem do sistema de coordenada O. Portanto, o vetor M pode ser aplicado em qualquer ponto. 2.8 Binários Equivalentes � Binário Equivalente � Considere os três binários aplicados sucessivamente à mesma caixa retangular, M y x M y x M y -150 N 150 N -150 N Capítulo 2 – Corpo Rígido 0,15 m100 N -100 N z x 0,10 m z x z x a Cada binário apresenta o mesmo momento M, os três binários promoverão o mesma rotação sobre a caixa, ou seja, são binários equivalente, com valores iguais de 15 N m. 0,10 m 150 N -150 N 150 N 2.8 Binários Equivalentes � Condições fundamentais para que dois sistemas ou mais de forças sejam Equivalentes � Duas forças que atuam no mesmo ponto material podem ser substituídas pela sua resultante; � Um dada força pode ser decomposta em duas componentes; � Forças iguais e opostas que atuam no mesmo ponto Capítulo 2 – Corpo Rígido � Forças iguais e opostas que atuam no mesmo ponto podem ser canceladas; � Aplicação de duas forças iguais e opostas sobre o mesmo ponto; � Deslocamento de uma força ao longo de sua linha de ação (Princípio da Transmissibilidade) Detalhe: Demonstração, ver capítulo 3 Beer Johnston Jr. 2.9 Adição de Binários � Considere a intersecção dos planos P1 e P2. Observa- se que o binário que atua no plano P1 é definido pelas forças F1 e –F1 que agem nos pontos A e B. Além disso, o binário atuante no plano P2 consiste nas forças F2 e – F2 as quais também agem nos pontos A e B. P2 -F2 F-R Capítulo 2 – Corpo Rígido P1 r AB F2 -F1 F1 R -R Desta forma, o momento M do binário é dado por, ( ) 4434421 Varignon de Teorema 2121 FrFrFFrRrM ×+×=+×=×= 2.9 Adição de Binários Uma vez que, BA rrr −= e, ( ) ( ) RrRrrRrRrM ×=×−=−×+×= BABA Ainda, observa-se que, ×= ×= +=×+×= 112121 FrM FrM MMFrFrM Capítulo 2 – Corpo Rígido ×= +=×+×= 22 2121 FrM MMFrFrM De forma gráfica, O M1 M2 M 2.10 Decomposição de uma Força � Decomposição de uma Força em uma Força Aplicada em O e um Binário � Considere o corpo rígido abaixo no qual a força F atuante é aplicada no ponto A definido pelo vetor posição r, F Capítulo 2 – Corpo Rígido r O 2.10 Decomposição de uma Força � Decomposição de uma Força em uma Força Aplicada em O e um Binário � Para que a força F atue no ponto O, é preciso adicionar as forças F e –F neste ponto para que a ação da força original sobre o sólido não seja modificada, ou seja, F F Capítulo 2 – Corpo Rígido r O -F A O binário promove a mesma rotação sobre o corpo, em relação a O do que a força F originalmente aplicada no ponto A. 2.10 Decomposição de uma Força Assim, a força F atua agora sobre o ponto O e as demais formam um binário de momento, ( ) ( ) FrrFrFrM ×−=−×+×= OAOAO � Uma força F atuante sobre um corpo rígido pode ser deslocado para um ponto arbitrário de momento em relação a O é adicionado. O conjugado momento M e força F é chamado sistema Capítulo 2 – Corpo Rígido O conjugado momento MO e força F é chamado sistema força-binário no qual é usual representar MO e F em O. O MO F 2.10 Decomposição de uma Força Se a força F fosse deslocada de A para o ponto O, observar- se-ia o momento MO = r x F de F em O. Desta forma, um novo sistema força-binário composto por F e o vetor binário MO seria aplicado em O’. F A F Capítulo 2 – Corpo Rígido O’ MO O r r’ A O’ O r r’ A = = MO O’ O r r’ A sss 2.10 Decomposição de uma Força Portanto, ( ) } 43421 Varignon de Teorema ' ' FsFrFsrFrM M ×+×=×+=×= O O Ou seja, FsMM ×+= OO ' O momento MO’ de F em O’ é obtido ao se adicionar o produto Capítulo 2 – Corpo Rígido O momento MO’ de F em O’ é obtido ao se adicionar o produto vetorial s x F ao momento MO de F em relação a O. Tal produto s x F denota o momento em relação a O’ de F aplicada a O. 2.10 Decomposição de uma Força � Ex.: Dois binários atuam num bloco conforme ilustrado. Substituir estes dois binários por um único binário equivalente. 25 N 25 N 60º C D Capítulo 2 – Corpo Rígido 100 mm C BA30 N 30 N 2.10 Decomposição de uma Força � Solução: Vetores binários: � Em relação ao segmento AB: FrM ×=AB logo, N.m 31,0.30 ≅=ABM � Em relação ao segmento CD: FrM ×=CD então, N.m 75,3150,0.25 ≅=CDM Capítulo 2 – Corpo Rígido x z y 3 N.m 3,75 N.m 60º 2.10 Decomposição de uma Força � Solução: Vetores binários: � Sistema equivalente: y 3 N.m 3,75 N.m 60º 120º θy θx M Capítulo 2 – Corpo Rígido N.m 86,5120cos75,3.3.275,33 o22 ≅−+=M x z θx 2.10 Decomposição de uma Força � Solução: Vetores binários: � Lei dos senos: x y 3 N.m 3,75 N.m 60º 120º θy θx M 86,5 120sin 75,3 sin o = yθ logo, o6,33≅θ Capítulo 2 – Corpo Rígido z o6,33≅yθ Para θx: oooo 4,566,339090 ≅−=−≅ yx θθ Para θz: M é perpendicular a z, pois θz = 90º. 2.10 Decomposição de uma Força � Solução: Vetores binários: � O binário pode ser formado por duas forças nos vértices de C e D de valores, logo, N 1,39 15,0 86,5 ≅== r MF Capítulo 2 – Corpo Rígido 60º C D 2.10 Decomposição de uma Força � Solução: Vetores binários: � O binário pode ser formado por duas forças de 48,8 N atuante aos pontos E e F, então BA F Capítulo 2 – Corpo Rígido 33,6º 0,1 m N 8,48 12,0 86,5 ≅== r MF E 2.11 Redução de um Sistema de Forças � Redução de um Sistema de Forças a uma Força e um Binário � Considere um sistema de forças F1, F2 e F3 que atuam sobre o corpo rígido abaixo nos pontos A1, A2 e A3 definidos pelos vetores posição r1, r2 e r3. F2F1 Capítulo 2 – Corpo Rígido r1 O A2 F3 A1 A3 r3 r2 2.11 Redução de um Sistema de Forças F As forças F1, F2 e F3 podem ser deslocadas dos pontos A1, A2 e A3 ao ponto O desde que sejam adicionadas ao sistema de forças originais os binários de momentos, M1 = (r1 x F1), M2 (r2 x F2) e M3 (r3 x F3) em relação a O. Desta forma, pode-se obter o sistema composto por forças atuantes em O e binários. M3 onde, Capítulo 2 – Corpo Rígido F2 O F1 F3 M1 M2 M3 onde, 11 FM ⊥ 22 FM ⊥ 33 FM ⊥ 2.11 Redução de um Sistema de Forças � Resultante das forças (R): Obtida pela soma F1, ..., F3 (forças concorrentes); � Resultante dos momentos (MOR): Obtida pela soma vetorial entre M1,..., M3. Embora cada momento seja normal às forças, a resultante R e o momento resultante MOR não são necessariamente, perpendiculares. R Capítulo 2 – Corpo Rígido perpendiculares. O R OM R 2.11 Redução de um Sistema de Forças Portanto, qualquer sistema de forças pode ser reduzido a umsistema força-binário equivalente que atua num ponto O. Assim, o sistema força-binário equivalente é definido por, ∑= i iFR ( )∑∑ ×== RR FrMM e, Momento resultante Capítulo 2 – Corpo Rígido ( )∑∑ ×== i ii i R Oi R O FrMM Momento resultante do sistema. 2.11 Redução de um Sistema de Forças Além disso, um sistema de forças já reduzido e uma força e um binário num ponto O pode também ser reduzido a uma força e um binário em qualquer outro ponto O’, ou seja, R MOR R Capítulo 2 – Corpo Rígido MOR O’ O s = O’ O s 2.11 Redução de um Sistema de Forças Em termos de componentes vetoriais: � A resultante R permanece inalterada; � O momento MOR é dado pela soma entre MOR e o momento em relação a O’ da resultante R aplicada em O. Assim, RsMM ×+= RO R O kjir rrr ++= kjiR RRR ++= Capítulo 2 – Corpo Rígido kjir zyx rrr ++= kjiF zyx FFF ++= kjiR zyx RRR ++= kjiM zyxRO MMM ++= Translação em x, y e z. Rotação em torno de x, y e z. 2.12 Sistemas Equivalentes de Forças � Sistemas Equivalentes de forças - Definição � Dois sistemas de forças são equivalentes se podem ser reduzidos ao mesmo sistema força-binário num dado ponto O. Assim, dois sistemas de forças F1,..., F3 e F1’,..., F3’ serão equivalentes, se, e somente se, a soma das forças e momentos em relação a um ponto O, das forças dos dois sistemas (F e M) forem iguais. Matematicamente, Capítulo 2 – Corpo Rígido Matematicamente, ∑∑ ′= FF e, ∑∑ ′= OO MM 2.12 Sistemas Equivalentes de Forças ∑∑ ′= xx FF ; ∑∑ ′= xx MM Em termos das componentes escalares, ∑∑ ′= yy FF e ∑∑ ′= zz FFi. ii. ; ∑∑ ′= yy MM e ∑∑ ′= zz MM Portanto, para sistemas equivalentes, conclui-se que, Capítulo 2 – Corpo Rígido Portanto, para sistemas equivalentes, conclui-se que, i. Atribuem o mesmo movimento de translação em x, y e z; ii. Atribuem a mesma rotação em torno dos eixos x, y e z. 2.12 Sistemas Eqüipolentes de Vetores � Sistemas Eqüipolentes � Se dois vetores de forças F1,..., F3 e F1’,..., F3’ obedecem à condição de sistemas equivalentes, isto é, ∑∑ ′= FF e, ∑∑ ′= OO MM Tais vetores são ditos eqüipolentes o que pode ser generalizado para qualquer sistema de vetores. Portanto, Capítulo 2 – Corpo Rígido generalizado para qualquer sistema de vetores. Portanto, conclui-se que: � Se dois sistemas de forças que atuam sobre um corpo rígido são eqüipolentes também são equivalentes. 2.13 Revisão Prova � ExR1: Sabendo que a força de tração no cabo AC é de 1260 N, determine: (a) o ângulo entre o cabo AC e o mastro AB e (b) a projeção sobre AB da força aplicada pelo cabo AC no ponto A. D y Capítulo 2 – Corpo Rígido AC B P 2,4 m x z 2.13 Revisão Prova � Solução: Deve-se calcular o ângulo formado entre o cabAC e AB. Em seguida, os seus módulos. Em seguida utiliza-se o produto escalar para determinar o ângulo entre AC e AB. Finalmente, projeta-se AC sobre AB, por meio do produto escalar. Desta forma, � Vetor AB ( ) ( ) ( )kzzjyyixx ABABAB ˆˆˆ −+−+−=AB Capítulo 2 – Corpo Rígido cujo módulo, ( ) ( ) ( )kzzjyyixx ABABAB ˆˆˆ −+−+−=AB O que fornece, m 3=ABji ˆ8,1ˆ4,2 −−=AB � Vetor AC cujo módulo, ( ) ( ) ( )kzzjyyixx ACACAC ˆˆˆ −+−+−=AC O que fornece, m 8,2=ACkji ˆ2,1ˆ8,0ˆ4,2 −+−=AC 2.13 Revisão Prova A projeção de T sobre AB, pode ser calculada da seguinte ( ) ( ) θcos8,23ˆ2,1ˆ8,0ˆ4,2ˆ8,1ˆ4,2 xxkjiji =−+−⋅−−=⋅ACAB O ângulo pode ser calculado facilmente com o produto escalar, logo, logo, 5142857,0 8,23 )8,08,1()4,24,2( cos = −+−− = x xxθ onde, o05,59≅θ Capítulo 2 – Corpo Rígido A projeção de TAC sobre AB, pode ser calculada da seguinte forma, ( ) N 64805,59cos.1.1260 ≅=⋅= oABACABAC λTT 2.13 Revisão Prova � ExR2: Substitua a força de 150 N por um sistema força- binário equivalente em A. y xA B 200 mm Capítulo 2 – Corpo Rígido x z A B 150 N 35º 120 mm 20 mm 2.13 Revisão Prova � Solução: Deve-se inicialmente determinar o vetor Força, determinando suas componentes Fx, Fy e Fz, e posteriormente, determinar o vetor posição em relação ao ponto de aplicação da força A, posteriormente determinar o finalmente determinar o momento M, � Vetor Posição rAD ( ) ( ) ( )kzzjyyixx ˆˆˆ −+−+−=r Capítulo 2 – Corpo Rígido ( ) ( ) ( )kzzjyyixx ABABAB ˆˆˆ −+−+−=ADr O que fornece, kji ˆ1,0ˆ2,1ˆ18,0 +−=ADr � Forças Fy e Fz Então o vetor força será, N 035,8635sen150 −=−= ozFe, kjikFjFiF zyx ˆ035,86ˆ87,122ˆ0,0ˆˆˆ −−≅++=F N 87,12235cos150 −=−= oyF 2.13 Revisão Prova � Vetor Momento M O sistema equivalente de força é descrita por, kji kji ˆ12,22ˆ49,15ˆ61,22 035,86872,1220 1,012,018,0 −+= −− −=×= FrM Capítulo 2 – Corpo Rígido e, N ˆ035,86ˆ87,122ˆ0,0 kji −−=F N.m ˆ12,22ˆ49,15ˆ61,22 kji −+=M 2.14 Casos Particulares de Redução Verificou-se, previamente, que qualquer sistema de forças pode ser reduzido a um sistema de força-binário equivalente em O composto pela resultante R e o momento MRO. Quando R = 0, o sistema se reduz ao binário MRO chamado de binário resultante do sistema. � Casos Particulares de Redução de um Sistema de Forças: Ainda, observou-se que o sistema força-binário em O pode Capítulo 2 – Corpo Rígido Ainda, observou-se que o sistema força-binário em O pode ser substituído por uma única força R atuante sobre uma nova linha de ação se R e MRO são perpendiculares. Portanto, os sistemas nos quais são aqueles que pode ser reduzidos a uma única força. Esta condição pode ser verificada nos seguintes casos: R OMR ⊥ 2.14 Casos Particulares de Redução i. Forças concorrentes; ii. Forças coplanares; iii.Forças paralelas. � Forças concorrentes: As forças concorrentes, por atuarem num mesmo ponto de aplicação, podem ser adicionadas diretamente para obtenção da resultante R. Assim, tais forças podem sempre ser Capítulo 2 – Corpo Rígido da resultante R. Assim, tais forças podem sempre ser reduzidas a uma única força. � Forças coplanares: Considere as forças coplanares a seguir. A resultante destas forças, chamada de R, está contida no plano da figura enquanto MRO é normal ao plano da figura. 2.14 Casos Particulares de Redução F2 O F1 F y x R O x y R OM = Capítulo 2 – Corpo Rígido O sistema de força-binário em O é definido, então, numa força R e um momento MRO que são perpendiculares. Tal sistema pode então ser reduzido a uma única força R quando se move R no plano da figura até que seu momento em relação a O seja igual a MRO, conforme figura que se segue, F3 2.14 Casos Particulares de Redução A O x y R d R Md R O = z Capítulo 2 – Corpo Rígido Em termos de componentes cartesianas do sistema força- binário, a redução a uma única força resulta em: ∑= xx FR , ∑== ORORz MMM∑= yy FR e 2.14 Casos Particulares de Redução Considerando x e y como as coordenadas do ponto A no qual a resultante R é aplicada e com base nos conhecimentos já adquiridos, a linha de ação da resultante é definida por: xy R O RyRxM −= Ainda, observando-se que MRO deve ser igual ao momento em relação a O, da componente y de R quando esta é aplicada no ponto B e ao momento de sua componente x, Capítulo 2 – Corpo Rígido aplicada no ponto B e ao momento de sua componente x, quando R é aplicada em C. O x y R Rx Ry R OM O x y R Rx Ry B y R O R M x = = = O x y R Rx Ry C x R O R My −= 2.14 Casos Particulares de Redução � Forças Paralelas: Considere as forças F1, F2 e F3 paralelas ao eixo y conforme ilustração, x y F1 F3 Capítulo 2 – Corpo Rígido Já que a sua resultante é paralela ao eixo y, o momentoresultante em relação ao momento de cada força em O deve, obrigatoriamente, ser ortogonal a R, ou seja, situar-se no plano zx. x z O F2 2.14 Casos Particulares de Redução R e MRO são perpendiculares x y O R iM Rx ˆ kM Rz ˆ O sistema força- binário em O consiste da força resultante R e do vetor binário MRO. Capítulo 2 – Corpo Rígido z R OM 2.14 Casos Particulares de Redução Adotando-se um ponto arbitrário A, tal sistema pode ser reduzido a uma única força R, x y O r R z A Capítulo 2 – Corpo Rígido Em O, o sistema força-binário apresenta como componentes: x z O x ∑= xRx MM, ∑= zRz MM∑= yy FR e 2.14 Casos Particulares de Redução Ainda, o ponto A(x,0,z) deve ser escolhido de forma que o deslocamento de R à sua posição (de A) promova o momento MRO em relação a O. Assim, Em termos de componentes cartesianas, ( )( ) kijRki RzRxy MMzx +=+ R OMRr =× j Capítulo 2 – Corpo Rígido ; ou O que fornece, kiik Rz R xyy MMzRxR +=− ( ) ( ) 0=+−− ik RxyRzy MzRMxR ik finalmente, R zy MxR = R xy MzR =− Os momentos de R em relação aos eixos x e z são iguais a MRx e MRz, respectivamente. 2.15 Redução de Forças a um Torsor Considere o caso geral mostrado abaixo no qual o sistema força-binário é composto pela força R e o momento MRO. Por não apresentar ortogonalidade entre R e MRO, o sistema não pode ser reduzido a uma força ou a um só binário. � Redução de um Sistema de Forças a um Torsor: R Capítulo 2 – Corpo Rígido No entanto, o vetor MRO pode ser decomposto em uma componente M1 que atua segundo R e outra componente M2 que está contida num plano normal à força R. R OM O 2.15 Redução de Forças a um Torsor Então, R O 1M 2M Capítulo 2 – Corpo Rígido Após a decomposição de MRO em M1 e M2 o sistema de força- binário composto por R e M2 pode ser substituído por uma única força R que age sobre uma nova linha de ação. Portanto, o sistema original se reduz a R e ao vetor binário M1. Tal sistema particular é denominado torsor. 2.15 Redução de Forças a um Torsor Desta forma, o torsor será, A ação simultânea da força R e do momento M promoverá a R O . 1M A Capítulo 2 – Corpo Rígido A ação simultânea da força R e do momento M1 promoverá a translação do corpo rígido na direção R e a sua rotação em torno da linha de ação de R, chamada eixo do torsor ou eixo central. A razão p = M1/R é definida como passo do torsor. Dessa forma, um torsor é composto por dois vetores colineares, ou seja, uma força R e um momento RM1 p= 2.15 Redução de Forças a um Torsor Lembrando que a projeção de um vetor sobre um eixo, ou seja, produto escalar, é possível relacionar os momentos M1 e MRO projetando-se MRO sobre a linha de ação de R, ou seja, E o passo do torsor é calculado em função do módulo por: R M R OMR ⋅ =1 Capítulo 2 – Corpo Rígido 2 1 RR Mp R OMR ⋅ == A determinação do eixo do torsor consiste em considerar a distância até o ponto O a um ponto arbitrário P do eixo do torsor. Estabelecendo-se que o momento em relação a O do sistema R e M1 é igual ao momento resultante, tem-se que, R O1 MRrM =×+ 2.15 Redução de Forças a um Torsor Ou então, pela introdução do passo do torsor, R OMRrR =×+p Ou graficamente, R OM R O = R O M Eixo do torsor Capítulo 2 – Corpo Rígido O O = r 1M P
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